Profa Dra Marcela Boni Evangelista Textos YOUNG Michael
Profa. Dra. Marcela Boni Evangelista
Textos: § YOUNG, Michael. Entrevista concedida à Claudia V. A. Galliano Paula B. J. Louzano. Michael Young e o campo do currículo no “conhecimento dos poderosos” à defesa do “conhecimento poderoso”. Educação e Pesquisa. São Paulo: FEUSP, v. 40, n. 04, Out/Dez. 2014. § MATTOZZI, Ivo. Currículo de História e Educação para o patrimônio. Educação em Revista. Belo Horizonte. Fa. E/UFMG, n. 47, jun. 2008. § BOURDIEU, Pierre. A escola conservadora: desigualdades frente à escola e à cultura. In: NOGUEIRA, Maria Alice. CATANI, Afrânio. (orgs. ). Pierre Bourdieu: Escritos de Educação. Rio de Janeiro: Vozes Ed. , 1998, pp. 39 -64. § GOODSON, Ivor F. Processos de mudança curricular e períodos históricos. In: Currículo, narrativa pessoal e futuro social. Campinas: Editora da Unicamp, 2019.
Poder Empoderamento
§ Nova Sociologia da Educação (NSE) § Knowlwdge and Control: New Directions for the Sociology os Education. (1971) § Pierre Bourdieu entre os autores. § Essa vertente considera que a seleção do conhecimento definida expressa os interesses dos grupos que detém maior poder para influir nessa definição (conhecimento dos poderosos).
§ Em ambientes democráticos, o discurso predominante conecta a escola à ideia de libertação e acesso a possibilidades diferenciadas de ascensão e êxito intelectual e profissional. § A contestação e o questionamento desse tipo de discurso atenta para dinâmicas de manutenção das desigualdades sociais e aponta para a responsabilidade dos sujeitos envolvidos nesse processo, especialmente os professores.
§ “Não se trata apenas da importante questão sobre quem tem acesso ao conhecimento, mas também é uma questão de quais pesquisas devem ser desenvolvidas. A pesquisa sociológica anteriormente produzida abordava o currículo com o intuito de identificar seus vieses: (que se opunha aos interesses dos trabalhadores, das mulheres, dos negros. . . ) Tudo isso é importante, mas também é importante verificar se o currículo disponibiliza de fato um conhecimento relevante. . . ”
§ “Também tem havido uma grande pressão dos governos para impor sistemas de responsabilização e controlar mais a formação de professores, preocupados que estão com uma excessiva influência das universidades. ” § “Eles deveriam ter influência sobre como o currículo é desenvolvido e, particularmente, sobre como o conhecimento produzido nas universidades, no que chamamos de campos de conhecimento, pode ser recontextualizado na escola para ser ensinado como disciplinas a alunos de idades diferentes. ”
§ “Minha teoria parte da premissa de que um currículo que incorpore o conhecimento poderoso é um currículo que se concentra no conhecimento ao qual os jovens não têm acesso em casa. É distinto da experiência pessoal deles e, essencialmente, desafia essa experiência. ”
§ “O currículo nacional deve consistir num conjunto de diretrizes sensíveis aos diferentes campos do conhecimento, mas suficientemente abertas para permitir que as escolas as interpretem nos diferentes contextos. ” § “A equipe da escola precisa ter um conhecimento suficiente de teoria do currículo para poder interpretar na sua escola esse currículo comum, de forma que haja algum tipo de diálogo entre o nacional e o local. ”
§ Limites e separação entre as disciplinas como condição. § “Eu não recomendaria ter algumas disciplinas das ciências sociais no currículo até pelo menos os 17 ou 18 anos. Acho que pode ter história, particularmente, porque há menos debates em história e porque você quer que os jovens desenvolvam algum tipo de consciência histórica, sobre como o presente tem um passado, alguma noção das evidências históricas, documentos etc. . . ” § “Não existe uma versão especial da matemática para cada comunidade cultural, embora haja quem diga coisas desse tipo, como alguns antropólogos. Pessoalmente, acho isso uma bobagem. ”
§ “É provavelmente por um efeito de inércia cultural que continuamos tomando o sistema escolar como um fator de mobilidade social, segundo a ideologia da “escola libertadora”, quando, ao contrário, tudo tende a mostrar que ele é um dos fatores mais eficazes de conservação social, pois fornece a aparência de legitimidade às desigualdades sociais, e sanciona a herança cultural e o dom social tratado como dom natural. ”
§ A disciplina como fonte de inspiração (mas que vai além dos conhecimentos de manual). § O perfil dos estudantes e sua etapa de aprendizagem são elementos fundamentais. § “Aos professores caberá inventar e programar atividades de aprendizagem que coloquem no centro a reflexão e a representação das experiências dos estudantes. Este é o ponto de partida da aventura curricular. ” (p. 140)
§ Utilização de recursos didáticos de “laboratório” (Aula Oficina). § Espera-se que o estudante, assim, possa: § “Viver na história como cidadão atento às relações entre conhecimento do presente e do passado, estar atento às razões do valor cultural do patrimônio, respeitando-o e preservando-o. Enfim, um jovem formado na história, educado para o patrimônio e pronto para exercer a cidadania democrática. ” (p. 153)
§ Uma questão de classe! § “Isso não é para nós” e “Não temos meios para isso” § Reflexo nas decisões e atitudes dos estudantes diante do futuro escolar. § Escolhas ao final do Ensino Fundamental, quando os jovens apresentam mais participação nas escolhas: § Ensino médio regular. § Ensino médio técnico. § Ir ou não para a universidade. § Escolha dos cursos universitários.
Conhecimento dos poderosos Conhecimento poderoso
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