Prof Eduardo Furtado Flores Prof Carlos Augusto Mallmann

Prof. Eduardo Furtado Flores Prof. Carlos Augusto Mallmann

A EVOLUÇÃO NO CONCEITO DE “CAUSA” - PODERES SOBRENATURAIS (demônios, espíritos, bruxas) - PUNIÇÃO DIVINA - FORÇAS OCULTAS, ASTRAIS, ALÉM DO UNIVERSO FÍSICO - FORÇAS NATURAIS (fatores climáticos – teoria do “Miasma”) - AGENTES TRANSMISSÌVEIS COMO CAUSAS DE DOENÇAS -O CONCEITO EPIDEMIOLÓGICO: fatores determinantes, A MULTIPLICIDADE CAUSAL

AGENTES INFECCIOSOS COMO A CAUSA DE DOENÇAS - CONCEITO SURGIDO NO FINAL DO SÉCULO 19, início do 20 - ÊNFASE AOS AGENTES (vírus, bactérias, fungos, protozoários) COMO A CAUSA DAS DOENÇAS - SURGIU NA ÉPOCA DE OURO DA MICROBIOLOGIA, ASSOCIADA COM IMPORTANTES DESCOBERTAS - ATRIBUIA AOS AGENTES INFECCIOSOS – EXCLUSIVAMENTE – A CAUSALIDADE DAS DOENÇAS - PARADIGMA: UM AGENTE, UMA DOENÇA ou UMA DOENÇA, UM AGENTE - DEU ORIGEM AOS “Postulados de Koch”

POSTULADOS DE KOCH Para um (micro)organismo pode ser considerado “ a causa” de uma doença, deve: - SER ISOLADO EM CULTURA PURA DE TODOS OS CASOS DA DOENÇA EM QUESTÃO; - NÃO SER ENCONTRADO EM CASOS DE OUTRAS DOENÇAS; - SER CAPAZ DE REPRODUZIR A DOENÇA NO HOSPEDEIRO APÓS INFECÇÃO EXPERIMENTAL; - SER REISOLADO DOS ANIMAIS INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE.

A ÊNFASE AO AGENTE COMO ÚNICO FATOR DETERMINANTE DAS DOENÇAS

VISÃO SIMPLÍSTICA DA RELAÇÃO CAUSAL A Agente B Doença

POSTULADOS DE KOCH Para um (micro)organismo pode ser considerado “ a causa” de uma doença, deve: - SER ISOLADO EM CULTURA PURA DE TODOS OS CASOS DA DOENÇA EM QUESTÃO; - NÃO SER ENCONTRADO EM CASOS DE OUTRAS DOENÇAS; - SER CAPAZ DE REPRODUZIR A DOENÇA NO HOSPEDEIRO APÓS INFECÇÃO EXPERIMENTAL; - SER REISOLADO DOS ANIMAIS INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE.

FALHAS/RESTRIÇÕES DOS POSTULADOS DE KOCH - DESCONSIDERAVAM INFECÇÕES MISTAS; - IGNORAVAM A EXISTÊNCIA DE DOENÇAS CLINICAMENTE IDÊNTICAS CAUSADAS POR AGENTES DIFERENTES; - DESCONSIDERAVAM A OCORRÊNCIA DE DOENÇAS DIFERENTES CAUSADAS PELO MESMO AGENTE; - NÃO CONTEMPLAVAM INFECÇÕES SUBCLÍNICAS;

FALHAS/RESTRIÇÕES DOS POSTULADOS DE KOCH - IGNORAVAM A OCORRÊNCIA DE AGENTES SAPRÓFITAS; - NÃO CONSIDERAVAM A PARTICIPAÇÃO DE FATORES AMBIENTAIS E DO HOSPEDEIRO; - NÃO SE APLICAVAM A DOENÇAS GENÉTICAS E TÓXICAS;

OU SEJA: - ERAM INCOMPLETOS; - SOMENTE APLICÁVEIS A DOENÇAS INFECCIOSAS; - NÃO APLICÁVEIS A MUITOS AGENTES INFECCIOSOS CAUSADORES DE DOENÇAS; - DESCONSIDERAVAM A PARTICIPAÇÃO DE OUTROS FATORES;

POSTULADOS DE EVANS - 1976: -% de animais doentes deve ser significativamente maior em indivíduos expostos ao agente do que em não expostos; - A presença do agente deve ser mais frequente em animais com a doença do que em animais sadios; - O número de novos casos da doença deve ser maior nos indivíduos expostos ao agente do que nos não expostos; - A doença deve ocorrer após um certo tempo da exposição ao agente; -A exposição ao agente deve resultar em variedade de intensidade de sinais clínicos (leve, moderada e grave); - Uma resposta do hospedeiro (ex. anticorpos) deve aparecer em resposta a exposição; e somente ocorrer em animais expostos ao agente;

AGENTES DE DOENÇAS - DEFINIÇÃO: - NATUREZA: - AGENTES BIOLÓGICOS - AGENTES FÍSICOS - AGENTES QUÍMICOS VISÃO EPIDEMIOLÓGICA: “NÃO SÃO A CAUSA, MAS UM DOS FATORES QUE CAUSAM”

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ‘CAUSA’ MULTIPLICIDADE CAUSAL VISÃO SIMPLISTA MEIO AMBIENTE A B Agente Doença AGENTE HOSPEDEIRO

EVOLUÇÃO DA ÊNFASE DADA AO AGENTE COMO UM DOS FATORES CAUSAIS MEIO AMBIENTE O AGENTE COMO ÚNICA CAUSA DAS DOENÇAS AGENTE HOSPEDEIRO

A MULTIPLICIDADE CAUSAL MEIO AMBIENTE AGENTE HOSPEDEIRO

FATORES DETERMINANTES (ao invés de CAUSAS) - QUALQUER CARACTERÍSTICA DO AGENTE, AMBIENTE OU HOSPEDEIRO QUE DETERMINA A OCORRÊNCIA DE UMA DOENÇA (ou que afeta a saúde do indivíduo ou população). - PODEM SER CLASSIFICADOS DE TRÊS FORMAS: - PRIMÁRIOS OU SECUNDÁRIOS - INTRÍNSECOS OU EXTRÍNSECOS - ASSOCIADOS COM O A, MA OU HOSPEDEIRO - FATORES DE RISCO x FATORES DETERMINANTES

O CONCEITO EPIDEMIOLÓGICO DE CAUSA - AS DOENÇAS SÃO O RESULTADO DA INTERAÇÃO DE FATORES DO AGENTE, MEIO E HOSPEDEIRO; - FATORES DETERMINANTES (AO INVÉS DE CAUSAS); - FATOR DETERMINANTE: QUALQUER CARACTERÍSTICA (a, m, h) CAPAZ DE DETERMINAR A OCORRÊNCIA DE DOENÇA; - AGENTE: É UM FATOR NECESSÁRIO, PORÉM NÃO SUFICIENTE PARA DETERMINAR A OCORRÊNCIA DE DOENÇA; - FATOR DE RISCO: CARACTERÍSTICA QUE, SE PRESENTE, AUMENTA A PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA/GRAVIDADE DA DOENÇA;

O AGENTE é SUFICIENTE?

A TRÍADE EPIDEMIOLÒGICA MEIO AMBIENTE AGENTE HOSPEDEIRO

EQUILÍBRIO = SAÚDE MEIO AMBIENTE AGENTE HOSPEDEIRO DESEQUILÍBRIO = DOENÇA PARA CADA DOENÇA, OS FATORES ENVOLVIDOS (E A SUA IMPORT NCIA RELATIVA) SÃO DIFERENTES!

AGENTE AMBIENTE HOSPEDEIRO

MEIO AMBIENTE AGENTE HOSPEDEIRO

FATORES DO AGENTE - NATUREZA DO AGENTE - PARA UM DETERMINADO AGENTE BIOLÓGICO: - Cepa ou variante - Virulência - Patogenicidade - Dose - Infectividade - Antigenicidade - Transmissibilidade - Tropismo celular e tecidual - Via de inoculação - Resistência/viabilidade, etc. . .

MEIO AMBIENTE AGENTE HOSPEDEIRO

FATORES DO HOSPEDEIRO - ESPÉCIE ANIMAL - RAÇA - TIPO FÍSICO - BACKGROUND GENÉTICO - SEXO - IDADE - ESTADO FISIOLÓGICO - CONDIÇÃO NUTRICIONAL - RESISTÊNCIA/IMUNIDADE/SUSCEPTIBILIDADE - UTILIZAÇÃO/PROPÓSITO - FATORES INDIVIDUAIS

MEIO AMBIENTE AGENTE HOSPEDEIRO

FATORES DO MEIO AMBIENTE - COMPONENTES FÍSICOS - COMPONENTES BIOLÓGICOS - COMPONENTES SÓCIO-ECONÔMICOS

COMPONENTES FÍSICOS - CLIMA - Temperatura - Umidade/pluviometria - Ventos - Irradiação solar, etc. - GEOGRAFIA - TOPOGRAFIA - EXPOSIÇÃO A INTEMPÉRIES (ABRIGOS) - COMPOSIÇÃO DO SOLO

COMPONENTES BIOLÓGICOS - FAUNA (ESPÉCIES, NÚMERO, HÁBITOS, ETC) - FLORA - HOMEM

COMPONENTES SÓCIO-ECONÔMICOS - SISTEMA DE CRIAÇÃO - MANEJO - INSTALAÇÕES - NUTRIÇÃO - TRANSPORTE/COMÉRCIO - INFRA-ESTRUTURA COMUNITÁRIA - LEGISLAÇÃO SANITÁRIA - SISTEMA DE DIAGNÓSTICO/VIGIL NCIA

MEIO AMBIENTE AGENTE HOSPEDEIRO

O CONCEITO DE “CAUSA” - PODERES SOBRENATURAIS (demônios, espíritos, bruxas) - PUNIÇÃO DIVINA - FORÇAS OCULTAS - FORÇAS NATURAIS - AGENTES TRANSMISSÌVEIS -O CONCEITO ATUAL: A MULTIPLICIDADE CAUSAL

A VISÃO EPIDEMIOLÓGICA: MEIO AMBIENTE AGENTE HOSPEDEIRO

Prof. Eduardo Furtado Flores Prof. Carlos Augusto Mallmann