TERMORREGULAO TERMORREGULAO O ambiente intrauterino termoestvel e o
TERMORREGULAÇÃO
TERMORREGULAÇÃO • O ambiente intrauterino é termoestável e o controle térmico fetal é dependente da mãe. Ao nascer, a transição do ambiente intrauterino para o ambiente seco e frio da sala de parto propicia enorme perda de calor por evaporação e por convecção. Se não forem tomadas medidas termoprotetoras, a temperatura cutânea do recém-nascido (RN) diminui rapidamente, em torno de 0, 3ºC por minuto.
TERMORREGULAÇÃO • Diante disso, percebe-se o quanto o controle térmico é essencial para a sobrevida desses RNs. Estudos desde 1950 mostram que prematuros com hipotermia têm poucas chances de sobrevivência.
TERMORREGULAÇÃO • Então, o RN precisa ser recebido em um ambiente térmico neutro, que permita-o manter a temperatura interna normal, com consumo mínimo de oxigênio e energia, propiciando ao prematuro, que apresenta mínima camada de gordura subcutânea, controlar a perda ou ganho de calor corporal.
Mecanismos de Perda de Calor
Monitorização da temperatura: Termômetros e Sensores • A monitorização da temperatura corporal é extremamente importante por estar em constante interação com o ambiente. Por esse motivo, precisa ser avaliada com frequência e preferencialmente de forma contínua.
Monitorização da temperatura: Termômetros e Sensores • Para isso, utilizamos termômetros (verificação da temperatura central intermitentemente) e sensores (geralmente na parede abdominal – região do fígado, constantemente).
Classificação Hipotermia / Hipertermia Acima de 37, 5ºC Faixa de normalidade 36, 5 – 37, 4ºC Hipotermia leve 36, 4 – 36, 0ºC Hipotermia moderada 35, 9 – 32, 0ºC Hipotermia severa Abaixo de 32, 0ºC
Fatores de risco para Hipotermia Fatores do RN Fatores ambientais Idade Gestacional (IG) Baixa temperatura na sala de parto Transporte neonatal Peso de nascimento Asfixia Sepse Controle inadequado do ambiente térmico
Manifestações Clínicas da Hipotermia • Sucção débil; • Hipotonia; • Letargia; • Taquipneia ou apneia; • Taquicardia ou bradicardia; • Tremores; • Quedas na saturação de O 2.
Fatores de risco para Hipertermia A hipertermia não é frequente em prematuros, mas podemos associar suas causas à: • Infecção; • Desidratação; • Disfunção do sistema nervoso central; • Falha no servo-controle do berço ou da incubadora.
O que fazer ao nascimento? • Manter a temperatura da sala de parto maior ou igual a 26°C; • Ligar a fonte de calor radiantes do nascimento e preaquecer os campos; • Recepcionar o RN em campos aquecidos e colocá-lo sob calor radiante; • Secar e remover os campos úmidos.
O que fazer ao nascimento? The Golden Hour: • Calma e organização; • Cuidado humanizado; • Posicionamento; • Contenção elástica; • Uso de saco plástico; • Minimizar ruídos e luminosidade.
Barreiras contra a perda de calor • Uso de gorro (cabeça é a maior porção da superfície corporal, predisposta a perda de calor); • Cobertura oclusiva com filme de polietileno, polivinil ou poliuretano; • Saco plástico (menores de 30 semanas e/ou 1500 g); • Ninhos; • Contato pele a pele.
MANIPULAÇÃO DE INCUBADORAS E BERÇOS AQUECIDOS
TERMONEUTRALIDADE • Todo RN deve ser mantido em ambiente de termoneutralidade, ou seja, na faixa de temperatura ambiental na qual a taxa metabólica é mínima e a temperatura corporal é mantida sem alteração na produção ou perda de calor.
TERMONEUTRALIDADE Tabela de termoneutralidade no 1º dia de vida <1500 g 1500 -2000 g <34 semanas 3436 semanas >2500 g >37 semanas 0 -6 h 34, 0 -35, 4ºC 32, 8 -33, 8ºC 31, 8 -33, 9ºC 6 -12 h 34, 0 -35, 4ºC 32, 2 -33, 8ºC 31, 4 -33, 8ºC 12 -24 h 34, 0 -35, 4ºC 31, 8 -33, 8ºC 31, 0 -33, 7ºC Umidificação 80% para < 1500 g e 40% para >1500 g na 1ª semana de vida
TERMONEUTRALIDADE
INCUBADORAS • Na incubadora, o ar é aquecido por convecção forçada, ou seja, pela circulação de ar quente em alta velocidade, mantendo o ambiente estável. Entretanto, a temperatura interna da incubadora altera-se cada vez que as portinholas são abertas, por isso deve-se abri-las o mínimo possível.
INCUBADORAS A temperatura da incubadora é controlada de duas formas: a) Pela temperatura do ar, mantendo o ambiente térmico estável; b) Por sensor de temperatura cutânea abdominal, que permite o ajuste automático do calor gerado pela incubadora, para manter constante a temperatura do RN.
Incubadora de Parede Dupla • A utilização de incubadoras de parede dupla para RN pré-termo pequeno minimiza a radiação.
Incubadora de Parede Simples
INCUBADORAS Parede simples, com servo-controle Parede dupla, com servo -controle e umidificação Entre 1500 g e 2000 g e IG entre 30 e 34 semanas < 1500 g e/ou IG < 30 semanas • Umidade: deve-se iniciar mantendo-se a umidade relativa em torno de 80% na primeira semana e reduzindo-a gradualmente a partir da segunda semana conforme estabilidade no controle térmico do RN prematuro, até que ele atinja 1500 g.
BERÇO AQUECIDO O berço aquecido emite energia infravermelha, facilmente absorvida pele e transformada em calor. Berço aquecido maiores de 2000 g e IG igual ou superior a 34 semanas.
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