Servomecanismo N 7 SRV Prof Dr Cesar da

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Servomecanismo N 7 SRV Prof. Dr. Cesar da Costa 9. a Aula: Motores de

Servomecanismo N 7 SRV Prof. Dr. Cesar da Costa 9. a Aula: Motores de Passo

Introdução q Os Motores de Passo são dispositivos eletromecânicos que convertem pulsos elétricos em

Introdução q Os Motores de Passo são dispositivos eletromecânicos que convertem pulsos elétricos em movimentos mecânicos, que geram variações angulares discretas. q O rotor ou eixo de um motor de passo é rotacionado em pequenos incrementos angulares, denominados “passos”, quando pulsos elétricos são aplicados em uma determinada sequência nos terminais deste. q A rotação de tais motores é diretamente relacionada aos impulsos elétricos que são recebidos, bem como a sequência a qual tais pulsos são aplicados reflete diretamente na direção a qual o motor gira. q A velocidade que o rotor gira é dada pela frequência de pulsos recebidos e o tamanho do angulo rotacionado é diretamente relacionado com o número de pulsos aplicados.

Introdução q Um motor de passo pode ser uma boa escolha sempre que movimentos

Introdução q Um motor de passo pode ser uma boa escolha sempre que movimentos precisos são necessários. Eles podem ser usados em aplicações onde é necessário controlar vários fatores tais como: v Angulo de rotação; v Velocidade; v Posição; v Sincronismo.

Introdução q O ponto forte de um motor de passo não é a sua

Introdução q O ponto forte de um motor de passo não é a sua força (torque), tampouco sua capacidade de desenvolver altas velocidades, ao contrário da maioria dos outros motores elétricos, mas sim a possibilidade de controlar seus movimentos de forma precisa. q Por conta disso este é amplamente usado em impressoras, scanners, robôs, câmeras de vídeo, brinquedos, automação industrial entre outros dispositivos eletrônicos que requerem de precisão.

Características 1. Inexistência de escovas – os motores de passo não possuem escovas. Os

Características 1. Inexistência de escovas – os motores de passo não possuem escovas. Os comutadores e escovas dos motores convencionais são os componentes que apresentam a maioria das falhas e ainda podem criar arcos que são indesejáveis e perigosos em alguns ambientes. 2. Independência da carga – os motores de passo giram com uma dada velocidade independentemente da carga, desde que a carga não exceda o torque do motor.

Características 3. Posicionamento em malha aberta – Os motores de passo se movem com

Características 3. Posicionamento em malha aberta – Os motores de passo se movem com incrementos ou passos que podem ser quantificados. Desde que o motor funcione com o torque especificado, a posição do eixo é conhecida a todo tempo sem necessidade de um mecanismo de realimentação. 4. Torque Estacionário – Os motores de passo são capazes de manter o eixo estacionário, desde que o seu torque seja respeitado. 5. Excelente resposta a partida, parada e a reversão de movimento.

Tipos de Motores de Passo q Há três tipos básicos de motores de passo:

Tipos de Motores de Passo q Há três tipos básicos de motores de passo: imã permanente, relutância variável e híbrido. 1) Motores de imã permanente § Os motores de imã permanente possuem um rotor magnetizado ou de imã permanente (Fig. 1).

Tipos de Motores de Passo 1) Motores de imã permanente v Este tipo de

Tipos de Motores de Passo 1) Motores de imã permanente v Este tipo de motor tem um ímã permanente em um eixo liso, gerando uma mecânica mais simples e barata. A vantagem desse tipo de motor é o fato dele ter um campo magnético permanente que se soma ao campo magnético das bobinas, dando uma potência, ou torque, maior na partida. v A desvantagem desse tipo de motor é o fato deles terem um passo maior, com menor precisão.

Tipos de Motores de Passo 1) Motores de imã permanente v Quando uma bobina

Tipos de Motores de Passo 1) Motores de imã permanente v Quando uma bobina do estator é ativada, o eixo se alinha com o campo magnético até o estator ser desligado e o estator seguinte ligado (Fig. 2).

Tipos de Motores de Passo 1) Motores de imã permanente v A resolução do

Tipos de Motores de Passo 1) Motores de imã permanente v A resolução do motor de passo com imã permanente pode ser aumentada, através do aumento do número de polos no rotor ou aumento do número de fases Fig. 3.

Tipos de Motores de Passo 1) Motores de imã permanente Fig. 4: Motor de

Tipos de Motores de Passo 1) Motores de imã permanente Fig. 4: Motor de passo de imã permanente , 24 -polos construção “can-stack”.

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável v Os motores de

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável v Os motores de relutância variável ( também chamado de motores de relutância variável chaveada) possuem de 3 a 5 bobinas conectadas a um terminal comum. A Fig. 5 mostra um corte de um motor com 2 bobinas, com 90 graus por passo. Fig. 5: Motor de passo de relutância variável

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável v O eixo do

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável v O eixo do motor é feito de ferro, e não contém um ímã, onde o campo magnético é formado pela energização das bobinas para alinhar o eixo. A grande diferença desse tipo de motor é fato de não haver um campo magnético permanente fazendo ele ter um torque, ou força, menor na saída. v Os dentes do eixo são alinhados com os dentes de um estator e desalinhados com relação ao outro, em seguida, o próximo grupos de bobinas é ligado alinhado o eixo ao outro estator e desalinhando do estator anterior, fazendo o eixo girar em passos Fig. 5.

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável Fig. 6 Princípio de

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável Fig. 6 Princípio de Funcionamento do Motor de Relutância Variável.

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável v A resolução do

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável v A resolução do motor de passo de relutância variável pode ser aumentado, através do aumento dos dentes no rotor e através do aumento do número de fases Fig. 7: Aumento de Resolução de um Motor de Relutância Variável.

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável Figura 8: Motor de

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável Figura 8: Motor de relutância variável de 3 e 4 fases

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável Figura 9: Seqüência de

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável Figura 9: Seqüência de passos para um motor de relutância variável.

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável Figura 10: Ilustração motor

Tipos de Motores de Passo 2) Motor de Relutância Variável Figura 10: Ilustração motor de passo de relutância variável.

Tipos de Motores de Passo 3) Motor Híbrido v O eixo do motor é

Tipos de Motores de Passo 3) Motor Híbrido v O eixo do motor é construído com dois grupos de dentes, um com o POLO SUL saliente e o outro com o POLO NORTE, de modo que os dentes fiquem alternados Fig. 11 Eixo de um Motor Híbrido.

Tipos de Motores de Passo 3) Motor Híbrido v De forma semelhante aos tipos

Tipos de Motores de Passo 3) Motor Híbrido v De forma semelhante aos tipos anteriores, as bobinas devem ser ligadas em sequência para o eixo poder girar Fig. 12 Funcionamento de um Motor Híbrido.

Tipos de Motores de Passo 3) Motor Híbrido Fig. 13: Motor de passo Híbrido.

Tipos de Motores de Passo 3) Motor Híbrido Fig. 13: Motor de passo Híbrido.

Tipos de Motores de Passo 3) Motor Híbrido Fig. 14: Diagrama de um motor

Tipos de Motores de Passo 3) Motor Híbrido Fig. 14: Diagrama de um motor de passo Híbrido.

Tipos de Polos q Motores de passo, geralmente têm duas fases e podem ser

Tipos de Polos q Motores de passo, geralmente têm duas fases e podem ser unipolar ou bipolar. q Nos motores de passo unipolares são usados dois enrolamentos por fase e costumam ter um contato em comum, resultando em cinco, seis ou oito conexões. Nos modelos onde a conexão comum dos dois pólos é separada, são seis conexões externas e nos modelos onde a conexão comum é soldada internamente, são cinco conexões externas.

Tipos de Polos q Os de oito conexões externas contêm a conexão em comum

Tipos de Polos q Os de oito conexões externas contêm a conexão em comum dos dois pólos separada e facilitam a ligação em série ou paralela das bobinas. Eles são chamados de unipolares e facilitam o projeto por não necessitar de ligação reversa nos pólos. Os modelos com cinco ou seis conexões têm as bobinas ligadas em série e necessitam da capacidade de reverter as ligações entre as bobinas Fig. 15 Motor de Passo Unipolar.

Tipos de Polos q Ligação reversa é um tipo de ligação muito comum entre

Tipos de Polos q Ligação reversa é um tipo de ligação muito comum entre motores unipolares onde os polos A e B da bobinas podem ser ligados ao positivo e negativo respectivamente, ou invertida, negativo e positivo respectivamente. q Os Motores de Passo Bipolar usam uma ligação por pólo e necessitam que o circuito de controle possa reverter o sentido da corrente para acionar as bobinas de forma correta Fig. 16 Motor de Passo Bipolar

Tipos de Ligações q Motor de passo bipolar pode ser um pouco mais difícil

Tipos de Ligações q Motor de passo bipolar pode ser um pouco mais difícil de operar e utiliza duas vezes mais fios no mesmo espaço físico. Diferentes projetos requerem diferentes tipos de configuração de motor de passo. Fig. 17 Diferentes tipos de ligações

Tipos de Ligações Wave Drive - Liga uma bobina por vez, com menor consumo

Tipos de Ligações Wave Drive - Liga uma bobina por vez, com menor consumo de energia, porém, com menor torque.

Tipos de Ligações Full Drive - Liga duas bobinas por vez, com maior consumo

Tipos de Ligações Full Drive - Liga duas bobinas por vez, com maior consumo de energia e maior torque.

Half Drive - Alterna a ligação de uma e duas bobinas por vez, dobrando

Half Drive - Alterna a ligação de uma e duas bobinas por vez, dobrando a quantidade de passos necessários para o motor girar 360°, porém, é menos veloz.

Ressonância q Os motores de passo possuem uma frequência de ressonância natural uma vez

Ressonância q Os motores de passo possuem uma frequência de ressonância natural uma vez que pode ser modelado como um conjunto massa-mola. q Quando o acionamento está próximo desta frequência pode ocorrer uma mudança audível no seu ruído bem como um aumento na sua vibração. q Este ponto de ressonância varia com a aplicação e a carga, mas ocorre entre 70 a 120 passo por segundo. q Em casos severos o motor pode perder passos nesta frequência. A forma de evitar este problema é evitar esta faixa de frequência. q O acionamento por meio passo (half stepping) e micro passos reduzem este tipo de problema. Em aceleração da velocidade, a zona de ressonância deve ser ultrapassada o mais rapidamente possível.

Micro-passos (Micro-stepping) q Micro-passos envolvem uma interpolação entre as posições de passo completo e

Micro-passos (Micro-stepping) q Micro-passos envolvem uma interpolação entre as posições de passo completo e meio passo. Isto é obtido através do controle linear das correntes de acionamento dos estatores. q Micro-passos provem uma grande precisão e operação suave em baixas velocidades e diminuem as possibilidades de ressonância. q Micro-passos requerem acionamentos linear complexo com conversores digitais-analógicos para determinação das correntes nos enrolamentos. q Em princípio não há limites para o número de micro-passos, no entanto em termos práticos não se utiliza mais que 256 micro-passos por passo completo

Modelo do Motor de Passo No enrolamento A do motor: No enrolamento B do

Modelo do Motor de Passo No enrolamento A do motor: No enrolamento B do motor: Onde: • va é a tensão aplicada no enrolamento; • ia é corrente no enrolamento; e • ea é a tensão induzida no enrolamento

Exercício: 1. No link abaixo assista uma aplicacao de CLP acionando um motor de

Exercício: 1. No link abaixo assista uma aplicacao de CLP acionando um motor de Passo. https: //www. youtube. com/watch? v=Lw 1 mh_uugio 2. Desenvolva um programa em linguagem Ladder, para o CLP Clic 2 da WEG, que acione um motor de passo.