Racionalismo e empirismo Homem vitruviano desenho de Leonardo

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Racionalismo e empirismo

Racionalismo e empirismo

Homem vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci, 1490 PHOTO SCALA, FLORENCE/GLOWIMAGES - GALERIA DA

Homem vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci, 1490 PHOTO SCALA, FLORENCE/GLOWIMAGES - GALERIA DA ACADEMIA, VENEZA - CORTESIA DO MINISTÉRIO PARA OS BENS E AS ATIVIDADES CULTURAIS Entre a razão e os sentidos

Em busca do método § Modernidade é o período que se esboçou no Renascimento

Em busca do método § Modernidade é o período que se esboçou no Renascimento e desenvolveu-se na Idade Moderna, atingindo seu auge na Ilustração, no século XVIII. § A modernidade caracteriza-se pela valorização da razão, responsável pelo crescente interesse pelo método. § A preocupação dos filósofos em não se enganar levou à revisão da metafísica tradicional. Duas respostas surgiram para essa nova questão: o racionalismo e o empirismo. § Racionalismo: valorização da razão no processo de aquisição do conhecimento (Descartes, Espinosa, Leibniz). § Empirismo: valorização da experiência sensível no processo de aquisição do conhecimento (Bacon, Locke, Berkeley, Hume).

Racionalistas § Descartes (1596 -1650) buscava encontrar um método seguro que o conduzisse à

Racionalistas § Descartes (1596 -1650) buscava encontrar um método seguro que o conduzisse à verdade indubitável. THIERRY LE MAGE/RMN/OTHER IMAGES - MUSEU DO LOUVRE, PARIS § A dúvida metódica não admite certezas que não estejam imunes à dúvida. § Descartes duvida do testemunho dos sentidos e do senso comum. § Ele interrompe a cadeia de dúvidas diante de uma primeira intuição: “Penso, logo existo” (Cogito, ergo sum). Essa intuição primeira leva à afirmação da existência de Deus e do mundo. Retrato de Descartes, pintura de Frans Hals, 1649

Racionalistas § Para ele, o conhecimento está vinculado ao desejo e aos afetos de

Racionalistas § Para ele, o conhecimento está vinculado ao desejo e aos afetos de alegria e de tristeza. § Desenvolveu uma diferente concepção de Deus, como ser imanente ao Universo, ou seja, que não se separa de sua criação. § Conhecimento adequado: o conhecimento racional é que nos permite distinguir os desejos verdadeiros daqueles que nos afastam dela. É este conhecimento que nos torna livres. § Conhecimento inadequado: por ser estimulado exteriormente, constitui-se fonte de fantasias e ilusões. Retrato de Baruch Espinosa, pintura da escola alemã, 1665 PHOTO AUSTRIAN ARCHIVES/SCALA FLORENÇA/GLOWIMAGES/ BIBLIOTECA HERZOGLICHE, WOLFENBUETTEL § Espinosa (1632 -1677) cria uma teoria original ao privilegiar a ética na construção do pensamento.

Empiristas § Francis Bacon (1561 -1626) propunha um conhecimento baseado no saber experimental e

Empiristas § Francis Bacon (1561 -1626) propunha um conhecimento baseado no saber experimental e na lógica indutiva. § Criticou o saber contemplativo medieval e a lógica dedutiva aristótelica. § Denunciou os preconceitos e as noções falsas que dificultam a apreensão da realidade, aos quais chama de ídolos: da tribo, da caverna, do mercado, do teatro.

Empiristas § John Locke (1632 -1704) criticou a noção de ideias inatas. BIBLIOTECA BODLEIAN,

Empiristas § John Locke (1632 -1704) criticou a noção de ideias inatas. BIBLIOTECA BODLEIAN, UNIVERSIDADE DE OXFORD/GETTY MAGES § Para ele, a mente é como um papel em branco, por isso o conhecimento começa com a experiência sensível. § Distinguiu duas fontes possíveis para nossas ideias: a sensação e a reflexão. § A sensação resulta de um estímulo externo, pelo qual a mente é modificada por meio dos sentidos. § A reflexão se processa internamente, é a percepção que a alma tem daquilo que nela ocorre. Retrato do filósofo inglês John Locke, século XVII

Empiristas § As impressões são as percepções originárias que se apresentam à consciência com

Empiristas § As impressões são as percepções originárias que se apresentam à consciência com maior vivacidade, tais como as sensações (ouvir, ver, sentir dor ou prazer etc. ). § As ideias são cópias pálidas impressões e, portanto, mais fracas. § Hume criticou a noção de causalidade, porque, para ele, as relações de causa e efeito resultam do hábito, criado pela associação de casos semelhantes. § Hume admite seu ceticismo ao reconhecer os limites muito estreitos do entendimento humano. PAUL D STEWART/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK § Para Hume (1711 -1776) o conhecimento tem início com as percepções individuais, que podem ser impressões ou ideias. Retrato do filósofo inglês David Hume, do gravurista e pintor W. Holl, século XVIII

Empiristas § Berkeley (1685 -1753) criticou o racionalismo e superou algumas noções dos próprios

Empiristas § Berkeley (1685 -1753) criticou o racionalismo e superou algumas noções dos próprios empiristas. § Adotou um imaterialismo, pelo qual nega a possibilidade de conhecermos o mundo. § Resume essas impossibilidades pela expressão “ser é ser percebido”: o ser das coisas consiste em ser percebido pelo sujeito pensante. § Portanto, só a ideia é real: trata-se de um idealismo.