SIMBOLOGIA PEAS DE NELSON RODRIGUES SIMBOLOGIA Nelson tomou

SIMBOLOGIA PEÇAS DE NELSON RODRIGUES

SIMBOLOGIA Nelson tomou liberdades que nem um outro dramaturgo tinha tomado, essas liberdades se inscreveriam na escola surrealista, expressionista e no Teatro do Absurdo.

SIMBOLOGIA O teatro do absurdo propõe revelar o inusitado, como já diz o nome, ele foca principalmente o comportamento humano, deflagrando a relação das pessoas e seus atos concomitantes.

SIMBOLOGIA O objetivo maior desse gênero é promover a reflexão no público, de forma que a maioria dos roteiros absurdos procuram expor o paradoxo, a incoerência, a ignorância de seus personagens em um contexto bastante expressivo, trágico aprofundado pela discussão psicológica de cada personagem apresentado, com uma nova linguagem.

SIMBOLOGIA Trabalhando com mitos e arquétipos, Nelson nos legou a complexidade da contradição e possibilitou simbologias e temas que acompanhariam sistematicamente toda a sua obra.

SIMBOLOGIA: A MORTE Raramente natural, é acompanhada sempre por violência em quase toda a totalidade dos desfechos trágicos, como uma punição que dá vitória final ao princípio moral / superego / sociedade. A morte não é colocada como castigo, mas como uma finalização necessária ao conflito. Só através da morte simbólica da figura repressora externa ou interna é que o conflito pode ser resolvido.

SIMBOLOGIA: O SOFRIMENTO A maioria dos protagonistas de Nelson suporta uma carga de aniquilamento que os aproximam dos heróis expressionistas e trágicos. Para eles, a morte deixa de ser punição para assumir a fase de redenção.

SIMBOLOGIA: A CAMA DO CASAL E O Não aparece como o local do encontro e da união. Transforma-se em mais uma maneira de se estar só.

SIMBOLOGIA: CASAMENTO Esta instituição nos é apresentada como algo triste, insípido e casto.

SIMBOLOGIA: A CASA A casa não é o palco para o encontro de homens e mulheres. É o local da família, da mãe e dos seus. É o local do feminino e das relações pessoais. É regido por regras definidas pelo parentesco. É o local do respeito entre pais e filhos, do autoritarismo e do controle.

SIMBOLOGIA: A RUA Construindo o par dialético da casa está a rua. A rua é o local da competição, da seleção natural, do trabalho, de uma ética pertencente a um modelo ainda masculino. É o local da escolha de relações, da disputa e onde nem a hierarquia e nem os papéis de cada membro é claro. A rua aparece como o lugar do desregramento, é onde o homem fazse animal, perpetuamente solteiro e as mulheres tornam-se ali possuidoras dotes profanos, sendo mais um objeto a ser caçado e adquirido. A expressão mulher de rua fala por si.

SIMBOLOGIA: A ESPOSA A esposa tem no seu arquétipo a imagem da santa, intocável e assexuada. O profano viola o ambiente da santa, macula a honra de uma moral cristã e a sua respectiva instituição doméstica. Encontramos na casa a santa e na rua a prostituta.

SIMBOLOGIA: A MERETRIZ Os prazeres carnais do feminino, no teatro rodrigueano, ficam destinados exclusivamente às meretrizes, e assim também suas consequências. Ir da santa para a prostituta é um convite constante, saboroso e de fácil execução. Já o oposto custa longos rituais e sacrifícios que muitas vezes não resulta em nada. Santa e prostituta são os arquétipos de nossas personagens femininas.
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