PROPOSTA DE IMPLANTAO DE SISTEMA DE COLETA SELETIVA

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE COLETA SELETIVA PARA O MUNICÍPIO DE ILHA SOLTEIRA, SÃO PAULO Everaldo Oliveira de Souza

Eixo Temático: Gestão dos resíduos sólidos Categoria: Artigo Completo

1. INTRODUÇÃO No Brasil e no mundo falam-se muito sobre a reutilização, recuperação e transformação de materiais recicláveis, porém esta ideia iniciou-se apenas na década de 80, onde ganhou forças por meio do encontro ECO 92 realizado na cidade do Rio de Janeiro, em 1992. Sendo assim, a partir deste encontro autoridades do mundo inteiro tiveram seus olhares voltados para as questões ambientais de forma mais intensa e tratada como fator primordial à sobrevivência do Planeta Terra.

1. INTRODUÇÃO Hoje, o lixo é um dos mais graves problemas contemporâneos que leva a humanidade a sérios problemas de saúde e sociais, pois tudo que é produzido hoje em geral têm menor durabilidade que antigamente, foram feitos para serem substituídos à curto prazo, conhecidos como “descartáveis” esses produtos são utilizados uma única vez ou por pouco tempo e em seguida descartados como: fraldas, lenços, coador de café, copos, sacolas e embalagens em geral. Também temos os computadores e copiadoras que contribuem com um imenso volume de papéis.

2. JUSTIFICATIVA Um dos problemas mais relevantes em relação ao meio ambiente constatado no município de Ilha Solteira é a questão da coleta seletiva, pelo fato de não existir uma estrutura organizada para tal coleta, acarretando em coleta particular por meio de catadores e armazenamento indevido, gerando mau cheiro e atraindo muitas vezes animais sinantrópicos, transmissores vários agentes patogênicos. Sendo assim, faz-se necessário um estudo que trace o retrato socioambiental do município e dê suporte técnico para a implantação de uma cooperativa de catadores de material reciclável em parceria com a Prefeitura Municipal e iniciativa privada.

2. JUSTIFICATIVA Segundo Monteiro et al. (2001) as principais vantagens da utilização de cooperativas de catadores são: geração de emprego e renda; resgate da cidadania dos catadores; redução das despesas com os programas de reciclagem; organização do trabalho dos catadores nas ruas evitando problemas na coleta de lixo e armazenamento de materiais em logradouros públicos; redução de despesas com a coleta, transferência e disposição final dos resíduos separados pelos catadores.

3. OBJETIVO 3. 1 Objetivo Geral Este trabalho por objetivo propor um sistema de coleta seletiva para o Município de Ilha Solteira, São Paulo, visando a conscientização da população por meio de hábitos de preservação do meio-ambiente e a promoção da educação ambiental, além de possibilitar o aumento da renda autônoma de catadores e o resgate da cidadania de muitos excluídos.

3. OBJETIVO 3. 2. Objetivos Específicos Ø Para tanto se propõe ainda a um levantamento de informações junto aos catadores do Município de Ilha Solteira, São Paulo; Ø Levantamento de informações junto a Prefeitura Municipal do Município de Ilha Solteira, São Paulo; Ø Levantamento de informações junto a representantes de cooperativas já implantadas, em municípios próximos a Ilha Solteira, São Paulo; para o desenvolvimento de um sistema de coleta seletiva para o Município de Ilha Solteira, São Paulo;

3. OBJETIVO 3. 2. Objetivos Específicos Ø Desenvolvimento de material institucional sobre coleta seletiva para ser distribuído à população do Município de Ilha Solteira, São Paulo; objetivandose assim, uma proposta de criação da Associação de Catadores do Município de Ilha Solteira, São Paulo.

4. METODOLOGIA / MÉTODO DE ANÁLISE O presente estudo será realizado no município de Ilha Solteira que está localizado no Noroeste do estado de São Paulo. Para a coleta de dados será feito um levantamento de informações junto aos catadores de material reciclável e realizada a aplicação de um questionário aos catadores de materiais recicláveis do município de Ilha Solteira, com questões relacionadas à realização da atividade por estes trabalhadores e a importância para subsistência; e um levantamento de informações junto a Prefeitura Municipal de Ilha Solteira.

4. METODOLOGIA / MÉTODO DE ANÁLISE Na Prefeitura Municipal, será realizada a apresentação do projeto com a liderança municipal dos setores responsáveis para discutir questões relacionadas à importância do projeto para redução e reaproveitamento dos resíduos gerados pelo município, e também o destino dos resíduos e a utilização dos diversos materiais necessários para o desenvolvimento das atividades e da possibilidade e viabilidade de implantação de uma cooperativa de reciclagem no município; e a inda um levantamento de informações junto a representantes de cooperativas.

4. METODOLOGIA / MÉTODO DE ANÁLISE Para a análise e tabulação de dados, estes serão coletados junto aos catadores, cooperativas já existentes e os resultados da discussão do projeto junto às autoridades competentes, serão tabulados em planilhas para servir como base para desenvolvimento do sistema de coleta seletiva para o Município de Ilha Solteira. Desenvolvimento de material institucional. Com o objetivo de esclarecer a população do município de Ilha Solteira sobre a importância da reciclagem, será desenvolvido material institucional em formato de folder para ser distribuído à população.

4. METODOLOGIA / MÉTODO DE ANÁLISE E por fim; para melhor aproveitamento do material coletado e pensando no desenvolvimento social, será proposta a criação da Associação de Catadores do Município de Ilha Solteira, em parceria com a prefeitura municipal e empresas privadas.

5. REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo descrevem-se os conceitos e classificações dos resíduos sólidos urbanos e as principais diferenças entre Aterro Sanitário, Lixão e Aterro Controlado apontando para a situação dos principais Aterros Sanitários no Brasil e as mudanças observadas. Considera-se como gestão dos resíduos sólidos urbanos ao conjunto de operações que se realizam com eles desde que se geram nas residências comercias, indústrias e serviços até a última fase em seu tratamento. Abarca dessa forma três etapas: (I) Depósito e coleta. (II) Transporte. (III) Tratamento. A coleta dos resíduos urbanos consiste em sua recolha para efetuar seu transporte às plantas de tratamento. Basicamente existem dois tipos fundamentais de coleta: (I) Coleta não seletiva. (II) Coleta seletiva (JACOBI & BESEN, 2011).

5. REFERENCIAL TEÓRICO A coleta em si é um processo complicado onde se devem conjugar as necessidades do serviço com a minimização das doenças que se geram aos cidadãos. Existe uma forma de coleta informal dos resíduos que felizmente tende a desaparecer nos países desenvolvidos. Esta consiste num submundo marginal de pessoas necessitadas, que em condições muito penosas de precariedade, falta de higiene e meios materiais procedem à coleta de certos resíduos dos quais obtêm alguma rentabilidade econômica.

5. REFERENCIAL TEÓRICO Um fator bastante preocupante são os lixos comuns recolhidos em Unidades de Saúde, pois por descuido ou até mesmo negligência de funcionários, resíduo hospitalar são misturados aos resíduos comuns e sem saber, e nem receber um treinamento especifico os garis da coleta externa são o alvo de grande contaminação através de agentes biológicos por material contaminado que poderá gerar acidentes com objetos perfuro cortantes (BORGES, 2006).

6. RESULTADOS E CONCLUSÃO Foram entrevistados 22 profissionais catadores de resíduos dos quais 6 mulheres e 16 homens, sendo 6 solteiros, 12 casados e 4 separados/viúvos. Com relação a moradia, 10 responderam que residem em casa própria e 12 moram “de favor”. Quanto ao tempo de atuação como catadores, 7 estão trabalhando entre 0 -5 anos; 9 estão há 5 -10 anos; e 6 trabalham há 10 ou mais anos.

6. RESULTADOS E CONCLUSÃO Com relação à escolaridade, 4 são analfabetos, 11 tem ensino fundamental, e 7 cursaram até o ensino médio. O principal motivo que levou o entrevistado a trabalhar como catador segundo os dados demográficos coletados na entrevista, aponta que 2 são por necessidade e 20 por não ter outra qualificação profissional. Com relação ao ambiente de trabalho como catador, 18 entrevistados responderam ser ótimo, 2 tem bom relacionamento, e outros 2 tem uma péssima relação no ambiente de trabalho. Todos os entrevistados (22) indicaram que o relacionamento com os receptores do lixo é ótimo.

6. RESULTADOS E CONCLUSÃO Para a preservação do planeta: 20 entrevistados relataram ser importante, e 2 muito importante para a preservação do planeta. Outros 17 dos entrevistados indicaram que a diminuição do volume levado aos lixões é importante, enquanto outros 5 dos entrevistados responderam ser muito importante. Finalmente os sentimentos relatados pelos catadores na cidade de Ilha Solteira/SP, todos os 22 entrevistados apontaram que se tivessem oportunidade, trocariam de emprego, e que todos sofrem preconceito por causa do trabalho. Mas 14 deles, responderam estar satisfeito com a situação atual em que vivem, onde outros 8 indicaram insatisfação.

6. RESULTADOS E CONCLUSÃO Dessa forma pode se concluir que os benefícios ambientais da coletiva seletiva de resíduos em uma comunidade podem ser resumidos da seguinte forma: - Evita a contaminação do solo - Evita a contaminação das águas circundantes e subterrâneas - Controle da poluição atmosférica - Controle das emissões de metano - Controle de cheiros e odores - Recuperação e utilização potencial do biogás * Tendo ainda como outros benefícios o controle de vetores.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORGES, A. Gerenciamento de resíduos sólidos urbanos. São Paulo: ABES, 2006 BROLLO, Maria José et al. Política e gestão ambiental em resíduos sólidos. Revisão e análise sobre a atual situação no Brasil. In: 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. 2001. FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-cientificas. 6. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: UFMG, 2003. 230 p. GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia, Meio Ambiente & Desenvolvimento. 3 ed. Ver. Ampl. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000. Disponível em: http: //www. ibge. gov. br/home/estatistica/populacao/censo 2000/ Acesso em: 20/01/2016.

AUTORES EVERALDO OLIVEIRA DE SOUZA