Princpios bsicos do desenho jornalstico Planejamento Grfico Aula
Princípios básicos do desenho jornalístico Planejamento Gráfico Aula 6
Princípios básicos de aplicação no desenho jornalístico • O aspecto gráfico de um jornal é o resultado de uma acertada combinação de elementos subjetivos e objetivos. Entre os primeiros, cabe destacar o gosto artístico e a sensibilidade do desenhista para combinar harmoniosamente os recursos tipográficos. Já, entre os elementos objetivos, há que se destacar a organização, a simplicidade, o contraste e a harmonia. A criação de um jornal não segue os princípios de uma ciência exata e se baseia, em grande medida, na subjetividade de quem o está criando.
1. CONTRASTE O contraste é dado pela acentuação de diferenças dos elementos de uma mesma página e sua função primordial é atrair a atenção visual do leitor. Os contrastes básicos são alcançados com a utilização de diferentes tamanhos e tipos de letras e com a escolha de diferentes posicionamentos dos textos, das ilustrações e dos brancos.
CONTRASTE A falta de contraste pode resultar numa grande monotonia, ao longo das páginas de um periódico. Mas a utilização de muitos recursos visuais também pode trazer o risco de confusão para o leitor. Uso das leis concretistas
Van Doesburg, criador da expressão ARTE CONCRET A
2. EQUILÍBRIO Distribuição dos elementos visualmente fortes de uma forma coerente dentro da página: nenhuma parte da página deverá ter um peso tão exagerado que anule às outras partes que compõem o todo. O equilíbrio de uma página é alcançado através do uso de determinados recursos. O mais comum é aquele que compensa os elementos gráficos dominantes (títulos e fotos) com espaços em branco ao seu redor e de blocos de textos que possam fazer uma espécie de oposição aos elementos dominantes.
2. EQUILÍBRIO Para que haja equilíbrio, é necessário que os elementos mais fortes não se concentrem em apenas uma parte da página, o que daria uma sensação de "página torta", pendendo mais para um lado. Títulos e fotos muito grandes numa página também exigem que haja espaços em branco nas proximidades para que a página possa "respirar".
3. SIMPLICIDADE • Implica na supressão de tudo aquilo que seja considerado supérfluo dentro de uma página, que possa distrair a atenção do leitor sem necessidade e que não tenha nenhuma função dentro do conjunto. • A simplicidade, muitas vezes, é proporcional ao número de matérias que possui uma página. • Uma página com muitas matérias não pode dar o mesmo destaque a todas; já uma página que possui uma única reportagem, com várias retrancas, pode ser trabalhada com elementos visuais diferentes para dar mais destaque aos elementos da reportagem
4. ORGANIZAÇÃO • Cada elemento que compõe a página deve e estar organizado de forma a dar conjunto a uma determinada parte da página. • Significa dizer que um título deve estar relativamente próximo ao texto, assim como a foto correspondente deve estar junto do título e do texto, formando uma unidade. Com mais de uma matéria na mesma página, é preciso garantir que as fotos sejam imediatamente identificadas ao texto correspondente. • O uso de quadros e filetes para cercar textos e fotos é uma das boas saídas na organização de uma página, embora a sua utilização em demasia acarrete perigos.
5. ORDEM TEMÁTICA • Ao leitor é preciso oferecer o menor trabalho possível para a leitura do jornal. Para isso, o conteúdo precisa estar ordenado, de forma que seja possível encontrar sem dificuldade o assunto, ou temas, que se esteja procurando.
ORDEM TEMÁTICA • Em vez de preencher páginas e páginas aleatoriamente com assunto diversos, é muito mais lógico separá-los por temas afins, dando um título apropriado à página ou à sessão. • A maioria dos jornais divide seus assuntos em temas tradicionais como Política, Economia, Geral, Polícia, Internacional, Ciência, Esportes e Variedades. No entanto, é possível dividir por temas mais específicos como Regional, Educação, Comportamento, Brasil, entre outras sessões, o que é característico da edição de revistas e de jornais (como os jornais-laboratórios) que não possuem edições de periodicidade fixa e se assemelham a revistas.
6. HOMOGENEIDADE OU CONTINUIDADE GRÁFICA • A homogeneidade é dada por uma sensação de que o leitor se mantém dentro de um mesmo periódico, à medida que ele muda de página. • Não se deve, no entanto, confundir homogeneidade com uniformidade, uma vez que esta segunda implica páginas iguais e a primeira, páginas semelhantes.
HOMOGENEIDADE • Essa continuidade gráfica é percebida com a utilização de elementos fixos que vão sendo recombinados ao longo do jornal, sem que se perca esse ar de semelhança. Para o leitor comum não parece importante que um título esteja centralizado ou não, mas perceberá imediatamente se os estilos mudam bruscamente de uma página para outra. • Este mesmo princípio de continuidade se aplica à utilização de fios, legendas de fotos, crédito do repórter e do fotógrafo, formato da coluna, entre outros elementos.
HOMOGENEIDADE • O exemplo mais comum são as fontes que devem variar dentro de um padrão, não se utilizando mais do que duas ou três famílias diferentes, ao longo de todo o jornal, sendo que elas vão variar (tamanho, itálico, negrito, versalete, maiúsculas, etc. ) de acordo com a posição que vão ocupar na página (corpo do texto da matéria principal, corpo do texto do box, corpo do texto de opinião, etc. ).
Exercício • Respeitando esses 6 princípios básicos, criar um informativo para o curso de Jornalismo da UFSC, nos moldes do falecido Nanico, com informações gerais de interesse dos acadêmicos, que vocês podem recolher nos murais, por exemplo. • Utilizem o Corel para criar logotipos e diagramem no PM 65, com paleta de estilos, página mestra e tudo que tiver direito.
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