Sabinada 1837 1838 Alunos Belisa Renata Joicy Carol
Sabinada (1837 -1838) Alunos: Belisa Renata Joicy Carol Rafael Troian Samuel Henrique
A sabinada foi um movimento popular ocorrido na Bahia com início no final do ano de 1837 e que durou apenas até março do ano seguinte. Neste período o Brasil ainda era uma monarquia, porem D. Pedro II era menor de idade e não governava. Assim, os regentes do governo enviavam governadores para as Províncias conforme seus interesses, sem levar em conta os anseios e necessidades da população, gerando enorme insatisfação. Bandeira da República Bahiense:
O Início Os revoltosos eram contrários às imposições políticas e administrativas impostas pelo governo regencial. Estavam profundamente insatisfeitos com as nomeações de autoridades para o governo da Bahia, realizadas pelo governo regencial. O estopim da revolta ocorreu quando o governo regencial decretou recrutamento militar obrigatório para combater a Guerra dos Farrapos, que ocorria no sul do país. Apesar da influencia de Bento Gonçalves, que se estivera preso em Salvador, a sabinada teve grandes diferenças demais revoluções que ocorreram no Brasil nesse período. Essa revolta teve como líder Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, que era médico e professor, e os revolucionários eram da classe média letrada, o que tornou a revolução muito mais ideológica, com diversas publicações em jornais e panfletos que tinham a intenção de persuadir o povo a se unir na luta.
A Revolução Os sabinos tiveram grande exito 7 de novembro de 1837, quando parte das tropas do governo se incorporaram aos populares armados e forçaram a fuga das autoridades imperiais de Salvador. A republica foi proclamada, com duração prevista até a maioridade de D. Pedro de Alcântara (ela rompia com o Governo Imperial e destituía o Governo Provincial), tendo presidente Inocêncio da Rocha Galvão (que se encontrava nos Estados Unidos) sendo governado interinamente por João Carneiro da Silva Rego. Porém ela não contou com a adesão do interior, especialmente do recôncavo baiano, onde ficam grandes fazendeiros. O 3° Corpo da Artilharia de Posição, lotado no Forte de São Pedro, levantara-se, dominando aquela fortificação. Durante a madrugada, o Governo Provincial tentou sufocar o levante, despachando trezentos soldados armados para a Praça da Piedade. Entretanto, em vez de atacar os revoltosos, a tropa legalista debandou e também aderiu ao movimento.
A resposta do governo foi o envio de tropas do Rio de Janeiro e de Salvador, cercando a Bahia por terra, e também o envio de navios para cercarem-a por mar. Essa situação acabou gerando grandes dificuldades aos amotinados, já que não havia como receberem mantimentos nem informações de fora. Os revolucionários até tentaram atacar o exercito, mas falharam em todas as tentativas. Após dominar alguns quartéis em Salvador, os rebeldes não lograram obter a adesão dos senhores de terras do Recôncavo, nem encontraram apoio significativo junto à população escrava, permanecendo restritos aos limites urbanos da cidade, bloqueada.
Por fim, no dia 15 de março de 1838 o inciou-se um combate sangrento em Salvador, devido ao ataque das tropas. Os rebeldes atearam fogo a cidade para evitar a entrada das tropas, porem o exercito fez o mesmo com as partes restantes da cidade e usaram as fogueiras também para queimar vivos os inimigos capturados. Finalmente, o exercito ganhou dos revolucionários, a Bahia foi reintegrada ao império e o saldo de mortos dos rebeldes foi de mais de mil vidas, sem contar os mais de 2 mil presos e as quase 200 casas destruídas. Os presos que não foram executados ganharam a liberdade novamente quando D. Pedro assumiu o trono e revogou as condenações. Os que menos sofreram consequências foram os líderes do movimento, tendo o próprio Francisco Sabino morrido pacificamente em uma fazenda na província do Mato Grosso, sem jamais ter sofrido outra sanção pelo movimento liderado, exceto pelo expurgo do teritório bahiano.
Bandeira da República Bahiense Bandeira Bahia
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