Populao e Ambiente aspectos gerais de uma interao
População e Ambiente: aspectos gerais de uma interação complexa Roberto Luiz do Carmo Departamento de Demografia Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) Núcleo de Estudos de População (NEPO) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) População, Espaço e Ambiente Análise Espacial Integrada em Estudos Populacionais: Métodos Analíticos e Técnicas de Representação São José dos Campos, 30 de julho de 2010
Sumário 1. Concepções básicas e evolução da discussão - arcabouço geral - perspectivas recentes 2. Estudo de caso - urbanização e dengue; 3. População e Mudanças Climáticas: Riscos, Vulnerabilidade e Adaptação
1. Concepções básicas
arcabouço geral: a relação entre população e ambiente Ø Malthus - fundamentos da discussão sobre população e ambiente e bases do senso comum; * SZMRECSÁNYI, T. (org. ). Thomas Robert Malthus: economia. São Paulo: Ed. Ática, 1982.
Ø Malthus: Postulados do “Primeiro Ensaio” (1798)* • Primeiro: o alimento é necessário à existência do homem. • Segundo: a paixão entre os sexos é necessária e permanecerá aproximadamente em seu presente estado. Conclusão “A população, quando não obstacularizada, aumenta a uma razão geométrica. Os meios de subsistência aumentam apenas a uma razão aritmética. Uma ligeira familiaridade com números mostrará a imensidade da primeira capacidade comparativamente à segunda. ”
Ø propostas de Malthus § controle da fecundidade • postergação dos casamentos; • abstinência; • celibato virtuoso; § caso essas medidas não fossem tomadas, haveria uma redução populacional forçada (fomes e guerras);
Ø neomalthusianos (a partir de 1950) • retomam e ampliam a proposta malthusiana: o controle do crescimento populacional como solução para os problemas sociais a ambientais; - EHRLICH, P. R. The population bomb. New York: Ballantine Books, 1968. - MCMICHAEL, A. J. Planetary overload: Global environmental change and the health of the human species. Cambridge, Cambridge University Press, 1993.
Ø neomalthusianos “The ecological problem posed by population growth over the coming century is not just a Malthusian more-people-than-food concern. This massive population growth will multiply the destruction of farmland forest, the contamination of the global commons (air and water), the disruption of climate and the extinction of species. In recent decades, much of the increased emission of methane, a potent greenhouse gas, has come from population-dependent increases in irrigated rice-fields. Likewise, the increased carbon dioxide emissions of industrializing Third World countries, such as China and India, largely reflect population size. Poverty, population growth and environmental degradation are intimately bound up with one another, both in webs os mutual causality and as causes of poor health. ” Mc. Michael (1993: 111 -112) Mc. Michael, A. J. Planetary Overload.
Ø neomalthusianos • Ênfase na relação entre volumes populacionais e pressão sobre os recursos ambientais; • Contexto de crescimento acentuado da população em vários países, principalmente nos países mais pobres: “explosão demográfica”;
Crescimento populacional: o fantasma da “explosão demográfica”
Crescimento populacional: o fantasma da “explosão demográfica”
Estimativa e Projeção da população mundial, grupos de maior desenvolvimento e grandes áreas, 1950, 2000 e 2050 de acordo com a variação da fecundidade Fonte: Divisão Populacional das Nações Unidas Crescimento populacional: concentrado nos países menos desenvolvidos
Países por volume populacional Ano China India USA Indonesia Brasil Russia Paquistão Bangladesh Japão Nigeria 1950 544 951 371 857 157 813 77 152 53 975 102 702 41 177 43 595 82 824 36 680 1960 645 927 448 314 186 326 93 058 72 744 119 906 48 778 54 138 93 189 45 148 1970 815 951 552 964 209 464 116 921 95 991 130 392 61 750 69 178 104 448 56 467 1980 929 692 637 229 469 146 582 121 618 138 655 82 609 90 397 116 794 74 523 1990 1 142 090 862 162 254 865 177 385 149 570 148 065 115 776 115 632 123 191 97 338 2000 1 266 954 1 042 590 287 842 205 280 174 146 670 148 132 140 767 126 706 124 842 2010 1 354 146 1 214 464 317 641 232 517 195 423 140 367 184 753 164 425 126 995 158 259 2020 1 431 155 1 367 225 346 153 254 218 209 051 135 406 226 187 185 552 123 664 193 252 2030 1 462 468 1 484 598 369 981 271 485 217 146 128 864 265 690 203 214 117 424 226 651 2040 1 455 055 1 564 763 388 907 283 503 220 141 122 148 302 801 215 339 109 804 259 384 2050 1 417 045 1 613 800 403 932 288 110 218 512 116 097 335 195 222 495 101 659 289 083 Volume populacional: participação crescente dos países menos desenvolvidos Camarano e Kanso (2009), Brasil: máximo de 206, 8 milhões de habitantes em 2030
Crescimento populacional e Transição Demográfica: outras perspectivas a considerar Inglaterra 130 anos Brasil 30 anos
Crescimento populacional e Transição Demográfica “Explosão Demográfica” Fator determinante: queda da fecundidade
Perspectivas recentes Ø perspectivas recentes de análise da relação entre população e ambiente • avanço no sentido de mostrar que existe um amplo conjunto de fatores a serem considerados, além da pressão do número de habitantes sobre o montante dos recursos ambientais existentes q questão tecnológica; q estrutura produtiva; q padrão de consumo; q sustentabilidade como proposta política; • MARTINE, G. População, meio ambiente e desenvolvimento: verdades e contradições. 2. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 1996.
Questão tecnológica e Estrutura produtiva • aumento da capacidade produtiva, novos materiais: aumento da “capacidade de suporte”; • ao mesmo tempo: novos instrumentos para trabalhar os recursos ambientais;
Ø São Gabriel da Cachoeira • baixa densidade, facilidade recente de motores dos barcos; • percepção de “superpopulação”; Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, Amazonas
Sustentabilidade como proposta política • Desenvolvimento sustentável; • Reuniões e acordos internacionais: - Estocolmo (1972), Rio (1992), Joannesburgo (2002); - Protocolo de Kioto; • ação de movimentos sociais e de ONGs: - ativos e passivos ambientais: quais os grupos sociais que se beneficiam do desenvolvimento econômico, quais os grupos estão mais sujeitos problemas/riscos ambientais; - avanços em termos de legislação;
Perspectivas recentes • Dentro deste novo contexto considera-se que a questão populacional é importante, mas que o crescimento demográfico não é mais a grande preocupação; • Existem outros fatores a considerar, principalmente em termos da relação dialética entre componentes da dinâmica demográfica e o ambiente: - fecundidade; - mortalidade/morbidade/saúde; - migração/distribuição espacial da população; - composição da população por sexo e idade/ciclo vital;
Perspectivas recentes Framework for Considering the Relationship Between Population and the Environment Lori M. Hunter. The Environmental Implications of Population Dynamics. RAND. 2000. pp. 4 -5
Fonte: LUTZ et al. , 2002. Perspectivas recentes Lutz et al. (2002)
Perspectivas recentes Fonte: Hummel et al. , 2009
2. Estudo de caso Tentativas de abordagem dos diversos fatores que estão envolvidos na relação entre população e ambiente, a partir de uma perspectiva de interação dialética e ampliada
Estudo de caso Urbanização e dengue
Evolução da população residente em áreas urbanas no Brasil, 1950 a 2000 - urbanização: aumento de demandas por serviços básicos (água, esgoto, lixo e energia) e habitação;
Questões demográficas atuais: Metropolização
Projeto: Controle Integrado da Dengue Utilizando Geoprocessamento Instituições: • Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) • Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Campinas • Núcleo de Estudos de População (NEPO) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Objetivos • prover ferramentas que auxiliem o trabalho de campo e a ação integrada das diversas instâncias responsáveis pelo controle da dengue; • levantar aspectos que avancem na identificação dos principais fatores, sociais-econômicos-ambientais, que interferem nas epidemia de dengue;
Dengue • Doença febril aguda que se caracteriza por um início brusco, febre que dura 5 a 7 dias, cefaléia intensa, dores retro orbitais, articulares, musculares e erupções cutâneas. • dengue clássico e dengue hemorrágico • Transmissão: pela picada de mosquitos infectados, Aedes aegypti
Questão espacial: mobilidade e disseminação - mosquito; - pessoas: • casos autóctones ou importados; - outros fatores: • climáticos; • políticos; • culturais; • infra-estruturais; • escalas e unidades espaciais;
Migração pendular na Região Metropolitana de Campinas Escalas e unidades administrativas: incorporação na análise
Campo Belo, Campinas (2005)
Campo Belo, Campinas (2005)
Campo Belo, Campinas (2005)
Epidemia 2001/2002
Epidemia 2002/2003
3. População e Mudanças Climáticas: Riscos, Vulnerabilidade e Adaptação
Mudanças climáticas Aspectos básicos a considerar: - Sensibilidade aguçada da população: no início de 2008, cerca de 90% da população (RMC e RMBS) considerava as mudanças climáticas como um problema muito grave; - a partir de 2008: recrudescimento das discussões (“céticos”); - aspectos físicos e ambientais são os mais estudados; - mudanças climáticas e mudanças ambientais globais;
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Fonte: http: //www. ipcc. ch/graphics/syr/figi-1. jpg
Mudanças climáticas • Como ficam as pessoas nessa discussão? - Desafio da incorporação das “dimensões humanas”; • Com têm sido as abordagens a partir das Ciências Sociais? • Qual a contribuição da Demografia? - Dinâmica demográfica (mortalidade, fecundidade e migração) e conceitos básicos da abordagem decorrente das mudanças ambientais globais (risco, vulnerabilidade, adaptação e mitigação);
Dinâmica demográfica PΔ = Pi + (N-O) + (I-E) Onde: PΔ = variação de população Pi = população no início do período N = nascimentos O = óbitos I = imigrantes E = emigrantes (N-O) = crescimento vegetativo (I-E) = saldo migratório Escalas: espaciais e temporais
Mudanças ambientais globais - Mudanças climáticas e suas implicações; - Relatório do IPCC (2007): --> realidade das mudanças climáticas; --> relação com as atividades humanas: emissão de CO 2; Escalas: espaciais e temporais
Abordagem teórica: “como juntar população e mudança climática? ” Vulnerabilidade - Marandola Jr. e Hogan (2006): amplo levantamento sobre a utilização das concepções de vulnerabilidade e risco nos estudos populacionais e ambientais; - sinteticamente: vulnerabilidade é a capacidade de enfrentar e de reagir a riscos; “vulnerabilidade a que risco? ” - capacidade de resposta: constituição de grupos sociais mais vulneráveis; Kaztman (1999 a e 1999 b) associa a vulnerabilidade com a capacidade de mobilizar ativos; - todo o conjunto da população humana está exposto aos riscos provenientes das mudanças ambientais globais, mas a vulnerabilidade dos grupos sociais é diferenciada;
Pressuposto Embora os (novos) riscos decorrentes das mudanças ambientais globais atinjam potencialmente toda a Humanidade, alguns grupos sociais vão ter ampliadas as situações de exposição a riscos em que já se encontram; nesse sentido, a vulnerabilidade a riscos ambientais desses grupos será maior;
Quadro 1. Eventos relacionados com as mudanças ambientais globais, seus efeitos e os grupos populacionais mais afetados Evento Efeitos Grupos populacionais mais afetados Temperaturas extremas Aumento da mortalidade; hospitalização e atendimentos de emergência; Idades extremas (crianças e idosos); pessoas com problemas respiratórios; pessoas que realizam atividades físicas intensas; Eventos extremos (inundações, ventos fortes, secas, furacões, tornados, tempestades) Mortalidade diretamente associada; hospitalização; doenças infecciosas; status nutricional; saúde mental; Embora atinja toda a população, os mais pobres são mais vulneráveis; Doenças de veiculação hídrica e/ou alimentar Mortalidade por doenças infecciosas; morbidade; Embora atinja toda a população, os mais pobres são mais vulneráveis; Elevação do nível do mar Prejuízos materiais; Embora atinja toda a população, os mais salinização da água e do solo; pobres são mais vulneráveis; necessidade de deslocamentos populacionais; Aumento da concentração de ozônio de outros contaminantes do ar; Aumento das doenças respiratórias (asma, renites, alergias) Idades extremas (crianças e idosos); pessoas com problemas respiratórios; Doenças disseminadas por vetores Aumento do número de casos e ampliação geográfica de doenças como dengue, malária, encefalites, dentre outras; Embora atinja toda a população, os mais pobres são mais vulneráveis; Fonte: adaptado de World Health Organization (2003)
Dinâmica Demográfica e Mudanças Ambientais Globais PΔ = Pi + (N-O) + (I-E) • Volume e taxas: diminuição da velocidade do crescimento; meados do século XXI, estabilização; • a questão não é apenas quantas pessoas, mas em que nível de afluência, em que estilo de consumo; • relação em dois sentidos: potencializa a emissão de gases estufa; aumento do contingente de pessoas afetadas; • composição etária da população: aspecto fundamental; • redistribuição espacial da população: concentração em áreas urbanas;
Dinâmica Demográfica e Mudanças Ambientais Globais PΔ = (N-O) + (I-E) • Queda da fecundidade: transição demográfica; • Estágios diferenciados entre os países e regiões; • Taxa de Fecundidade Total: abaixo do nível de reposição; • Natalidade: números expressivos; • Mudança da razão de sexos ao nascer?
PΔ = (N-O) + (I-E) - eventos climáticos extremos podem vir a aumentar a mortalidade e a morbidade, principalmente em regiões em que a infra-estrutura de saneamento básico for deficiente; - os prejuízos materiais desses eventos sobre a infra-estrutura existente podem comprometer os níveis de saúde da população como um todo, principalmente considerando o risco de epidemias de doenças infecciosas; - proliferação e expansão territorial de vetores, podem fazer com que as epidemias globais se tornem uma grande preocupação nos próximos anos; - vetores de doenças (como dengue, malária e cólera) estão muito correlacionados com as variações climáticas. O aquecimento global poderá favorecer a expansão das áreas sujeitas a essas doenças;
Tabela 2. Número de eventos climáticos extremos, número de óbitos e população afetada, por região do mundo, nas décadas de 1980 e 1990 Região Década de 1980 Década de 1990 Eventos Óbitos (milhares) População afetada (milhões) África 243 417 137, 8 247 10 104, 3 Europa do Leste 66 2 0, 1 150 5 12, 4 Europa Mediterrânea 94 162 17, 8 139 14 36, 1 América Latina e Caribe 265 12 54, 1 298 59 30, 7 Sudeste da Ásia 242 54 850, 5 286 458 427, 4 Oeste do Pacífico 375 36 273, 1 381 48 1. 199, 8 Desenvolvidos 563 10 2, 8 577 6 40, 8 1. 848 692 1. 336 2. 078 601 1. 851 Total Fonte: World Health Organization (2003).
PΔ = (N-O) + (I-E) - elevação do nível do mar: necessidade de deslocamentos populacionais para áreas mais distantes da linha do mar; deslocamentos forçados por uma causa ambiental, dependendo da velocidade em que esses processos ambientais ocorram; - impactos em termos de aptidão agrícola dos solos decorrentes das mudanças climáticas: deslocamento de grupos populacionais para áreas mais adequadas aos cultivos afetados; deslocamentos das populações e das atividades rurais; - impactos nas atividades industriais: aumento da salinidade da água em zonas costeiras; - os processos migratórios podem servir como alternativa, acompanhando a busca de áreas mais adequadas;
Os principais efeitos do aumento do nível do mar em sistemas naturais, incluindo exemplos de medidas adaptativas Efeito no sistema natural Inundação, enchentes e perigos de ressacas Perdas de terras úmidas Erosão Intrusão salina Mudanças do nível das águas em lençóis freáticos Possível medida adaptativa Construção de barreiras e diques, Planejamento do uso do solo e Mapeamento de perigos. Administração do realinhamento das linhas de costa e Planejamento do uso do solo. Obras de contensão. Barreiras à intrusão de água salina em rios. Aperfeiçoar os sistemas de drenagem, Planejamento do uso do solo e mapeamento de perigos. Fonte: Adaptado de Nicholls e Tol (2006) Rio: Próximos 100 Anos, o Aquecimento Global e a Cidade Instituto Pereira Passos
Zonas de Risco Ambiental no Guarujá. 12/4/2020 Fonte: Google Earth e Malha Digital do IBGE – Censo Demográfico 2000. 55
Algumas conclusões • de maneira geral, as mudanças ambientais globais vão acentuar problemas e riscos ambientais já existentes; • riscos e perigos referentes às mudanças ambientais globais serão piores para as populações que já se encontram atualmente vivendo em situação de risco ambiental; • pensar em termos de adaptação frente às novas situações climáticas exige que se considere este aspecto fundamental; • é fundamental ampliar os espaços de discussão crítica sobre os processos relacionados com as mudanças ambientais globais;
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS POPULACIONAIS (ABEP) GT População e Meio Ambiente http: //www. abep. org. br/ Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS) GT Recursos Hídricos: Atores sociais, gestão e territorialidade http: //www. anppas. org. br/ Asociación Latino Americana de Población (ALAP) Red Población y Medio Ambiente http: //www. alapop. org
Roberto Luiz do Carmo roberto@nepo. unicamp. br http: //www. nepo. unicamp. br/
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