Programa de leitura apresenta Fbula mito e causo
Programa de leitura apresenta: Fábula, mito e “causo”. . .
Língua Portuguesa HABILIDADES EF 01 LP 26 A Ler e compreender diferentes textos do campo artístico-literário (contos, fábulas, lendas, entre outros); EF 15 LP 02 B Confirmar (ou não) antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura do gênero textual; EF 69 LP 53 Ler em voz alta textos literários diversos, bem como fazer leituras orais capituladas de livros (compartilhadas ou não com o professor); Contar e recontar histórias das tradições oral e literária escrita, expressando a compreensão e a interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, gravando esta ou o conto ou reconto para análise posterior.
Você conhece a diferença entre uma fábula, um mito ou um “causo”?
Vamos as definições? Fábula É um gênero textual que geralmente tem como personagens animais que se comportam (agem, pensam e falam) como seres humanos. Sempre há um ensinamento chamado moral da história. Disponível em conteudoaberto. ftd. com. br.
Mito É uma narrativa de caráter simbólico-imagético, ou seja, não é uma realidade independente, mas evolui com as condições históricas e étnicas relacionadas a uma dada cultura. Procura explicar e demonstrar, por meio da ação e do modo de ser das personagens, a origem das coisas, do mundo, dos homens, dos animais, das doenças, dos objetos, das práticas de caça e pesca, da medicina, do amor, do ódio, da mentira, das relações humanas, entre outros. Disponível em https: //pt. wikipedia. org/wiki/Mito.
“Causo” É um gênero transmitido oralmente de geração a geração, não possuindo autoria reconhecida. Alguns contadores de “causo” recontam essas histórias, registrando-as por escrito e publicando-as em livros. As personagens podem ser tipos sociais ou, ainda, animais, assombrações ou seres imaginários. As histórias ocorrem geralmente em localidades afastadas dos centros urbanos. Disponível em conteudoaberto. ftd. com. br.
Semelhanças São narrativas, histórias que respeitam tanto uma cadência ao serem contadas ou lidas quanto os elementos da narrativa; Sempre possuem uma mensagem a ser refletida, ou seja, uma moral da história.
Diferenças entre os textos • As fábulas empregam animais ou seres inanimados para dialogarem com quem está lendo ou interagindo com a história; • Os mitos procuram um aprofundamento das ideias e do modo de vida das personagens envolvidos e suas relações; • Os “causos” vivem dentro da oralidade, no contar da história passada de geração a geração.
O ratinho, o gato e o galo (fábula) Certa manhã, um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Queria conhecer o mundo e travar relações com tanta coisa bonita de que falavam seus amigos. Admirou a luz do sol, o verdor das árvores, a correnteza dos ribeirões, a habitação dos homens. E acabou penetrando no quintal duma casa da roça. — Sim senhor! É interessante isto! Examinou tudo minuciosamente, farejou a tulha de milho e a estrebaria. Em seguida, notou no terreiro um certo animal de belo pelo, que dormia sossegado ao sol. Aproximou-se dele e farejou-o, sem receio algum. Nisto, apareceu um galo, que bateu as asas e cantou. O ratinho, por um triz, não morreu de susto.
Arrepiou-se todo e disparou como um raio para a toca. Lá contou à mamãe as aventuras do passeio. — Observei muita coisa interessante, — disse ele. — mas nada me impressionou tanto como dois animais que vi no terreiro. Um de pelo macio e ar bondoso, seduziu-me logo. Devia ser um desses bons amigos da nossa gente, e lamentei que estivesse a dormir impedindo-me de cumprimentá-lo. O outro. . . Ai, que ainda me bate o coração! O outro era um bicho feroz, de penas amarelas, bico pontudo, crista vermelha e aspecto ameaçador. Bateu as asas barulhentamente, abriu o bico e soltou um có-ri-cócó tamanho, que quase caí de costas. Fugi com quantas pernas tinha, percebendo que devia ser o famoso gato, que tamanha destruição faz no nosso povo. A mamãe rata assustou-se e disse:
— Como te enganas, meu filho! O bicho de pelo macio e ar bondoso é que é o terrível gato. O outro, barulhento e espaventado, de olhar feroz e crista rubra, filhinho, é o galo, uma ave que nunca nos fez mal. As aparências enganam. Aproveita, pois, a lição e fica sabendo que: Quem vê cara não vê coração. Monteiro Lobato CONTOS tradicionais, fábulas, lendas e mitos. Livro do Aluno, Vol 2. Brasília: MEC, 2000, p. 97. Disponível em <http: //www. dominiopublico. gov. br/download/texto/me 000589. pdf>.
“Pandora”, da mitologia grega Num tempo distante, os homens dominaram a dádiva do fogo, graças a Prometeu, tornando melhor a vida na Terra. Mas diante daquela afronta, a ira de Zeus não teve limites, e ele resolve então punir os homens. Ordenou a Hefesto que moldasse uma mulher de barro, tão linda quanto uma verdadeira deusa, que lhe desse voz e movimento e que seus olhos inspirassem um encanto divino. A deusa Atena teceu-lhe uma belíssima roupa, as três Graças a cobriram com joias e as Horas a coroaram com uma tiara de perfumadas flores brancas.
Por isso, a jovem recebeu o nome de Pandora, que em grego significa "todas as dádivas". No dia seguinte, Zeus deu instruções secretas a seu filho Hermes que, obedecendo às ordens do pai, ensinou a Pandora a contar suaves mentiras. Com isso, a mulher de barro passou a ter uma personalidade dissimulada e perigosa. Feito isso, Zeus ordenou a Hermes que entregasse a mulher de presente a Epimeteu, irmão de Prometeu, um homem ingênuo e lento de raciocínio.
Ao ver Pandora, Epimeteu esqueceu-se que Prometeu havia-lhe recomendado muitas vezes para não aceitar presentes de Zeus, e aceitou-a de braços abertos. Certo dia, Pandora viu uma ânfora muito bem lacrada, e assim que se aproximou dela Epimeteu alertou-a para se afastar, pois Prometeu lhe recomendara que jamais a abrisse, caso contrário, os espíritos do mal recairiam sobre eles. Mas, apesar daquelas palavras, a curiosidade da mulher de barro aumentava. Não mais resistindo, esperou que o marido saísse de casa e correu para abrir o jarro proibido.
Mal ergueu a tampa, Pandora deu um grito de pavor. E, do interior da ânfora, saíram monstros horríveis: o Mal, a Fome, o Ódio, a Doença, a Vingança, a Loucura e muitos outros espíritos maléficos. . . Quando voltou a lacrar a jarra, conseguiu prender ali um único espirito, a Esperança. Assim, então, tudo aconteceu exatamente conforme Zeus havia planejado. Usou a curiosidade e a mentira de Pandora para espalhar o mal sobre o mundo, tornando os homens duros de coração e cruéis, castigando Prometeu e toda a humanidade. CONTOS tradicionais, fábulas, lendas e mitos. Livro do Aluno, Vol 2. Brasília: MEC, 2000, pp. 125 e 126. Disponível em <http: //www. dominiopublico. gov. br/download/texto/me 000589. pdf>.
Escutem agora o “causo” da crina da mula trançada!
Esperamos que tenha se divertido com as histórias. Como sugestão, grave um “causo” de família. Algum familiar seu deve ter um bom para contar. . . Grave-o falando, ou escreva a história. Anote as principais partes. Crie um texto e grave uma Contação de história! Divirta-se e muito obrigada!
- Slides: 18