Populao brasileira formao e costumes parte 2 Geografia
População brasileira: formação e costumes (parte 2) Geografia – 2ª Série – Ensino Médio – 3º Bimestre Professor Regente: Antonio Russo Junior Equipe Geografia – COPED/CMSP Professora Mediadora: Luize Coutinho de Oliveira Equipe História – COPED/CMSP
O que vamos trabalhar? Ensino Médio: 2ª Série – 3º Bimestre Habilidade do Currículo do Estado de São Paulo: Associar as manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos que compõem a matriz brasileira do presente aos processos históricos de sua formação cultural. Temas/Conteúdo: Dinâmicas demográficas
Retomada • Mapa: Distribuição da população por cor e raça – 2017. • Terras indígenas e suas modalidades. • Dados sobre a população indígena. • Modalidades de terras indígenas. • Dados demográficos da população indígena no Brasil. • Trabalho escravo africano. • Mapas sobre a distribuição da população por cor: preta e parda. • Costumes das etnias indígenas e os quilombolas.
Povos e comunidades tradicionais Em 2007, o Governo Brasileiro criou, por meio de Decreto, a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), com o objetivo de promover políticas públicas voltadas à garantia de direitos a essas comunidades. A abrangência do Decreto Federal visa a atender demandas de aspectos sociais, culturais, ambientais e territoriais, buscando fortalecer a identidade e a sobrevivência das comunidades tradicionais.
Como são definidos povos e comunidades tradicionais Povos e comunidades tradicionais (PCTs) são grupos sociais que se distinguem por características culturais, sociais, históricas e de organização social próprias, constituindo assim uma identidade particular. Um elemento que marca a identidade desses grupos está relacionado à forma de ocupação e exploração de determinado território, e também, pelo fato de sua reprodução cultural estar baseada nas tradições e nas experiências vivenciadas coletivamente. Dessa forma, a identidade singular, referida acima, está diretamente amalgamada às experiências vivenciadas pela comunidade.
Povos e comunidades tradicionais Os PCTs, no Brasil, são marcados pela sociodiversidade, pois essas comunidades estão espalhadas por todo o território nacional. Como exemplos desses grupos sociais, temos os quilombolas, os povos indígenas, os ciganos, os seringueiros, os caatingueiros, os pescadores tradicionais, os caiçaras, os caboclos, dentre outros.
Mapa: Comunidades tradicionais no Brasil Fonte: Reserva da Biosfera da Mata Atlântica – RBMA, Antônio Carlos Diegues in Simões L e Lino C. F. (Orgs. ). Disponível em: <http: //www. rbma. org. br/anuario/mata_05_populacao. asp>. Acesso em: 22/07/2020
Vídeo • Encontro debate demandas dos povos e comunidades tradicionais. https: //youtu. be/rykz. He. HFjhc TV Brasil. Gov. Disponível em: <https: //www. youtube. com/watch? v=rykz. He. HFjhc&feature=youtu. be>.
Atividade Leia o texto e responda: 1) Qual é a intenção do IBGE ao aplicar esse questionário? 2) Na sua cidade existe alguma comunidade tradicional? Escreva no chat a sua cidade e o tipo de comunidade tradicional. Censo 2020 terá informações específicas sobre quilombolas O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizará entre os dias 20 de agosto e 6 de setembro a primeira prova piloto do questionário temático do Censo 2020, com perguntas específicas para indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais. Agência Brasil. Disponível em: <https: //agenciabrasil. ebc. com. br/geral/noticia/2018 -08/censo-2020 -tera-informacoes-especificas-sobre-quilombolas>.
Atividade Censo 2020 terá informações específicas sobre quilombolas A aplicação do questionário ocorrerá em 12 estados: Acre, Amapá, Rondônia, Maranhão, Ceará, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Segundo nota divulgada pelo instituto, a iniciativa dá prosseguimento ao compromisso de fornecer informações cada vez melhores sobre povos e comunidades tradicionais, em conformidade com o Decreto nº 8. 750 de 2016, que institui o Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais. Além do refinamento da identificação de povos indígenas, o Censo 2020 pretende incluir as comunidades quilombolas, através de uma questão de pertencimento específica, que será testada nesta prova piloto. Agência Brasil. Disponível em: <https: //agenciabrasil. ebc. com. br/geral/noticia/2018 -08/censo-2020 -tera-informacoes-especificas-sobre-quilombolas>.
Períodos de imigração no Brasil Fonte: IBGE Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/estatisticas-do-povoamento/imigracao-total-periodosanuais. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Imigração por nacionalidade (1884 -1933) Fonte: Adaptado. IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/estatisticas-do-povoamento/imigracao-pornacionalidade-1884 -1933. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Imigração por nacionalidade (1945 -1959) Fonte: Adaptado. IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/estatisticas-do-povoamento/imigracao-pornacionalidade-1945 -1959. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Portugueses Presença portuguesa: de colonizadores a imigrantes • Imigração restrita (1500 -1700): cerca de 100 mil portugueses. • Imigração de transição (1701 -1850): 600 mil portugueses. • Imigração de massa (1851 -1930): média anual ultrapassou a barreira dos 25 mil. • Imigração de declínio (1960 -1991): em torno de 9 mil portugueses. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-epovoamento/portugueses. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Portugueses Presença portuguesa: de colonizadores a imigrantes Explicam a redução desse fluxo: • o estado geral da nação portuguesa no período, marcado por desenvolvimento industrial, queda na taxa de natalidade e envelhecimento da população; • a expansão do mercado de trabalho europeu e a crise econômica internacional (1929); • a política brasileira de proteção do mercado de trabalho nacional (entre 1929 e 1931); • a Segunda Guerra Mundial e a suspensão de viagens atlânticas. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-e-povoamento/portugueses/imigracao-de-declinio-1960 -1991>
Mapa: Portugueses IBGE. Atlas Nacional do Brasil. Disponível em: https: //biblioteca. ibge. gov. br/visualizacao/livros/liv 47603_cap 5_pt 2. pdf. Acesso em: 22/07/2020.
Italianos • Os italianos, como todos os demais imigrantes, deixaram seu país basicamente por motivos econômicos e socioculturais. A emigração, que era muito praticada na Europa, aliviava os países de pressões socioeconômicas, além de alimentá-los com um fluxo de renda vindo do exterior, em nada desprezível, pois era comum que imigrantes enviassem economias para os parentes que haviam ficado. • A imigração subvencionada se estendeu de 1870 a 1930 e visava a estimular a vinda de imigrantes: as passagens eram financiadas, bem como o alojamento e o trabalho inicial no campo ou na lavoura. Os imigrantes se comprometiam contratos que estabeleciam não só o local para onde se dirigiriam, como igualmente as condições de trabalho a que se submeteriam. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-e-povoamento/italianos/razoes-da-emigracao -italiana. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Italianos • Como a imigração subvencionada estimulava a vinda de famílias, e não de indivíduos isolados, nesse período chegavam famílias numerosas, de cerca de uma dúzia de pessoas, e integradas por homens, mulheres e crianças de mais de uma geração. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-e-povoamento/italianos/razoes-da-emigracao -italiana. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Mapa: Italianos IBGE. Atlas Nacional do Brasil. Disponível em: <https: //biblioteca. ibge. gov. br/visualizacao/livros/liv 47603_cap 5_pt 2. pdf>.
Japoneses O Sol nascente do Brasil • Em 18 de junho de 1908, desembarcaram os primeiros imigrantes japoneses no porto de Santos, trazidos pelo navio Kasato Maru. Wikimedia Commons/Domínio Público. Disponível em: <https: //commons. wikimedia. org/wiki/File: Kasato_Maru_Postal_Card. jpg>.
Japoneses Para os japoneses, migrar para o Brasil representava a possibilidade de conseguir melhores condições de vida e, no futuro, retornar à terra natal. Esse projeto, entretanto, ia se mostrando de difícil realização: • as próprias companhias de imigração procuravam fixar os imigrantes na terra, afastando deles o projeto de conseguir um montante de renda para voltarem ao Japão; • aos poucos, muitos foram sentindo as dificuldades de retornar e abandonando seus planos originais; • pouco a pouco começaram a perceber que o Estado japonês não tinha intenções de promover a sua volta. Viram -se, assim, postos diante da necessidade de desbravar outros caminhos para uma ascensão econômica. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-epovoamento/japoneses/destino-dos-imigrantes>. Acesso em: 22/07/2020.
Mapa: Japoneses IBGE. Atlas Nacional do Brasil. Disponível em: <https: //biblioteca. ibge. gov. br/visualizacao/livros/liv 47603_cap 5_pt 2. pdf>.
Atividade Observe a tabela e responda: 1) De onde vieram mais imigrantes para o Brasil no período de 1894 -1903? 2) E no período entre 1914 e 1923? Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/estatisticas-do-povoamento/imigracao-pornacionalidade-1884 -1933. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Espanhóis Sonhos galegos: 500 anos de espanhóis no Brasil: • Os espanhóis fazem parte da história do Brasil desde os primórdios da colonização. A sua importância foi, sem dúvida, silenciosa, mas significativa e duradoura. “Fazer a América!”: • esse grande sonho do imigrante significava a perspectiva de acesso à propriedade da terra, às oportunidades de trabalho e à fortuna fácil; • a partir do século XIX, intensificou-se o movimento migratório espanhol, provocado pelo desenvolvimento industrial tardio da Espanha e por problemas econômicos decorrentes da manutenção de uma estrutura fundiária arcaica. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-epovoamento/espanhois/razoes-da-emigracao-espanhola. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Mapa: Espanhóis IBGE. Atlas Nacional do Brasil. Disponível em: <https: //biblioteca. ibge. gov. br/visualizacao/livros/liv 47603_cap 5_pt 2. pdf>.
Alemães Imigração alemã: formação de uma comunidade teuto-brasileira: • os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Brasil ainda no reinado de Dom • Pedro I; estabeleceram-se no Sudeste e no Sul do país, onde, a partir de 1824, fundou-se a colônia alemã de São Leopoldo (Rio Grande do Sul); • a imigração e a colonização alemã no Brasil tiveram um importante papel no processo de diversificação da agricultura, no processo de urbanização e na industrialização, tendo influenciado, em grande parte, a arquitetura das cidades e, em suma, a paisagem físico-social brasileira. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-e-povoamento/alemaes/acontribuicao-alema-para-a-formacao-da-cultura-brasileira. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Mapa: Alemães IBGE. Atlas Nacional do Brasil. Disponível em: <https: //biblioteca. ibge. gov. br/visualizacao/livros/liv 47603_cap 5_pt 2. pdf>.
Judeus Nova língua interior: 500 anos de história dos judeus no Brasil Pouco familiarizados com os hábitos brasileiros e, provavelmente, marcados pela exclusão vivida em suas sociedades de origem, os imigrantes judeus recriaram no Brasil a intensa vida cultural e política de que desfrutavam anteriormente: • fundaram jornais, bibliotecas, escolas, sinagogas, associações femininas de ajuda mútua e de apoio a recém-chegados; • participaram de agremiações político-partidárias socialistas e sionistas onde disputavam as lideranças, como foi o caso da disputa pela liderança da Biblioteca Scholem Aleichem, que mais tarde se tornaria o centro do movimento judaico progressista no Rio de Janeiro; Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-e-povoamento/judeus-no-brasil-vida-social-politica-e-cultural>.
Judeus Nova língua interior: 500 anos de história dos judeus no Brasil • preocuparam-se em criar instituições que cumprissem a função de unir e fortalecer a comunidade judaica brasileira. Para isso, foi importante o movimento sionista – que visava a somar esforços para a criação do Estado de Israel e fomentar a imigração de judeus para o novo Estado. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-e-povoamento/judeus-no-brasil-vida-social-politica-e-cultural>.
Árabes Imigração árabe Os povos árabes emigraram, basicamente, por motivos religiosos e por motivos econômico-sociais ligados à estrutura agrária dos países de origem: • a maioria dos imigrantes árabes se dirigiu para São Paulo, menor número foi para o Rio de Janeiro e Minas Gerais, e poucos foram para o Rio Grande do Sul e Bahia; • até 1920, mais de 58 mil imigrantes árabes haviam entrado no Brasil; • o estado de São Paulo recebeu 40% desse total. Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-e-povoamento/arabes. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Árabes Imigração árabe • Quando os árabes chegaram ao país, já existiam mascates portugueses e italianos, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Entretanto, a mascateação se tornou uma marca registrada da imigração árabe. Nessa atividade, esses imigrantes introduziram inovações que, hoje, são vistas como traços típicos do comércio popular: • redefiniram as condições de lucro; • introduziram as práticas da alta rotatividade e da alta quantidade de mercadorias vendidas, das promoções e das liquidações. Fonte: IBGE Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/territorio-brasileiro-e-povoamento/arabes. html>. Acesso em: 22/07/2020.
Saiba mais! Pesquisa: IBGE. Brasil 500 anos https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/ Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Disponível em: <https: //brasil 500 anos. ibge. gov. br/>. Acesso em: 22/07/2020.
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