Reflexo para o Dia de Finados 02 de

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Reflexão para o Dia de Finados 02 de novembro

Reflexão para o Dia de Finados 02 de novembro

Por que perdemos alguém. . . escrevo-lhe. . . Diz o evangelista (João 11,

Por que perdemos alguém. . . escrevo-lhe. . . Diz o evangelista (João 11, 1 - 44) que Jesus chorou a morte do amigo Lázaro. Também eu, também nós choramos a morte de uma pessoa amiga. Ele ou ela continuará presente em minha vida, e digo hoje: Adeus! Deus lhe recompense por ter entrado em minha vida, por sua mensagem de otimismo, de dedicação à vida. Deus lhe pague por ter deixado a todos nós uma grande mensagem de fé.

Cara amiga, escrevo-lhe. . . para dar-lhe meu abraço amigo. Morte! Não é fácil!

Cara amiga, escrevo-lhe. . . para dar-lhe meu abraço amigo. Morte! Não é fácil! Ela nos surpreende. Surpreende como surpreendeu ao próprio Jesus que chorou a morte do amigo Lázaro. Não temos como escapar disso! O nascer alegra. A morte entristece. Mas a esperança de que estamos com Deus é que nos consola. Deus nos ampara a todos!

Fico imaginando como é difícil a quem não tem Deus entender esta realidade e

Fico imaginando como é difícil a quem não tem Deus entender esta realidade e assumi-la. Nossa vida neste mundo é breve, muito breve! Bem diz o Salmo 102: “Os dias do homem são semelhantes ao feno: ele floresce como a flor dos campos. Apenas sopra o vento, já não existe, nem o seu lugar o reconhece mais”. E nos reforça a fé o pensamento de um escritor católico: “O sol e a morte não se podem olhar fixamente. Mas se o sol pode ser visto através de um vidro embaçado, a morte pode ser vista, sem pestanejar, através da ideia

Lembro outra mensagem de questionamento: “Para que nascem as espigas? Não é para amadurecer

Lembro outra mensagem de questionamento: “Para que nascem as espigas? Não é para amadurecer e serem apanhadas uma vez maduras? Não são deixadas em seus pés como se fossem consagradas! Se tivessem sentimento, pensas que fariam votos para não serem jamais cortadas? Não, sem dúvida; olhariam como uma maldição o não chegar nunca para elas a colheita. O mesmo acontece aos seres humanos: seria uma maldição viver sempre. Não morrer, para o ser humano, é para a espiga jamais estar madura e nunca ser apanhada”. E nós nunca sabemos quando estamos “maduros para Deus!” Só Ele sabe quando e em que circunstâncias deve nos acolher.

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Difícil acreditar que para o amigo tenha chegado o

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Difícil acreditar que para o amigo tenha chegado o fim de sua vida aqui na terra! Tenho que dizer que perdi um amigo. Como Jesus, diante da morte de Lázaro, choro a morte do amigo. Não posso, porém, assumir ar de tristeza, pois ele cumpriu sua missão. Para ele chegou o dia da colheita. O Pai amoroso o chamou para junto de si, encerrando este que é apenas um fragmento de vida. Sentimos sua morte, mas num esquema muito egoísta, pois o queremos ao nosso lado. Ele nos deixou quando menos esperávamos e quando Ele também, talvez, não esperava!

Ninguém de nós imaginava que era chegada para ele a “hora da colheita”. E,

Ninguém de nós imaginava que era chegada para ele a “hora da colheita”. E, mais que isso, sei muito bem que ninguém se conforma com esta realidade. Ele permanece conosco pelo que fez. Junto de Deus, intercederá por nós, saberá amparar os que ficam, saberá ser uma mensagem de fé para os familiares todos!

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Diante deste fato, onde buscar sentido, explicação, razão? Não

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Diante deste fato, onde buscar sentido, explicação, razão? Não são palavras que irão sacramentar nossa mente e cravar em nossos corações como que carimbos que venham a por fim, a liquidar com nosso questionamento. A razão de tudo só a encontramos quando permitimos que o amor de Deus se expanda e, então, suscite em nossos corações uma resposta a nossos questionamentos, que será sempre uma resposta de amor!

Temos que crer no amor de Deus por nós. Amor que se manifesta de

Temos que crer no amor de Deus por nós. Amor que se manifesta de modo suave, benigno, mas também às vezes violento, terrível, doído. É, então, que temos que juntar de nossos corações os pedaços e levar ao Senhor, o único capaz de dar-lhe novamente forma e proporcionar-nos um viver ainda mais intenso agora, mais real, mais voltado para as realidades que contam!

Nossa vida cristã é um mistério de Amor de Deus para conosco e amor

Nossa vida cristã é um mistério de Amor de Deus para conosco e amor que aprendemos, experimentamos e partilhamos, à nossa maneira, perecível, passageira, voltada para o Eterno de Deus que é Pai. Diante das coisas trágicas da vida, só uma coisa podemos fazer: voltarmo-nos amorosamente para nosso coração, munindo-nos de nossos sentimentos e levando tudo ao único capaz de nos indicar o mistério do ser humano que transcende no mistério dele, e Eterno, Deus!

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Posso ao menos imaginar o grande vazio, vazio quase

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Posso ao menos imaginar o grande vazio, vazio quase sem fim, que experimenta seu coração diante desta morte. Este vazio só pode clamar e invocar a infinita plenitude de Deus. E, dizer coração, é dizer Amor que, morto, dá vida. Vida que só tem sentido quando colocada em paralelo com a vida em Deus é sinônimo de Amor. E só quem busca a experiência de Deus, manifestando amor, pode partilhar deste grande amor e sentir menos bruta, menos pesada, aceitável, a terrível realidade da morte.

Deus está onde alguém suplica! Deus está em nossos corações, quando suplicamos sua força.

Deus está onde alguém suplica! Deus está em nossos corações, quando suplicamos sua força. Suplicamos porque precisamos. Suplicamos porque necessitamos desta força para caminhar. Afinal, não está dito que para nós também esta vida teve já seu limite marcado. Para nós a vida continua. E seria covardia nossa, e de todos que nos são caros, se deixássemos de caminhar, se perdêssemos o sentido do viver, se fraquejássemos na árdua caminhada!

Só uma coisa nos resta: apegarmo-nos como nunca ao Deus que é amor e,

Só uma coisa nos resta: apegarmo-nos como nunca ao Deus que é amor e, sei disso, de modo um tanto abstrato, pois Deus não é palpável ao modo humano. Mas nem de todo abstrato! Deus se faz presente na vida da Igreja, em nossa participação nos Sacramentos, em nossa frequência à Eucaristia, no conforto que buscamos através de sua e nossa Mãe, Nossa Senhora, o nosso Perpétuo Socorro.

Que belo título! Socorro! É aquilo de que todos nós necessitamos na caminhada. Ela

Que belo título! Socorro! É aquilo de que todos nós necessitamos na caminhada. Ela nos socorre! Não de maneira material, física, palpável. Não de modo concreto, visível. Socorre-nos à medida em que nos deixamos guiar por suas mensagens de amor, à medida em que deixamos que ela nos fale ao coração e possa nos incentivar na caminhada.

Com a palavra coração se denomina algo que é totalmente corpóreo e, no entanto,

Com a palavra coração se denomina algo que é totalmente corpóreo e, no entanto, está todo em tudo, a ponto de se poder contar suas pulsações. Nosso coração está fixo num lugar só, não caminha, não muda nem pode existir fora da realidade dele. No entanto, está por toda parte, está em todo o nosso organismo, podemos senti-lo, acompanhar seu agir, medir seu toque, numa maravilha incalculável da criação de Deus.

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Escrevo-lhe lembrando o que você já sabe: que nossa

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Escrevo-lhe lembrando o que você já sabe: que nossa vida é uma imagem de algo que é mais que tudo isso, a vida de Deus em nós. Sei que é difícil, dói até às muitas lágrimas, mas é maravilhoso sentir nas manifestações da vida, a presença de Deus. Não é necessário questionar muito, ou melhor, não é necessário questionar nada, para se fazer a experiência do encontro com Deus. Encontro que, para quem morreu, foi já definitivo. E encontro que, para nós que prosseguimos na caminhada, se concretiza em cada gesto, em cada acontecimento, suave ou brusco, do qual temos que partilhar e participar.

Neste contexto todo, só nos resta lembrar que para Deus a vida não tem

Neste contexto todo, só nos resta lembrar que para Deus a vida não tem “porquês”. Não nos compete assumir atitudes de desespero, procurando explicação para tudo. As coisas de Deus não têm “porquês”, considerando que nós os buscamos ao nosso modo, a nosso entender e imaginar. Seremos felizes, realizar-nosemos plenamente, quando pudermos repetir como tantos, mesmo que com coração partido: “Deus no-lo deu, Deus no-lo tirou! Seja feita sua vontade!”

Feliz daquele que, assim tão cedo para nosso modo de julgar, foi chamado já

Feliz daquele que, assim tão cedo para nosso modo de julgar, foi chamado já para junto do Pai que é extremamente bondoso e amoroso e acolhe a cada um de nós e acompanha e guia nossos passos. À medida em que compreendemos isso, nossas lágrimas continuarão a surgir, sim, mas serão lágrimas de felicidade. Mas, para isso, é necessário que deixemos Deus agir em nossos corações, é necessário saber ouvir a voz de Deus que nos fala, quer estar presente, participar, inundar todo o ser, irrigar toda a vida, como bem o faz para nosso organismo nosso coração.

Coração! Nele encontramos a nós mesmos, a razão de nosso viver, o sentido dos

Coração! Nele encontramos a nós mesmos, a razão de nosso viver, o sentido dos nossos dias e o modo próprio da mensagem que Cristo veio nos trazer. A mensagem do cristianismo, do viver a fé, da prática da religião, não é algo que nos é imposto como peso, mas uma grande graça. Deus continua contando conosco, esperando pela participação, pela vida, pelo entusiasmo que não deve, de modo algum, diminuir ou se tornar em certo sentido um tanto insosso. Pelo contrário. Que nossas vidas sejam cada vez mais intensas, não no sentido do viver a realidade humana, material, mas no permitir e fazer com que Deus se torne cada vez mais presente e inunde todo o ser.

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Recordando que Jesus nunca ficou indiferente. Sentiu e muito

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Recordando que Jesus nunca ficou indiferente. Sentiu e muito a realidade da morte. Chorou a morte do amigo Lázaro. E isto para nos ensinar a encarar esta realidade não com lamentos constantes, perenes, mas sentir, porque somos humanos, e superar, porque aprendemos e tornamos realidade a mensagem de Jesus para nós. Precisamos entender o grande segredo da morte de nossos entes queridos. A morte nos permite lançarmo-nos braços do Pai. Pois bem. Permitamos que esta experiência seja o mais possível intensa em nossas vidas!

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Você tem o direito de ficar imaginando que ele

Cara amiga, escrevo-lhe. . . Você tem o direito de ficar imaginando que ele não mais retornará. Ele não retorna mais para o aconchego do lar. Mas estejamos certos de uma coisa: Ele está em sua morada definitiva, junto de Deus, para onde foi tão cedo! Cedo! O que é cedo para Deus? Não se pode medir. E não se pode encontrar a razão. Então, vivamos intensamente o dia a dia, e ele, de uma morada definitiva e privilegiada, estará acompanhando os passos dos familiares todos, nossos passos. Que ele, junto de Deus, interceda por todos nós!

Não pensemos no falecido como alguém que simplesmente teve que partir! Pensemos nele como

Não pensemos no falecido como alguém que simplesmente teve que partir! Pensemos nele como chamado por Deus para a vida Eterna. Assim, tenho certeza, tornaremos menos amargas nossas lágrimas e encontraremos mais razão para prosseguir, firmes na caminhada, e encontraremos muito sentido em participar da vida que Cristo, através da Igreja, nos propõe. Deus conta com nossa disposição. Sintamos sempre a alegria de viver! E, se pensamos nele, o mais importante é que, ao mesmo tempo, pensemos em nós também. Assim prossigamos a vida, na paz de Deus!

Nota final do Autor: Refletimos na morte usando a imagem de uma mulher que

Nota final do Autor: Refletimos na morte usando a imagem de uma mulher que perde seu querido! Conforme o contexto, podemos dirigir nossa reflexão a partir de um homem que perde sua querida ou de alguém que vive o drama da ausência de alguém que amou e foi para o Pai! Texto: P. Geraldo Rodrigues.

Jesus nunca ficou indiferente! Ele sentiu, e muito, a realidade da morte. Chorou a

Jesus nunca ficou indiferente! Ele sentiu, e muito, a realidade da morte. Chorou a morte do amigo Lázaro. E, isto, para nos ensinar a encarar esta realidade não com lamentos constantes, perenes, mas sentir, porque somos humanos, e superar, porque aprendemos e tornamos realidade a mensagem de Jesus para nós!

CRÉDITOS Coordenação geral e texto: P. José Geraldo Rodrigues Formatação: Ana Almada Vídeo: Altiva

CRÉDITOS Coordenação geral e texto: P. José Geraldo Rodrigues Formatação: Ana Almada Vídeo: Altiva Helena Música: Palestrina – Sanctus Ilustração: da Internet www. aparecidadasaguas. com vivencias@aparecidadasaguas. com © direitos reservados ©