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Psicologia da Religião

Psicologia da Religião

Definição Psicologia da religião é o estudo do fenômeno religioso do ponto de vista

Definição Psicologia da religião é o estudo do fenômeno religioso do ponto de vista psicológico, ou seja, a aplicação dos princípios e métodos da psicologia ao estudo científico do comportamento religioso do homem, quer como indivíduo, quer como membro de uma comunidade religiosa.

O Fenômeno Religioso Ao psicólogo da religião interessa não somente o fato de que

O Fenômeno Religioso Ao psicólogo da religião interessa não somente o fato de que em todas essas culturas se encontram formas de comportamento religioso, mas também o fato singular de que, apesar das grandes diferenças quanto às crenças e práticas dos vários povos, há muitas similaridades entre elas, o que sugere a existência de um fator comum à experiência religiosa de todos os homens.

A Experiência Religiosa Há vários tipos de experiências e todas elas podem ser conceituadas

A Experiência Religiosa Há vários tipos de experiências e todas elas podem ser conceituadas como resposta a diversos estímulos. A psicologia encarrega-se de determinar o limiar da consciência de determinadas realidades, ou seja, o ponto em que o organismo se torna sensível a essa realidade.

Comportamento Religioso “Comportamento religioso" refere-se a qualquer ato ou atitude, individual ou coletiva, pública

Comportamento Religioso “Comportamento religioso" refere-se a qualquer ato ou atitude, individual ou coletiva, pública ou privada, que tenha específica referência ao divino ou sobrenatural. Obviamente, esse divino ou sobrenatural é definido em termos da fé pessoal de cada indivíduo.

Interpretação Psicológica do Fenômeno Religioso Várias teorias, desde então, têm surgido como tentativa de

Interpretação Psicológica do Fenômeno Religioso Várias teorias, desde então, têm surgido como tentativa de interpretação do fenômeno religioso. Apresentaremos, a seguir, algumas das teorias que consideramos mais representativas. Entre as muitas interpretações psicológicas do fenômeno religioso, salientamos as que nos parecem mais importantes:

Interpretação Psicológica do Fenômeno Religioso a) Para Freud, a religião nada mais é do

Interpretação Psicológica do Fenômeno Religioso a) Para Freud, a religião nada mais é do que a projeção infantil da imagem paterna. Ela é uma ilusão, não porque seja má em si, mas porque tende a levar o homem a fugir de sua realidade e contingência humanas.

b) Para Jung, a experiência religiosa resulta do inconsciente coletivo, que por sua vez,

b) Para Jung, a experiência religiosa resulta do inconsciente coletivo, que por sua vez, é composto de energias dinâmicas e de símbolos de significação universal. A experiência religiosa é fundamental ao funcionamento harmonioso do psiquismo e ajuda o homem a compreender realidades do universo que não podem ser conhecidas de outras maneiras.

c) Para Allport, a experiência religiosa é algo essencialmente pessoal, sujeito às leis de

c) Para Allport, a experiência religiosa é algo essencialmente pessoal, sujeito às leis de evolução psicológica, e seu aspecto intelectual é mais importante do que emocional. A religião é fator importantíssimo na integração da personalidade. Ele diz que religião é o esforço do homem para unir-se à criação e ao Criador com o fim de ampliar e completar sua própria personalidade.

d) Para Anton Boisen, e experiência religiosa tem basicamente a mesma dinâmica da esquizofrenia.

d) Para Anton Boisen, e experiência religiosa tem basicamente a mesma dinâmica da esquizofrenia. Diz ele que tanto a esquizofrenia como. a experiência religiosa profunda são tentativas à integração do "eu". Quando a personalidade se vê ameaçada ao ponto de sua desintegração, recorre ao método mais eficaz para evitar a catástrofe.

Evolução da Experiência Religiosa A evolução da experiência religiosa está sujeita aos mesmos princípios

Evolução da Experiência Religiosa A evolução da experiência religiosa está sujeita aos mesmos princípios gerais da evolução psicológica do homem, visto que religião não é mero apêndice à vida, porém parte integrante e vital da personalidade; Em cada fase da vida do homem, a religião tem características típicas e cumpre determinadas finalidades ou propósitos.

Fé e Dúvida O psicólogo, enquanto psicólogo, não discute a lógica da fé, sua

Fé e Dúvida O psicólogo, enquanto psicólogo, não discute a lógica da fé, sua ou não veracidade. Cabelhe apenas a tarefa de estudar como se forma, como se desenvolve e que funções desempenha na vida do indivíduo.

Fé Religiosa O estudo psicológico da fé religiosa é, entretanto, extremamente complexo, porque é

Fé Religiosa O estudo psicológico da fé religiosa é, entretanto, extremamente complexo, porque é muito difícil verificar se determinado indivíduo tem ou não fé religiosa. A maneira mais óbvia de saber se um indivíduo tem fé religiosa, apesar de todos os seus defeitos como método de pesquisa, é perguntar ao próprio indivíduo.

A Dúvida Religiosa Intimamente ligado ao problema da fé está o problema da dúvida

A Dúvida Religiosa Intimamente ligado ao problema da fé está o problema da dúvida religiosa. A dúvida é parte integral do desenvolvimento religioso do homem, bem como de todo o processo evolutivo de sua personalidade. A dúvida, como atitude resistente, pode levar o homem à indiferença e ao desespero, que constituem obstáculos a qualquer ação construtiva e tornam impossível os empreendimentos criadores.

Conversão Religiosa Estudo psicológico da conversão religiosa é, de fato, o marco inicial dos

Conversão Religiosa Estudo psicológico da conversão religiosa é, de fato, o marco inicial dos estudos de psicologia da religião em sua versão moderna e contemporânea. Há pelo menos duas razões para que assim acontecesse. Em primeiro lugar, o início dos estudos fenômenos religiosos, em bases mais empíricas, coincide historicamente com os grandes movimentos de avivamento religioso e a grande ênfase na mudança de vida causada pelo poder do evangelho.

O Processo de Conversão Religiosa O processo da conversão religiosa parece ter certas características

O Processo de Conversão Religiosa O processo da conversão religiosa parece ter certas características comuns. Não importa qual seja a religião do homem, sua conversão é, ordinariamente, marcada por certos estágios bem definidos. Quase todos os autores que estudam o fenômeno da conversão religiosa reconhecem pelo menos três estágios fundamentais: o período de inquietação, a crise propriamente dita e o período de paz que segue a "solução" do problema espiritual. Drakeford acrescenta a esse um quarto estágio isto é, a expressão concreta dessa experiência através da vida e do comportamento do indivíduo.

O período de inquietação Nesse período o indivíduo reconhece que algo lhe está faltando

O período de inquietação Nesse período o indivíduo reconhece que algo lhe está faltando e ele mesmo toma a iniciativa em procurar a solução para o seu problema.

A Crise Propriamente Dita Descrevendo essa fase, Clark diz que, sem a interferência de

A Crise Propriamente Dita Descrevendo essa fase, Clark diz que, sem a interferência de um estímulo exterior, de repente, algo extraordinário acontece – uma grande iluminação, um sentimento de que os problemas da vida foram todos resolvidos. Por exemplo, Agostinho lê um texto bíblico e, de repente, sente-se uma nova criatura. Tagore, ao ouvir a interpretação de um antigo Upanisbad, sente o bálsamo divino cair sobre si.

Estágio de Paz e Harmonia Interior Clark diz que, na proporção em que a

Estágio de Paz e Harmonia Interior Clark diz que, na proporção em que a emoção do momento climático se desvanece, o indivíduo começa a experimentar alívio, paz e harmonia interiores. As dúvidas cessam momentaneamente. O homem nota que tem fé; sente que está unido a Deus, que seus pecados foram perdoados, seus problemas foram resolvidos, que está salvo.

Maturidade Religiosa Maturidade religiosa implica na convicção da existência de um Ser Supremo e

Maturidade Religiosa Maturidade religiosa implica na convicção da existência de um Ser Supremo e de idéias básicas sobre a vida e o universo. Essa convicção dá suficiente sentido à vida do homem e leva-o a um comportamento moral consistente com sua filosofia de vida e suas crenças religiosas.

Maturidade Religiosa Finalmente, a maturidade religiosa caracterizase pela capacidade de amar o próximo, de

Maturidade Religiosa Finalmente, a maturidade religiosa caracterizase pela capacidade de amar o próximo, de ser humilde, de ser criativo, de ajustar-se socialmente e de ser consagrado aos objetivos supremos da vida como concebidos pelo indivíduo.

Oração e Adoração A oração é uma das experiências religiosas mais comuns entre os

Oração e Adoração A oração é uma das experiências religiosas mais comuns entre os homens. Heiler afirma que a oração é o fenômeno central da religião e a perda fundamental de toda piedade. Ele cita Lutero, quando diz que a fé nada mais é do que oração. A oração é, de fato, o elemento central do comportamento religioso. A prática da oração é, talvez, o índice mais seguro da religiosidade de uma pessoa.

Oração Segundo Heiler são estes os elementos constitutivos da oração:

Oração Segundo Heiler são estes os elementos constitutivos da oração:

Invocação A invocação do nome do ser divino e seus atributos pessoais é o

Invocação A invocação do nome do ser divino e seus atributos pessoais é o primeiro elemento de toda oração. A pessoa que ora ordinariamente invoca a presença de seu Deus com frases exclamativas, como "Ouve-me!", "Ouve-nos!", "Ouve a nossa voz!", Ouve a nossa súplica!" ou outras frases semelhantes.

Queixa ou Pergunta Muitas vezes a oração primitiva é uma espécie de protesto ou

Queixa ou Pergunta Muitas vezes a oração primitiva é uma espécie de protesto ou uma pergunta que revela a insatisfação do homem com a divindade a quem ora.

Petição é o elemento central da oração. O homem primitivo ora quase exclusivamente por

Petição é o elemento central da oração. O homem primitivo ora quase exclusivamente por coisas úteis ou que contribuam para a sua felicidade pessoal.

Intercessão A preocupação com o bem-estar dos demais membros da tribo leva o homem

Intercessão A preocupação com o bem-estar dos demais membros da tribo leva o homem primitivo a interceder por eles. Esse estágio da oração é realmente elevado e não muito frequente entre o chamado homem primitivo.

Meio de persuasão O homem primitivo tenta, por meio da oração, convencer a divindade

Meio de persuasão O homem primitivo tenta, por meio da oração, convencer a divindade de que deve favorecêIo. Uma das maneiras por que tenta persuadir a divindade é alegando a sua própria perfeição moral. "Tem misericórdia de mim!" é uma forma comum de persuasão na prece.

Ação de Graças É o conhecimento não apenas verbal, mas também expresso de vários

Ação de Graças É o conhecimento não apenas verbal, mas também expresso de vários modos, de que tudo provém das mãos de Deus.

Motivo da oração Seja qual for o motivo por que a pessoa ora e

Motivo da oração Seja qual for o motivo por que a pessoa ora e sejam quais forem as reais possibilidades de uma relação com o transcendente através da oração, o fato é que ela produz grandes efeitos psicológicos sobre a pessoa que ora.

Adoração é a expressão, quer espontânea, quer formal, daquilo que o homem sente e

Adoração é a expressão, quer espontânea, quer formal, daquilo que o homem sente e faz quando na presença do Sagrado. No dizer de Stolz, a essência da adoração consiste em criar ou intensificar uma atitude de reverência.

Adoração Não pode haver adoração sem que o homem reconheça que o objeto a

Adoração Não pode haver adoração sem que o homem reconheça que o objeto a ser adorado está ao alcance de sua voz e que com ele deseja dialogar.

Adoração Música religiosa é outra maneira interpessoal no ato da adoração. Através do hino

Adoração Música religiosa é outra maneira interpessoal no ato da adoração. Através do hino e da poesia, a alma eleva-se a Deus. A música e a poesia prestam-se admiravelmente bem à expressão de ação de graças e de louvor.

Adoração Cada ato de adoração tem significado especial para a pessoa que adora. Este

Adoração Cada ato de adoração tem significado especial para a pessoa que adora. Este significado, muitas vezes, não é percebido pelo indivíduo "de fora". Se alguém quiser compreender um ato de adoração, terá que tomar-se participante, pois de outra maneira jamais poderá compreendê-lo.

Religião e Saúde A relação cada vez mais estreita entre o psiquiatra e o

Religião e Saúde A relação cada vez mais estreita entre o psiquiatra e o ministro religioso é um atestado do reconhecimento de que a religião desempenha importante papel no desenvolvimento da personalidade e pode constituir-se fator primordial no equilíbrio de suas funções psíquicas. O ministro de religião é hoje parte integrante da equipe de saúde, nos grandes hospitais e clínicas.

Segundo Harold Koenig, pesquisador da área, “a fé religiosa ajuda as pessoas em diversos

Segundo Harold Koenig, pesquisador da área, “a fé religiosa ajuda as pessoas em diversos aspectos, 1. Reduzindo o stress 2. Fazendo-as adquirir hábitos saudáveis 3. Dando-lhes conforto nos momentos difíceis.

A RELIGIÃO COMPORTAMENTO DE ENFRENTAMENTO O stress influencia as funções fisiológicas e tem impacto

A RELIGIÃO COMPORTAMENTO DE ENFRENTAMENTO O stress influencia as funções fisiológicas e tem impacto em três sistemas ligados à defesa do organismo 1. O Imunológico 2. O endócrino 3. Cardiovascular.

RELIGIÃO COMO FONTE DE SUPORTE SOCIAL • Suporte social é um aspecto diretamente ligado

RELIGIÃO COMO FONTE DE SUPORTE SOCIAL • Suporte social é um aspecto diretamente ligado ao bem-estar • As pessoas religiosas convivem em comunidades com indivíduos que acreditam nas mesmas coisas e oferecem suporte emocional e, as vezes, financeiro • Orações, visitas. . .

RELIGIÃO COMO MODIFICADOR COMPORTAMENTAL Os religiosos tendem a adotar hábitos saudáveis. Tanto os mandamentos

RELIGIÃO COMO MODIFICADOR COMPORTAMENTAL Os religiosos tendem a adotar hábitos saudáveis. Tanto os mandamentos religiosos quanto a vida em comunidade estimulam a boa saúde.