Transformaes no mundo do trabalho Sociologia 2 Srie
Transformações no mundo do trabalho Sociologia – 2ª Série – Ensino Médio Professoras Jenifer Souza e Fabiana Wharton
Habilidade Identificar as transformações no mundo do trabalho: as mudanças no processo e na organização do trabalho.
Perguntas gettyimages Vocês conhecem alguma ocupação/ profissão que ao longo do século XX deixou de existir? Qual ou quais?
Mudanças nas exigências de habilidades Observem as transformações nos anúncios de busca pela ocupação de secretárias: Elaborado com informações fictícias para fins didáticos
Transformações das ocupações Com os processos de inovação e incremento tecnológico no processo produtivo, muitas profissões deixaram de existir ou tornaram-se muito raras. gettyimages Por exemplo, deixou de existir a de telegrafista e passaram a existir as de secretária e web designer. Assim, o desenvolvimento da indústria para o setor de serviços promoveu muitos impactos no mercado de trabalho.
Perguntas ©Pixabay O trabalho é algo importante em nossa sociedade? Vocês já foram perguntados sobre “o que você vai ser quando crescer”? Para que curso você vai prestar vestibular? Que profissão você gostaria de exercer? O que significa desemprego na vida das pessoas? Por que as pessoas ficam desempregadas?
Atualmente, devido às taxas de desemprego, muitas pessoas têm dificuldade de entrar no mercado de trabalho. Os jovens são uma grande parcela da população que sofre com o desemprego, especialmente no primeiro emprego. A cada dia, aumentam os requisitos para conseguir um emprego (ensino médio, experiência, formação acadêmica ou técnica etc. ). Muitas pessoas, mesmo com esses requisitos, não conseguem um emprego e entram no mercado informal. Mas quais são os impactos das mudanças no mundo do trabalho ao longo da história? – Enfatizar que essas Compreender a complexidade referente às diferenças entre trabalho, emprego e desemprego é fundamental. Além disso, faz-se necessário entender as mudanças nas reestruturações produtivas e os desafios que todos enfrentamos para sobrevivermos na contemporaneidade. ©Pixabay Transformações no mercado de trabalho
Reflita De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD, este é o número de desempregados no Brasil. ©Pixabay 1 min Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 2020. Disponível : <https: //www. ibge. gov. br/explica/desemprego. php>. Acesso em: 07 set. 2020.
Reflita ©Pixabay IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 2020. Disponível em: <https: //www. ibge. gov. br/explica/desemprego. php>. Acesso em: 07 set. 2020.
Relembrar: setores de produção A economia de um país pode ser dividida em três setores: o Primário envolve a agricultura, a pecuária e o extrativismo animal e vegetal; o Secundário é o setor da indústria, da construção civil; e o Terciário é o setor de serviços (advogados, professores, trabalhadores informais etc. ). CC BY-SA 3. 0. Wikimedia Commons. Disponível em: <https: //commons. wikimedia. org/wiki/File: The_distributio n_ of_the_workforce_among_the_three_sectors. png>.
No Brasil: setores de produção Segundo o IBGE, mais de dois terços (67, 7%) da população ocupada trabalhava no setor terciário da economia, 14, 2% na indústria em geral, 10, 4% no setor primário e 7, 7% no setor de construção. gettyimages Disponível em : <https: //www. abbt. org. br/plutofiles/folder_of_rel_arqui vo/vkix. GDEc. NMWa. Md 6 QEqnjfpc. Dx. Jk 65 G 2 CMYCXfw 1 W/2017_08_25_08_48_30_5 operfildaforcadetrabalho. pd f>.
Trabalho, conceito tão antigo quanto a existência humana, consiste no esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do dispêndio de capacidades físicas e mentais. Transforma a natureza, produz bens e serviços, independentemente de existir contrato. Emprego é a forma histórica do trabalho no sistema capitalista. Pode estabelecer uma relação formal ou informal (assalariado, autônomo ou prestador de serviços) e, mais ou menos, duradoura, que existe entre quem organiza o trabalho (empregador) e quem realiza o trabalho (empregado). O conjunto de leis que regulamentou os direitos do trabalhador foi a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), instituída pelo gettyimages Relembrando os conceitos
Reestruturações produtivas ©Pixabay https: //youtu. be/j. FKR 0 f. QYUmg
Reestruturações produtivas As reestruturações produtivas são elementos estruturantes do sistema capitalista. Em tempos em tempos, com a busca por aumentar os lucros, ocorrem transformações no sistema de produção. Essas mudanças não são apenas tecnológicas, mas também políticas, ideológicas e sociais. • • • Contexto de crescimento da industrialização (séc. XIX e XX); • Nesse sentido, as reestruturações produtivas têm um papel fundamental na reprodução do sistema capitalista de produção; • Algumas vezes, as reestruturações produtivas acontecem em contextos de crises econômicas; • Refletiremos sobre os modos Taylorista-Fordista e Toyotista. O mecanismo central do capital: a busca incessante pelo lucro; O que demanda o desenvolvimento e a inovação tecnológica também incessantes;
Ao longo do tempo, a produção industrial teve grandes transformações. Foram muitas as consequências sociais das reestruturações produtivas. Frederick Taylor (1856 -1915), ainda no século XIX, criou um novo método de administração do trabalho nas linhas de produção, um tipo de gerência produtiva que mudou completamente o ritmo de trabalho. Em vez de um trabalhador desempenhar várias funções na produção de mercadorias, ele implantou a divisão do trabalho, o gerenciamento do tempo e de movimentos. Com a divisão das tarefas (especialização das atividades) em etapas muitos simples e extremamente repetitivas, o trabalhador podia ser substituído a qualquer momento. A perda de controle da produção das mãos do trabalhador é mais uma consequência decorrente das novas formas de organização do processo de trabalho e de produção capitalista. ©Pixabay Reestruturações produtivas
Reestruturações produtivas • Aumentou a produção em massa; • Acrescentou a esteira mecânica à linha de montagem; • Criou um ritmo de trabalho mais especializado e repetitivo, sem muitos movimentos; • Ofereceu um aumento de salário tendo como base o aumento da produção; • Padronizou a fabricação, sem variedade; • Dividiu o trabalho em tarefas menores, em que cada trabalhador tinha uma tarefa muito simples. • Diminuiu os custos, aumentou o consumo dos produtos e elevou os lucros. ©Pixabay A fábrica de automóveis de Henry Ford (1863 -1947) foi uma das primeiras a executar o taylorismo através das linhas de montagem. O Fordismo buscava baratear produtos, aumentar a produtividade e extrair o máximo de lucro.
Por volta de 1960, o Toyotismo se desenvolve a partir do contexto científico e tecnológico da época e da necessidade de maior competitividade no cenário de globalização do capital. A partir do advento das novas formas de comunicação, desenvolvimento da logística de transporte e circulação de mercadorias, as empresas deslocaram suas fábricas para outros territórios, nos quais a legislação trabalhista era mais flexível. O engenheiro da Toyota, Taiichi Ohno (1912 -1990), implementou um novo modelo produtivo. • O trabalhador passa a ser polivalente, realizando mais de uma tarefa; • Produção com demanda com estoque mínimo; • Diversificação da produção; • Automação das máquinas (várias funções e menor intervenção humana); • Sistema just-in-time (sem acúmulo de produtos em estoque); • Sistema Kaban, controle dos produtos com etiquetas; • Círculos de Controle de Qualidade (CCQs); • Com a substituição das antigas máquinas por robôs, poupa-se tempo de trabalho, dispensam-se trabalhadores e aumentam-se os lucros. ©Pixabay Reestruturações produtivas
Perguntas Você conhece mais pessoas empregadas ou desempregadas? Em trabalhos formais ou em trabalhos informais? Quais trabalhos elas exercem? ©Pixabay 2 min
Desemprego e precarização Desemprego: é a situação em que não existem vagas remuneradas suficientes para o total de trabalhadores disponíveis e que estão em busca de emprego em uma sociedade. Embora este seja um problema que sempre existiu, na atualidade, são muitos os fatores que agravam o decréscimo de empregos entre aqueles que precisam do trabalho para sobreviver. Flexibilização/precarização: situações de trabalho sem estabilidade e com menos garantias para o trabalhador. Sem a garantia de direitos trabalhistas, aumentam-se os contratos de serviços temporários. É um processo multifacetado de institucionalização da instabilidade. Tudo se torna flexível: o trabalhador, as relações de trabalho, os direitos do trabalho, os horários de trabalho e os salários. Terceirização: processo pelo qual uma empresa transfere parte de sua produção para outra empresa (chamada
Perguntas Você já ouviu a expressão “uberização”? Esse modelo de trabalho se caracteriza como uma forma de emprego formal ou informal? Nesse tipo de trabalho, tem-se algum direito? ©Pixabay 2 min
Avalie E aí, como foi a aula? Lembrando que, como nosso tempo aqui é curto, leve suas dúvidas e seus debates para além deste espaço! Obrigada por participar! ; D Até a próxima!
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