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REMINISCENCIA www. nilson. pro. br 2/20/2021 www. nilson. pro. br 1
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Platão de Atenas 428? – 347? a. C. Considerações importantes sobre Platão: Ø Pertence ao segundo período da filosofia antiga, conhecido como socrático, clássico ou antropológico V-IV a. C. ; Ø É considerado o maior discípulo de Sócrates; Ø Opõem-se aos sofistas; Ø Escreve em forma de diálogo, cujo protagonista é Sócrates; Ø Busca estabelecer como conhecimento verdadeiro o que é em si; 2/20/2021 www. nilson. pro. br Ø Seus principais temas são Teoria do Conhecimento [Educação] e Política. 4
PLATÃO A educação deve proporcionar ao corpo e à alma toda perfeição e beleza de que são capazes Começa antes do nascimento Preocupação com a ética e com a justiça Formação do homem moral Fator decisivo na vida do Estado Educação a serviço da evolução espiritual 2/20/2021 O mito www. nilson. pro. br da caverna 5
Platão fixa em seu pensamento dois tipos de paidéia, uma – mais socrática -, ligada à formação da alma individual, outra – mais política -, ligada aos papéis sociais dos indivíduos, distintos quanto às qualidades intrínsecas da sua natureza que os destinam a uma ou outra classe social e política. N’A República e n’As Leis, desenvolve sua política da educação e rearticula o modelo de formação em relação às diversas classes sociais. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 6
Platão de Atenas Considerações importantes sobre Platão: Suas principais influências são: • Sócrates de Atenas; • Pitágoras de Samos, por meio de Filolau de Crotona; • Heráclito de Éfeso, por meio de Crátilo. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 7
Platão de Atenas Teoria das Idéias O principal objetivo de Platão foi tentar estabelecer uma síntese original entre o pensamento dialético de Heráclito [Mundo das Sombras] e o pensamento metafísico de Parmênides [Mundo das Idéias], mostrando que não são idéias distintas, mas visões diferentes de uma mesma realidade que se apresenta de duas formas possíveis, a saber, a pensada [relativa ao ‘eidos’] e a sentida [relativa aos fenômenos]. Ademais a filosofia de Platão está fundada nas idéias matemáticas de Pitágoras. Veja: Razão: Pensar: Mundo das Idéias: Metafísico: Idéias Alma ou Números Sentidos: Sentir: Mundo das Sombras: Dialético: Cópias 2/20/2021 www. nilson. pro. br 8
Platão de Atenas Teoria da Reminiscência Escrito por Platão na obra “Fédon”, afirma que o corpo é cativeiro, isto é, prisão da alma pelo desejo do próprio homem. Corpo ou Sentidos: Conhecimento Sensível – M. S. Homem = Corpo + Alma ou Razão: Conhecimento Intelectivo – M. I. Logo: Cabe a cada homem usar dos sentido apenas como forma de chegar ao conhecimento das essências, para assim poder alcançar o que é em si e superar os enganos da opinião e, com isso, evoluir pelo processo de metempsicose. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 9
Platão de Atenas Teoria da Reminiscência Ü Como ocorre a recordação da idéia em si na alma? Por meio da METEMPSICOSE Ü O que é metempsicose? É o meio pelo qual a alma, por um processo de nascer e morrer várias vezes, evolui de um estágio inferior para uma condição superior a partir da recordação acumulativa [ ] do que já se encontra dentro de si. Cabeça Tórax Abdômen Veja: 2/20/2021 Alma de Ouro: Magistrados: Sabedoria. Alma de Prata: Guerreiros: Coragem. www. nilson. pro. br Alma de Bronze: Trabalhadores: Temperança. Este processo de evolução recebe o nome de metempsicose 10
Platão de Atenas Teoria da Contingência Veja a relação entre idéias e cópias: Abaixo temos a idéia de homem, casa e veículo. Mundo das Idéias Mundo das Sombras O homem A casa Os homens As casas 2/20/2021 www. nilson. pro. br Acima temos as cópias de homens, casas e veículos. O veículo Os veículos 11
Platão de Atenas Teoria do Conhecimento Verdadeiro “Alegoria da Linha” 2/20/2021 www. nilson. pro. br 12
Platão de Atenas Alegoria da Caverna 2/20/2021 www. nilson. pro. br 13
Platão de Atenas Alegoria da Caverna 2/20/2021 www. nilson. pro. br 14
O interior da caverna representa a prisão em que se encontra a humanidade na medida em que está submetida à ilusão. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 15
Platão de Atenas Educação Para Platão, a educação consiste no desenvolvimento da razão a fim de recordar os conhecimentos que a alma já trás de sua vida anterior no mundo das Idéias e se se libertar definitivamente das ilusões oferecidas pelos sentidos. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 16
Platão de Atenas Educação Observe que, para o ex-prisioneiro, não é suficiente a sua libertação, pois ele volta, desce “até os homens da caverna e quer levá-los para a luz”. 1) Como se explica a volta do filósofo do mundo luminoso da verdade para a escuridão da caverna? 2) Esse ato é um ato político? 2/20/2021 www. nilson. pro. br 17
Platão de Atenas Educação 1) A volta do filósofo para o interior da caverna se dá como um ato de dignidade e benevolência para com seus semelhantes que se encontram presos à ilusão dos sentidos e das aparências. 2) Sim. A função do filósofo é trabalhar na liderança política e fazer uso de seu conhecimento para libertar as pessoas comuns da ilusão dos sentidos e da doxa a que se encontram submetidas. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 18
Platão de Atenas Educação 2/20/2021 www. nilson. pro. br 19
Platão de Atenas Educação 2/20/2021 www. nilson. pro. br 20
Platão de Atenas Educação 2/20/2021 www. nilson. pro. br 21
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Platão de Atenas Atenção! Para Platão existe uma relação direta entre educação e política, onde somente aquele que conseguiu passar por todas as três etapas de formação intelectual, proposta em sua pedagogia, pode governar com sabedoria a pólis e, com isso, garantir o cumprimento da principal virtude do homem, a saber: a justiça. Política Educação 2/20/2021 www. nilson. pro. br Possibilita exercer uma justa. . . 23
Callipolis 2/20/2021 www. nilson. pro. br 24 Cidade ideal, obra do italiano Luciano Laurana, executada por volta de 1500, inspirado na idéias de Platão.
Platão de Atenas As Classes da Callipolis Cabeça Tórax Abdômen 2/20/2021 Alma de Ouro: Magistrados: Sabedoria. Alma de Prata: Guerreiros: Coragem. www. nilson. pro. br Alma de Bronze: Trabalhadores: Temperança. 25
Platão de Atenas Política Platônica “Alegoria do Navio” No Teeteto, “Sócrates” considera que mesmo que os filósofos pareçam inúteis, eles foram criados como homens livres. Os hábeis retóricos, por outro lado, como escravos: de almas pequenas e não retas, são servos do tempo e de seus discursos (172 c-173 b). Em uma citada passagem da República, “Sócrates” responde às objeções de “Adimanto” com a “Alegoria do Navio”: no relato, quem maneja uma embarcação não tem nenhum conhecimento do ofício, todos ali comem [gulosos] e bebem [bêbados] até empanturrarem-se, se regem pelo prazer e prazer não pelo saber: consideram inútil o “verdadeiro” piloto, que julga ser necessário ter em conta saber as estações, o estado do tempo, o movimento dos astros e outras coisas tais para conduzir adequadamente a embarcação (488 a-489 a). Em um navio como este. afirma “Sócrates”, os filósofos são certamente inúteis, mas não são responsáveis por isso, já que o natural seria que os homens que têm necessidade de governo fossem em busca de quem tem capacidade para fazê-la (489 b-c). KOHAN, Walter Omar. Infância e educação em Platão. São Paulo: Revista Educação e Pesquisa – USP, vol. 29, nº. 01, pp. 23 -24: 2003. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 26
Platão de Atenas Política Platônica “Alegoria do Navio” Relação entre o governo dos filósofos e dos sofistas à pólis: Para Platão a “Alegoria do Navio” ilustra dois tipos possíveis e distintos de poderes relativo ao governo da pólis, a saber: o governo justo dos filósofos e o governo injusto dos sofistas. O primeiro se preocuparia com o bem [saber] da Callipolis e o segundo se preocuparia com o prazer pessoal. Veja a comparação ‘Alegoria do Navio’ versus ‘Governo da cidade-Estado’: Alegoria do Navio Governo da cidade-Estado Filósofos “Verdadeiro” Piloto 2/20/2021 Bêbados e Gulosos www. nilson. pro. br Sofistas 27 Comparado às crianças
Epicuro Filósofo grego do período helenístico. Filósofo do Jardim. Defende uma filosofia essencialmente prática com um único objetivo: a felicidade. A felicidade é possível ser alcançada na interioridade da alma. Para isso Epicuro defendia a idéia de que a filosofia deveria ser eminentemente terapêutica (remédio-cura). Seu poder terapêutico deveria curar dos males (O SOFRIMENTO- DOR) para liberar a vida para o maior dos bens = O PRAZER (Hedoné). 2/20/2021 www. nilson. pro. br 28
Epicuro PARADOXO DE EPICURO “Deus, ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso: o que, do mesmo modo é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente: portanto, nem sequer é Deus. Se pode e quer, o que é a única coisa compatível com Deus, donde provém então a existência dos males? Por que razão é que não os impede? ” 2/20/2021 www. nilson. pro. br 29
Epicuro TETRAPHARMACON PARA A VIDA FELIZ: 1 - Não temer os deuses. Os deuses existem, mas a idéia que se tem dos deuses se baseia em opiniões falsas. a) Crê-se que os deuses causam benefícios aos bons e malefícios aos maus. Nada mais falso. Eles vivem no Olimpo junto aos seus semelhantes e não se importam com os humanos e suas vicissitudes. Os deuses não julgam, não condenam ou absolvem e por isso não devem se temidos. Devem ser imitados. b) Acredita-se que podemos atingir os deuses com preces, louvores, súplicas, oferendas etc. . . Inútil. Eles não são atingíveis e não se preocupam com os sofrimentos humanos. Os deuses só se interessam com a vida deles. Não há de se preocupar com os de “outra raça”. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 30
Epicuro 2 - Não há razões para se preocupar com a MORTE. Pensar na morte aflige a alma e por isso o sábio a desdenha. E por que a morte não nos deve preocupar? • A morte não é um mal, ela não é nada. Ausência das sensações. • É tolo quem diz ter medo da morte. “Quando estamos vivos, a morte não está presente; quando a morte está presente, nós é que não estamos”. Enquanto nós somos ela não é e quando ela é, já não somos. 3 - A dor-sofrimento é suportável. E o que fazer quando somos atingidos por algum mal físico? Se é leve é suportável, se é agudo passa logo e se é agudíssimo nos leva a morte imediata, que é o fim da dor. Psicologicamente suporta-se a dor na lembrança de uma alegria ausente e na esperança futura. 4 - A felicidade é facilmente obtida: O primeiros três elementos são como que negativo. O positivo é a vida feliz na vivência do prazer e na ausência da dor – sofrimento. Como? 2/20/2021 www. nilson. pro. br 31
O PRAZER É O SUMO BEM VIDA FELIZ ATRAVÉS DE UM HEDONISMO SOFISTICADO. O FIM ÚLTIMO É O PRAZER. DISCRIMINAÇÃO DOS PRAZERES. EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE PRAZER NATURAIS E NECESSÁRIOS Ligados à conservação NATURAIS E NÃO NECESSÁRIOS Prazeres supérfluos Devem ser Buscados - Comer e beber com refino por eliminarem a dor -Comer quando se tem fome -Beber quando se tem sede - Abrigar-se no luxo, etc -Repousar quando com sono, etc. - Vestir-se sofisticadamente NEM NATURAIS NEM NECESSÁRIOS Prazeres vãos da glória, honra , riquezes, poder, etc. Os do primeiro grupo estão ligados à eliminação da dor-sofrimento. Os do segundo grupo não têm LIMITES, pois não subtrai a dor do corpo, mas estão em função do prazer pelo prazer. Os do terceiro grupo, além de não eliminarem a dor, causam perturbação da alma. Por isso a felicidade requer pouca coisa, o supérfluo atrai o supérfluo. “A quem não basta pouco, nada basta”, diz Epicuro. “Quando então dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres dos intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos, como acreditam certas pessoas que ignoram o nosso pensamento, ou não concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer que é ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma”. Se o prazer momentâneo que o 2/20/2021 www. nilson. pro. br causar um sofrimento maior 32 prazer, então é sábio negar o prazer. Assim como um desprazer momentâneo causar
A Utopia de Morus A Utopia representa a primeira crítica fundamentada do regime burguês e encerra uma análise profunda das particularidades inerentes ao feudalismo em decadência. A forma é muito simples; é uma conversação íntima durante a qual Morus aborda questões políticas, religiosas e sociais de seu tempo. Sua palavra, às vezes satírica e jovial, outras, de uma sensibilidade comovedora, é sempre cheia de força. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 33
A Utopia de Morus A primeira parte da obra é o espelho fiel das injustiças e misérias da sociedade feudal; é, em particular, o martirológio do povo inglês sob o reinado de Henrique VII. A nobreza e o clero possuíam a maior parte do solo e das riquezas públicas. Os grandes senhores mantinham uma multidão de vassalos, seja por amor ao fausto, seja para assegurar a impunidade de seus crimes ou ainda para utilizá-los como instrumentos de violência contra os vilões. Esta vassalagem era o terror do camponês e do trabalhador. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 34
Kant O que é Esclarecimento? Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 35
Kant O que é Esclarecimento? A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha, continuem, no entanto de bom grado menores durante toda a vida. São também as causas que explicam por que é tão fácil que os outros se constituam em tutores deles. É tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu entendimento, um diretor espiritual que por mim tem consciência, um médico que por mim decide a respeito de minha dieta, etc. , então não preciso esforçar-me eu mesmo. Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis. A imensa maioria da humanidade (inclusive todo o belo sexo) considera a passagem à maioridade difícil e além do mais perigosa, porque aqueles tutores de bom grado tomaram a seu cargo a supervisão dela. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 36
Dialética Hegeliana Hegel edifica um sistema cujo objetivo principal é compreender a evolução da história, da filosofia e do universo, a dialética. Trata-se de um esquema progressivo em que o movimento do real surge como solução culminante de contradições anteriores. A dialética é, portanto, um movimento capaz de superar uma contradição. O processo dialético possui um momento positivo (tese) ao qual contrapõe-se um momento negativo (antítese). A contradição estrutural entre tese e antítese será resolvida por um terceiro momento, que superará o dois anteriores: a síntese. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 37
Dialética Hegeliana Este terceiro momento se afirmará, tornando -se uma nova tese, possibilitando, assim, um novo ciclo dialético. Essa estrutura é aplicada a todos os campos do real desde a aquisição do conhecimento até os processos históricos e políticos. Para Hegel, há uma coincidência entre o universo racional e a realidade, daí sua famosa afirmação: o que é racional é real, o que é real é racional. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 38
KARL MARX Materialismo Dialético O materialismo dialético é uma lei que procura descrever o desenvolvimento estrutural da realidade histórica. Tal itinerário de desenvolvimento culminaria, de maneira inexorável, no comunismo. Ora, toda realidade histórica acaba gerando em seu ventre contradições tão agudas que conduzirão à sua própria superação. Assim como o feudalismo gerou dentro de si a burguesia, grande responsável por seu esfacelamento, o capitalismo cuidará de formar e dar a luz ao seu próprio assassino: o proletariado. Este deverá levar a cabo o grande processo dialético da história, na medida em que é uma classe verdadeiramente revolucionária. O proletariado deverá tomar o poder de maneira revolucionária, implantando sua ditadura, até todas as estruturas remanescentes do capitalismo sejam colocadas no chão. Deste processo emergirá a sociedade comunista 2/20/2021 www. nilson. pro. br 39
KARL MARX Materialismo Histórico Teoria marxista segundo a qual a estrutura econômica determina as idéias, ou seja, não é a consciência que determina a existência das pessoas, mas as condições materiais de existência é que determinam a consciência dos indivíduos. A construção das idéias, das representações simbólicas, ou seja, da consciência humana , está diretamente ligada às condições materiais. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 40
Infra-estrutura, Superestrutura e Ideologia A infra-estrutura, ou base econômica, é o conjunto das relações de produção que correspondem a um período determinado do desenvolvimento das forças produtivas, em outras palavras poderíamos dizer que a infra-estrutura é o modo de produção vigente em determinado tempo e lugar. A superestrutura é o conjunto das instituições jurídicas, religiosas, educacionais, morais, artísticas etc. . Tais instituições são responsáveis pela proteção e existência saudável do sistema econômico – infra-estrutura - que lhes dá suporte, para isso a superestrutura desenvolve uma forma obtusa de consciência social (ideologia), cujo objetivo não é outro senão alienar o ser humano tolhendo sua capacidade crítica. A ideologia é, portanto, um fenômeno superestrutural que proporciona a postura acrítica e resignada das pessoas diante das situações de opressão a que são submetidas, por isso, é, sem dúvida, uma espécie de analgésico social a serviço das classes hegemônicas. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 41
KARL MARX A reflexão marxista sobre o trabalho pode ser organizada em dois momentos distintos: -Uma reflexão sobre a natureza do trabalho e sua relação com o ser humano e o mundo natural; - Uma pesada crítica ao trabalho no capitalismo apontando suas incoerências e inconsistências. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 42
KARL MARX Primeiro momento da reflexão marxista: - O trabalho é o elemento distintivo do homem ; - O Trabalho permite a transformação da natureza e do ser humano que a transforma; Trata-se de um instrumento de plenificação e realização do ser humano. “O pior dos arquitetos é infinitamente superior à melhor das abelhas, pois o que ele realiza é trabalho” (Karl Marx) 2/20/2021 www. nilson. pro. br 43
KARL MARX Segundo momento da reflexão marxista. As distorcidas relações de produção no capitalismo, conduzem a uma bipolarização do mundo do trabalho, que pode ser descrita a partir de duas classes de pessoas: as que possuem os meios de produção e as que vendem mão de obra, em outras palavras, os capitalistas e os proletários. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 44
KARL MARX Segundo momento da reflexão marxista: - O trabalho é uma mercadoria ; - O trabalho é alienado; - O trabalho extremamente dividido abole seu caráter humano; - O homem é coisificado, transformando-se em uma extensão da máquina (reificação); - A mercadoria torna-se divina, pois é o objeto inatingível do desejo do trabalhador (fetichização); 2/20/2021 www. nilson. pro. br 45
KARL MARX - O exército de mão de obra de reserva garante o poder de coerção do capitalista ; - Ao invés de tornar-se elemento de plenificação do ser humano, o trabalho o diminui; - O trabalho no capitalismo é uma grande incoerência, pois leva a uma condição estrutural de desigualdade; - Mais-valia – trabalho executado e não pago pelo capitalista ao trabalhador; 2/20/2021 www. nilson. pro. br 46
KARL MARX - Mais-valia absoluta – Envolve o aumento da produção com o aumento da jornada de trabalho; - Mais-valia relativa – Envolve o aumento da produção reestruturação e potencialização do processo de produção. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 47
Levinnas Podemos verificar na história da filosofia uma constante, porém frustrada, tentativa de escapar das suas próprias malhas, assegurando a si um caráter de transcendência imanentizada, simbolizada pela figura mítica de Ulisses. O itinerário da filosofia permanece sendo aquele de Ulisses cuja aventura pelo mundo nada mais foi que um retorno a sua ilha natal – uma complacência no Mesmo, um desconhecimento do Outro. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 48
Levinas As tentativas de libertação e evasão ensaiadas ao longo da história da filosofia não livraram o homem do peso e da solidão de ser, como já vimos, os caminhos que apontavam para a transcendência acabavam no eterno retorno ao ponto de partida. Por isso, Levinas sustenta que o grande fio condutor da filosofia ocidental é a ontologia. Esta constitui-se como uma espécie de eixo central que condiciona tudo o que deve ser explicado dentro do horizonte do ser. Todo o real, inclusive as pessoas estão circunscritas à esta espécie de clausura do ser. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 49
MERLEAU-PONTY Descontente com os rumos tomados por uma sociedade fortemente influenciada por doutrinas racionalistas, que não impediram os horrores da Segunda Guerra Mundial, Merleau-Ponty propõe a valorização do fenômeno perceptivo, de nosso contato espontâneo com o mundo por meio dos sentidos, do corpo, processo que não aceita a separação entre o subjetivo e o objetivo. “O cientificismo e a lógica cartesiana levaram o mundo ocidental a uma visão excessivamente racionalista, em detrimento de todo o aspecto sensível. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 50
MERLEAU-PONTY Aquilo que eu sinto, vejo e percebo não tem o menor valor para a ciência; a única coisa que importa são as coisas inteligíveis, porque elas, segundo Descartes, é que mostram a verdade. A Segunda Guerra Mundial, entretanto, foi toda racionalmente construída e inteligentemente organizada. Ou seja, a razão não trouxe grandes benefícios; pelo contrário, trouxe uma Europa devastada, o que fortaleceu a busca por uma nova forma de se encarar a realidade, levando em conta a valorização da experiência pessoal”, afirma o professor. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 51
MERLEAU-PONTY Merleau-Ponty questiona a supremacia da razão instrumental e o método rigoroso proposto por Descartes para se chegar a conhecimentos universalmente aceitos. “O que se descobriu, segundo Ponty, é que a ciência não mostra a verdade das coisas em si mesmas; a ciência apresenta apenas modelos teóricos provisórios que tentam explicar a realidade. Essas ‘verdades’ que a ciência apresenta duram enquanto não surgirem outros modelos teóricos melhores”, esclarece. Para o autor de Conversas, acrescenta Ricardo, o próprio desenvolvimento da ciência indica que ela não é capaz de oferecer verdades imutáveis. Como exemplo, o filósofo cita os diferentes conceitos formulados pelos físicos para explicar o que é a luz, que já foi definida como um bombardeio de partículas incandescentes, uma vibração do éter, e, na teoria aceita atualmente, é explicada como um fenômeno de ondas eletromagnéticas. 2/20/2021 www. nilson. pro. br 52
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