PIODERMITES ACADMICA PAULA NUNES PINTO JUB ORIENTADORA DRA
PIODERMITES ACADÊMICA: PAULA NUNES PINTO JUBÉ ORIENTADORA: DRA. CARMEN LIVIA Internato em Pediatria (6ª Série)-Universidade Católica de Brasília www. paulomargotto. com. br Brasília, 27 de outubro de 2015
PIODERMITES • INTRODUÇÃO ▫ Flora bacteriana residente na pele �Microrganismos capazes de se reproduzir e sobreviver �Varia de acordo com a idade e localização �Áreas expostas �Face, pescoço e mãos ▫ Maior densidade bacteriana ▫ S. aureus ▫ Flora bacteriana transitória �Depósito a partir de mucosas e do ambiente �Sobrevivem algumas horas na pele sã ou não se reproduzem ▫ Mecanismos de defesa da pele �Espessura, esfoliação, secreção sebácea, defesa imunológica, competição microbiana da flora �Infecção bacteriana perda do equilíbrio
PIODERMITES • PIODERMITES ▫ Infecções cutâneas primárias originadas principalmente por bactérias piogênicas dos gêneros Staphylococcus e Streptococcus Acomete crianças e adultos Nem sempre ocorre presença de pus
PIODERMITES • PIODERMITES ▫ CLASSIFICAÇÃO PELA ETIOLOGIA ESTAFILODERMIAS Impetigo estafilocócico Dermatite esfoliativa de Ritter von Ritterschein Granuloma piogênico Osteofoliculite / Foliculites em geral Furunculose Antraz Periporite Abscessos múltiplos dos lactentes Hidradenite Paroníquia Panarício subepidérmico
PIODERMITES • PIODERMITES ▫ CLASSIFICAÇÃO PELA ETIOLOGIA ESTREPTODERMIAS Impetigo estreptocócico Perleche Ectima Erisipela Intertrigo
PIODERMITES • PIODERMITES ▫ CLASSIFICAÇÃO PELA PROFUNDIDADE NA PELE Localização na pele Infecção superficial da pele: impetigo Infecção da epiderme e derme: ectima Infecção mais profunda: celulite e erisipela Profunda com tendência à supuração: fleimão Anexos Abertura do folículo pilo-sebáceo: osteofoliculite Profundidade do folículo piloso: foliculite; Folículo piloso juntamente com sua glândula sebácea: furúnculo e antraz Glândula sudorípara écrina: periporite e abscessos múltiplos dos lactentes Glândula sudorípara apócrina: hidradenite Unha e suas dobras: paroníquia e panarício subepidérmico
PIODERMITES • IMPETIGO ▫ Infecção contagiosa da epiderme ▫ Lesão de pele mais comum na infância 2 a 5 anos de idade ▫ Transmissão por contato direto e fômites ▫ Meses de verão ▫ Áreas de pouca higiene e ambientes fechados
PIODERMITES • IMPETIGO ▫ Clinica �Acomete áreas expostas �Face e extremidades ▫ Lesões em geral assintomáticas ▫ Prurido e queimação �Streptococcus β-hemolítico �Coloniza pele previamente lesada �Staphylococcus aureus – 90% �Presente em fossas nasais �Infecção autolimitada �Desaparece em 15 dias
PIODERMITES • IMPETIGO BOLHOSO ▫ Causado por toxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus ▫ Comum em neonatos ▫ Área de fraldas, axilas e pescoço Vesículas superficiais Bolhas friáveis (> 2 cm) Crosta amarelada
PIODERMITES • IMPETIGO NÃO BOLHOSO ▫ Staphylococcus aureus isolado ou associado ao Streptococcus do grupo A ▫ Áreas proximas a traumas, extremidades e face ▫ Espalha-se por auto-inoculação bacteriana ▫ Resolução espontânea, sem cicatriz Mácula eritematosa ou pápula Vesícula Erosão com crosta amarelada e prurido
PIODERMITES • IMPETIGO ▫ TRATAMENTO Antibiótico oral Amoxicilina com clavulanato e Cefalosporinas Tratamento tópico Mupirocina Ácido fusídico Descolonização de focos infecciosos Fossas nasais, axilas, região umbilical e genital.
PIODERMITES • OSTEOFOLICULITE ▫ Impetigo folicular de Bockhart Infecção do óstio folicular Staphylococcus aureus Acomete couro cabeludo, pescoço, membros e nádegas Pequenas pústulas múltiplas que aparecem na abertura do pelo Calor Atrito Roupas apertadas
PIODERMITES • FURÚNCULO ▫ Foliculite profunda que atinge glândula sebácea e tecido celular subcutâneo, podendo-se formar grande abscesso Fatores predisponentes: Estímulos mecânicos, térmicos, químicos, pele oleosa e baixas condições higiênicas Lesões únicas ou múltiplas Nódulo eritematoso, doloroso, necrose central Abscesso Furúnculo Supuração
PIODERMITES • FURÚNCULO ▫ TRATAMENTO LESÕES PEQUENAS Compressas quentes ▫ Auxiliar na drenagem LESÕES MAIORES Incisão e drenagem ANTIBIOTICOTERAPIA Múltiplas lesões Celulite secundária Bacteremia
PIODERMITES • CELULITE BACTERIANA ▫ Processo inflamatório piogênico que acomete derme, tecido celular subcutâneo e epiderme (relativamente preservada) ▫ Streptococcus β-hemolítico Staphylococcus aureus Haemophylus influenzae Celulite facial ▫ Crianças menores de 2 anos ▫ Membros inferiores (39, 9%) Dor, calor, eritema e edema Pouca demarcação com a pele sã ▫ Relacionada a fragilidade das defesas da pele e quebra da barreira cutânea Traumas, feridas operatórias, picadas de inseto, impetigo
PIODERMITES • CELULITE BACTERIANA ▫ Área hiperemiada de rápida propagação e tênue contorno Edema e aumento da temperatura local Margens laterais indistintas Adenopatia regional Sintomas sistêmicos ▫ Febre, taquicardia, calafrios e hipotensão ▫ Complicações Abcesso subcutaneo Bacteremia Osteomielite Endocardite Fasciite necrosante
PIODERMITES • CELULITE BACTERIANA ▫ DIAGNÓSTICO Hemocultura Baixa positividade ▫ Aumentada em celulite associada a linfedema Aspirados da lesão Biópsia de pele ▫ TRATAMENTO Antibioticoterapia Amoxicilina com Clavulanato Cefalosporinas de primeira geração Eritromicina Formas graves ▫ Penicilina G cristalina
PIODERMITES • ERISIPELA ▫ Infecção causada principalmente pelo Streptococcus βhemolítico do grupo A, acomete epiderme e derme superficial Face e membros inferiores Pode acometer vasos linfáticos Ocorre nos extremos de idade RN: lesão periumbilical Pacientes imunocomprometidos ▫ Inicia com a quebra da barreira da pele Abrasão, herpes vírus, picada de inseto, úlceras, mordeduras, vacinação
PIODERMITES • ERISIPELA Faixa eritematosa Área de edema, enduração e pele brilhosa Bordos elevados e bem demarcados com a pele circundante Bolhas, úlceras e necrose
PIODERMITES • ERISIPELA ▫ DIAGNÓSTICO Clínico
• ERISIPELA ▫ TRATAMENTO Repouso no leito Membro elevado Antibioticoterapia Penicilina procaína Cefalexina Casos graves ▫ Penicilina cristalina (IV) associada a oxacilina ou vancomicina Após fase aguda ▫ Penicilina benzatina por período prolongado
PIODERMITES • SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILICÓCICA ▫ Dermatite esfoliativa de Ritter von Ritterschein ▫ Toxinas produzidas pelo Staphylococcus do grupo 2, tipo 71 e 55 Ação epidermolítica Separação da epiderme logo abaixo da camada granulosa Sítio inicial de colonização Vias aéreas superiores, umbigo, trato urinário, conjuntiva, sangue e pele – impetigo ▫ conjuntivite purulenta, otite me dia ou infecc a o de nasofaringe ▫ Crianças menores de 5 anos Lactentes com menos de 2 anos
PIODERMITES • SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILICÓCICA ▫ QUADRO CLÍNICO Febre súbita Eritema Áreas periorificiais e periflexurais Bolhas flácidas na pele Poupa mucosas Desnudamento da superfície cutânea Sinal de Nikolsky + Sensibilidade cutânea Cefaléia Vômitos Diarréia Quadro autolimitado Melhora em 5 a 7 dias.
PIODERMITES • SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILICÓCICA ▫ DIAGNÓSTICO Cultura Exame histopatológico Clivagem intraepidérmica ▫ subgranulosa
PIODERMITES • SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILICÓCICA ▫ TRATAMENTO ANTIBIÓTICOS ORAIS OU SISTÊMICOS Streptococcus ▫ Penicilina Staphylococcus ▫ ▫ Dicloxacilina Cefalexinas de 1 ª geração Amoxicilina + clavulanato Oxacilina ou vancomicina Antisépticos ou antibióticos locais Descolonização de focos infecciosos Cuidados com a pele Suporte nutricional e hidroeletroli tico
PIODERMITES • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ▫ EMPINOTTI, Júlio César et al. Pyodermitis. An. Bras. Dermatol. [online]. 2012, vol. 87, n. 2, pp. 277 -284. ISSN 0365 -0596 ▫ FIRMINO, Isabel Cristina Leal. Infeccoes de pele e partes moles: Proposta de protocolo de atendimento em Unidade Pediatrica. 2010. Disponivel em: <http: //www. paulomargotto. com. br/documentos/Infec_pele_partes_moles. pdf> ▫ SILVA, Marcia Ramos e; AQUINO, Adriana Moura de; CAMILO, Carlos. PIODERMITES NA INFANCIA. Pediatria Atual, Rio de Janeiro, v. 5, n. 11, p. 2734. 1998. ▫ Sousa CS. Infecção de tecidos moles: erisipela, cellulite, síndromes infecciosas mediadas por toxinas. Medicina. 2003, 36: 351 -6. ▫ SOUZA CS. Infecções de tecidos moles - Erisipela. Celulite. Síndromes infecciosas mediadas por toxinas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 351356, abr. /dez. 2003.
- Slides: 26