PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914 1918 1 Guerra Mundial

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914 -1918

1ª Guerra Mundial Embora seja uma guerra predominantemente europeia, o conflito atingiu dimensões mundiais devido à participação dos EUA e do Japão e à existência de frentes de combate em 3 continentes: Europa, Ásia e África. Afundamento do Paquete Lusitânia por um u-boat alemão

Beligerantes Potências Centrais Aliados Áustria-Hungria, Alemanha Império Otomano, Bulgária Sérvia, Rússia, França, Grã-Bretanha, Bélgica, Japão, Itália, Roménia, Portugal, EUA, Grécia…

Fases da Guerra Embora tenham existido várias frentes na guerra, a mais importante foi a Ocidental (França/Alemanha). • 1ª Fase – Guerra de Movimentos (1914) A Alemanha lança um ataque rápido e consegue conquistar um vasto território (França e Bélgica).

Fases da Guerra • 2ª Fase – Guerra das Trincheiras (1914 -18) Incapazes de avançar mais, ambos os lados adotam estratégias defensivas e escavam trincheiras. As “novas” armas (artilharia pesada, metralhadora, avião, gás, arame farpado) provocam um grande número de mortos e “nenhum avanço” no terreno.

Fases da Guerra • 3ª Fase – Guerra de Movimentos (1918) O tratado de paz com a Rússia permite à Alemanha libertar recursos materiais e humanos para desencadear um ataque na frente Ocidental. A entrada dos EUA na guerra reforçou com armas, homens e vontade as forças Aliadas, que conseguiram lançar um contra-ataque. O “Tanque” permitiu superar as Trincheiras

Fim da Guerra • As derrotas sucessivas da Áustria-Hungria, da Bulgária e do Império Otomano, levam estes a pedir a paz deixando assim a Alemanha cada vez mais isolada. • A fome e as revoltas da população e das tropas alemãs levam à queda do Kaiser. • A 11/11/1918 a Alemanha e os Aliados assinam o Armistício no qual as partes concordam em pôr fim à guerra.

PARTICIPAÇÃO DE PORTUGAL NA 1ªGM

Participação de Portugal • Desde setembro de 1914 que as colónias portuguesas de Angola e Moçambique estavam a sofrer ataques das forças coloniais alemães. • Em Portugal havia divisões entre os que defendiam e a neutralidade portuguesa e os que defendiam a entrada na guerra ao lado do velho aliado, a Inglaterra.

Motivos da participação portuguesa Os que defendiam a participação de Portugal na guerra apresentavam como motivos: • A necessidade de defender as colónias; • Afirmar o prestígio da 1ª República; • Honrar a aliança luso-britânica.

Oposição inglesa… A Inglaterra sabendo das falhas do exército português não queria a entrada de Portugal na guerra. Contudo em 1916, a guerra submarina alemã estava a provocar um grande número de afundamentos de navios ingleses, colocando em causa o abastecimento do Reino Unido.

Declaração de Guerra a Portugal • A Inglaterra com falta de navios, pede a Portugal o apresamento dos navios alemães refugiados nos portugueses desde o início da guerra. • Aproveitando a necessidade inglesa, o governo português “força” a entrada de Portugal na guerra.

Declaração de Guerra a Portugal Arrear da bandeira alemã Hastear da bandeira portuguesa Na sequência do apresamento dos seus navios (72), a Alemanha declara guerra a Portugal a 9 de março de 1916.

Milagre de Tancos • Com a entrada na guerra é organizado o Corpo Expedicionário Português (CEP) que deveria ter cerca de 50. 000 soldados. • Os 20. 000 soldados do CEP são “treinados” em apenas 3 meses em Tancos, no que ficou conhecido como o “milagre de Tancos”.

CEP em França • O CEP embarcou para França em Janeiro de 1917; • A 4 de abril o CEP chega à frente de combate na Flandres;

O Fim da participação portuguesa • As mudanças políticas em Portugal levam ao progressivo abandono do CEP; • Quando estava iminente o regresso a Portugal, os alemães iniciam uma grande ofensiva a 9 de abril de 1918. Naquela que ficou conhecida como a Batalha de La Lys, o CEP foi completamente destroçado (614 mortos e 6585 prisioneiros).

A PAZ

A Paz Uma vez que a entrada dos EUA na guerra trouxe a vitória aos aliados, o presidente Wilson impôs um conjunto de “ 14 Pontos” que tinham que ser seguidos para pôr em ordem o mundo.

Os 14 pontos de Wilson Os europeus tiveram que respeitar esses “ 14 Pontos”, mas isso provocou o descontentamento da França e da Itália.

Tratados de Paz Os aliados e as potências centrais assinaram diferentes tratados de paz, sendo que a humilhação dos vencidos foi “regra” (contrariando a vontade dos EUA). De todos os tratados de paz, o Tratado de Versalhes foi o mais importante uma vez que estabeleceu a paz com a principal potência vencida: a Alemanha

Tratados de Paz Áustria-Hungria: o império desaparece, a Áustria e a Hungria tornam-se em 2 países independentes e é dada a independência a vários povos que faziam parte do império;

Tratados de Paz Império Otomano: o império desaparece, a Turquia vê o seu território encurtado e surgem novos Estados (Iraque, Síria, Líbano, Palestina…)

Tratado de Versalhes A Alemanha esperava negociar um tratado de paz, no entanto os aliados impuseram um tratado bastante humilhante.

Tratado de Versalhes Condições impostas à Alemanha: • perdeu de 1/7 do seu território e população; • perdeu as suas colónias; • foi obrigada a reduzir as suas forças armadas; • foi proibida de se unir à Áustria; • teve que pagar pesadas indemnizações de guerra.

Novo Mapa da Europa Impérios que desapareceram: • Alemanha • Áustria-Hungria • Otomano • Russo

Novo Mapa da Europa Países que ganharam territórios: • Roménia • Itália • Grécia • França

Novo Mapa da Europa Novos Países que surgiram: • Polónia • Checoslováquia • Lituânia • Letónia • Finlândia • Estónia • Jugoslávia

Novo Mapa da Europa Além das alterações territoriais a Europa viu também o seu mapa político alterado: • Aumentou o número de repúblicas (em detrimento das monarquias); • Aumentou o número de países democráticos.

Sociedade das Nações (SDN) Durante a Conferência de Paz foi decidido criar a Sociedade das Nações que tinha como principais objetivos: • Assegurar a Paz; • Fomentar a cooperação entre os países; • Garantir a proteção das minorias. O Pacto da SDN «Art. 1. º – Os membros da Sociedade das Nações comprometemse a respeitar e a manter contra qualquer agressão exterior a integridade territorial e a independência política de todos os membros da Sociedade. (. . . )»