Reciclagem Orgnica Compostagem Resduos Slidos Universidade Fernando Pessoa

Reciclagem Orgânica Compostagem - Resíduos Sólidos Universidade Fernando Pessoa Isabel Rocha n. º 9262

Índice: 1. Introdução à compostagem. 2. 1. 1. A compostagem como parte de uma estratégia integrada de gestão de RSU. 2. Vantagens e desvantagens da compostagem. 3. Como fazer compostagem doméstica? 4. 3. 1. A escolha do local. 5. 3. 2. A escolha do compostor. 6. 3. 3. Manutenção de uma pilha de compostagem. 7. 3. 4. Materiais que podem e não podem ser compostados.

1. Introdução à compostagem Nas últimas décadas, a gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tem vindo a assumir uma importância crescente. Lixeiras e aterros não podem ser considerados como métodos para eliminar os RSU, já que existem meios quer económica quer ambientalmente mais eficientes. (1) Assim, a compostagem pode ser uma forma de atenuar o problema dos RSU, dando um destino útil aos resíduos orgânicos. (1, 4)

1. Introdução à compostagem (cont. ) Compostagem É um processo biológico, através do qual os microrganismos convertem a parte orgânica dos RSU num material estável tipo húmus, conhecido composto. Melhora a estrutura do solo e devolve à terra os nutrientes de que necessita, aumentando a sua capacidade de retenção de água. Permite o controlo da erosão. Evita o uso de fertilizantes sintéticos. (1, 4)

1. 1. A compostagem como parte de uma estratégia integrada de gestão de RSU A compostagem permite tratar os resíduos orgânicos domésticos – restos de comida e resíduos de jardim. Em termos científicos, a compostagem pode ser definida como sendo uma decomposição aeróbia de substratos orgânicos, em condições que permitam atingir temperaturas suficientemente elevadas. A decomposição de resíduos pode também ser conseguida na ausência de oxigénio – Digestão anaeróbia. (1)

1. 1. A compostagem como parte de uma estratégia integrada de gestão de RSU (cont. ) Os resíduos orgânicos constituem aproximadamente metade do fluxo de resíduos produzidos. Não depositar em aterro a fracção orgânica permite aumentar o tempo de vida do aterro para o dobro ou a construção de aterros com metade da capacidade. A nível nacional existem poucas estações de compostagem, sendo apenas compostados cerca de 9% dos RSU produzidos. (1)

2. Vantagens e desvantagens da compostagem A compostagem pode ser levada a cabo por várias formas: Em grandes instalações centralizadas; Em instalações agrícolas ou agro-pecuárias; Em pequenas unidades de carácter familiar – Compostagem doméstica.

2. Vantagens e desvantagens da compostagem (cont. ) Compostagem doméstica VANTAGENS Faz diminuir os custos com a recolha de resíduos; Permite produzir um composto de excelente qualidade; Permite um envolvimento da população na questão de tratamento de resíduos. (1, 4) DESVANTAGENS Exige alguma formação e empenho por parte dos cidadãos.

3. Como fazer compostagem doméstica? A compostagem doméstica é particularmente adaptada a zonas rurais ou moradias com espaço para transformar os restos orgânicos em composto, apesar de para quem não tem acesso a espaços exteriores também é possível o aproveitamento. (1, 3) Temos de ter em conta vários aspectos, tais como: Escolha do local Escolha do compostor Manutenção de uma pilha de compostagem Materiais que podem e não podem ser compostados

3. 1. A escolha do local O compostor deve estar suficientemente próximo de casa, num local de fácil acesso e com água perto para facilitar a rega. Num clima seco a localização ideal de uma pilha de composto é debaixo de uma árvore, pois proporciona sombra durante uma parte do dia e evita a secagem e arrefecimento do composto. Se for uma região onde chove frequentemente, convém cobrir o compostor, porque o excesso de água atrasa a decomposição. (1) Se possível, deve-se colocar o compostor em cima da terra e não numa superfície impermeabilizada, porque além de possibilitar a drenagem da água facilita a entrada de microorganismos benéficos do solo para a pilha. (1, 3)

3. 2. A escolha do compostor Para se fazer compostagem doméstica não necessitamos de um compostor! Quintal Pilha em forma de pirâmide Dimensões Aproximadamente 2 m de base Pelo menos 1 m de altura

3. 2. A escolha do compostor (cont. ) Pilhas com dimensões mais reduzidas não aquecem o suficiente para que o processo de decomposição ocorra de forma adequada. Escavar um buraco na terra 60 cm de diâmetro 25 – 40 cm de profundidade Cobrir com: - uma camada de terra; - folhas secas.

3. 2. A escolha do compostor (cont. ) No entanto, numa realidade ambiente urbana em que o espaço disponível para a compostagem pode ser reduzido, um compostor apresenta vantagens a nível estético e prático, além de ajudar a reter o calor. Se se optar pelo uso de um compostor, com recursos a poucos materiais, gastando menos dinheiro. (1, 2, 3) Fotocompostor Compostor em madeira

3. 2. A escolha do compostor (cont. ) Compostor de rede Ninho

3. 2. A escolha do compostor (cont. ) Pode-se, ainda, adquirir um compostor, no caso de a habitação ter pouco espaço. Sendo assim, devemos ter em atenção: A capacidade adequada à produção de resíduos; A durabilidade; A garantia; O custo.

3. 3. Manutenção de uma pilha de compostagem Água para rega Resíduos castanhos, sem terra. Resíduos verdes 5 a 10 cm de materiais castanhos + 1 mão de terra ou composto pronto Ramos grossos colocados aleatoriamente (1, 3)

3. 4. Materiais que podem e não podem ser compostados Materiais que podem ser compostados Materiais Verdes Materiais Castanhos Hortaliça Legumes Restos de pão Massa e arroz Cascas de batata Cascas de ovos esmagados Restos de comida cozinhada Cereais e borras de café Restos e cascas de frutos Cascas de frutos secos Palha Aparas de relva e erva seca Folhas secas Ramos pequenos Aparas de madeira e serradura Pequenas quantidades de cinzas de madeira

3. 4. Materiais que podem e não podem ser compostados (cont. ) Castanhos – Contêm a maior proporção de Materiais orgânicos carbono. Verdes – Contêm a maior proporção de azoto. Para que a compostagem decorra da melhor forma, convém ter a maior diversidade de resíduos possível. (1)

3. 4. Materiais que podem e não podem ser compostados (cont. ) Materiais que não podem ser compostados Carne Peixe Ossos Lacticínios Gorduras Excrementos de animais não devem ser compostados, porque podem conter microorganismos patogénicos, que podem sobreviver ao processo de compostagem. Resíduos de jardim tratados com pesticidas e plantas com doenças também não devem ser compostados. (1)

Bibliografia Informação disponível em: (1) - www. escolasverdes. org (2) - www. hortadaformiga. com (3) - www. armelis. pt (4) - www. cm-seixal. pt

Contribuam para um mundo melhor !!! FIM