SADE MENTAL DROGAS E AS COMUNIDADES TERAPUTICAS RELIGIOSAS

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SAÚDE MENTAL, DROGAS E AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS RELIGIOSAS: UMA ANÁLISE DAS SUAS ORIGENS E

SAÚDE MENTAL, DROGAS E AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS RELIGIOSAS: UMA ANÁLISE DAS SUAS ORIGENS E DOS DESDOBRAMENTOS NO CENÁRIO BRASILEIRO Jessica Souza de Farias¹; Tathiana Meyre Da Silva Gomes²; Giulia de Castro Lopes de Araujo; Rachel Gouveia Passos³ ¹Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; ²Universidade Federal Fluminense; ³ ⁴ Universidade Federal do Rio de Janeiro. Categoria: Trabalho Científico INTRODUÇÃO Com a crescente onda conservadora e punitivista que atravessa a sociedade com proporções gigantescas nos últimos anos, as comunidades terapêuticas têm se tornado referência no tratamento de álcool e outras drogas no país, em detrimento dos serviços públicos de saúde mental, recebendo, inclusive, financiamento do Estado e obtendo espaço no Congresso Nacional. Neste sentido, presente trabalho, que parte de uma pesquisa, em andamento, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ, contendo duas bolsistas e realizada no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, pretende evidenciar a organização e as relações estabelecidas por comunidades terapêuticas na zona urbana e na zona rural. OBJETIVOS RESULTADOS Analisar a implementação e aplicabilidade das Comunidades Terapêuticas (CTs) no Brasil, resgatando as influencias históricas que fundamentaram seu surgimento no país, e explicitar a realidade de duas regiões especificas: a cidade do Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense, ambas localizadas no Estado do Rio de Janeiro. As comunidades terapêuticas brasileiras estão sendo alvo de grandes investimentos públicos nos últimos anos, respaldadas e fortalecidas pelas novas legislações no área da política de drogas. Quando nos referimos as comunidades terapêuticas na realidade brasileira, falamos de equipamentos organizados sob orientações religiosas, o que demonstra violação da laicidade do Estado. Além disso, apresentam diversas violações de direitos aos usuários do serviço, conforme sinaliza o CFP(2018), tais como castigos físicos, laborterapia, violação da orientação sexual e religiosa, isolamento, proibição do contato com o ambiente externo e com a família, ausência de equipes técnicas, uso de medicamentos sem receita e presença de médicos e/ou farmacêuticos e etc METODOLOGIA O presente ensaio teórico foi construído. a partir de revisão bibliográfica de autores contemporâneos que discutem o tema e das principais legislações vigentes, frente ao crescente avanço e consolidação das comunidades terapêuticas nos últimos anos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por fim, sinalizamos o combate as drogas no Brasil está associado ao processo de criminalização da população pobre, negra e periférica. Não podemos nos abster da análise de quando dialogamos sobre a política de drogas e as ações violentas de criminalização da produção, comercialização e uso, não falamos de todos os grupos que produzem, comercializam e fazem uso prejudicial de álcool e drogas. Falamos de um público específico que tem uma raça/cor e classe social, revelando assim o racismo existente nessas instituições que trabalham na reforma moral, no controle de corpos e na salvação como base em uma conversão religiosa, práticas antigas que ainda não foram abandonadas pela sociedade e estão sendo atualizadas no atual cenário. BIBLIOGRAFIA CFP. Relatório de fiscalização: serviço social e a inserção de assistentes sociais nas comunidades terapêuticas no Brasil, 2018. Disponível em: < http: //www. cfess. org. br/arquivos/Relatorio. CFESSRio de Janeiro, 23 de setembro de 2020 Comunidades. Terapeuticas 2018 -Site. pdf>. Acesso em: 24/08/2020.