Professor Edley www professoredley com br Expanso Europia
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Expansão Européia e Conquista da América
Estado Moderno Centralização Política e Sociedades Nacionais Durante o predomínio do Feudalismo, a Europa dividia-se em diversos Reinos. Em cada Reino, o poder político era partilhado entre os Grandes Senhores Feudais e o Governo das cidades medievais autônomas, conhecidas então como Comunas. Não havia, portanto, um Poder ou Autoridade Central. Isso começou a mudar nos Séculos Finais da Idade Média, quando teve início um processo de Fortalecimento da autoridade do Rei, que resultou na formação das primeiras Monarquias Nacionais, ou Estados Modernos. Comunas Cidades da Europa Medieval que adquiriram autonomia (por rebelião ou negociação) e tinham autoridade para regulamentar o comércio, instituir impostos, controlar procedimentos judiciais, preservar a liberdade do cidadão, etc.
Estado Moderno Uma série de condições que podem ser vinculadas à desestruturação do Feudalismo concorreu para isso, tais como: – As revoltas camponesas contra a exploração feudal; – O desenvolvimento do comércio e ascensão da Burguesia; – O enfraquecimento do Poder da Nobreza Feudal.
Estado Moderno Jogo de Distintas Forças Sociais O processo de centralização política que levou à formação dos Estados Modernos não ocorreu de forma brusca ou sem resistência por parte dos grupos que não queriam perder seu Poder Local. Ainda assim, havia setores da Nobreza e da Burguesia que estavam mais preocupados com o desenvolvimento econômico e a construção de sociedades que garantissem a Ordem Social. Acreditavam que, com o Poder Centralizado na pessoa do Rei, o Estado se tornaria um instrumento mais poderoso e eficiente na implementação de diversas medidas de seu interesse, por exemplo: – Melhorar as estradas e a segurança pública; – Uniformizar as moedas e padronizar pesos e medidas; – Criar Leis e Procedimentos jurídicos de mbito Nacional Esses setores da Nobreza e da Burguesia acabaram vencendo a disputa com os defensores do poder local, e o processo de centralização avançou.
Estado Moderno Consolidação dos Estados Modernos No processo de consolidação do Estado Moderno, os governos das Monarquias Nacionais adotaram uma série de meios ou instrumentos para garantir o Controle Político do Estado. Entre eles, podemos citar: – Burocracia Administrativa Corpo de funcionários que, cumprindo as Ordens do Rei, desempenhavam as tarefas de Administração Pública; – Força Militar Forças Armadas (Exército, Marinha, Polícia) permanentes, para assegurar a Ordem Pública e a Autoridade do Governo; – Leis e Justiça Unificadas Legislações Nacionais e uma Justiça Pública atuante no território do Estado;
Estado Moderno – Sistema Tributário Cobrança de Tributos (Impostos e Taxas) regulares e obrigatórios, para sustentar as despesas do Governo e da Administração Pública. Por último, cabe ressaltar que, embora a consolidação dos Estados Nacionais seja considerada uma característica da Idade Moderna, esse processo não se deu no mesmo ritmo em toda a Europa. Em Portugal, ocorreu ainda no final da Idade Média. Na Espanha, França e Inglaterra, a centralização do poder foi progressiva, desde o Século XV. Já a Alemanha e a Itália são exemplos de países em que o processo de Unificação Territorial e Política ocorreu anos depois: Somente no Século XIX.
Portugal
Portugal A Formação de Um País Vejamos um pouco da história daquele que foi um dos primeiros países europeus a pôr em prática uma eficiente centralização político-administrativa: Portugal. Nos Séculos V e VI, a maior parte dos povos que habitavam a Península Ibérica (Romanos e Germanos) converteu-se ao Cristianismo. No Século VIII, a região foi conquistada por Muçulmanos vindos do Norte da África. Essa ocupação prolongou-se até o Século XV. Durante esse período, Cristãos e Muçulmanos alternaram momentos de Luta com períodos de relativa Paz, o que possibilitou um Rico e Variado Intercâmbio Cultural.
Portugal De Condado a Reino Durante a Reconquista – nome dado pelos Cristãos à Luta contra a presença Muçulmana na Península Ibérica, com o objetivo de retomar os Territórios Ocupados –, foram-se inicialmente alguns Reinos Católicos no Norte da Península. E as terras que iam sendo reconquistadas dos Árabes através do Avanço Cristão eram transformadas em Condados (territórios administrados por Condes). Assim, surgiu o Condado de Portucale ou Portucalense (Século XI), que fazia parte do Reino de Leão (observar Mapa 1). Nomeado para administrar Portucale, D. Henrique de Borgonha (1066 -1112) trabalhou, durante seu governo, pela autonomia do Condado. Mas quem realizou completamente esse objetivo foi seu Filho, D. Afonso Henriques (1099 -1185), que em 1139 declarou a Independência da região, tornando-se o Primeiro Soberano do Reino de Portugal (observar Mapa 2).
Portugal foi, então, governado por mais de 200 anos pelos Reis da Dinastia de Borgonha. Nesse período, podemos destacar o Governo de D. Dinis (1261 -1325), iniciado em 1279, período em que se definiram as Fronteiras Atuais do território português e se priorizou a organização interna do Reino (observar Mapa 3).
Mapa 1 até o ano 1000
Mapa 2 até o ano 1200
Mapa 3 até o ano 1492
D. Henrique de Borgonha
D. Afonso Henriques
D. Dinis
Portugal Comércio e Navegação As diferenças religiosas entre Católicos e Muçulmanos que habitavam a península não impediram que os Portugueses fossem influenciados pelas Práticas Árabes de Comércio e Navegação. A economia de Portugal era predominantemente agrária. Seus principais produtos eram vinho, azeite, trigo, cevada e aveia. Depois, essa economia voltou-se também para as atividades marítimocomerciais, destacando-se a pesca e o comércio de sardinha, baleia, atum e bacalhau. Assim, com o crescimento das novas atividades, também cresceram em importância social grupos ligados ao Comércio e à Navegação.
Portugal Revolução de Avis Em 1383, com a morte do Rei D. Fernando, que não deixou sucessor do sexo masculino, a Dinastia de Borgonha chegou ao final. A Rainha, D. Leonor Teles, assumiu o poder como Regente e estava disposta a entregar o Trono Português à sua Filha Beatriz, casada com o Rei de Castela. Comerciantes e Banqueiros interessados na atividade marítima não concordavam com a anexação do País ao Reino de Castela, pois queriam Preservar a Independência Política de Portugal sob o comando de um Rei que apoiasse o Crescimento Comercial. Com tal objetivo, esses grupos uniram-se em torno de D. João, irmão bastardo do Rei falecido, para torná-lo Soberano e Lutar contra as intenções do Rei de Castela. Como D. João era também Mestre da Ordem da Cavalaria de Avis, esse movimento ficou conhecido como Revolução de Avis.
A Revolução de Avis
Expansão Marítimo-Comercial
Expansão Marítimo-Comercial A Conquista do Mundo Pelos Europeus Desde o Século IX, em Portugal, setores ligados à Burocracia (no caso, à Administração Pública) e à Burguesia ambicionavam enriquecer por meio da Expansão da Atividade Marítimo. Comercial. Entretanto, os comerciantes da Península Itálica, principalmente das cidades de Gênova e Veneza, dominavam o lucrativo comércio de Especiarias (cravo, pimenta, noz-moscada, canela, gengibre) e de Artigos de Luxo (tapetes, tecidos de seda, objetos de porcelana), que vinham do Oriente (Ásia e África). Os comerciantes de Gênova e Veneza Compravam os produtos orientais nos portos de Constantinopla, Trípoli, Alexandria e Túnis e os Revendiam na Europa Ocidental por Preços Altíssimos. Para participar do Comércio Oriental, os Comerciantes Portugueses tinham de romper com o monopólio de genoveses e venezianos, buscando Contato Direto com o Oriente.
Expansão Marítimo-Comercial Como o Tráfego Marítimo-Comercial pelo Mar Mediterrâneo era controlado por Gênova e Veneza, restava aos Portugueses uma alternativa para chegar ao Mercado Oriental – as Índias: Encontrar um caminho para o Oriente pelo Oceano Atlântico, tendo como base os Projetos de alguns navegadores da época. Desse modo, teve início o período das Grandes Navegações – termo usado para designar o ciclo de viagens marítimas de longa distância realizadas pelos Europeus, principalmente Portugueses e Espanhóis –, que expandiram os limites do Mundo Conhecido pelas sociedades européias até então. Elas desconheciam terras como a América, a Oceania e grande parte da África e da Ásia. Conheciam parcialmente o Oceano Atlântico e desconheciam os Oceanos Pacífico e Índico.
O Que São Especiarias A palavra Especiaria deriva do Latim Especia, que significa “substância ativa e valiosa”. As Especiarias eram utilizadas principalmente em remédios, perfumes, temperos e conservação de alimentos. Muitas regiões agropastoris da Europa sofriam com a falta de forragem de inverno (folhas e grãos) para alimentar o gado. Assim, grande quantidade de animais era abatida no outono, a sua carne tinha de ser conservada para o consumo até o inverno seguinte. Disso decorria a valorização dos condimentos, pois conservavam a carne e melhoravam seu sabor e aroma. Além das Especiarias, usava-se o Sal, que era o conservante mais barato e comum.
Expansão Marítimo-Comercial Motivação da Expansão Os historiadores procuram entender os principais motivos que levaram à Expansão Marítimo-Comercial do Século XV. Dessas reflexões, extraímos alguns dos Motivos ou Interesses mais apontados para explicar esse Projeto Expansionista: – Conquista de Constantinopla Em 1453, os Turcos conquistaram Constantinopla e dificultaram o comércio de Especiarias realizado pelo Mar Mediterrâneo. Esse fato uniria os Europeus (incluindo Genoveses e Venezianos) na busca de um novo caminho até os Fornecedores Orientais. – Necessidade de Novos Mercados Descobrir novos caminhos para o Oriente significava, também, conquistar Novos Mercados Consumidores para o Artesanato e as Manufaturas européias.
Expansão Marítimo-Comercial Além disso, a Europa necessitava de gêneros alimentícios e matériasprimas. Essas necessidades só poderiam ser atendidas com a ampliação de mercados fora do continente europeu. – Falta de Metais Preciosos Os Metais Preciosos Europeus eram enviados ao Oriente para a compra de Especiarias e Artigos de Luxo. As minas de ouro e de prata da Europa já não produziam quantidade suficiente de metais para a cunhagem de moedas. Para solucionar o problema da escassez de metais, os Europeus precisavam descobrir novas jazidas em outras regiões.
Expansão Marítimo-Comercial – Interesses dos Grupos Sociais A Expansão Comercial aumentaria os Poderes do Rei, manteria os Privilégios da Nobreza e elevaria os Lucros da Burguesia. Além disso, os Estados Nacionais também deram total apoio à Expansão Marítima para poderem Arrecadar Mais Impostos. – Propagação da Fé Cristã Os participantes da Expansão Marítimo-Comercial Européia herdaram da Idade Média algo do entusiasmo cavalheiresco e do ideal das Cruzadas de Propagar a Fé Cristã. Assim, foram marcantes, nesse período, a influência religiosa e a justificativa de conquistar e converter povos não cristãos do mundo.
Expansão Marítimo-Comercial – Ambição Material Os líderes envolvidos na Expansão Marítima eram movidos, sobretudo, pela ambição de valer mais, que significava, simultaneamente, Ter Mais (conseguir produtos orientais, encontrar ouro, enfim, enriquecer) e Ser Mais (projetar-se Socialmente, elevar seu Status Social).
Expansão Marítimo-Comercial Condições Técnicas O projeto de Expansão Marítimo-Comercial Português também foi possibilitado pelo desenvolvimento Técnico-Científico iniciado na Idade Média, que levou ao aperfeiçoamento da Arte da Navegação, permitindo Viagens de Longa Distância. Vejamos algumas das inovações técnicas mais destacadas: – Caravela Foi a principal Embarcação Marítima utilizada nas Grandes Navegações. Desenvolvidas pelos Portugueses, era um navio de estrutura leve movido pelo vento; sua principal característica era a Vela de formato Triangular (latina), que podia ser ajustada em várias posições para captar a força eólica (do vento). Assim, qualquer que fosse o sentido do vento, a Caravela podia navegar na direção desejada do Piloto.
Expansão Marítimo-Comercial – Cartografia Com as viagens marítimas, a elaboração de Mapas teve significativo avanço. A partir do Século XV, surgiram Mapas com os primeiros registros das Terras Descobertas na África e na América. Esses Mapas eram considerados Verdadeiros Segredos de Estado, mas as informações circulavam quando o Navegador de um país passava a servir a outro. – Bússola Instrumento de Orientação Espacial introduzido na navegação européia desse período, cuja invenção é atribuída aos Antigos Chineses. Foram, porém, os Árabes que a levaram para a Europa, onde começou a ser utilizada pelos Navegadores. Por último, a progressiva aceitação da noção de que a Terra é Esférica também podia ser considerada como uma condição intelectual que favoreceu às Grandes Navegações.
Os Grandes Riscos das Viagens Nem tudo foi “um mar de rosas” na Era das Grandes Navegações. É preciso considerar as dificuldades e os riscos envolvidos nessas travessias intercontinentais pioneiras. Durante o Século XV, como ainda não se tinha certeza sobre o tamanho e a forma exata do Planeta, quase todos tinham receio das longas viagens marítimas, inclusive pelo Oceano Atlântico conhecido na época como “Mar Tenebroso”. Além disso, fantasias e lendas criavam um clima de insegurança entre os marinheiros. Entretanto, a possibilidade de enriquecimento e de ascensão social fazia com que muitos participassem das grandes viagens, mesmo temendo o mar. O tempo e a experiência marítima foram mostrando que muitos medos eram justificados (tempestades e naufrágios) e outros eram imaginários (monstros marinhos e abismos, por exemplo). Por outro lado, a vida dos marinheiros navios nunca foi fácil. As acomodações eram imundas rústicas e apertadas, e as viagens longas e desconfortáveis. Muitos morriam de escorbuto, devido à escassez de legumes e verduras (fontes de Vitamina C) na alimentação. Sobreviver a todas essas dificuldades era uma Façanha.
Navegações Portuguesas
Navegações Portuguesas Pioneirismo e Conquistas da Nação Lusitana Portugal foi o primeiro país a empreender as Grandes Navegações no Século XV. Entre os muitos fatores apontados pelos historiadores para esse Pioneirismo Português, podemos destacar: – Centralização Administrativa Realizada durante a Dinastia de Avis, a centralização administrativa de Portugal permitiu que a Monarquia passasse a governar em Sintonia com os projetos da Burguesia. – Interesses Socioeconômicos Com a centralização político-admnistrativa, Portugal assumiu características de um Estado Absolutista e Mercantilista. A prática Mercantilista atendia tanto aos interesses do Rei, que desejava fortalecer o Estado para aumentar seus poderes, quanto aos da Burguesia, que desejava Aumentar seus Lucros e Acumular Capital.
Navegações Portuguesas – Ausências de Guerras No Século XV, enquanto vários países europeus estavam envolvidos em conflitos militares, Portugal era um país sem guerras. A Espanha, por exemplo, ainda lutava pela expulsão dos Mouros; a França e a Inglaterra encontravam-se envolvidas na Guerra dos Cem Anos. Acredita-se que tais disputas tenham contribuído para atrasar a entrada desses países na história das Grandes Navegações. – Posição Geográfica A Posição Geográfica de Portugal, banhado em sua costa oeste pelo Atlântico, facilitou a expansão portuguesa por “mares nunca dantes navegados”, como se referiu o poeta camões.
Navegações Portuguesas Fases da Expansão A conquista de Ceuta – um rico centro de negócios dominado pelos Muçulmanos – no Norte da África, em 1415, marca o início da Expansão Portuguesa. Ela foi coordenada pelo Filho do Rei de Portugal, Infante D. Henrique (que ficou conhecido como D. Henrique, o Navegador). Saqueada pelos Portugueses, Ceuta perdeu parte de sua importância como centro comercial, pois os Muçulmanos deixaram de abastecê-la. – Périplo Africano Com o aperfeiçoamento das Técnicas de Navegação, ao longo do Século XV os portugueses foram avançando pelo Atlântico, sempre contornando o Continente Africano, o que ficou conhecido como Périplo Africano. Nesse percurso, iam estabelecendo feitorias, que serviam de entrepostos para a obtenção de produtos do seu interesse (ouro, sal, marfim e pimenta, entre outros produtos).
Navegações Portuguesas Ao mesmo tempo, participavam da Escravização dos Africanos, que por vários séculos foram comercializados entre a África, a América e a Europa. Assim, a Burguesia e a Coroa Portuguesa enriqueciam cada vez mais, financiando a continuidade do processo de expansão. O quadro do próximo slide, indica os momentos mais importantes do processo de Expansão Marítima Portuguesa após a conquista de Ceuta e antes da chegada à América.
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa Fases da Expansão 1415 – A Conquista de Ceuta 1434 – Cabo Bojador (Gil Eanes) 1441 – Cabo Branco 1443 – Feitoria de Arguim 1445 – Arquipélago de Cabo Verde 1446 – Arquipélago dos Bijagós 1450 – Senegal 1460 – Feitoria de Serra Leoa 1471 – Feitoria da Costa do Ouro 1472 – Feitoria da Costa do Benin 1482 – Estuário do Congo 1487 -1488 – Cabo da Boa Esperança
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa
Navegações Portuguesas – Chegada às Índias A Grande Aventura Marítima Portuguesa, que durou quase Um Século, culminou com a chegada de Vasco da Gama às Índias, em 1498. Realizava-se o Sonho de Portugal: Descobrir um novo caminho para o Oriente. Houve muito entusiasmo entre os Portugueses com essa viagem. Afinal, Vasco da Gama retornou, em 1499, com um carregamento que superior em 60 vezes o custo da Expedição – ou seja, 6. 000% de Lucro.
Expansão Marítima Portuguesa
Navegações Portuguesas – Chegada à América Pelo Brasil Depois do retorno da Expedição de Vasco da Gama, o Rei D. Manuel decidiu enviar às Índias uma poderosa esquadra, a fim de estabelecer sólidas relações comerciais com o Oriente. Essa esquadra partiu de Lisboa no dia 9 de Março de 1500, tendo como destino principal a cidade de Calicute. Era composta de 13 Navios, e conduzi uma Tripulação de aproximadamente 2200 Pessoas, da qual faziam parte Navegadores, Padres, Soldados, Intérpretes e Comerciantes. O Comando da Esquadra foi entregue a Pedro Álvares Cabral, Nobre Português sem grande experiência marítima. No decorrer da viagem, a Esquadra de Cabra afastou-se da Costa Africana, dirigindo -se mais para Oeste, até atingir as terras que hoje correspondem ao Brasil, mais especificamente no Sul da Bahia. As razões desse afastamento – se propositado ou acidental – são discutidas até hoje entre os historiadores.
Navegações Portuguesas A primeira aproximação ocorreu no dia 22 de Abril, quando os Portugueses avistaram um monte, que recebeu o nome de Monte Pascoal (por ser a semana da Páscoa). A terra foi batizada com o nome de Vera Cruz, posteriormente alterado para Terra de Santa Cruz. O nome atual Brasil, passou a ser adotado, aproximadamente, em 1503, devido à grande quantidade da árvore chamada Pau-Brasil, encontrada no Litoral. Depois de subir 130 quilômetros costeando o continente, em 2 de Maio, a Esquadra de Cabral deixou a região que corresponde hoje a Porto Seguro (Bahia) e seguiu a viagem em direção às Índias. Antes, porém, o Comandante determinou que o Navegador Gaspar de Lemos regressasse a Portugal levando notícias das novas terras. Também encarregou o escrivão Pero Vaz de Caminha de escrever uma carta ao Rei de Portugal, relatando os acontecimentos.
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa
Expansão Marítima Portuguesa
Rotas de Comércio
Navegações Espanholas
Navegações Espanholas A Concorrência com Portugal Enquanto a Navegação Marítima Portuguesa se desenvolvia e, conseqüentemente, o comércio se ampliava em novas direções, os Espanhóis enfrentavam os Muçulmanos que ainda ocupavam a cidade de Granada. Só conseguiram expulsá-los no ano de 1492, quando os Monarcas Fernando, do Reino de Aragão e Isabel, do Reino de Castela, uniram esforços nesse sentido.
Navegações Espanholas Colombo e a América Depois disso, os Monarcas deram atenção aos planos do Genovês Cristóvão Colombo, que lhes apresentou um Projeto de Navegação para atingir às Índias. Baseando-se na idéia de que a Terra era Esférica, Colombo pretendia atingir o Oriente dando a voltar em torno do Mundo, ou seja, partiria da Europa e seguiria em direção a Oeste. Com Três Embarcações (Santa Maria, Pinta e Niña), cedidas pelos Reis Espanhóis, Colombo e sua tripulação partiram do porto de Palos, em 3 de Agosto de 1492. Em 12 de Outubro, chegaram em Terras que pensavam ser as Índias. Por isso, seus habitantes foram chamados de Índios.
Navegações Espanholas Colombo, comandou mais três viagens à Nova Terra, sempre supondo ser as Índias. Morreu sem saber que havia “descoberto” outro Continente. Somente alguns anos depois, com as viagens de outros navegadores, principalmente do Florentino Américo Vespúcio, o engano de Colombo foi esclarecido. Américo Vespúcio, propagou por Cartas e Mapas a descoberta das Novas Terras que, assim, ficaram conhecidas como América.
Rota de Colombo
Navegações Espanholas Tratado de Tordesilhas Após a chegada de Colombo à América, os Reis da Espanha apressaram-se em Garantir seus Direitos de Posse sobre a Nova Terra. Para isso, pediram a Intervenção do Papa Alexandre VI (também Espanhol), uma autoridade respeitada entre os Reinos Católicos. Assim, em 4 de Maio de 1943, por meio de um documento chamado de Bula Inter Coetera, o Papa estabeleceu que as terras que viriam a ser chamadas de América seriam divididas entre os Reis de Portugal e Espanha. Um Meridiano (linha imaginária) situado a 100 Léguas a Oeste das Ilhas de Cabo Verde seria a linha divisória dessas terras: Tudo o que estivesse a Oeste pertenceria à Espanha, e tudo o que estivesse a Leste pertenceria à Portugal.
Navegações Espanholas Com base na Bula, os Espanhóis teriam assegurada a posse das Terras Americanas descobertas ou ainda por descobrir. Restaria a Portugal posse das Terras Africanas. Incomodado com a divisão estabelecida, o Governo português forçou a negociação de um novo acordo direto com a Coroa espanhola, conhecido pelo nome de Tratado de Tordesilhas, por meio do qual se deslocava a linha imaginária para 370 Léguas a Oeste das Ilhas de Cabo Verde. Ratificado por ambas as partes, esse contrato novamente definia que as Terras a Oeste dessa linha pertenceriam à Coroa da Espanha, enquanto que as Terras a Leste seriam dos Reis de Portugal. O “Mundo Descoberto” foi, assim, dividido entre Portugueses e Espanhóis. Obviamente, outros Reis, com o da França e o da Inglaterra, não concordaram com essa divisão, conforme veremos mais adiante.
Os Tratados
Navegações Espanholas
Navegações Inglesas, Francesas e Holandesas
Navegações Inglesas, Francesas e Holandesas Outros Caminhos Para o Novo Mundo Interessados também em descobrir novos caminhos para as Índias, Franceses, Ingleses e Holandeses lançaram-se às Navegações Marítimas, concentrando-se no Atlântico Norte, pois Espanhóis e Portugueses já se dedicavam às Rotas do Atlântico Sul. Com isso, supunham que poderiam encontrar uma “passagem noroeste” para a Ásia. Embora essa passagem não tenha sido encontrada, os navegadores a serviço desses países passaram a explorar e a ocupar parte da América do Norte, além de Praticar a Pirataria. Na Inglaterra, a Pirataria foi oficializada. A Monarquia Inglesa autorizava ataques e pilhagens contra navios de nações inimigas, desde que os Piratas (chamados de Corsários) dividissem os Lucros dos Saques com o Governo Inglês.
Navegações Inglesas, Francesas e Holandesas
Navegações Inglesas, Francesas e Holandesas
Referência Bibliográfica COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 1 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010. COLÔMBO, Cristóvão. Diários da Descoberta da América: As Quatro Viagens e o Testamento – Porto Alegre, L&PM, 1999. BARRACLOUGH, Geoffrey (coord. ). Atlas da Histórica do Mundo – São Paulo, Folha de São Paulo/Times Book, 1985. Wikipedia. org
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