Santssima Trindade Pai Filho e Esprito Santo Credo

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Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo

Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo

Credo Niceno-Constantinopolitano Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do Céu e da

Credo Niceno-Constantinopolitano Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. Se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.

Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado

Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. De novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Confesso um só batismo para remissão dos pecados. Espero a ressurreição dos mortos; e a vida do mundo que há de vir. Amém.

PROFISSÃO DE FÉ A fé é um ato pessoal, uma resposta livre do homem

PROFISSÃO DE FÉ A fé é um ato pessoal, uma resposta livre do homem à proposta de Deus que Se revela. Mas não é um ato isolado. Ninguém pode Mas não é um ato isolado acreditar sozinho, tal como ninguém pode viver só. Ninguém se deu a fé a si mesmo, como ninguém a si mesmo se deu a vida. Foi de outrem que o crente recebeu a fé; a outrem a deve transmitir. O nosso amor a Jesus e aos homens impele-nos a falar aos outros da nossa fé. Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os

 «Eu creio» : é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente,

«Eu creio» : é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Batismo. «Nós cremos» : é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. «Eu creio» : é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: «Eu creio» , «Nós cremos»

O PAI I. «Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» Os

O PAI I. «Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» Os cristãos são batizados «em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19). Antes disso, eles respondem «Creio» à tríplice pergunta com que são interpelados a confessar a sua fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo: A fé de todos os cristãos assenta na Trindade» ). Os cristãos são batizados «em nome» do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e não «nos nomes» deles porque não há senão um só Deus – o Pai Onipotente, o Seu Filho Unigênito e o Espírito Santo: a Santíssima Trindade.

O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida

O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo. E, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé e a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na «hierarquia das verdades da fé» . «Toda a história da salvação não é senão a história do caminho e dos meios pelos quais o Deus verdadeiro e único, Pai, Filho e Espírito Santo, Se revela, reconcilia consigo e Se une aos homens que se afastam do pecado» .

Os Padres da Igreja distinguem entre: Theologia: designa o mistério da vida íntima de

Os Padres da Igreja distinguem entre: Theologia: designa o mistério da vida íntima de Deus -Trindade. Oikonomia (economia): designa todas as obras de Deus pelas quais Ele Se revela e comunica a sua vida. É pela «Oikonomia» que nos é revelada a Theologia; e é a «Theologia» que esclarece toda a Oikonomia.

As obras de Deus revelam quem Ele é em Si mesmo: e, inversamente, o

As obras de Deus revelam quem Ele é em Si mesmo: e, inversamente, o mistério do seu Ser íntimo ilumina o entendimento de todas as suas obras. Para melhor compreendermos: Por comparação: é o que se passa com as pessoas humanas. A pessoa revela-se no que faz, e, quanto mais conhecemos uma pessoa, tanto melhor compreendemos o seu agir.

A Trindade é um mistério de fé em sentido estrito, um dos «mistérios ocultos

A Trindade é um mistério de fé em sentido estrito, um dos «mistérios ocultos em Deus, que não podem ser conhecidos se não forem revelados lá do alto» . É verdade que Deus deixou traços do seu Ser trinitário na obra da criação e na sua revelação ao longo do Antigo Testamento. Mas a intimidade do seu Ser como Trindade Santíssima constitui um mistério inacessível à razão sozinha e, mesmo, à fé de Israel antes da Encarnação do Filho de Deus e da missão do Espírito Santo.

A revelação de Deus como Trindade O PAI REVELADO PELO FILHO A invocação de

A revelação de Deus como Trindade O PAI REVELADO PELO FILHO A invocação de Deus como «Pai» é conhecida em muitas religiões. A divindade é muitas vezes considerada como «pai dos deuses e dos homens» . Em Israel, Deus é chamado Pai enquanto criador do mundo. Mais ainda, Deus é Pai em razão da Aliança e do dom da Lei a Israel, seu «filho primogênito» (Ex 4, 22). Também é chamado Pai do rei de Israel. E é muito especialmente «o Pai dos pobres» , do órfão e da viúva, entregues à sua proteção amorosa.

Ao designar Deus com o nome de «Pai» , a linguagem da fé indica

Ao designar Deus com o nome de «Pai» , a linguagem da fé indica principalmente dois aspectos: 1) Deus é a origem primeira de tudo e a autoridade transcendente e, 2) Que é bondade e solicitude amorosa para com todos os seus filhos. Esta ternura paternal de Deus também pode ser expressa pela imagem da maternidade, que indica melhor a imanência de Deus, a intimidade entre Deus e a sua criatura. A linguagem da fé vai, assim, alimentar-se na experiência humana dos progenitores, que são, de certo modo, os primeiros representantes de Deus para o homem.

Mas esta experiência diz também que os progenitores humanos são falíveis e podem desfigurar

Mas esta experiência diz também que os progenitores humanos são falíveis e podem desfigurar a face da paternidade e da maternidade. Convém, então, lembrar que Deus transcende a distinção humana dos sexos. Não é homem nem mulher: é Deus. Transcende também a paternidade e a maternidade humanas, sem deixar de ser de ambas a origem e a medida: ninguém é pai como Deus. Jesus revelou que Deus é «Pai» num sentido inédito: Jesus revelou que Deus é «Pai» não o é somente enquanto Criador: é Pai eternamente em relação ao seu Filho único, o qual, eternamente, só é Filho em relação ao Pai: «Ninguém conhece o Filho senão o Pai, nem ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar» (Mt 11, 27).

É por isso que os Apóstolos confessam que Jesus é «o Verbo [que] estava

É por isso que os Apóstolos confessam que Jesus é «o Verbo [que] estava [no princípio] junto de Deus» e que é Deus (Jo 1, 1), «a imagem do Deus invisível» (Cl 1, 15), «o resplendor da sua glória e a imagem da substância» (Hb 1, 3). Na esteira deles, seguindo a tradição apostólica, no primeiro concílio ecumênico de Niceia, em 325, a Igreja confessou que o Filho é «consubstancial» ao Pai, quer dizer, um só Deus com Ele. O segundo concilio ecumênico, reunido em Constantinopla em 381, guardou esta expressão na sua formulação do Credo de Niceia e confessou «o Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, luz da luz. Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai» .

 «O PAI E O FILHO REVELADOS PELO ESPÍRITO» Antes da sua Páscoa, Jesus

«O PAI E O FILHO REVELADOS PELO ESPÍRITO» Antes da sua Páscoa, Jesus anuncia o envio de um «outro Paráclito» (Defensor), o Espírito Santo. Agindo desde a criação e tendo outrora «falado pelos profetas» , o Espírito Santo estará agora junto dos discípulos, e neles, para os ensinar e os guiar «para a verdade total» (Jo 16, 13). E, assim, o Espírito Santo é revelado como uma outra pessoa divina, em relação a Jesus e ao Pai.

 A origem eterna do Espírito revela-se na sua missão temporal. O Espírito Santo

A origem eterna do Espírito revela-se na sua missão temporal. O Espírito Santo é enviado aos Apóstolos e à Igreja, tanto pelo Pai, em nome do Filho, como pessoalmente pelo Filho, depois do seu regresso ao Pai. O envio da pessoa do Espírito, após a glorificação de Jesus revela em plenitude o mistério da Santíssima Trindade.

 A fé apostólica relativamente ao Espírito foi confessada pelo segundo concilio ecumênico, reunido

A fé apostólica relativamente ao Espírito foi confessada pelo segundo concilio ecumênico, reunido em Constantinopla em 381: «Nós acreditamos no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai» . A Igreja reconhece assim o Pai como «a fonte e a origem de toda a Divindade» . Mas a origem eterna do Espírito Santo não está desligada da do Filho: «O Espírito Santo, que é a terceira pessoa da Trindade, é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza. . . Contudo, não dizemos que Ele é somente o Espírito do Pai, mas, ao mesmo tempo, o Espírito do Pai e do Filho» . O Credo do Concílio de Constantinopla da Igreja confessa que Ele, «com o Pai e o Filho, é adorado e glorificado» . glorificado

A tradição latina do Credo confessa que o Espírito «procede do Pai e do

A tradição latina do Credo confessa que o Espírito «procede do Pai e do Filho (Filioque)» . O Concílio de Florença, em 1438, explicita: «O Espírito Santo [. . . ] recebe a sua essência e o seu ser ao mesmo tempo do Pai e do Filho, e procede eternamente de um e do outro como dum só Princípio e por uma só expiração [. . . ]. E porque tudo o que é do Pai, o próprio Pai o deu ao seu Filho Unigênito, gerando-O, com exceção do seu ser Pai, esta mesma procedência do Espírito Santo, a partir do Filho, Ele a tem eternamente do seu Pai, que eternamente O gerou» .

A tradição oriental: exprime o caráter de origem primeira do Pai em relação ao

A tradição oriental: exprime o caráter de origem primeira do Pai em relação ao Espírito. Ao confessar o Espírito como «saído do Pai» (Jo 15, 26), afirma que Ele procede do Pai pelo Filho. A tradição ocidental: exprime a comunhão consubstancial entre o Pai e o Filho, ao dizer que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho (Filioque).

 «A Santíssima Trindade na doutrina da fé» A FORMAÇÃO DO DOGMA TRINITÁRIO A

«A Santíssima Trindade na doutrina da fé» A FORMAÇÃO DO DOGMA TRINITÁRIO A verdade revelada da Santíssima Trindade esteve, desde a origem, na raiz da fé viva da Igreja, principalmente por meio do Batismo. Encontra a sua expressão na regra da fé batismal, formulada na pregação, na catequese e na oração da Igreja. Tais formulações encontram-se já nos escritos apostólicos, como o comprova esta saudação retomada na liturgia eucarística: «A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós» (2 Cor 13, 13).

No decurso dos primeiros séculos, a Igreja preocupou-se com formular mais explicitamente a sua

No decurso dos primeiros séculos, a Igreja preocupou-se com formular mais explicitamente a sua fé trinitária, tanto para aprofundar a sua própria inteligência da fé, como para a defender contra os erros que a deformavam. Foi esse o trabalho dos primeiros concílios, ajudados pelo trabalho teológico dos Padres da Igreja e sustentados pelo sentido da fé do povo cristão.

 «O DOGMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE» A Trindade é una. Nós não confessamos três

«O DOGMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE» A Trindade é una. Nós não confessamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: «a Trindade consubstancial» . As pessoas divinas não dividem entre Si a divindade única: cada uma delas é Deus por inteiro: «O Pai é aquilo mesmo que o Filho, o Filho aquilo mesmo que o Pai, o Pai e o Filho aquilo mesmo que o Espírito Santo, ou seja, um único Deus por natureza» . «Cada uma das três pessoas é esta realidade, quer dizer, a substância, a essência ou a natureza divina» .

 As pessoas divinas são realmente distintas entre Si. «Deus é um só, mas

As pessoas divinas são realmente distintas entre Si. «Deus é um só, mas não solitário» . «Pai» , Si «Filho» , «Espírito Santo» não são meros nomes que designam modalidades do ser divino, porque são realmente distintos entre Si. «Aquele que é o Filho não é o Pai e Aquele que é o Pai não é o Filho, nem o Espírito Santo é Aquele que é o Pai ou o Filho» . São distintos entre Si pelas suas relações de origem: «O Pai gera, o Filho é gerado, o Espírito Santo procede» . A unidade divina é trina.

 As pessoas divinas são relativas umas às outras. Uma vez que não divide

As pessoas divinas são relativas umas às outras. Uma vez que não divide a unidade divina, outras a distinção real das pessoas entre Si reside unicamente nas relações que as referenciam umas às outras: «Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo a ambos. Quando falamos destas três pessoas, considerando as relações respectivas, cremos, todavia, numa só natureza ou substância» . Com efeito, «n'Eles tudo é um, onde não há a oposição da relação» . «Por causa desta unidade, o Pai está todo no Filho e todo no Espírito Santo: o Filho está todo no Pai e todo no Espírito Santo: o Espírito Santo está todo no Pai e todo no Filho» .

 «As obras divinas e as missões trinitárias» «O lux beata Trinitas et principalis

«As obras divinas e as missões trinitárias» «O lux beata Trinitas et principalis Unitas! – Ó Trindade. Luz ditosa, ó primordial Unidade!» . Deus é eterna bem-aventurança, vida imortal, luz sem ocaso. Deus é amor: Pai, Filho e Espírito Santo. Livremente. Deus quer comunicar a glória da sua vida bem-aventurada. Tal é o «mistério da sua vontade» (Ef 1, 9) que Ele concebeu antes da criação do mundo em seu Filho muito-amado, uma vez que nos «destinou de antemão a que nos tornássemos seus filhos adotivos por Jesus Cristo» (Ef 1, 5), quer dizer, a sermos «conformes à imagem do seu Filho» (Rm 8, 29), graças ao «Espírito que faz de vós filhos adotivos» (Rm 8, 15).

Este desígnio é uma «graça que nos foi dada [. . . ] desde

Este desígnio é uma «graça que nos foi dada [. . . ] desde toda a eternidade» (2 Tm 1, 9), a qual procede imediatamente do amor trinitário. E este amor manifesta-se na obra da criação, em toda a história da salvação depois da queda, e nas missões do Filho e do Espírito, continuadas pela missão da Igreja.

Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Assim como não

Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Assim como não das três pessoas divinas. tem senão uma e a mesma natureza, a Trindade não tem senão uma e a mesma operação. «O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio» . No entanto, cada pessoa divina realiza a obra comum segundo a sua propriedade pessoal.

É assim que a Igreja confessa, na sequência do Novo Testamento, «um só Deus

É assim que a Igreja confessa, na sequência do Novo Testamento, «um só Deus e Pai, de Quem são todas as coisas; um só Senhor Jesus Cristo, para Quem são todas as coisas; e um só Espírito Santo, em Quem são todas as coisas» . São Santo, em Quem são todas as coisas» . sobretudo as missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo que manifestam as propriedades das pessoas divinas.

Toda a vida cristã é comunhão com cada uma das pessoas divinas, sem de

Toda a vida cristã é comunhão com cada uma das pessoas divinas, sem de modo algum as separar. Todo aquele que dá glória ao Pai, faz pelo Filho no Espírito Santo: todo aquele que segue Cristo, faz porque o Pai o atrai e o Espírito o move. O fim último de toda a economia divina é o acesso das criaturas à unidade perfeita da bemaventurada Trindade. Mas já desde agora nós somos chamados a ser habitados pela Santíssima Trindade: «Quem me tem amor, diz o Senhor, porá em prática as minhas palavras. Meu Pai amá-lo-á; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada» (Jo 14, 23):

Resumindo: «O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira; e, pelo dom eterno

Resumindo: «O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira; e, pelo dom eterno do Pai ao Filho, procede do Pai e do Filho em comunhão» . Pela graça do Batismo «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» , (Mt 28, 19), somos chamados a participar na vida da Trindade bem-aventurada; para já, na obscuridade da fé, e depois da morte na luz eterna.

A fé católica é esta: venerarmos um só Deus na Trindade e a Trindade

A fé católica é esta: venerarmos um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade, sem confundir as Pessoas nem dividir a substância: porque uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas do Pai e do Filho e do Espírito Santo é só uma a divindade, igual a glória e coeterna a majestade» . Inseparáveis no que são, as pessoas divinas são também inseparáveis no que fazem. Mas, na operação divina única, cada uma manifesta o que Lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo.

A criação – obra da Santíssima Trindade «No princípio, Deus criou o céu e

A criação – obra da Santíssima Trindade «No princípio, Deus criou o céu e a terra» . Três coisas são afirmadas nestas primeiras palavras da Escritura: Deus eterno deu um princípio a tudo quanto existe fora d'Ele. Só Ele é quanto existe fora d'Ele criador (o verbo «criar» – em hebraico «bara» – tem sempre Deus por sujeito). E tudo quanto existe (expresso pela fórmula «o céu e a terra» ) depende d' Aquele que lhe deu

 «No princípio era o Verbo [. . . ] e o Verbo era

«No princípio era o Verbo [. . . ] e o Verbo era Deus [. . . ] Tudo se fez por meio d'Ele e, sem Ele, nada se fez» (Jo 1, 1 -3). O Novo Testamento revela que Deus tudo criou por meio do Verbo eterno, seu Filho muitoamado. Foi n'Ele «que foram criados todos os seres que há nos céus e na terra [. . . ]. Tudo foi criado por seu intermédio e para Ele é anterior a todas as coisas, e todas se mantêm por Ele» (Cl 1, 16 -17). A fé da Igreja afirma igualmente a ação criadora do Espírito Santo: Ele é Aquele «que dá a vida» (113), «o Espírito Criador» (Veni, Creator Spiritus), a «Fonte de todo o bem» .

 Insinuada no Antigo Testamento, revelada na Nova Aliança, a ação criadora do Filho

Insinuada no Antigo Testamento, revelada na Nova Aliança, a ação criadora do Filho e do Espírito Santo, inseparavelmente unida à do Pai, é claramente afirmada pela regra de fé da Igreja: «Existe um só Deus. Ele é o Pai, é Deus, é o Criador, o Autor, o Ordenador. Fez todas as o Ordenador coisas por Si mesmo, quer dizer, pelo Seu Verbo e pela sua Sabedoria» «pelo Filho e pelo Espírito» que são como «as suas mãos» . A criação é

NO CORAÇÃO DA CATEQUESE: CRISTO «No coração da catequese, encontramos essencialmente uma Pessoa: Jesus

NO CORAÇÃO DA CATEQUESE: CRISTO «No coração da catequese, encontramos essencialmente uma Pessoa: Jesus de Nazaré, Filho único do Pai [. . . ], que sofreu e morreu por nós e que agora, ressuscitado, vive conosco para sempre [. . . ]. Catequizar [. . . ] é revelar, na Pessoa de Cristo, todo o desígnio eterno de Deus [. . . ]. É procurar compreender o significado dos gestos e das palavras de Cristo e dos sinais por Ele realizados» .

O fim da catequese é «pôr em comunhão com Jesus Cristo: somente Ele pode

O fim da catequese é «pôr em comunhão com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor do Pai, no Espírito, e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade» . «Na catequese, é Cristo, Verbo Encarnado e Filho de Deus, que é ensinado; tudo o mais é-o em referência a Ele. E só Cristo ensina. Todo e qualquer outro o faz apenas na medida em que é seu porta-voz, consentindo em que Cristo ensine pela sua boca [. . . ]. ensine pela sua boca

Todo o catequista deveria poder aplicar a si próprio a misteriosa palavra de Jesus:

Todo o catequista deveria poder aplicar a si próprio a misteriosa palavra de Jesus: "A minha doutrina não é minha, mas d'Aquele que Me enviou" (Jo 7, 16)» . d'Aquele que Me enviou" Aquele que é chamado a «ensinar Cristo» deve, portanto, antes de mais nada, procurar «esse lucro sobre eminente que é o conhecimento de Jesus Cristo» . Tem de «aceitar perder tudo [. . . ] para ganhar Cristo e encontrar-se n'Ele» e «conhecê-Lo, a Ele, na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos, conformar-se com Ele na morte, na esperança de chegar a ressuscitar dos mortos» (Fl 3, 8 -11).

Deste conhecimento amoroso de Cristo brota o desejo de O anunciar, de «evangelizar» e

Deste conhecimento amoroso de Cristo brota o desejo de O anunciar, de «evangelizar» e levar os outros ao «sim» da fé em Jesus Cristo. Mas, ao mesmo Jesus Cristo tempo, faz-se sentir a necessidade de conhecer sempre melhor esta fé.

Verdadeiro Deus e verdadeiro homem O acontecimento único e absolutamente singular da Encarnação do

Verdadeiro Deus e verdadeiro homem O acontecimento único e absolutamente singular da Encarnação do Filho de Deus não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que seja o resultado de uma mistura confusa do divino com o humano. Ele fez-Se verdadeiro homem, permanecendo verdadeiro Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

O quarto Concílio ecumênico, em Calcedônia, no ano de 451, confessou: “Na sequência dos

O quarto Concílio ecumênico, em Calcedônia, no ano de 451, confessou: “Na sequência dos santos Padres, ensinamos unanimemente que se confesse um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, igualmente perfeito na divindade e perfeito na humanidade, sendo o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto duma alma racional e dum corpo, consubstancial ao Pai pela sua divindade, consubstancial a nós pela sua humanidade, «semelhante a nós em tudo,

antes de todos os séculos segundo a divindade, e nestes últimos dias, por nós

antes de todos os séculos segundo a divindade, e nestes últimos dias, por nós e pela nossa salvação, nascido da Virgem Mãe de Deus segundo a humanidade. Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único, que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação. A diferença das naturezas não é abolida pela sua união; antes, as propriedades de cada uma são

A Igreja confessa que Jesus é inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro homem. É verdadeiramente

A Igreja confessa que Jesus é inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro homem. É verdadeiramente o Filho de Deus feito homem, nosso irmão, e isso sem deixar de ser Deus, nosso Senhor. Continuou a ser o que era

A ressurreição – obra da Santíssima Trindade A ressurreição de Cristo é objeto de

A ressurreição – obra da Santíssima Trindade A ressurreição de Cristo é objeto de fé, na medida em que é uma intervenção transcendente do próprio Deus na criação e na história. Nela, as três pessoas divinas agem em conjunto e manifestam a sua originalidade própria: realizou-se pelo poder do Pai, que «ressuscitou» (At 2, 24) Cristo seu Filho, e assim introduziu de modo perfeito a sua humanidade – com o seu corpo – na Trindade. Jesus foi divinamente revelado «Filho de Deus em todo o seu poder, pela sua ressurreição de entre os mortos» (Rm 1, 4). São Paulo insiste na manifestação do poder de Deus (575) por obra do Espírito, que vivificou a humanidade morta de Jesus e a chamou ao estado glorioso de Senhor.

Quanto ao Filho, Ele opera a sua própria ressurreição em virtude do seu poder

Quanto ao Filho, Ele opera a sua própria ressurreição em virtude do seu poder divino. Jesus anuncia que o Filho do Homem deverá sofrer muito, e depois ressuscitar (no sentido ativo da palavra). Aliás, é d'Ele esta afirmação explícita: «Eu dou a minha vida para retomá-la [. . . ] Tenho o poder de a dar e o poder de a retomar» (Jo 10, 17 -18). (1 Ts 4, 14). «Nós cremos que Jesus morreu e depois ressuscitou»

CREIO NO ESPÍRITO SANTO «Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" a não ser

CREIO NO ESPÍRITO SANTO «Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" a não ser pela ação do Espírito Santo» (1 Cor 12, 3). «Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! Pai!'» (Gl 4, 6). Este conhecimento da fé só é possível no Espírito Santo. Para estar em contato com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo. É Ele que nos precede e suscita em nós a fé. Em virtude do nosso Batismo, primeiro sacramento da fé, a Vida, que tem a sua fonte no Pai e nos é oferecida no Filho, énos comunicada, íntima e pessoalmente,

O Batismo «dá-nos a graça do novo nascimento em Deus Pai, por meio do

O Batismo «dá-nos a graça do novo nascimento em Deus Pai, por meio do Filho no Espírito Santo. Porque aqueles que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho: mas o Filho apresenta-os ao Pai, e o Pai dá-lhes a incorrupti-bilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho ninguém tem acesso ao Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus faz-se pelo Espírito Santo» .

O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé

O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que Ele enviou, Jesus Cristo. No entanto, Ele é o último na revelação das Pessoas da Santíssima Trindade. São Gregário de Nazianzo, «o Teólogo» , explica esta progressão pela pedagogia da «condescendência» divina:

 «O Antigo Testamento proclamava manifestamente o Pai e mais obscuramente o Filho. O

«O Antigo Testamento proclamava manifestamente o Pai e mais obscuramente o Filho. O Novo manifestou o Filho e fez entrever a divindade do Espírito. Agora, porém, o próprio Espírito vive conosco e manifesta-se a nós mais abertamente. Com efeito, quando ainda não se confessava a divindade do Pai, não era prudente proclamar abertamente o Filho: e quando a divindade do Filho ainda não era admitida, não era prudente acrescentar o Espírito Santo como um fardo suplementar, para empregar uma expressão um tanto ousada [. . . ] É por avanços e progressões "de glória em glória " que a luz da Trindade brilhará em mais esplendorosas claridades» .

Crer no Espírito é, portanto, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas

Crer no Espírito é, portanto, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, «adorado e glorificado com o Pai e o Filho» . O Espírito Santo age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação.

Mas é nestes «últimos tempos» , inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, que

Mas é nestes «últimos tempos» , inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa. Então, esse desígnio divino, consumado em Cristo, «Primogênito» e Cabeça da nova criação, poderá tomar corpo na humanidade pelo Espírito derramado: a Igreja, a comunhão dos santos, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne, a vida eterna.

OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO A água O simbolismo da água é significativo da

OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO A água O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz do novo nascimento. Do mesmo modo que a gestação do nosso primeiro nascimento se operou na água, assim a água batismal significa realmente que o nosso nascimento para a vida divina nos é dado no Espírito Santo. Mas, «batizados num só Espírito» , «a todos nos foi dado beber de um único Espírito» (1 Cor 12, 13): portanto, o Espírito é também pessoalmente a Água viva que brota de Cristo crucificado como da sua fonte, e jorra em nós para a vida eterna.

A unção O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo,

A unção O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinônimo. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação» . Mas, para lhe apreender toda a força, temos de voltar à primeira unção realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo ( «Messias» em hebraico) significa «ungido» pelo Espírito de Deus. Houve «ungidos» do Senhor na antiga Aliança, sobretudo o rei David. Mas Jesus é o ungido de Deus de maneira única: a humanidade que o Filho assume é totalmente «ungida pelo Espírito Santo» . Jesus é

A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo O anuncia como

A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo O anuncia como Cristo por ocasião do seu nascimento e leva Simeão a ir ao templo ver o Cristo do Senhor. É Ele que enche Cristo e cujo poder emana de Cristo nos seus atos de cura e salvamento. Finalmente, é Ele que ressuscita Jesus de entre os mortos. Então, plenamente constituído «Cristo» na sua humanidade vencedora da morte, Jesus difunde em profusão o Espírito Santo, até que «os santos» constituam, na sua união à humanidade do Filho de Deus, o «homem adulto à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), «o Cristo total» , para empregar a expressão de Santo Agostinho.

O fogo Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada

O fogo Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que «apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho ardente» (Sir 48, 1), pela sua oração faz descer o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo, que transforma aquilo em que toca. João Baptista, que «irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias» (Lc 1, 17), anuncia Cristo como Aquele que «há de batizar no Espírito Santo e no fogo» (Lc 3, 16), aquele Espírito do qual Jesus dirá: «Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha ateado!» (Lc 12, 49).

É sob a forma de línguas, «uma espécie de línguas de fogo» , que

É sob a forma de línguas, «uma espécie de línguas de fogo» , que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo. «Não apagueis o Espírito!» (1 Ts 5, 19).

A nuvem e a luz Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito

A nuvem e a luz Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o Deus vivo e salvador, velando a transcendência da sua glória: a Moisés no monte Sinai, na tenda da reunião e durante a marcha pelo deserto; a Salomão, por ocasião da dedicação do templo. Ora estas figuras são realizadas por Cristo no Espírito Santo. É Ele que desce sobre a Virgem Maria e a cobre «com a sua sombra» , para que conceba e dê à luz Jesus. No monte da

nuvem que cobriu da sua sombra» Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e João,

nuvem que cobriu da sua sombra» Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e João, nuvem da qual se fez ouvir uma voz que dizia: "Este é o meu Filho, o meu Eleito, escutai. O!"» (Lc 9, 35). E, enfim, a mesma nuvem que «esconde Jesus aos olhos» dos discípulos no dia da Ascensão e que O revelará como Filho do Homem na sua glória, no dia da sua

O selo É um símbolo próximo do da unção. Com efeito, foi a Cristo

O selo É um símbolo próximo do da unção. Com efeito, foi a Cristo que «Deus marcou com o seu selo» (Jo 6, 27) e é n'Ele que o Pai nos marca também com o seu selo» . Porque indica o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo foi utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o «caráter» indelével, impresso por estes três sacramentos, que não podem ser repetidos.

 A mão É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes e

A mão É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as crianças. O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus coloca a imposição das mãos no número dos «artigos fundamentais» do seu ensino. Este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais.

O dedo «É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demônios» . Se

O dedo «É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demônios» . Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra «pelo dedo de Deus» (Ex 31, 18), a «carta de Cristo» , entregue ao cuidado dos Apóstolos, «é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em placas que são corações de carne» (2 Cor 3, 3). O hino «Veni Creator Spiritus» invoca o Espírito Santo como «digitus paternae dexterae» — «Dedo da mão direita do Pai» .

A pomba No final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Batismo),

A pomba No final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Batismo), a pomba solta por Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez habitável. Quando Cristo sobe das águas do seu batismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele. O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados. Em certas igrejas, a sagrada Reserva eucarística é conservada num relicário metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso sobre o altar. O símbolo da pomba para significar o

O Espírito e a Igreja nos últimos tempos O PENTECOSTES 731. No dia de

O Espírito e a Igreja nos últimos tempos O PENTECOSTES 731. No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo que Se manifestou, Se deu e Se comunicou como Pessoa divina: da sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito.

Neste dia, revelou-Se plenamente a Santíssima Trindade. A partir deste dia, o Reino anunciado

Neste dia, revelou-Se plenamente a Santíssima Trindade. A partir deste dia, o Reino anunciado por Cristo abre-se aos que n'Ele crêem. Na humildade da carne e na fé, eles participam já na comunhão da Santíssima Trindade. Pela sua vinda, que não cessará jamais, o Espírito Santo faz entrar no mundo nos «últimos tempos» , no tempo da Igreja, no Reino já herdado mas ainda não consumado: «Nós vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito celeste, encontramos a verdadeira fé: adoramos a Trindade indivisível, porque foi Ela que nos salvou» .

O ESPÍRITO SANTO E A IGREJA A missão de Cristo e do Espírito Santo

O ESPÍRITO SANTO E A IGREJA A missão de Cristo e do Espírito Santo completa-se na Igreja, corpo de Cristo e templo do Espírito Santo. Esta missão conjunta associa, doravante, os fiéis de Cristo à sua comunhão com o Pai no Espírito Santo: o Espírito prepara os homens e adianta-se-lhes com a sua graça para os atrair a Cristo. Manifesta-lhes o Senhor ressuscitado, lembra-lhes a sua Palavra e abre-lhes o espírito à inteligência da sua morte e da sua ressurreição. Torna-lhes presente o mistério de Cristo, principalmente na Eucaristia, com o fim de os reconciliar, de os pôr em comunhão com

Assim, a missão da Igreja não se acrescenta à de Cristo e do Espírito

Assim, a missão da Igreja não se acrescenta à de Cristo e do Espírito Santo, mas é o sacramento dela: por todo o seu ser e em todos os seus membros, é enviada para anunciar e testemunhar, atualizar e derramar o mistério da comunhão da Santíssima Trindade (será este o objeto do próximo artigo): «Nós todos, que recebemos o único e mesmo Espírito, quer dizer, o Espírito Santo, fundimonos entre nós e com Deus. Porque, embora sejamos numerosos separadamente, e Cristo faça com que o Espírito do Pai e seu habite em cada um de nós, este Espírito único e indivisível reconduz

pessoalmente à unidade os que são distintos entre si [. . . ] e

pessoalmente à unidade os que são distintos entre si [. . . ] e faz com que todos apareçam n'Ele como sendo um só. E assim como o poder da santa humanidade de Cristo faz com que todos aqueles em quem ela se encontra formem um só corpo, penso que, do mesmo modo, o Espírito de Deus, que habita em todos, único e indivisível, os leva todos à unidade espiritual» . Uma vez que o Espírito Santo é a unção de Cristo, é Cristo, a Cabeça do corpo, quem O derrama nos seus membros para os alimentar, os curar, os organizar nas suas mútuas funções, os vivificar, os enviar a dar testemunho, os associar à sua oferta ao Pai e à sua intercessão

É pelos sacramentos da Igreja que Cristo comunica aos membros do seu corpo o

É pelos sacramentos da Igreja que Cristo comunica aos membros do seu corpo o seu Espírito Santo e santificador (será este o objeto da segunda parte do Catecismo). Estas «maravilhas de Deus» , oferecidas aos crentes nos sacramentos da Igreja, dão os seus frutos na vida nova em Cristo, segundo o Espírito (será este o objeto da terceira parte do Catecismo).

 «Também o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos

«Também o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis» (Rm 8, 26). O Espírito Santo, artífice das obras de Deus, é o Mestre da oração (será este o objeto da quarta parte do Catecismo).