Seminrio Alunas Fabiana Aiolfe Francisco Patrcia Freitas Timothy
Seminário: Alunas: Fabiana Aiolfe Francisco Patrícia Freitas
T[imothy] J[ames] Clark • Nasceu em Bristol, Inglaterra, em 1943 • Graduado em História Moderna pela Cambridge University em 1964 • Ph. D em História da Arte pela University of London em 1973 Professor em várias instituições: 1967 -69: Essex University 1970 -74: University of Arts London 1974 -76: University of California, Los Angeles (UCLA) 1976 -79: University of Leeds 1980 -87: Harvard University 1988 -2010: University of California, Berkeley
Livros publicados 1973 1985 1999 2005 2006 2013
1966: T. J. Clark se junta ao grupo “Internacional Situacionista” (19571972), onde teve contato com Guy Debord, que desenvolveu o conceito de “sociedade do espetáculo” usado por Clark mais tarde. 1976: Funda, juntamente com outros intelectuais, o “Caucus for Marxism and Art of the College Art Association of America”. 2013: T. J. Clark participa da Festa Literária de Paraty
Alguns historiadores da arte que discordaram abertamente do trabalho de T. J. Clark: - Sir Nicholas Penny, diretor da National Gallery de Londres entre 2008 e 2015; - Eunice Lipton, historiadora de arte feminista especializada em arte francesa. Fez parte do “Caucus for Marxism” entre 1976 e 1980; - Griselda Pollock, historiadora de arte feminista e atual diretora do “Centre for Cultural Analysis, Theory and History” na University of Leeds Antologia de textos críticos preparada por Francis Frascina e Jonathan Harris publicada em 1992
Estrutura do livro: - Introdução: explicação da construção da obra - Reflexão sobre a pintura impressionista: Meyer Schapiro, 1939: aspecto moral, verdade visual com liberdade social, onde a forma da nova arte é inseparável de seu conteúdo: “Formas objetivas da recreação burguesa nas décadas de 1860 e 1870” - Uso da primeira pessoa - 4 conceitos apresentados pelo autor para compreensão da obra: classe, ideologia, espetáculo e modernismo
Conceitos: - CLASSE: representação econômica de um indivíduo, que determina sua efetiva posse ou seu alijamento dos meios de produção. Porém, a generalização dessa definição não corresponde à realidade, pois como os tecidos sociais são altamente complexos sempre haverá núcleos de diferentes nuances, com acessos distintos a mais de um meio de produção, o que faz com que uma classe tenha dentro de si grupos de maior ou menor impacto em diferentes setores da formação social.
- IDEOLOGIA: “uma espécie de inércia do discurso: um padrão fixo de imagens e crenças, (. . . ) um conjunto de modos permitidos de ver e dizer”. Por ser resultado da experiência de um grupo específico – e nunca do todo – os significados produzidos por ela são o resultado entre o confronto entre a classe que a experimenta e aqueles que não pertencem a ela. “Uma ideologia é (. . . ) aquilo que fecha o discurso à consciência de si mesmo como produção, como processo, como prática, como subsistência e contingência”, num trabalho que nunca é concluído.
- “ESPETÁCULO” ou “sociedade do espetáculo” Década de 1960 - Internacional Situacionista: “representam um esforço para teorizar as implicações para a sociedade capitalista do deslocamento progressivo da produção rumo ao suprimento de bens de consumo e serviços, e a consequente ‘colonização da vida cotidiana’. ” “O espetáculo é capital acumulado até que se torne imagem. ” Guy Debord, La Société du spectale, 1967. Problema 1: quando se pode dizer que começa uma sociedade do espetáculo? Não é uma temporalidade específica, mas um deslocamento (oscilação) de um tipo de produção capitalista para outro. Problema 2: “a noção de espetáculo foi concebida primordialmente como arma de combate, e contém em si uma profecia mais ou menos amarga de seu reaparecimento numa forma como esta, entre as capas de um livro de arte”.
- MODERNISMO: sentido habitual e confuso: um turning point para as artes. “Algo decisivo aconteceu na história da arte em torno de Manet que colocou a pintura e as outras artes num novo caminho”. No caso do Impressionismo: incerteza com relação à representação em arte; o olhar impassível cedeu lugar à incerteza; com o tempo, a incerteza tornou-se ela mesma um valor, uma estética “[A arte] produz e saboreia a discrepância entre o que mostra e a maneira como mostra, uma vez que a maior sabedoria está em saber que as coisas e que as pinturas são incompatíveis. ”
interesse pela relação da arte com o mundo, com o Real; Flatness ou “superfície chapada”: a técnica também tem um significado dentro da modernidade; Gustave Caillebotte, Rue de Paris, temps de pluie, 1877
um olhar amplo sob as estruturas da sociedade; busca por uma abordagem da arte que considere estes grandes conceitos como reguladores e construtores do conhecimento; multiplicidade de fontes: “evidenciar de que maneiras o que se enxerga como ‘contexto’ se transfigura em texto” (Sergio Miceli, “Por uma história social da arte”, p. 13 na edição em português).
Referências bibliográficas consultadas: CLARK, T. J. A pintura da vida moderna. Paris na arte de Manet e de seus seguidores. São Paulo, Companhia das Letras, 2004. DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Comentários sobre a sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. FRASCINA, Francis e HARRIS, Jonathan. Art in modern culture. An anthology of critical texts. Londres: Phaidon Press, 1992 Sites: www. theanarchistlibrary. org https: //dictionaryofarthistorians. org/clark. htm www. arthistory. berkeley. edu/person/1783656 -t-j-clark
- Slides: 14