Psicose Educao especial e inclusiva l Thayla Molina

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Psicose Educação especial e inclusiva l Thayla Molina Melissa Ramos

Psicose Educação especial e inclusiva l Thayla Molina Melissa Ramos

v. Definições O termo Psicose (e sintomas psicóticos) é empregado para se referir à

v. Definições O termo Psicose (e sintomas psicóticos) é empregado para se referir à perda do juízo da realidade e um comprometimento do funcionamento mental, social e pessoal, normalmente levando a um prejuízo no desempenho das tarefas e papéis habituais. Psicoses são distúrbios psiquiátricos graves onde o paciente perde contato com a realidade, emite juízos falsos (delírios), podendo também apresentar alucinações (ter percepções irreais quanto a audição, visão, tato), distúrbios de conduta levando à impossibilidade de convívio social, além de outras formas bizarras de comportamento. A psicose pode proceder de vários fatores como herança hereditária, por lesões cerebrais, tumores cerebrais, esquizofrenia, tóxicos, álcool, infecções, traumas emocionais etc. Algumas Psicoses são incuráveis, outras apresentam cura completa. Quase sempre requer tratamento à base de psicotrópicos e nem sempre é necessária a internação.

v. Sintomas Entre os sintomas que aparecem nos pacientes, podemos citar: v v v

v. Sintomas Entre os sintomas que aparecem nos pacientes, podemos citar: v v v Dificuldade de raciocínio Delírios Alucinações Sensações de ouvir vozes Visões e impressões sem motivos aparentes.

Alucinações e Delírios são os principais sintomas da crise psicótica! Alucinação é a percepção

Alucinações e Delírios são os principais sintomas da crise psicótica! Alucinação é a percepção real de um objeto inexistente, ou seja, são percepções sem um estímulo externo (iluminação, etc. ) um objeto alucinado muitas vezes é percebido mais nitidamente que os objetos reais de fato. As alucinações podem manifestar-se também através de qualquer um dos cinco sentidos, sendo as mais freqüentes as auditivas e visuais. Como as mais freqüentes, podem aparecer sob forma de sons inespecíficos, tais como chiados, zumbidos, ruídos de sinos, roncos, assobios, ou vozes, as quais podem ter as mais variadas características: diálogos entre mais de um interlocutor, comentários sobre atos do paciente, críticas sobre a pessoa que alucina, podem ainda, por outro lado, proferir injúrias e difamações, comunicar informações fantásticas, sonorizar o pensamento do próprio paciente ou de terceiros. Na idéia do paciente tais vozes podem ser provenientes do além, do sobrenatural, dos demônios ou de Deus, etc. (DELÍRIO)

Delírio Jaspers define o Delírio Primário ou puro como sendo um juízo patologicamente falso

Delírio Jaspers define o Delírio Primário ou puro como sendo um juízo patologicamente falso da realidade. Este juízo falso deve apresentar três características: 1 - deve apresentar-se como uma convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável; 2 - deve ser impenetrável e incompreensível para o indivíduo normal, bem como, impossível de sujeitar-se às influências de correções quaisquer, seja através da experiência ou da argumentação lógica e; 3 - impossibilidade de conteúdo plausível. Todos os casos que não satisfazem essa tríade não podem ser considerados Delírios Verdadeiros ou Delírios Primários (podem ser Idéias Deliróides ou Delírios Secundários). . v A Psicose não é apenas uma doença de adultos, ela também pode ser diagnosticada em crianças. Porém a psicose infantil não deve ser comparada com a dos adultos, uma vez que, os sintomas da psicose infantil têm mais relação com um transtorno de personalidade.

v. Tipos de psicose A classificação das psicoses é encontrada no DSM IV (Diagnostic

v. Tipos de psicose A classificação das psicoses é encontrada no DSM IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), e é, apropriadamente, dividida nas variedades funcional e orgânica. v Psicose orgânica: A psicose orgânica refere-se a uma condição reversível ou não de disfunção mental, que pode ser identificada como um distúrbio da anatomia, fisiologia ou bioquímica do cérebro. v Psicose funcional A psicose funcional refere-se a uma condição de disfunção mental, identificada como esquizofrenia, uma doença afetiva maior, ou outros distúrbios mentais com características psicóticas. Na CID. 10 os Transtornos Psicóticos são classificados como (F 20 -F 29) Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes.

v. Transtornos psicóticos v Transtorno Esquizofreniforme Os pacientes com Transtorno Esquizofreniforme apresentam um quadro

v. Transtornos psicóticos v Transtorno Esquizofreniforme Os pacientes com Transtorno Esquizofreniforme apresentam um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que os sintomas persistem. Ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um mês, porém os pacientes não devem ultrapassar seis meses com o quadro. A melhora deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto mais curto for o episódio, melhor é o prognóstico. O Prejuízo social ou ocupacional em função de seus sintomas pode estar presente ou não. Pacientes que persistirem com os sintomas psicóticos por um período superior a seis meses podem receber o diagnóstico de Esquizofrenia. O tratamento é similar ao da Esquizofrenia, geralmente necessitando de hospitalização para a realização de diagnóstico e tratamento mais adequados.

v Transtorno Esquizoafetivo Essa doença tem características tanto da Esquizofrenia quanto dos Transtornos de

v Transtorno Esquizoafetivo Essa doença tem características tanto da Esquizofrenia quanto dos Transtornos de Humor. Em outras palavras, os pacientes que apresentam essa doença têm sintomas de esquizofrenia, "misturados" com sintomas de doença afetiva bipolar ou de depressão. Esses sintomas podem apresentar-se juntos ou de maneira alternada. Ocorre também na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma evolução mais benigna que a Esquizofrenia e pior que o Transtorno de Humor. O tratamento consiste em internação hospitalar, medicação e intervenções psico-sociais. As principais medicações escolhidas para o tratamento do Transtorno Esquizoafetivo são as mesmas utilizadas no tratamento da Depressão e da Doença Bipolar, assim como antipsicóticos.

v Transtorno Delirante Para que o paciente receba esse diagnóstico, os delírios devem estar

v Transtorno Delirante Para que o paciente receba esse diagnóstico, os delírios devem estar presentes por um período maior que um mês. Difere da Esquizofrenia por esses pacientes não serem tão gravemente comprometidos em seu comportamento e linguagem. Os pacientes podem apresentar alucinações, mais comumente relacionadas ao tato e ao olfato (cheiros). O Transtorno Delirante antigamente recebia o nome de Paranóia, associando o nome da doença aos delírios persecutórios. Porém, hoje se sabe que esses pacientes podem apresentar outros tipos de conteúdo delirante, dividindo o diagnóstico em diferentes subtipos:

v Tipo erotomaníaco: Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo

v Tipo erotomaníaco: Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo paciente. Esse delírio geralmente refere-se mais a um amor romântico idealizado ou uma união espiritual do que propriamente uma atração sexual. v Tipo grandioso: Delírios de possuir um grande talento, conhecimento ou ter feito uma importante descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode tomar a forma também da convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de uma mensagem divina. v Tipo ciumento: Delírios de que está sendo traído pelo cônjuge. v Tipo persecutório: Delírios de que está sendo alvo de algum prejuízo. v Tipo somático: Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física. v Tipo misto: Delírios acima citados misturados. v Tipo inespecífico: Delírios diferentes dos descritos acima. De maneira geral, o tratamento é realizado em consultório. Internação hospitalar pode ser necessária em situações em que há presença de riscos (agressão, suicídio, exposição moral). O tratamento é feito com medicação antipsicótica e psicoterapia.

v Transtorno Psicótico Breve O Transtorno Psicótico Breve pode ter um quadro clínico muito

v Transtorno Psicótico Breve O Transtorno Psicótico Breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia ou com o Transtorno Esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações, linguagem ou comportamento desorganizado ou com o Transtorno Delirante. Entretanto esses sintomas deverão estar presentes por um curto espaço de tempo e persistir no mínimo por um dia, e no máximo por 1 mês, melhorando completamente dentro desse período sem deixar sintomas residuais. Geralmente encontramos situações estressantes que precipitam o quadro. O tratamento deve ser com medicações antipsicóticas, eventualmente necessitando internação hospitalar. A evolução desses quadros costuma ser benigna com total remissão dos sintomas.

v Transtorno Psicótico Compartilhado Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa

v Transtorno Psicótico Compartilhado Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico. Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos sintomas, pode ser necessário usar medicação antipsicótica. Psicoterapia e terapia familiar também ajudam no tratamento e prevenção. v Transtorno Psicótico Devido a uma Condição Médica Geral: os sintomas psicóticos são considerados como decorrentes de uma condição médica geral. v Transtorno Psicótico Induzido por Substância: os sintomas psicóticos são considerados uma conseqüência fisiológica direta de uma droga de abuso, medicação ou exposição a determinada substância. v Transtorno Psicótico sem Outra Especificação: é uma categoria incluída para classificar os quadros psicóticos que não satisfaçam os critérios para as condições vistas acima, ou então para aquelas sobre as quais não existam informações em quantidade e qualidade necessárias para o diagnóstico.

Como é a apresentação típica de um paciente em estado psicótico? v Eles são,

Como é a apresentação típica de um paciente em estado psicótico? v Eles são, freqüentemente, impulsivos e em perigo constante de agir, baseados em percepções distorcidas ou idéias delirantes, resultando em lesão ou morte não-intencionais. v A consciência de si mesmo e do ambiente é, consistentemente, velada. v O paciente é incapaz de discriminar os estímulos que percebe. v O pensamento é desorganizado e incoerente, o que se evidencia na fala do paciente. v A memória é prejudicada no registro, retenção e recuperação das lembranças. v A orientação, especialmente quanto ao tempo, pode estar prejudicada. v O comportamento psicomotor pode ser hipo ou hiperativo em relação aos movimentos e à fala. v As emoções podem variar de apatia e depressão a medo e raiva.

Onde e como a psicopedagogia poderá trabalhar o indivíduo com patologias graves como a

Onde e como a psicopedagogia poderá trabalhar o indivíduo com patologias graves como a psicose? v “Os pacientes com psicopatologias graves, em sofrimento mental ou em crise se beneficiam muito dos atendimentos nas Oficinas. É um espaço onde podem resgatar seu contato com a realidade, descobrir suas potencialidades e lidar com seus limites. Através das atividades propostas o paciente percebe suas possibilidades de crescer, aprender e conviver em sociedade. Nosso maior objetivo é a reinserção desse paciente na comunidade onde vive. A maioria dos nossos pacientes está fora da escola, ou de alguma forma, excluída dentro dela. Procuramos levá-los a descobrir novas formas de conviver com outras crianças e/ou adolescentes, desenvolver o gosto pelo aprender, pelo fazer bem feito. Durante o processo, aprendem a lidar com projetos de trabalho, pesquisar, concluir e criticar. Desenvolvem suas estruturas cognitivas e melhoram sua auto-estima. ” Raquel Gontijo

v. Tratamento Para o tratamento da psicose, os pacientes passam a receber medicamentos, que

v. Tratamento Para o tratamento da psicose, os pacientes passam a receber medicamentos, que levam o nome de remédios antipsicóticos e dependendo do grau da psicose e crises, a hospitalização é necessária. Para complementar o tratamento da psicose, a psicoterapia e a terapia comportamental vêm sendo usadas para amenizar as freqüências de crises psicóticas.