Projeto de Ensino de Fsica x Projeto Brasileiro
Projeto de Ensino de Física x Projeto Brasileiro para o Ensino de Física PEF x PBEF Grupo: • Aline Liu • Fabíola Almeida • • Júlia Coles Samuel Paiva
PEF: Breve recapitulação • Equipe • Objetivo • Contexto histórico ”Isto significa que não queremos apenas diletantes do assunto, mas sim especialistas da matéria, capazes de estarem à altura da evolução vertiginosa da física moderna. ” • Equipes diferentes enfoques diferentes • Convergência: postura empirista atividades experimentais Papel do professor • Principal divergência Tecnicismo X “O PEF destina-se aos alunos do curso médio, ou seja, alunos que em geral, não mais estudarão Física, vencido esse nível. ”
PEF de Mecânica Aluno • Aluno trabalha para aprender • Sozinho Aluno corrige • Grupo Ele deve buscar aprender com seus erros, de forma que ele “compreenda por que a resposta correta é aquela e não outra qualquer” Professor • Orientador e coordenador do estudo. Material Livro de teoria e exercícios Kits experimentais Textos curtos Exercícios rápidos de verificação Caráter construtivista Experimentos propostos e questionários de avaliação do experimento • Avanço somente depois de cumprir propostas de cada capítulo • • • Qualidade vs Quantidade • Grande número de assuntos • Pouca profundidade
PBEF • • Equipe 1956: Caniato convidado a dar aulas de Física na PUC de Campinas • Experiências do autor • • Alternativa para ser aplicada à realidade 1962: curso do PSSC (um dos autores do projeto estava presente) brasileira: • • • 1970: Falta de conhecimento dos fenômenos físicos • Curso do Harvard • Começa a pensar numa metodologia que Dificuldade na aplicação dos conceitos físicos à situações concretas Consequências do curso PSSC E Harvard: • Crítica resolução Necessidade de àmaterial de de exercícios baixo custo (realidade numéricos (não brasileira) incorporasse sua experiência • Inadequação dos projetos de ensino à realidade brasileira • Educação Científica 1973: Apresenta sua tese de doutoramento intitulada: “Um projeto Brasileiro para o Ensino de Física” • mostram entendimento) Necessidade de discussão e experimentação
PBEF de Mecânica Aluno • Aluno não é copista Intensa participação • Preparar material para aulas experimentais • Cada aluno deve ler um trecho do livro e fazer um sinal naqueles em que acharem um ponto interessante ou tiverem alguma dúvida Professor Justificativa: • Professor não é repetidor com • Ter Diferentes participadoalunos do curso diferentes interesses • Evitar: • Cargas pesadas de lição • Métodos de coesão (nem zero) pontos positivos para boas perguntas ou interações positivas • Professor pode sugerir outro método de avaliação “Durante muitos anos, o autor só admitiu a venda de livros a professores que houvessem tomado o curso. A partir de 1978, os livros puderam ser adquiridos pelo público, em algumas livrarias. ” (Caniato, 1985: 150) Material • Pensado para 5 volumes • Unidades, capítulos e seções não sequenciais estrutura em paralelo • Linguagem • Três níveis de texto: • “Apresenta uma leitura para situar o aluno no `cenário´ dos conceitos” (Caniato, 1973: 205) • “Se você quiser saber um pouco mais” • “Um pouco mais ainda” • Atividades experimentais no final das seções faz papel de “laboratório didático” obrigatórias • Ausência de kits: papel do aluno • Ausência de relatório: dados devem ser tomados para futura discussão • Exercícios conceituais • Postura construtivista
Paralelos PEF x PEBF Volumes PEF • • Mecânica 1 Mecânica 2 Eletricidade 1 Eletricidade 2 (Eletromagnetismo) PBEF • • • O céu Mecânica A luz O trabalho dos elétrons Átomos e estrutura da matéria
Paralelos PEF x PEBF Conteúdo PEF CAPÍTULO 7 – SEGUNDA LEI DE NEWTON CAPÍTULO 1 4 -––ÓRBITA MOVIMENTO UNIFORME 7 SEGUNDA DE NEWTON CAPÍTULO DE ELEI UM SATÉLITE 10 ENERGIA TRABALHO Unidades de massa A 2° Lei de Newton EXPERIÊNCIA –gráfico Medida da velocidade Unidades massa Os pontosde demedida TRABALHO, de energia trasnferida Massa e inércia Massa e peso velocidade varia em AB? A 2° Leide deum Newton Órbita satélite Energia cinética Exercícios de aplicação da 2°Lei de Newton ao movimento circular Uma fotografia estroboscópica Massa e entre inércia Exercícios de aplicação Relação trabalho e energia cinética. Aplicação Peso na Terra e na Lua Massa inercial e massa gravitacional CAPÍTULO Leitura 2 – MEDIDAS DEe. ESPAÇO Leitura suplementar O espaço em função do tempo Massa peso Suplementar EXPERIÊNCIA Energia cinética e velocidade na calha EXPERIÊNCIA – Medidas do comprimento de um segmento Newton e o Principia EXPERIÊNCIA – A medida de um mesmo objeto Exercícios de aplicação A ciência na cultura Trabalho de força não paralela ao deslocamento A Média – O valor mais provável CAPÍTULO 8 – GRANDEZAS VETORIAIS Cálculo e representação da média de grandezas vetoriais Grandezas diretamente proporcionais Aplicação da 2°Lei de Newton ao movimento circular Ciência edotecnologia Cálculo trabalho quando a força não Representação é constante Medições de objetos distintos Operações com grandezas vetoriais EXPERIÊNCIA – Distância do satélite à Terra – Escala Multiplicação e divisão de uma grandeza vetorial por um número Peso na Terra e na Lua A Potência de dez. Física no Exercícios de. Brasil aplicação Subtração de grandezas vetoriais Exercícios de aplicação I Leitura Suplementar Aceleração vetorial CAPÍTULO 5 - VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE INSTANT NEA Massa inercial e massa gravitacional Leitura Suplementar A primeira vez que se mediu o raio da Terra Forma vetorial da Lei de Newton Aplicação da Lei de Newton ao movimento circular uniforme Velocidade média Leitura suplementar CAPÍTULO 2 – MEDIDAS DE ESPAÇO Oceano uma usina solar CAPÍTULO 3 - MEDIDAS DE TEMPO Exercícios de aplicação II EXPERIÊNCIA – Cronômetro de areia: calibração e utilização Velocidade Newton e o instantânea Principia – Medidas do comprimento de 9 um segmento Período de. EXPERIÊNCIA um pêndulo CAPÍTULO – QUANTIDADE DE MOVIMENTO Exercícios de aplicação A medida da quantidade de movimento Exercícios de EXPERIÊNCIA –– A medida de um DE mesmo objeto Leitura Suplementar CAPÍTULO 11 aplicação CONSERVAÇÃO ENERGIA Exercícios de aplicação I A clepsidra A lei da conservação da quantidade de movimento Padrões de medida Leitura Suplementar CAPÍTULO 8 –valor GRANDEZAS VETORIAIS Exercícios de aplicação II A Médiapotencial –O mais provável Energia de uma mola Do meridiano terrestre ao comprimento de uma barra Ação e reação Os padrões atômicos Exercícios de aplicação III Relatividade dasdemedidas espaço tempo Representação grandezas vetoriaise de Cálculo e erepresentação dademédia Trabalho energia potencial CAPÍTULO 4 – MOVIMENTO UNIFORME CAPÍTULO 10 – ENERGIA E TRABALHO Operações com grandezas vetoriais EXPERIÊNCIA – Medida da velocidade Medições de objetos distintos Energia potencial gravitacional TRABALHO, medida de energia trasnferida A velocidade varia em AB? Energia cinética Uma fotografia estroboscópica CAPÍTULO 6 -–e. FORÇA, Egrandeza ACELEÇÃO Multiplicação divisão. INÉRCIA dedo uma vetorial um EXPERIÊNCIA Distância satélite à Terra – Escala Energia mecânica Relação entre trabalhopor e energia cinéticanúmero O espaço em função do tempo EXPERIÊNCIA Energia cinética e velocidade na calha Exercícios de aplicação Trabalho de força não paralela ao deslocamento O princípio da inércia vetoriais Subtração de grandezas Potência de dez de aplicação Grandezas Exercícios diretamente proporcionais Cálculo do trabalho quando a força não é constante de aplicação EXPERIÊNCIA – Como comparar forças Exercícios de aplicação I térmica CAPÍTULO Energia 5 - VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE INSTANT NEA Leitura Suplementar Velocidade média Oceano uma usina solar Força variação degases velocidade Aceleração vetorial Velocidade. Leitura instantânea e Suplementar Teoria cinética dos Exercícios de aplicação CAPÍTULO 11 – CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Leitura Suplementar Exercícios de aplicação I Newton Forma vetorial da Lei A primeira vez que se de mediu o raio da Terra Leitura suplementar Energia potencial de uma mola Relatividade das medidas de espaço e de tempo Trabalho e energia potencial Energia potencial gravitacional Força e aceleração Aplicação da de Newton ao movimento circular uniforme sentido do Lei tempo CAPÍTULO O 6 - FORÇA, INÉRCIA E ACELEÇÃO Energia mecânica O princípio da inércia Exercícios de aplicação Aceleração média e aceleração instantânea Exercícios de aplicação II CAPÍTULO 3 MEDIDAS DE TEMPO EXPERIÊNCIA – Como comparar forças Energia térmica Força e variação de velocidade Teoria cinética dos gases Aceleração na––calha Exercícios de aplicação I EXPERIÊNCIA Cronômetro de areia: calibração e utilização CAPÍTULO 12 GRAVITAÇÃO Leitura suplementar Força e aceleração O sentido do tempo Aceleração. Período média e aceleração instantânea EXPERIÊNCIA – Medida de aceleração CAPÍTULO 9 – QUANTIDADE DE MOVIMENTO de um pêndulo A lei da gravitação universal Aceleração na calha CAPÍTULO 12 – GRAVITAÇÃO EXPERIÊNCIA – Medida de aceleração de aplicação II de movimento. A lei da gravitação universal Aaplicação medida daaplicação quantidade Exercícios de aplicação Exercícios de II Exercícios de aplicação Movimento com aceleração constante Verificação da lei gravitacional no movimento de um satélite Movimento com constante Exercícios deda aplicação I Suplementar Verificação lei aceleração gravitacional no movimento de um satélite Movimento. Leitura com desaceleração constante Energia potencial do satélite Como calcular distâncias quando a aceleração é contante clepsidra Cálculo da energia potencial do satélite Movimento desaceleração A lei. Ada conservação daaceleração quantidade de movimento Equações da velocidade e dapotencial distância com para movimentos com constante Energia do satélite Imponderabilidade Movimento com aceleração variável Leitura suplementar Padrões dede medida Exercícios de aplicação III calcular Como distâncias a aceleração é contante Exercícios aplicação II quando Cálculo da energia potencial do satélite O universo em que vivemos Do meridiano terrestre ao comprimento de uma barra com aceleração Equações da velocidade e da distância para movimentos Ação e reação Imponderabilidade constante Os padrões atômicos Exercícios de aplicação III Leitura suplementar Movimento com aceleração O universo em que vivemos variável Exercícios de aplicação III CAPÍTULO 1 - ÓRBITA DE UM SATÉLITE Os pontos de gráfico Órbita de um satélite Exercícios de aplicação Leitura Suplementar A ciência na cultura Ciência e tecnologia A Física no Brasil PBEF CAPÍTULO 1 – OS MOVIMENTOS As diferentes linguagens da Física Descrição de um movimento Quando ninguém mexe Quando uma força está atuando Alguns movimentos importantes CAPÍTULO 2 – INTERAÇÕES Impulso e Quantidade de movimento Trabalho: uma das maneiras de medir a transferência de ENERGIA Energia potencial, energia armazenada CAPÍTULO 3 – O COMPORTAMENTO DOS GASES O que você sabe sobre os gases? Mais algumas propriedades dos gases CAPÍTULO 4 – LEIS DE CONSERVAÇÃO Prólogo Conservação da quantidade de movimento angular A conservação da energia A conservação da massa
Paralelos PEF x PEBF A quem se destina PEF Ao estudante, o professor assume um papel de organizador e facilitador para o uso do livro. “Resta ainda uma palavra sobre a atividade do professor que utiliza o PEF. O PEF foi elaborado tendo em vista métodos pedagógicos modernos, enfatizando a atividade do aluno em classe. Assim, o texto se destina ao trabalho do aluno em classe; o papel do professor, em vez de ser o de discorrer enquanto os alunos ouvem, e servir somente como fonte de informações, se torna principalmente o de organizador, coordenador e orientador do trabalho dos alunos. ” Último parágrafo, da última parte de introdução PEF, volume 1 PBEF Ao professor, porém é enfatizada a parceria com o aluno que deve ser participativo nas discussões e atividades. “Todo trabalho desenvolvido neste projeto pressupõe uma intensa participação do aluno no processo ensinoaprendizagem. Ele resulta de uma perspectiva em que nem o PROFESSOR é um repetidor de coisas que estão no livro nem o aluno aprende simplesmente ouvindo ou anotando. ” Primeiro parágrafo, da primeira parte de introdução PBEF, volume 1.
Paralelos PEF x PEBF Sequência PEF PBEF 1 Trabalhar preferencialmente sozinho. 1 Professor explica o curso. 2 Ler o texto, responder questões. 2 Leitura em voz alta. 3 Discutir respostas com os colegas. 3 Discussão em grupo. 4 Comparar com o livro. 4 Avaliar a discussão, motivar. 5 Resolução das atividades. 6 Não coerção. 7 Organizar com os alunos atividade seguinte. 8 Alunos diferenciados.
Comparação do Conteúdo: Teoria Cinética dos Gases PEF PBEF • Textos curtos • Atividades experimentais no final das seções • Exercícios rápidos de verificação • Ausência de relatório: dados devem ser tomados para futura discussão • Caráter construtivista • Exercícios conceituais • Postura construtivista
Comparação do Conteúdo: Teoria Cinética dos Gases PEF • apresenta o conteúdo de maneira bastante sucinta, contando com apenas 2 páginas, nas quais apresenta o conteúdo e insere questões de fixação. • O conteúdo de Teoria Cinética dos Gases está inserido ao final do capítulo de Conservação da Energia, logo depois de energia térmica. Em seguida a ele o capítulo traz um texto suplementar sobre o sentido do tempo e parte para o próximo capítulo, de Gravitação. PBEF • Ao longo de 24 páginas o capítulo se inicia com as propriedades dos gases (páginas 3. 1. 1 a 3. 1. 5), passa por escalas termométricas (páginas 3. 1. 5 a 3. 1. 12) e chega à teoria cinética dos gases (páginas 3. 2. 1 a 3. 2. 12). O livro tenta fazer uma construção de pensamento com o aluno, trazendo não apenas um texto teórico, mas também experimentos guiados de maneira que os alunos consigam realiza-los e chegar às conclusões que o autor espera que ele chegue. • O conteúdo de Teoria Cinética dos Gases está distribuído ao longo de um capítulo, entre os conteúdos de trabalho e energia (capítulo anterior) e o de Leis da Conservação.
Comparação do Conteúdo: Teoria Cinética dos Gases - PEF
Comparação de Conteúdo: Teoria Cinética dos Gases - PBEF
Comparação de Conteúdo: Teoria Cinética dos Gases - PBEF
Comparação de Conteúdo: Teoria Cinética dos Gases - PBEF
Conclusões das características PEF PBEF • Ideias de Piaget e influências do PSSC • Perspectiva psicológica: o aluno dá passos sozinhos, o professor tem uma ação meramente organizacional • Autoria individual – Influência do Projeto Harvard e PSSC, não partiu dos problemas dos outros projetos, partiu das experiências positivas que ele próprio teve durante os anos lecionados • Ordem dos capítulos e atividades • Escrita mais coloquial (tipo conversa) • Não é um material homogêneo, de assuntos que se unificam. Apesar de completo ele não trata de certos assuntos, se concentrou em mecânica e eletromagnetismo, retira a termo e a óptica. • Segue uma outra escolha de conteúdos curriculares, mais sucinta, mas entorno de conceitos mais unificadores. • Foi criado buscando concertar o que deu errado nos outros projetos • Reduziu o material de leitura, reduziu o material para as experiências já que não eram entregues, reduziu o nível das experiências • Embora ambos sejam construtivistas PEF (mais técnico) • Parte de uma observação experimental, espera que o aluno faça a experiência e nela o conceito é trabalhado • Ordem dentro da seção, porém não entre volumes ou capítulos • PBEF (mais acadêmico)
Conclusões dos insucessos PEF PBEF • Realização da falha: Autores do PEF eram professores da escola pública e tinham maior acesso ao emprego do material e de suas dificuldades de utilização • Financiado pela FUNBEC. Houveram testes (empregado ao menos pelo Caniato para sua tese) • Relato de alunos do PEF era de confusão tanto da parte dos alunos quanto dos professores, que não tinham formação em física e não se sentiam aptos a usarem o material • Percebeu-se a colocação do professor às margens do ensino não era a solução • Foi logo descontinuado • Obra incompleta, faltam volumes
Referências Caniato, R. (1975). Mecânica volume II - Um Projeto Brasileiro para o Ensino de Física. Campinas: ATIVA Promoções Culturais Ltda. Caniato, R. (07 de 10 de 2013). Rodolpho Caniato. Fonte: Rodolpho Caniato: http: //rodolphocaniato. blogspot. com. br/search? q=Ensino IFUSP. (1984). Projeto de Ensino de Física - Mecânica 2. Rio de Janeiro: FAE. IFUSP. (1984). Projeto de Ensino de Físico - Mecânica 1. Rio de Janeiro: FAE. B. Alvarenga. Livro Didático – Análise e seleção Filho, J. P. A. Atividades Experimentais: do método à prática construtivista. 2000. 248. Tese de doutoramento Universidade Federal de Santa Catarina.
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