SALA DE AULA INVERTIDA NO ENSINO DE ESTATSTICA

SALA DE AULA INVERTIDA NO ENSINO DE ESTATÍSTICA CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE ROS NGELA MAURA CORREIA BONICI - r_bonici@yahoo. com. br Setembro/2017

ROTEIRO INTRODUÇÃO OBJETIVOS A ESTATÍSTICA NO ENSINO SUPERIOR AS METODOLOGIAS ATIVAS A SALA DE AULA INVERTIDA PROPOSTA DE USO DA SALA DE AULA INVERTIDA • CONSIDERAÇÕES FINAIS • • •

INTRODUÇÃO • Impasse da educação formal • Ensino tradicional X Sociedade do conhecimento baseada em competências cognitivas, pessoais e sociais, que não se adquirem da forma convencional • Solução - mudanças no processo de ensino e aprendizagem repensando a sala de aula na sua estrutura e abordagem pedagógica.

OBJETIVOS • Apresentar os pressupostos teóricos para o ensino de Estatística no ensino superior • Trazer uma proposta de como trabalhar a disciplina de Estatística por meio de metodologias ativas, utilizando a estratégia da Sala de Aula Invertida

A ESTATÍSTICA NO ENSINO SUPERIOR • Em 2005, a American Statistical Association (ASA) financiou um projeto para a elaboração das Diretrizes para Avaliação e Ensino em Educação Estatística, o Gaise Project • Objetivo: trazer metas e recomendações para o ensino de Estatística que levaria os estudantes a serem estatisticamente letrados (ALIAGA et al. , 2010)

A ESTATÍSTICA NO ENSINO SUPERIOR • O planejamento dos conteúdos em Estatística deve considerar três importantes competências: a literacia, o raciocínio e o pensamento estatísticos (RUMSEY, 2002; GARFIELD, 1998; CHANCE, 2002; GAL, 2000)

A ESTATÍSTICA NO ENSINO SUPERIOR Baseado nesses autores, assumimos que literacia estatística se divide em três níveis que se interrelacionam e se complementam (BONICI, 2013)

AS METODOLOGIAS ATIVAS • As metodologias ativas têm o potencial de despertar a curiosidade • Os alunos contribuem com sua própria aprendizagem • Freire (2001) afirma que na educação de adultos, o que impulsiona a aprendizagem é a superação de desafios, a resolução de problemas • Bastos (2006), o professor atua como facilitador ou orientador

A SALA DE AULA INVERTIDA • É uma estratégia diferenciada • Aluno é sujeito de sua própria aprendizagem e o professor atua como mediador. • Universidades como Harvard University e o MIT nos EUA, testaram e aprovaram essa estratégia O professor deve: • Estabelecer objetivos • Selecionar o material para o aluno trabalhar on-line • Planejar as atividades a serem realizadas na sala de aula presencial • Caminhar do simples para o complexo

PROPOSTA DE USO DA SALA DE AULA INVERTIDA PARA DESENVOLVER A LITERACIA ESTATÍSTICA • Metodologia utilizada: pesquisa ação • Na pesquisa-ação o pesquisador desempenha um papel ativo e orienta a investigação em função dos meios. • As ações são planejadas com base na ação/reflexão/ ação • Será realizada: Com os alunos de uma Faculdade de Tecnologia, localizada na Zona Leste de São Paulo, na disciplina de Estatística Aplicada • Objetivo: desenvolver os três níveis de literacia estatística proposto por Bonici (2013).

A DISCIPLINA DE ESTATÍSTICA APLICADA • Carga horária da disciplina: 80 horas, distribuídas em 20 semanas efetivas de aula. • Conteúdos a serem trabalhados: estatística descritiva e medidas de tendência central e de dispersão.

RECURSOS UTILIZADOS – Laboratórios de informática com pacote Office – Internet – Rede Wi-fi – Projetor multimídia – Celulares dos estudantes – Weebly - Site gratuito para disponibilização de materiais digitais

ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES Tempo: • Duração - 40 horas aula (10 semanas) – 50% - literacia básica – 20% - raciocínio estatístico – 30% - pensamento estatístico Aula : • Será selecionado e disponibilizado previamente, no site Weebly, material digital para os alunos pesquisarem • A sala será dividida em 8 grupos

LITERACIA BÁSICA Objetivos: Desenvolver conceitos fundamentais Estratégias: • Os alunos deverão estudar em casa o material disponibilizado no site Weebly e formular questões para serem debatidas. • Será proposto um debate entre os grupos na forma de rodadas. • Quatro grupos fazem perguntas e quatro respondem. Na rodada seguinte, os grupos se alternam, até concluírem todas as perguntas e serem tiradas todas as dúvidas. Avaliação: • Exercícios de fixação do conteúdo estudados na aula, usando o laboratório de informática, quando necessário.

RACIOCÍNIO ESTATÍSTICO Objetivo: Aplicar e trabalhar os conceitos fundamentais Estratégias: Elaborar uma pesquisa de opinião • Escolher um tema • Fazer uma pesquisa sobre o tema • Selecionar a população • Escolher a técnica de amostragem apropriada • Selecionar variáveis • Organizar um questionário com questões de múltipla escolha • Disponibilizar no Google Forms Avaliação: Enviar o link do Google Forms

PENSAMENTO ESTATÍSTICO Objetivo: Criticar, avaliar e generalizar o conhecimento já adquirido a problemas do mundo real ou em situações novas Estratégia: • Construir distribuições de frequência para os dados • Avaliar se os gráficos do Google Forms são adequados para cada variável • Avaliar a necessidade de calcular medidas de tendência central e de dispersão para os dados da pesquisa • Analisar os dados da pesquisa • Aproximar os dados obtidos, da pesquisa realizada sobre o tema Avaliação: Apresentar a pesquisa para a classe na forma de seminário

CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta: • Visa mudanças no processo de ensino e aprendizagem • Repensa a sala de aula na sua estrutura e estratégia pedagógica • Concilia o ensino presencial com o on-line • Busca motivar os estudantes despertando a curiosidade, a proatividade, o engajamento e o sentimento de pertencimento. • Instiga o estudante a reconhecer a importância do domínio dos conteúdos estatísticos para a compreensão do seu cotidiano • Foca a aprendizagem no aluno

CONSIDERAÇÕES FINAIS • Torna as aulas de Estatística Aplicada mais dinâmicas, produtivas e contextualizadas • Leva os alunos a uma aprendizagem mais significativa e ativa dos conteúdos abordados, • Visa o letramento estatístico. • Traz uma oportunidade para aprimorar nossas abordagens pedagógicas por meio da reflexão a partir da ação.

REFERÊNCIAS • • ALIAGA, M. ; et al. Guidelines for Assessment and Instruction in Statistics Education (GAISE) - College report. Alexandria/VA/USA: American Statistical Association, 2010. BASTOS, C. C. Metodologias Ativas. 2006 BONICI R. M. C. Analise da Disciplina On-line de Probabilidade e Estatística: o modelo de comunidade de inquirição e a educação estatística no ensino superior. Tese de doutorado. São Paulo, Universidade Cruzeiro do Sul, 2013 CHANCE, B. L. Components of statistical thinking and implications for instruction and assessment. Journal of Statistics Education, v. 10, n. 3, 2002. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 2001. GAL, I. The numeracy challenge. In I. Gal (Ed. ), Adult numeracy development: Theory, research, practice (pp. 9 -31). Cresskill, NJ: Hampton Press. , 2000 GARFIELD, J. ; GAL, I. The statistical reasoning assessment: development and validation of a research tool. In: Proceedings of the fifth international conference on teaching statistics, p. 781 -786, International Statistical Institute. Mendoza, Voorburg, Holanda: Ed. L. Pereira, 1998. RUMSEY, D. J. Statistical literacy as a goal for introductory statistics courses. Journal of Statistics Education, n. 10, v. 3, 2002

SALA DE AULA INVERTIDA NO ENSINO DE ESTATÍSTICA CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE ROS NGELA MAURA CORREIA BONICI - r_bonici@yahoo. com. br OBRIGADA! Setembro/2017