SEMINRIO CRESCER NA ERA DAS MDIAS ELETRNICAS OBRA
SEMINÁRIO “CRESCER NA ERA DAS MÍDIAS ELETRÔNICAS” OBRA DE DAVID BUCKINGHAM David Buckingham 1
Apresentação do Seminário Grupo: Gabriela Juliana Marluci Patrícia David Buckingham Ricardo 2
Capítulo 5 Mídias em mudança 3
“O ‘poder’ da mídia não é meramente uma propriedade. . . é necessariamente uma relação entre diferentes fatores”(p. 118). Tecnologias Instituições Textos Públicos 4
Equívoco nas perspectivas: • Crianças vítimas passivas da mídia ou • Crianças consumidoras ativas processos de mudança social e cultural mais amplos (p. 119) 5
Tecnologias: não produzem mudança social independente dos contextos em que são usadas. . . (p. 119). 6
As mudanças recentes nas tecnologias da mídia podem ser compreendidas: 1 Proliferação: multiplicação de formas de mídia digital. 2 Convergência: entre tecnologias de comunicação e de informação (Internet, TV digital. . . ). 3 Acesso: ao alcance do consumo doméstico (p. 120) 7
O acesso às novas tecnologias possibilita aos jovens desempenhar um papel muito mais ativo como produtores culturais (p. 122). (computador doméstico no quarto – criar música, manipular imagens e editar vídeos). 8
Instituições: Privatização das mídias Declínio do setor público Na era contemporânea – as crianças se tornaram muito mais valiosas nicho de mercado. (p. 127) 9
Textos Intertextualidade vídeos, jogos de computador, filmes, show de TV, propagandas, textos impressos. . . Um número cada vez maior de textos são apenas “estratégias” para promover ou anunciar outros textos e mercadorias. (Ex. mercado Disney) (p. 129) 10
Interatividade Muitas formas midiáticas – interatividade. O leitor (ou jogador) não está mais submetido passivamente ao texto. É preciso cuidado nas afirmações. (p. 129). 11
O público Uma das mudanças – maior interatividade da mídia. Autor lança a questão: as audiências querem de fato maior “atividade”? Pesquisas sugerem – grande parte faz uso casual e distraído. (p. 135) As transformações podem resultar – fragmentação do público – textos direcionados e vendidos para grupos especializados – a experiência muito menos coletiva. 12
O público Crianças – pela indústria midiática – “vanguarda” da mudança ou posicionadas desse modo pelas operações do mercado ↓ Adesão às novas mídias – geralmente maior em residências com crianças (p. 136) 13
Essas mudanças discursivas refletem mudanças mais amplas no status das crianças grupo social distinto Há uma confusão – noção das crianças como cidadãs reais ou potenciais e noção das crianças como consumidoras (pp. 143 -144) 1414
De volta às fronteiras Implicações das mudanças para as crianças: 1. Fronteiras parecem estar se diluindo – crianças tem maior acesso a materiais antes restritos adultos. 2. Fronteiras claramente reafirmadas – as crianças têm cada vez mais mídias produzidas para elas. (p. 143) 15
Infância midiática em mudança As mudanças nas mídias reforçam mudanças na infância. As crianças parecem muito mais difíceis de definir e controlar. Nos debates a respeito das mudanças na natureza do ensino e da oferta de lazer e de mídia, as vozes das crianças ainda são raramente ouvidas Os direitos autônomos das crianças – como consumidoras ou como cidadãs – continuam a ser apenas vagamente reconhecidos. (pp. 146 -147) 16
Capítulo 6 Paradigmas em Mudança 17
Paradigmas em Mudança Buckingham se propõe a “examinar os discursos sobre o público infantil – e, (. . . ) os diversos modos como a relação das crianças com as mídias eletrônicas tem sido definida e debatida no contexto das pesquisas acadêmicas. ” (p. 149) 18
A construção desse objeto, o público infantil, infantil vai se dar inevitavelmente a partir de modos parciais e particulares de investigação. É um discurso sobre outras pessoas (pp. 150 -151). Há, na visão contemporânea, contrastantes de sentimentalismo: duas formas ►a criança como inocente e vulnerável, e portanto carente da proteção dos adultos; (essa domina a arena pública) ►a criança como conhecedora da mídia, mídia como audiência ativa, possuidora de um tipo de sabedoria natural que orienta seu envolvimento com as novas mídias e tecnologias. (p. 152) (mais adotada pela indústria). 19
Importante observar como o autor deixa explícito o que vai abordar e o que não é a sua intenção nesse trabalho (p. 153). Rumo à audiência ativa Pesquisas do campo da psicologia nas duas últimas décadas: (publicação do livro – ano 2000) • afastamento da perspectiva behaviorista (foco estímulo-resposta). Pesquisa dos “efeitos”. aproximação das perspectivas construtivistas (estudo dos modos como a criança entende, interpreta e avalia aquilo a que assiste e o que lê) (pp. 154 -155). 20
Público social Em geral tem havido um afastamento da discussão sobre o efeitos (ênfase psicológica) e uma preocupação maior com os significados e usos das mídias (cunho mais sociológico). no contexto amplo das relações sociais e interpessoais (pp. 158 -159) 21
“Compreender as mídias não é simplesmente uma questão do que acontece na cabeça das crianças: é fundamentalmente um fenômeno social”. social (p. 166). 22
Os limites da audiência ativa Três ênfases centrais na pesquisa do autor, mas que também aponta problemas e limitações: define a criança como público ativo Simplesmente celebrar o “poder” dos receptores é ignorar o fato de que as relações dos receptores com as mídias se desenvolvem e se modificam. (pp. 166 -167) 23
busca compreender o ponto de vista da criança em seus próprios termos, em vez de nos termos dos adultos É ingênuo acreditar que possamos algum dia assumir o ponto de vista da criança – ou que esse ponto de vista seja algo que simplesmente se revelará a nós caso façamos as perguntas certas. ( a fala como uma arena) (pp. 168 -169) busca situar os usos que as crianças fazem das mídias dentro do contexto mais amplo das relações sociais e interpessoais (p. 166). As mídias são vistas não como influências externas, mas como estando entrelaçadas nas relações e dinâmicas familiares e de grupos de amigos. 24
O problema é que são poucas as pesquisas sobre mídia que envolvem a imersão de longo prazo. Ainda temos muito chão pela frente para chegarmos a desenvolver uma análise social mais ampla da audiência infantil (pp. 169 -170). Como argumentou Graham Murdock, os estudos de audiência “precisam ir além dos atos de consumo e resposta imediatos, para analisar as estruturas subjacentes que fornecem os contextos e os recursos para a atividade do público”. Precisamos entender as relações entre tecnologias, instituições, textos e audiências, sem necessariamente priorizar qualquer um deles (pp. 172 -173). 25
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