SITUAO DE APRENDIZAGEM 3 TERRITRIO BRASILEIRO DO ARQUIPLAGO
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO “CONTINENTE” Elaborado por: Prof. Ronaldo/2016 3º ano EM
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO “CONTINENTE” Tipologia da sucessão dos meios geográficos Meio natural: aquele regulado pelas dinâmicas da natureza, ainda que nele as técnicas também estejam presentes. Nele, as transformações do meio natural ocorrem lentamente, ao contrário das que ocorrem no meio técnico, que se dão rapidamente devido ao uso das máquinas. Meio técnico: surge quando o ser humano começa a se sobrepor em relação ao “império da natureza” por intermédio da construção de sistemas técnicos (infraestrutura e redes de comunicação, de transportes (ferrovias, rodovias, portos, aeroportos); hidrelétricas, etc. Meio técnico-científico-informacional: refere-se ao meio geográfico atual, cujo surgimento ocorreu a partir da década de 1970. Sua técnica é a fusão das tecnologias da informação com as telecomunicações, gerando as novas tecnologias da informação Elaborado por: Prof. Ronaldo/2016
Tipologia da sucessão dos meios geográficos no Brasil proposta pelos geógrafos Milton Santos e Maria Laura Silveira MEIO NATURAL – MAPA 1 / 1890 Do século XVI até 1930 o Brasil pôde ser comparado a um “arquipélago” ou a um país desarticulado. Em síntese, três ordens de fatores podem ser destacadas: 1 - Povoamento: concentrado no litoral e ao longo dos rios (influência do “meio natural”). O sertão (interior) era ocupado por uma população de modo disperso que se ocupava da criação extensiva de gado e culturas de subsistência. 2. Ausência de integração: as áreas econômicas mais ativas e densamente povoadas estavam isoladas umas das outras, comunicando-se apenas por via marítima (influência do “meio natural”). 3. Ocupação econômica: até meados do século XX, foi estimulada, principalmente, pela demanda de produtos para o comércio exterior. Elaborado por: Prof. Ronaldo/2016
MEIO TÉCNICO De 1890 a 1940 os sistemas técnicos foram adensados no território brasileiro por meio da incorporação das máquinas (telégrafos, ferrovias, portos etc. ) de forma seletiva, provocando desigualdades regionais. Final do século XIX (mapa 1) e meados da década de 1940 (mapa 2), com o desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste inicia-se uma mudança na direção do processo de valorização do território brasileiro. Na transição do meio natural para o meio técnico, neste período, destacam-se os seguintes eventos: 1 - A construção de sistemas técnicos com o surgimento de setores comerciais e bancários, associados às novas condições de transportes e comunicações (estrada de ferro, telégrafo e cabo submarino) 2 - A relativa integração do território que, no início do século XX, era constatada em torno do Rio de Janeiro e de São Paulo, mas que, no entanto, não era efetiva nas demais regiões do país, que mantinham com esses centros relações tênues e esporádicas Elaborado por: Prof. Ronaldo/2016
3 - A industrialização, cujo desenvolvimento ocorreu intensamente em São Paulo e arredores, permitindo que a cidade e o Estado tivessem adquirido papel central na vida econômica do país. 4 - A ocupação produtiva do território que, na década de 1950, foi favorecida pela vias de circulação e infraestrutura, fortalecendo as relações entre o Sudeste e as demais regiões; 5 - A construção de Brasília, a nova capital do país, durante o governo Juscelino Kubitschek (1956 -1961), foi o marco representativo do processo de interiorização, expandindo-o em direção ao Centro-Oeste e à Amazônia; 6 - Consolidação de uma configuração territorial que favoreceu o Estado de São Paulo, cuja capital firmou-se como a metrópole econômica do país (aspecto claramente representado nos mapas relativos anos 1940 e 1990). Elaborado por: Prof. Ronaldo/2016
MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL Décadas de 1970 e 1990 aos dias atuais (mapa 3) Dentre as principais transformações do território brasileiro decorrentes do meio técnico -científico-informacional, destacam-se: 1 - Infraestrutura e integração nacional: aproveitamento das principais bacias hidrográficas para a produção de eletricidade; modernização dos portos; construção de ferrovias orientadas para produtos especializados; desenvolvimento da rede rodoviária com a construção de autopistas nos principais eixos de circulação e de estradas vicinais (secundárias), principalmente nas áreas de maior densidade econômica; instalação de rede de telecomunicações com alcance em todos os municípios, viabilizando maior contato com o resto do mundo. Elaborado por: Prof. Ronaldo/2016
2 - Diversificação econômica e desconcentração industrial: a partir das bases do desenvolvimento criadas anteriormente (sucessivos meios técnicos), a indústria tornou-se diversificada, inclusive iniciando sua desconcentração; a agricultura, por sua vez, se moderniza no Sul e no Sudeste e em outras regiões, nas quais se destacam os Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Bahia. No caso do Nordeste, a difusão da irrigação permitiu o aproveitamento agrícola intensivo de parte de suas terras. 3 - Urbanização do território: desde a década de 1970, constata-se a difusão do fenômeno urbano em todas as regiões , com a multiplicação do número de cidades locais, a criação de numerosas cidades médias em todos os Estados. Ao mesmo tempo, há o surgimento de novas grandes cidades; 4 - Região concentrada: representa a expressão mais intensa do meio técnico-científicoinformacional, pois essa é a área onde se verificam de modo contínuo os acréscimos de ciência e tecnologia ao território. Reúne o essencial da atividade econômica do país, com São Paulo mantendo o papel de metrópole nacional, baseado em sua condição de centro informacional e de serviços, e não mais apenas como centro industrial.
Cabos Submarinos no Brasil No Brasil, o primeiro cabo submarino fez parte da primeira linha telegráfica brasileira. Foi inaugurado em 1857 e interligava a Praia da Saúde no Rio de Janeiro com a cidade de Petrópolis. A linha tinha extensão total de 50 km, sendo 15 km em cabo submarino. Os primeiros cabos totalmente submarinos foram inaugurados por D. Pedro II em 1874, interligando o Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Belém. A linha Recife, João Pessoa, Natal foi estabelecida em 1875. A primeira ligação internacional por cabo foi feita no mesmo ano, com Portugal, tendo sido concluída por meio de contrato com a empresa British Eastern Telegraph Company. A ligação com a Europa foi resultado do espírito empreendedor de Irineu Evangelista de Souza, Barão e depois Visconde de Mauá, que participou da organização e financiamento da instalação do cabo submarino. http: //www. teleco. com. br/tutoriais/tutorialcsub/pagina_2. asp Em 1893 a companhia inglesa South American Cables Ltda. instalou um cabo submarino em Fernando de Noronha. Posteriormente, em 1914, a concessão deste cabo foi transferida para a França. Um segundo cabo submarino em Fernando de Noronha foi lançado pelos italianos da Italcable em 1925.
- Slides: 12