RONDEL Helena Luna NOITE LONGA Nesta noite to

RONDEL Helena Luna

NOITE LONGA Nesta noite tão comprida, o tempo escoa lento. Eu penso na minha vida: voou nas asas do vento. Porém nada eu lamento, só me sinto agradecida. Nesta noite tão comprida, o tempo escoa lento. Noite imensa, desmedida. . . Sinto o teu olhar atento sobre mim adormecida. Exulto em contentamento nesta noite tão comprida.

CANTO DE AMOR Meu amor eu canto, alegre, todo dia, na canção que me embala e faz viver, porque amar é só motivo de alegria e eu creio - nunca vou me arrepender. Maravilha é poder olhar e ver o amor crescendo qual maré bravia. Meu amor eu canto, alegre, todo dia, na canção que me embala e faz viver. Dizer mais, meu amor, não poderia, não procuro outro alguém para querer. Preencheste minha estrada antes vazia, com a luz que anuncia o alvorecer. Meu amor eu canto, alegre, todo dia.

SENSUALMENTE Deitada em teus braços sensuais, eu sinto despertar o meu desejo. Te quero, eu te quero sempre mais, e quero saciar-me no teu beijo. A lua nos visita num lampejo, brilhando as estrelas são cristais. Deitada em teus braços sensuais, eu sinto despertar o meu desejo. O amor. . . Ah! O amor só bem me faz, para mim seu cantar é doce arpejo. Sem ele não posso viver - jamais, confesso é tudo o que mais almejo deitada em teus braços sensuais.

RONDANDO Na ronda que percorro, assustada, não encontrei a rosa - só espinho. Por isso eu prossigo abandonada, deambulando, só, em meu caminho. Quisera achar amor, o doce vinho, para tornar mais fácil a caminhada. Na ronda que percorro, assustada, não encontrei a rosa - só espinho. Diviso uma triste e longa estrada, que nada mostra a mim, eu adivinho. Na tarde que já desce apressada, procuro o aconchego de um ninho. Na ronda que percorro assustada. . .

TERNURA A ternura que me toma o coração é grande, é enorme, é infinita. Difícil é controlar a emoção que o faz bater forte e o agita. Minha vida ficou muito mais bonita ao calor do desejo, e da paixão. A ternura que me toma o coração é grande, é enorme, é infinita. Às vezes perco o senso e a razão, e minh'alma se esvai um tanto aflita. Porém logo recupero a direção e prossigo, alegremente, em minha dita. A ternura que me toma o coração. . .

A ROSA Onde está aquela rosa que eu te ofereci? Eu bem sei que és dengosa, porém não vivo sem ti. Ouço, agora, um bem-te-vi soltando a voz, orgulhosa. Onde está aquela rosa que eu te ofereci? Menina, linda, formosa, te achega, vem aqui. Quero te ver carinhosa, beijar-te a boca rubi. Onde está aquela rosa?

Formatação Zélia Nicolodi Junho/ 2008 Poemas Helena Luna