Prof Ms Sabrina Rodrigues Magalhes A linguagem a
Profª Ms. Sabrina Rodrigues Magalhães
�A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
�O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais. Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma.
� Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com: � condições culturais e sociais: ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. ; � condições regionais: São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões; � condições históricas: transformações ao longo do tempo.
� Por que: usado em interrogações diretas: Ex. : Por que regressamos? � Pode ser substituído por qual razão ou qual motivo. Ex. : Não sei por que não fizeste os deveres. � Pode – também – ser substituído por pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais. Ex. : Eis as causas por que não vencemos.
� Por quê: utilizado como pronome interrogativo, quando colocado no final da frase: Ex. : Não gostaste do almoço, por quê? � Também aparece isolado em frases interrogativas: Ex. : - Quero que você entre agora. - Por quê?
� Porque: pode ser usado como: � Conjunção explicativa, equivalendo a pois, porquanto, uma vez que. Ex. : Compre agora, porque há poucas peças. � Conjunção causal, substituível por pela causa, razão de que, pelo fato, motivo de que. . . Ex. : Não fui à Pelotas porque estava doente. � Conjunção final, equivalendo a para que: Ex. : “Mas não julguemos, porque não venhamos a ser julgados”. (Rui Barbosa)
� Porquê: é um substantivo, com o sentido de causa, razão ou motivo, admitindo pluralização. Vem sempre acompanhado de determinante (artigo definido, indefinido. . . ) Ex. : Os jovens querem saber o porquê de tudo. É uma criança cheia de porquês. Não sei o porquê de tanto descaso.
� Substantivos: são palavras variáveis que designam seres reais ou imaginários. Podem ser classificados de diferentes formas: � Próprios ou comuns; � Concretos ou abstratos; � Simples e compostos; � Primitivos e derivados.
� Os substantivos podem sofrer flexão de gênero, número e grau. � No caso da flexão de gênero, os substantivos são classificados em: � Biformes: apresentam duas formas, uma para cada gênero. Ex. : menino → menina cidadão → cidadã doutor → doutora conde → condessa � Uniformes: apresentam apenas uma forma para os dois gêneros. Podem ser:
� Epicenos: quando um só gênero se refere a animais. Usa-se as expressões “macho” ou “fêmea”. Ex. : cobra macho / cobra fêmea � Sobrecomuns: são substantivos de um só gênero, ou seja, serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Ex. : o cônjuge / a criança / a pessoa / o cadáver / a testemunha. � Comuns de dois: são os que são possíveis de diferenciação graças ao uso dos artigos antepostos aos substantivos: Ex. : o cliente → a cliente o estudante → a estudante.
� São palavras que caracterizam o substantivo, atribuindo-lhe qualidades, estados, aparências, etc. . � Podem ser classificados em: simples (apenas um radical= claro, escuro. . . ), compostos (formados por dois ou mais radicais= azulescuro. . . ), primitivos (não derivam de outras palavras=feliz), derivados (derivam de outras palavras= amado, bondoso. . . ). � Os adjetivos também sofrem flexões de gênero, número e grau.
�É uma palavra variável em número, pessoa, modo, tempo e voz que indica um processo no tempo – alguma coisa que acontece ou é; que aconteceu ou foi; que acontecerá ou será. Os verbos podem indicar: � AÇÕES: Gado a gente marca, tange, ferra. . . � ESTADOS: Gente é diferente. / Não sou sua amiga. � FENÔMENOS: Chove sem parar. / Nevou no sul do país.
� Pessoa: Num discurso são necessárias três pessoas: primeira, segunda e terceira: � 1ª pessoa – a que fala ou produz a mensagem (eu – nós); � 2ª pessoa – com quem se fala ou a quem se destina a mensagem (tu – vós); � 3ª pessoa – de quem ou a respeito de quem se fala (ele/ ela – eles/ elas).
� Modo: São as diversas maneiras que o verbo assume para indicar atitudes da pessoa que fala. São três: � INDICATIVO: Indica uma atitude real, concreta: Continuarão a importunar todo mundo? � SUBJUNTIVO: Indica uma atitude hipotética, duvidosa ou possível: Talvez eu vá ao tribunal. � IMPERATIVO: Indica uma ordem, um convite, um pedido, uma súplica: Saia daí, menina!
� Tempo: são as situações do momento em que acontece o processo verbal. Podem ser: � Presente: indica a ocorrência do fato no momento em que se fala: Eu digo e repito que o estudo é importante. � Pretérito perfeito: indica uma ocorrência sucedida toda no passado: Júlia engordou 10 kg na gravidez. � Pretérito imperfeito: indica uma ocorrência iniciada no passado, mas que ainda não foi concluída: Pedro desejava chegar logo em casa.
� Pretérito mais-que-perfeito: indica a ocorrência de um fato no passado, iniciado antes de outro, também no passado: Marcelo bebera todo o Martini. � Futuro do presente: indica um fato que certamente ocorrerá: Casaremos na primavera. � Futuro do pretérito: indica o fato que ainda irá acontecer, relacionado com um fato passado: O médico atenderia se houvesse necessidade. � FLEXÃO DE NÚMERO: o verbo tem que concordar com o sujeito da oração: Eu canto → Nós cantamos.
� Voz: é a maneira pela qual o verbo se relaciona com o sujeito. Pode ser: � PASSIVA: quando algo ou alguém recebe a ação verbal. O sujeito é paciente. Ex. : O gado é marcado. � ATIVA: quando algo ou alguém é responsável pela ação verbal. O sujeito é agente. Ex. : Nós marcamos o gado. � REFLEXIVA: quando algo ou alguém pratica e recebe ao mesmo tempo a ação verbal. Ex. : Nós nos ofendemos muito.
� Infinitivo: pode ter valor de um substantivo: Viver é lutar. (= A vida é uma luta) � Particípio: pode ter o valor de um adjetivo: Mulher vivida. (= mulher experiente) Criança sofrida. (= criança que sofre) � Gerúndio: pode ter o valor de um advérbio ou de um adjetivo: Anoitecendo, partiremos. (= à noite) Água fervendo. (=água fervente)
� São palavras que precedem o substantivo e lhe indicam o gênero, o número e a função gramatical. Podem ser: � Definidos: determinam claramente um nome: o/a; os/as. � Indefinido: quando transmite um aspecto vago, amplo, geral ao nome: Um/ uma; uns/ umas.
� Frase: é a palavra, ou grupo de palavras, que forma um enunciado de sentido completo. Ex. : Fogo! Atenção! Centro, à esquerda. � Oração: É a unidade sintática formada em torno de um verbo. Ex. : Mandaram chamar o médico. � Período: é a frase organizada em torno de um ou mais verbos. Ex. : Diga trinta e três e respire.
� São os vocábulos, ou grupo de vocábulos, que constituem uma unidade significativa ou funcional na oração. Os termos que normalmente aparecem em toda oração são o sujeito e o predicado. SUJEITO PREDICADO O Brasil é o país do futuro. Novelas fazem parte do nosso cotidiano. Lucas foi aprovado na universidade.
� Sujeito simples: é aquele que tem um só núcleo. Ex. : O ônibus da FURG já passou. � Sujeito composto: é o que tem mais de um núcleo. Ex. : Almodóvar e Tim Burton são meus diretores favoritos. � Sujeito oculto: é aquele que não está expresso, mas pode ser identificado pela desinência verbal ou pelo sujeito presente em orações anteriores pertencentes ao mesmo período. � Ex. : Irás ao supermercado? (sujeito oculto = tu)
� Sujeito indeterminado: é o responsável pelo que afirma o predicado, mas não se acha na oração, nem explícito, nem implícito. Ex. : Comentaram sobre o acidente. (quem? ) � O sujeito é indeterminado quando: � O verbo está na terceira pessoa do plural: Falaram mal de você. (Quem? ) � O verbo de qualquer tipo (menos o transitivo direto) está na terceira pessoa do singular, seguido do índice de indeterminação do sujeito se: Precisa-se de farmacêutico.
Observe a natureza. Tudo nela é recomeço. No lugar da poda surgem os brotos novos. Com a água, a planta viceja novamente (renasce). Nada para. A própria terra se veste diferentemente todas as manhãs. Isso acontece também conosco. A ferida cicatriza. A dores desaparecem. A doença é vencida pela saúde. A calma vem após o nervosismo. O descanso restitui as forças. Recomece. Animese. Se preciso, faça tudo novamente. Assim, é a VIDA!
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