SISTEMA NICO DE SADE GOVERNO DO ESTADO DO

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA DO

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA DO PARÁ 9º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE DA MULHER Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Avanços e Desafios, Vigilância do Óbito Materno, Infantil e os Comitês de Investigação Enfª Iglea Thaiana Silva Fontinelles Santarém 2018

Morte Materna • É a morte de uma mulher durante a gravidez, durante o

Morte Materna • É a morte de uma mulher durante a gravidez, durante o parto ou após o nascimento da criança. O período vai desde a gravidez até o 42º dia após o parto, ou até término da gestação. (OMS) • Morte infantil • È a morte de crianças menores de um ano, dividindo –se em período neonatal e pós-neonatal.

Morte Materna E Infantil v Indicador de Vulnerabilidade social. v Indica o nível de

Morte Materna E Infantil v Indicador de Vulnerabilidade social. v Indica o nível de saúde de uma população. v Demonstra o desenvolvimento social e a Equidade de Gênero. v Mostra a qualidade da atenção à saúde das mulheres e crianças.

Morte Materna E Infantil v É preciso conhecer os fatores determinantes e condicionantes envolvidos

Morte Materna E Infantil v É preciso conhecer os fatores determinantes e condicionantes envolvidos na cadeia de eventos que levam à morte materna e infantil. v Essas informações subsidiam as intervenções e a prevenção do óbito.

Morte Materna Vigilância do Óbito Materno e Infantil - Para quê? Vigilância em saúde:

Morte Materna Vigilância do Óbito Materno e Infantil - Para quê? Vigilância em saúde: saúde acompanhamento sistemático de eventos adversos à saúde na comunidade, com o propósito de aprimorar as medidas de prevenção e controle. • • Levantamento dos dados: reconstituição da história de vida e de morte, da trajetória em busca de assistência Análise crítica e criteriosa: criteriosa problemas sociais, assistenciais, análise de evitabilidade. Correção, qualificação de dados Atuação para prevenção de novas ocorrências retorno às equipes, corresponsabilização, mudanças, mobilização social.

A IMPORT NCIA DA VIGIL NCIA DO ÓBITO ü Em 2004, o Pacto Nacional

A IMPORT NCIA DA VIGIL NCIA DO ÓBITO ü Em 2004, o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal que reconhece a vigilância do óbito materno, por intermédio da organização da investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil e da criação dos Comitês de Mortalidade Materna, como uma estratégia fundamental para o alcance dos seus objetivos. ü A Portaria GM/MS nº 1. 172, de 15 de junho de 2004, definiu a vigilância epidemiológica da mortalidade materna como uma atribuição de municípios e estados.

A IMPORT NCIA DA VIGIL NCIA DO ÓBITO ü Em 2008, a Portaria GM/MS

A IMPORT NCIA DA VIGIL NCIA DO ÓBITO ü Em 2008, a Portaria GM/MS nº 1. 119 de 5 de junho, regulamentou esta prática estabelecendo prazos e fluxos da investigação. ü O instrumento base para o desencadeamento do processo de investigação é a Declaração de Óbito (DO), que deve ser adequadamente preenchida em todos os campos, com destaque nestes casos para sexo, idade e aqueles que caracterizam um óbito materno declarado.

Quem realiza as Ações de Vigilância ? Equipe Secretaria de Saúde, Multiprofissional Integração Atenção

Quem realiza as Ações de Vigilância ? Equipe Secretaria de Saúde, Multiprofissional Integração Atenção de Saúde + Vigilância Equipes de Saúde da Família - Atenção Básica entrevista domiciliar levantamento de dados ambulatoriais Equipe Vigilância + Atenção à Saúde serviços de atenção especializada serviços de urgência e hospital Equipe Hospitalar: comitês / núcleos investigação

Comitês de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil Multiprofissional, Atenção de Saúde + Vigilância,

Comitês de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil Multiprofissional, Atenção de Saúde + Vigilância, entidades profissionais, universidades, controle social Análise crítica, análise de evitabilidade, conclusão Retorno com encaminhamentos formal e recomendações para os serviços e gestores: Centros de Saúde, ESF, ambulatórios, hospitais Divulgação para a sociedade Fóruns Perinatais Monitoramento da implementação das ações

 Segundo o Ministério da Saúde, a mortalidade materna no Brasil caiu 58% entre

Segundo o Ministério da Saúde, a mortalidade materna no Brasil caiu 58% entre 1990 e 2015 de 143 para 60 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. A RMM nos Países Desenvolvidos é menor que 10 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos

 Segundo o Ministério da Saúde, a mortalidade infantil no Brasil caiu 63% entre

Segundo o Ministério da Saúde, a mortalidade infantil no Brasil caiu 63% entre 1990 e 2008, de 47, 1 para 17, 6 óbitos infantis por mil nascidos vivos. Atualmente a taxa média nacional de óbito infantil é 12% por mil nascidos vivos E a taxa média de óbito infantil do Pará está em 15%.

Quais as principais causas dos óbitos materno? HIPERTENSÃO HEMORRAGIAS INFECÇÕES PUERPERAIS COMPLICAÇÕES DO APARELHO

Quais as principais causas dos óbitos materno? HIPERTENSÃO HEMORRAGIAS INFECÇÕES PUERPERAIS COMPLICAÇÕES DO APARELHO CIRCULATÓRIO ABORTO

Qual a quantidade de Óbito Materno no Estado do Pará no ano de 2017

Qual a quantidade de Óbito Materno no Estado do Pará no ano de 2017 ? Óbitos Maternos Declarados Óbito de Mulher em idade fértil totais Total de óbitos notificados 114 2451 2565

Qual a proporção dos óbitos Materno em relação aos óbitos em Mulheres ? Óbitos

Qual a proporção dos óbitos Materno em relação aos óbitos em Mulheres ? Óbitos Maternos Declarados em relação ao total de Óbitos em Mulheres de Idade Fértil no Estado do Pará - Ano 2017 3000 2565 2451 2500 2000 1500 1000 500 114 0 4. 44 Óbitos Maternos Declarados Fonte: SIM / Página Federal / 9 CRS Dados coletados em 20/02/2018 95. 56 Óbito de Mulherem idade fértil totais Total de óbitos notificados

Óbito Materno nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós Óbitos Maternos Notificados - 2017

Óbito Materno nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós Óbitos Maternos Notificados - 2017 Trairão; 1 Faro; 1 Itaituba; 2 Faro Itaituba Juruti Santarém; 5 Juruti; 1 Monte Alegre Oriximiná Prainha Santarém Trairão Oriximiná; 2 Prainha; 1

Óbito Materno nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós % óbito investigados; 35. 71

Óbito Materno nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós % óbito investigados; 35. 71 % Não inestigados % óbito investigados % Não inestigados; 57. 14

Quais as principais causas dos óbitos infantis? INFECÇÕES PERINATAIS: asfixia, sífilis, prematuridade MAL FORMAÇÃO

Quais as principais causas dos óbitos infantis? INFECÇÕES PERINATAIS: asfixia, sífilis, prematuridade MAL FORMAÇÃO CONGÊNITAS DOENÇAS INFECCIOSAS E RESPIRATÓRIAS: diarréia e peneumonia

Qual a quantidade de Óbito Infantil ? Fonte: SIM/ MS

Qual a quantidade de Óbito Infantil ? Fonte: SIM/ MS

Qual a quantidade de Óbito Infantil ? 140 123 120 100 80 60 47

Qual a quantidade de Óbito Infantil ? 140 123 120 100 80 60 47 40 32 29 26 19 20 12 11 11 10 Jacareacanga Novo Progresso Óbidos Almeirim 0 Santarém Fonte: SIM/ MS Itaituba Oriximiná Alenquer Monte Alegre Juruti

Qual a quantidade de Óbito Infantil ? Percentual de Óbitos Neonatal e Infantil 100.

Qual a quantidade de Óbito Infantil ? Percentual de Óbitos Neonatal e Infantil 100. 00 90. 00 88. 46 87. 23 83. 74 81. 25 89. 47 81. 82 79. 31 80. 00 72. 73 70. 00 60. 00 58. 33 60. 00 50. 00 41. 67 40. 00 Perc. Infantil 27. 27 30. 00 18. 75 16. 26 20. 00 20. 69 18. 18 12. 77 11. 54 10. 53 10. 00 No rim Al m ei s id o Ób es s vo P ro gr ac a re ca Ja o ng a i ru t Ju e M on t e A le gr en qu er Al á in m Or ixi itu ba Ita Sa nt ar ém 0. 00 Fonte: SIM/ MS Perc. Neonatal

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Avanços Profissionais da vigilância capacitados para

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Avanços Profissionais da vigilância capacitados para exercerem os serviços de codificação, investigação de óbitos e alimentação do sistema de informação; Criação e/ou reestruturação dos Comitês Municipais da Mortalidade Materna e Neonatal. (Santarém, Novo Progresso, Alenquer, jacareacanga, Prainha, Itaituba, Juruti)

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Avanços • Adesão ao Pré- natal

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Avanços • Adesão ao Pré- natal do parceiro; • Qualificação do sistema e da gestão da informação; • Atendimentos e oferta de medicamentos para a saúde sexual e reprodutiva; • Prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites; • Implementação da Triagem neonatal nas Unidades de Saúde. • Atendimento de crianças no programa de Crescimento e Desenvolvimento. • Atendimento do PROAME. • Municípios desenvolvendo ações de saúde na semana do bebê.

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Avanços • Adesão dos municípios à

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Avanços • Adesão dos municípios à Rede Cegonha; • Realização de pré-natal na Unidade Básica de Saúde com acolhimento às intercorrências na gestação com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade; • Capacitações dos profissionais da atenção primária em AIDPI ; • Capacitação para profissionais de centro obstétrico e acolhimento e classificação de risco; • Acesso ao pré-natal de alto de risco em tempo oportuno; • Realização dos exames de pré-natal de risco habitual ; • Testagem de HIV, Sífilis e hepatite para as gestantes e os parceiros; • Recursos para ampliação da quantidade de exames no prénatal;

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Desafios • Mudança do Modelo de

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Desafios • Mudança do Modelo de Atenção á saúde • Assegurar que todas as MIF sejam atendidas no Planejamento Reprodutivo; • Redução do Índice de gravidez em adolescentes; • Capitação precoce da gestante. • Erradicação da Violência Obstétrica; • Insuficiência de leitos obstétricos e neonatais (UTI, UCI e Canguru) de acordo com as necessidades regionais; • Ambiência das maternidades orientadas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2008 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); PPP • Insuficiência de Profissionais Especialistas na rede, atendimento ambulatorial e hospitalar.

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Desafios • Agilidade na investigação dos

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Desafios • Agilidade na investigação dos óbitos. (120 encerramento da investigação). dias para Mobilização efetiva da sociedade para a mudança necessária e garantia de direitos. • Maior participação do Controle social: garantia de direitos de cidadania. • • Qualificar atenção ao parto e nascimento: • Reduzir o excesso intervenções no parto • Reduzir cesarianas desnecessárias prematuridade, BPN, asfixia intraparto • Abranger Saúde Suplementar

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Desafios • Implementação de práticas de

Mortalidade Materna e Infantil no estado do Pará: Desafios • Implementação de práticas de atenção à saúde baseada em evidências científicas, nos termos do documento da Organização Mundial da Saúde, de 1996: "Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento"; • Garantia de acompanhante durante o acolhimento e o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato; • Implementação de acolhimento com classificação de risco nos serviços de atenção obstétrica e neonatal;

A mortalidade Materna não é apenas um dado estatístico. Tem rosto, nome e história!

A mortalidade Materna não é apenas um dado estatístico. Tem rosto, nome e história!

“Caso Alyne” Alyne Pimentel sofreu por vários dias sem atendimento adequado, mesmo em situação

“Caso Alyne” Alyne Pimentel sofreu por vários dias sem atendimento adequado, mesmo em situação de risco na gravidez. Ela foi atendida em 11 de novembro de 2001 na Casa de Saúde Nossa Senhora da Glória de Belford Roxo (RJ), grávida de seis meses com fortes dores abdominais, náusea e vômito. Mesmo assim, foi apenas medicada e encaminhada para casa. Dois dias depois, em 13 de novembro, retornou ao hospital onde um médico a examina e decide interná-la. Após seis horas o parto foi induzido e Alyne dá a luz a um bebê que nasce morto. Mesmo necessitando ser operada imediatamente para remover a placenta e prevenir hemorragia e infecção pós-parto, ela só foi operada na manhã seguinte – quase 14 horas depois do parto. Ainda no dia 14, após a cirurgia, a jovem começou a apresentar hemorragia e a vomitar sangue. Quando a mãe da vítima ligava para saber o estado de saúde de sua filha, a equipe médica assegurava que ela estava bem, apesar dos registros médicos indicarem o contrário. No dia seguinte, os médicos informaram que a paciente apresentava hemorragia digestiva e necessitava de uma transfusão de sangue imediata, indicando para isso sua transferência para o Hospital Geral de Nova Iguaçu. No entanto, Alyne teve que esperar oito horas pela ambulância e chegou ao hospital já apresentando sinais de coma. No dia 16 de novembro, às 19 horas, a jovem negra de 28 anos moradora da Baixada fluminense morreu de hemorragia interna, deixando órfã uma filha de cinco anos na época.

Obrigada!!!

Obrigada!!!