Semntica Estilstica Semntica Formal Figuras Enunciao Semntica formal

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Semântica Estilística Semântica Formal Figuras Enunciação

Semântica Estilística Semântica Formal Figuras Enunciação

Semântica formal n Princípio: é preciso conhecer as condições de verdade de uma sentença

Semântica formal n Princípio: é preciso conhecer as condições de verdade de uma sentença para sabermos o seu significado n signo linguístico: referência (aquilo do que se fala) sentido (o modo de apresentação do objeto) n significado de uma sentença: condições de verdade, circunstâncias em que a sentença pode ser considerada verdadeira ou falsa.

Referência constitui o modo de se referir ao objeto a que se refere n

Referência constitui o modo de se referir ao objeto a que se refere n Possibilidades vão além do uso do léxico com contribuição das regras sintáticas n (a) João ama Maria. agente n (b) Maria ama João. paciente n

Referência Maneiras de se referir a indivíduos no mundo Ex. : jogador de futebol:

Referência Maneiras de se referir a indivíduos no mundo Ex. : jogador de futebol: “Ronaldinho”, “o fenômeno”, “o gorducho” n n formas definidas reconhecidas por nós devido às condições que as tornam verdadeiras n a verdade não está relacionada ao que é inerente ao ser referido, mas à construção dela no contexto social em que o referido se encontra

Referência e sentido n Referência todas as expressões apontam para o mesmo indivíduo no

Referência e sentido n Referência todas as expressões apontam para o mesmo indivíduo no mundo, ao jogador de futebol que se chama Ronaldo n Sentido cada uma das expressões tem um sentido diferente, pois elas nos informam que o indivíduo Ronaldo pode ser encontrado no mundo por caminhos diferentes

Acarretamento No nível da palavra, quando temos a hiponímia e a hiperonímia, observamos que

Acarretamento No nível da palavra, quando temos a hiponímia e a hiperonímia, observamos que há o significado de uma palavra contido no significado de outra n Pode-se, então, transferir essa noção para o nível da sentença para se chegar à noção de acarretamento n

Acarretamento (a) João continua fumando. (b) João fuma desde adolescente. A informação no enunciado

Acarretamento (a) João continua fumando. (b) João fuma desde adolescente. A informação no enunciado (b) está contida em (a), n (b) é hipônimo de (a), isto é, a afirmação em (a) acarreta a afirmação em (b) n

acarretamento se estabelece exclusivamente entre referências: as ações de “ continuar fumando” e “fuma

acarretamento se estabelece exclusivamente entre referências: as ações de “ continuar fumando” e “fuma desde adolescente” estão associadas a mesma referência “João” n uma sentença acarreta outra se a verdade da primeira garante a verdade da segunda ou a falsidade da segunda garante a falsidade da primeira n

acarretamento Duas sentenças estabelecem relação de acarretamento se: n A sentença (a) for verdadeira,

acarretamento Duas sentenças estabelecem relação de acarretamento se: n A sentença (a) for verdadeira, a sentença (b) também é verdadeira; n A informação da sentença (b) está contida na informação da sentença (a); n A sentença (a) e a negação da sentença (b) são sentenças contraditórias

Pressuposição vai além do conteúdo informacional da sentença, está relacionada às condições de uso

Pressuposição vai além do conteúdo informacional da sentença, está relacionada às condições de uso determinadas pelo discurso n uma informação é pressuposta quando ela se mantém mesmo que seja negada O João parou de fazer caminhada. pp: João tinha o hábito de fazer caminhada. n

Pressuposição O João parou de fazer caminhadas. n O João não parou de fazer

Pressuposição O João parou de fazer caminhadas. n O João não parou de fazer caminhadas. n Se o João parou de fazer caminhadas. . . n O João parou de fazer caminhadas? n pp implica uma família de implicações: declaração afirmativa, negação, interrogação e condição antecedente

Pressuposição a) Maria sabe que Pedro tem o costume de dormir na aula. Pp:

Pressuposição a) Maria sabe que Pedro tem o costume de dormir na aula. Pp: Pedro tem o costume de dormir na aula. Família: Maria não sabe que Pedro tem o costume. . . Maria sabe que Pedro tem o costume. . . ? Se Maria sabe que Pedro tem o costume. . . ,

Acarretamento e pressuposição n n n Noções como implicações ou inferências Acarretamento: relação entre

Acarretamento e pressuposição n n n Noções como implicações ou inferências Acarretamento: relação entre 2 sentenças, de tal modo que a verdade da 2ª decorre da verdade da 1ª; é exclusivamente a partir da sentença proferida que podemos inferir alguma verdade Pressuposição: conhecimento compartilhado por falante/ouvinte, prévio à sentença proferida; envolve uma família de implicações

Ambiguidade n ocorre quando se pode atribuir mais de um sentido ao que foi

Ambiguidade n ocorre quando se pode atribuir mais de um sentido ao que foi dito. Podemos observar a ambiguidade em relação ao significado das palavras, construção sintática da sentença ou, até mesmo, pela forma como se faz referência no texto. Vejamos estes dois exemplos: 1. Joana pegou a caixa vazia do presente que estava em cima da cama. O que estava em cima da cama? A caixa ou o presente? Retirando a ambiguidade: Joana pegou a caixa vazia do presente a qual estava em cima da cama.

Ambiguidade 2. Sentado na calçada , o menino avistou um mendigo. Quem estava sentado

Ambiguidade 2. Sentado na calçada , o menino avistou um mendigo. Quem estava sentado na calçada: o menino ou o mendigo? Retirando a ambiguidade: O menino avistou um mendigo que estava sentado na calçada.

Paráfrase n A paráfrase ocorre com base no mesmo princípio da sinonímia (equivalência de

Paráfrase n A paráfrase ocorre com base no mesmo princípio da sinonímia (equivalência de sentido entre palavras) só que no nível da sentença. Vejamos o exemplo: a) João encontrou o caminho. b) O caminho foi encontrado por João. Há uma equivalência de sentido: a informação é a mesma, porém na alternativa (a) João é o “tema” e “caminho” é o rema. Na alternativa (b), mudamos o foco.

linguagem figurada n n Metáfora “O homem era um touro”. Símile “O homem era

linguagem figurada n n Metáfora “O homem era um touro”. Símile “O homem era forte como um touro”. Quatro elementos explícitos: 1. comparado ou termo real (homem) 2. comparante ou termo irreal, imaginário, metafórico (touro), 3. análogo, que explicita o ponto comum entre os dois termos (forte) 4. e o nexo gramatical “como”

linguagem figurada n n n Metonímia: substantivo que designa uma realidade A é substituída

linguagem figurada n n n Metonímia: substantivo que designa uma realidade A é substituída por outra palavra que designa uma realidade B, em virtude de uma relação de vizinhança “ter um teto para morar”, “o pão nosso de cada dia” Na verdade a mão escrava Passava a vida limpando O que o branco sujava, ê (Chico & Gil)

Sinédoque n É a troca de palavras com significado de diferente extensão, havendo entre

Sinédoque n É a troca de palavras com significado de diferente extensão, havendo entre elas uma relação de inclusão.

Estilística da frase Objeto: combinação das regras estabelecidas pela norma gramatical e desvios expressivos

Estilística da frase Objeto: combinação das regras estabelecidas pela norma gramatical e desvios expressivos na ordem da sintaxe Frases: exprimem um sentido e são classificadas em: 1. declarativas (expressão de um fato – uso de ponto final); 2. exclamativas (expressão de sentimentos variados - ponto de exclamação); 3. imperativas ( expressão de um fato desejável ou ordem) ; 4. interrogativas (expressão de um fato emotivo ou apelativo).

Estilística da frase: exemplos de desvios da norma como recurso expressivo 1. Predicativo do

Estilística da frase: exemplos de desvios da norma como recurso expressivo 1. Predicativo do sujeito em alternância com advérbio. Por exemplo: “A neve caia levemente” e , no mesmo poema, “ A neve caia desfeita e branca” O predicativo “desfeita e branca” assume a expressividade do advérbio “levemente”; 2. Pausa entre sujeito e predicado: “O menino, brincava. ” O uso da vírgula separando sujeito e predicado é inadmissível no uso da norma gramatical, porém ao utilizá-la, agregamos expressividade ao ato de brincar;

Estilística da frase: exemplos de desvios da norma como recurso expressivo 3. Elipse (

Estilística da frase: exemplos de desvios da norma como recurso expressivo 3. Elipse ( algo que se deixou de dizer) : “Mulher perguntou se ele queria beber gol, se doente estava. ”; 4. Pleonasmo (redundância): “” estavam sem saber como voltar para suas casinhas deles. ” (Manuelzão - G. Rosa) ; 5. Anacoluto é redundância com quebra de construção: ”Eu, que era sorridente e leve, eis-me pesada e triste”

Estilística da frase Segmentação: frequentemente, acompanhada de uma inversão e de um pleonasmo: “Ele

Estilística da frase Segmentação: frequentemente, acompanhada de uma inversão e de um pleonasmo: “Ele é interessante, esse livro. ” n Elipse: brevidade da expressão resultante de alguma coisa que se deixou de dizer, ou por se ter dito em outra frase, oração ou sintagma Ex. : Os mangues da outra margem jogam folhas vermelhas na corrente. Descem como canoinhas. Param um momento ali naquele remanso” (Guimarães Rosa) n Anacoluto: quebra de construção n

de realce ou espontaneidade, ou ainda expletivas: certas partículas destituídas de valor nocional e

de realce ou espontaneidade, ou ainda expletivas: certas partículas destituídas de valor nocional e sintático, mas portadoras de valor expressivo Exemplos: n “- E vocês também não me voltem mortos. Quero-os bem vivinhos e perfeitos” (M. Lobato) n “Vocês são brancos, lá se entendam” n

Relação entre as orações n 1. 2. Coordenação: relação entre as orações pode ser

Relação entre as orações n 1. 2. Coordenação: relação entre as orações pode ser estabelecida sem dependência uma da outra. Assindética: sem o elemento de ligação, o nexo ou conjunção. Sindética: com elemento de ligação, o nexo ou conjunção.

Estilística da frase: a relação entre as orações n Nas orações com relação por

Estilística da frase: a relação entre as orações n Nas orações com relação por coordenação: utilizados elementos de ligação (conectivos) ou conjunções n a ausência da conjunção (assíndeto) pode representar a espontaneidade da “fala” na escrita n o uso repetido de uma mesma conjunção (polissíndeto) destaca as orações. n exemplo: “E cheios de ternura e graça forma para a praça e começaram a se abraçar e ali dançaram“

Relação entre as orações n Subordinação: relação de dependência ou regência, e a oração

Relação entre as orações n Subordinação: relação de dependência ou regência, e a oração subordinada equivale a um substantivo, adjetivo ou advérbio que tem valor de termo subordinante.

Frase estilística n n n Há escritores que preferem períodos mais curtos; outros, períodos

Frase estilística n n n Há escritores que preferem períodos mais curtos; outros, períodos mais longos, dependendo do gosto pessoal, do estilo da época ou do gênero de composição do texto. A epopeia, por exemplo, caracteriza-se por ser constituída de períodos longos em que se encadeiam enumerações, além de ser rica de modulações, atendendo à grandiosidade desse estilo. Já em textos do tipo crônica ou em outros de cunho didático, o período breve está mais de acordo com a simplicidade, com a espontaneidade das manifestações emotivas ou com a vivacidade dos diálogos, bem como o tom despretensioso.

Frase incompleta Frases de dois membros (dirremas) n “Bonita, sua blusa” exprime o mesmo

Frase incompleta Frases de dois membros (dirremas) n “Bonita, sua blusa” exprime o mesmo fato da frase completa: Esta blusa é bonita. n “Cada macaco em seu galho” exprime o mesmo que: Cada macaco deve ficar em seu galho. b) Frases de um só membro (monorremas) n ocorrem em casos de informações sumárias, avisos, anúncios n exemplos: “Fechado para almoço”; “Rua sem saída”. a)

Estilística da frase: a ordem dos termos n De modo geral, o adjetivo (valor

Estilística da frase: a ordem dos termos n De modo geral, o adjetivo (valor apreciativo) é colocado antes do substantivo para realçar a qualidade atribuída ao sujeito. Exemplo: ” Uma comovente cena”; o adjunto preposicionado pode estar anteposto ao substantivo para realçar um aspecto relacionado ao sujeito. Exemplo: “ Do teu perfil, os tímidos, incertos Traços indefinidos (. . . )”; n A inversão da ordem no uso do verbo auxiliar enfatiza o verbo principal. Exemplo: “ Fugir você não pode”;