Pesquisa Educacional Aula 5 retomada do texto 1

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Pesquisa Educacional Aula 5 – retomada do texto #1 / apresentação dos textos #2,

Pesquisa Educacional Aula 5 – retomada do texto #1 / apresentação dos textos #2, 3 e 4

TEXTO 1 Leitura do registro das discussões da aula anterior – no STOA

TEXTO 1 Leitura do registro das discussões da aula anterior – no STOA

TEXTO 2: quantidade e qualidade Querela qualidade x quantidade Ciências Humanas Sociolocia e Educação

TEXTO 2: quantidade e qualidade Querela qualidade x quantidade Ciências Humanas Sociolocia e Educação Marli André: o termo ‘pesquisa quantitativa’ não deve ser confundido com pesquisa positivista. Quantitativo ou qualitativo referem-se a diferentes técnicas de coleta ou o próprio tipo de dado obtido com a pesquisa. Ou seja, POSITIVISMO como concepção de ciência e quantidade e qualidade como técnicas associadas a pesquisas (histórica, descritiva, participante, fenomenológica. . . ) As “coisas” a serem conhecidas no mundo social incluem estatísticas, ou quaisquer outras informações obtidas por meio de entrevista ou observação.

TEXTO 2: alertas e ressalvas Hoje é bem aceito, mas no início do uso

TEXTO 2: alertas e ressalvas Hoje é bem aceito, mas no início do uso de documentos pessoais, tais como cartas e autobiografias a fim de apresentar estudos de casos específicos, a crítica era forte, especialmente porque isso era julgado por demais subjetivo, permitindo ao pesquisador selecionar histórias de vida que satisfizessem seus próprios objetivos (Phillips). (Retomar após a discussão do Texto 3) As “coisas” a serem conhecidas constituem discursos. Os sujeitos que os produzem não podem ser reduzidos a coisas. A “coisa” como objeto de estudo difere da “coisificação do homem”. (Relembrar Texto 1) Na pesquisa educacional, poucos estudam empregam metodologias quantitativas. Aqueles que se especializaram na área educacional mantêm uma relação quase sempre “de tédio e medo” em relação à estatística (Gatti). O estatístico não se limita a contar; ele define ou retoma definições impostas); ele classifica segundo essas definições e, in fine, conta o que classificou (Besson). PROVOCAÇÃO: como essa afirmação se relaciona com nosso exercício 2? Os defensores de ambos os métodos reivindicam superioridade, mas tanto de um como de outro podem provir resultados triviais e proveitosos (Phillips já em 1966!)

TEXTO 2: três posturas INCOMPATIBILIDADE – é preciso tomar partido: ou um, ou outro,

TEXTO 2: três posturas INCOMPATIBILIDADE – é preciso tomar partido: ou um, ou outro, pois são paradigmas claramente definidos e irreconciliáveis entre si. 1 2 3 COMPLEMENTARIDADE – um pode contribuir para a compreensão do outro, ou a partir de um pode-se propor estudos de outra natureza. Diferenças são minimizadas a ponto de se negar o caráter paradigmático dos dois tipos de metodologias de pesquisa. UNIDADE – entendida como uma unidade dialética, já que tudo tem uma dimensão quantitativa (valor de troca) e uma dimensão qualitativa (valor de uso). O método dialético é, antes de tudo, uma atitude em face do objeto. Explicação e compreensão implicam-se mutuamente.

TEXTO 2: novos alertas, provocações e uma conclusão Gramsci: O equívoco em torno dos

TEXTO 2: novos alertas, provocações e uma conclusão Gramsci: O equívoco em torno dos termos ciência e científico nasceu do fato de que eles assumiram seu significado a partir de um grupo determinado de ciências, precisamente das ciências naturais e físicas, que foram transformadas em ciências por excelência, as ciências-fetiche. TODA PESQUISA CIENTÍFICA CRIA PARA SI UM MÉTODO ADEQUADO, UMA LÓGICA PRÓPRIA, CUJA GENERALIDADE E UNIVERSALIDADE CONSISTE APENAS EM SER ‘CONFORME AO FIM’. Em suma, O QUE pesquisar antecede o COMO pesquisar. Derrida (contra o liberalismo econômico e político): por mais que se queira expulsar, excluir, exorcizar um espectro (aqui, o Marxismo), é importante lembrar que um fantasma não morre nunca, está sempre por vir ou por retornar. Provocação de Bordieu: é preciso perguntar se existe realmente uma demanda por um discurso científico em ciências sociais. Quem quer a verdade sobre o mundo social? E, para nós, quem quer a verdade sobre a educação? Fouquet: Não se escapa da reprodução do que está posto ou aceito como verdade. “Mas onde trabalha o estatístico, este magistrado da cifra? Que instituição o patrocina? Ele fica fora do debate? Ou é parte integrante dele? A cifra que o estatístico do ministério produz corre o risco de desmentir a política do ministro que paga seus serviços. ” CONCLUSÃO: é na construção do objeto ou do problema de pesquisa que se poderá definir o método ou a combinação de métodos e técnicas a empregar na investigação.

TEXTO 3: ética e pesquisa Gancho com o texto 2 Se o mundo da

TEXTO 3: ética e pesquisa Gancho com o texto 2 Se o mundo da vida acaba se exaurindo no mundo do mercado, o ‘ter’ prevalecendo sobre o ‘ser’, é preciso buscar respostas éticas na prática científica. O pesquisador sempre se vê diante de um conflito entre exigências de legitimação ética de seu trabalho e as pressões do mundo do mercado, contexto uterino em que se dá a vida humana na contemporaneidade. Na sociedade atual, impera a valoração pragmática e comercial, de tal modo que tudo assume um valor de troca sobreposto ao valor de uso. Todas as coisas, todas as ações, todas as iniciativas e criações humanas tendem a ser apreciadas prioritariamente por seu valor econômico e não por sua qualidade existencial.

TEXTO 3: ética e pesquisa ÉTICA > NO ENTRE a codificação ética (o código,

TEXTO 3: ética e pesquisa ÉTICA > NO ENTRE a codificação ética (o código, o manual, as normas) De nada adianta uma justificativa ética, mesmo quando conceitualmente bem fundamentada, sem uma encarnação numa norma prática objetivada; mas também de nada adianta um aparato técnico-jurídico bem operativo que não esteja vinculado umbilicalmente a um princípio ético que, supostamente, vise a implementar. a inscrição ética (o ser que age em respeito à dignidade própria e de terceiros). Se o cientista, em consideração ao código de ética de sua instituição ou de sua categoria profissional, deixa de inventar dados para sustentar as conclusões de sua pesquisa, mais que sua reputação pessoal, está evitando enganar e prejudicar terceiros, ao induzi-los a alguma atitude errada.

TEXTO 3: ética e pesquisa – o caminho do texto Postura ética em geral

TEXTO 3: ética e pesquisa – o caminho do texto Postura ética em geral princípios éticos e as normas sistematizadas em códigos peculiaridades das Ciências Humanas Contexto da discussão: criação de um Grupo de Trabalho na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) para produzir uma minuta de proposta de Resolução específica para a área de Ciências Humanas (à luz do que ocorre nas Ciências Biomédicas).

TEXTO 3: Postura ética em geral SENTIDO CONCEITUAL VALORATIVO MEDIAÇÃO CONCRETA E PRÁTICA AGIR

TEXTO 3: Postura ética em geral SENTIDO CONCEITUAL VALORATIVO MEDIAÇÃO CONCRETA E PRÁTICA AGIR HUMANO É em função da qualidade da existência humana que se pode traçar o quadro da referência valorativa para se definir o sentido do agir humano, individual ou coletivo. VALOR ESSENCIAL À ÉTICA: DIGNIDADE HUMANA

TEXTO 3: Postura ética em geral VALOR ESSENCIAL À ÉTICA: DIGNIDADE HUMANA DESAFIO 1:

TEXTO 3: Postura ética em geral VALOR ESSENCIAL À ÉTICA: DIGNIDADE HUMANA DESAFIO 1: subjetividade como um território frágil. . . Contingências pessoais, egoísmo, interesses, vontade. . . VALORES ÉTICOS PRECISAM SER CONSTRUÍDOS HISTORICAMENTE DE MODO A GARANTIR O RESPEITO À DIGNIDADE DOS HOMENS E A NOSSA PRÓPRIA DIGNIDADE IMPLICAÇÃO: como um valor, trata-se de um sentido que o homem confere aos elementos de seu existir graças a sua capacidade de atribuir sentidos, mediante atividade subjetiva de conceituação. DESAFIO 2: contexto da pós-modernidade > falência de qualquer sistema universal de valores Ø RISCO: relativismo ético ou ideia de total autonomia dos sujeitos agentes, cada um podendo fazer o que melhor lhe convier, sem ter que dar conta de seu agir a ninguém, a não ser a si mesmo Ø ALERTA: a inexistência de referenciais objetivos e universais não elimina a exigência ética de vínculo do nosso agir a valores e princípios que transcendam nossa singularidade pessoal. Ø A dimensão ética nasce NECESSARIAMENTE DESSA PRESENÇA DENSA DO OUTRO, CUJA DIGNIDADE PRECISA SER RECONHECIDA E RESPEITADA E QUE NÃO PODE SER FERIDA OU NEGLIGENCIADA (relembrar texto 1).

TEXTO 3: Protocolos éticos Origem da discussão nas ciências biomédicas (mengel, nazismo): a ciência

TEXTO 3: Protocolos éticos Origem da discussão nas ciências biomédicas (mengel, nazismo): a ciência é, em si mesma, um procedimento epistêmico (ou seja, examina a natureza e os limites do conhecimento nas relações entre o sujeito indagativo e o objeto pesquisado) que não pode ser eticamente qualificável, mas o uso que dele se faz implica necessariamente num prisma ético. BIOÉTICA NAS CIÊNCIAS MÉDICAS ANTROPOÉTICA NAS CIÊNCIAS HUMANAS A ciência como uma construção de caráter coletivo deve ser essencialmente SOLIDÁRIA. Mesmo um pesquisador individual tece relações com outras pesquisas, e participa de uma comunidade de investigação, mesmo que invisível. RELEMBRAR TEXTO 1: Os outros sujeitos não são apenas as pessoas investigadas, mas também os eventuais parceiros, os integrantes da comunidade científica e a própria sociedade como um todo (relação com o texto 1). RELEMBRAR TEXTO 1: o pensamento é o ato social de maiores consequências a longo prazo. A maior parte das pesquisas em ciências sociais envolve contatos íntimos diretos e mais ou menos perturbadores com os detalhes imediatos da vida contemporânea, contatos de um tipo que dificilmente pode deixar de afetar a sensibilidade das pessoas que os realizam (Alerta de Geertz).

TEXTO 3: ser pesquisador [em ciências humanas] Ser atr pesq ave uis ssa ado

TEXTO 3: ser pesquisador [em ciências humanas] Ser atr pesq ave uis ssa ado do r im por p trê lica e sfe m agi ras r : Vida social: ética global, imbricada nos planos político e econômico – compromisso solidário com um mundo mais pacífico, mais justo e mais humano. Vida institucional nacional: políticas públicas nacionais em pesquisa que coloquem os resultados do conhecimento científico a serviço dos interesses públicos nacionais. Vida individual: o pesquisador como produtor (comprometido com a objetividade, o rigor epistemológico, a coerência e a consistência lógica e metodológica) e como difusor (compromisso com a honestidade) de conhecimentos.

TEXTO 3: peculiaridades no cenário contemporâneo Excelência (pressão para a produção > práticas inaceitáveis:

TEXTO 3: peculiaridades no cenário contemporâneo Excelência (pressão para a produção > práticas inaceitáveis: auto-plágio, auto-citação, fatiamento de artigos); OS “Es” DE ANTONIO NÓVOA Empreendedorismo (pesquisa compromissada apenas com a funcionalidade > práticas inaceitáveis: proposição de pesquisas exclusivamente porque é o que o governo ou a universidade quer) Empregabilidade (universidade-escola em oposição à universidade-construção de conhecimento – separa o momento de formação para o trabalho da pesquisa) (Europeização, mas é bem característico do contexto português: todos os países contribuem para um fundo de pesquisa, mas a realização das pesquisas ocorre nos grandes centros desenvolvidos. No contexto brasileiro, lembrar de programas como PROCAD, MINTER, DINTER voltados para colaboração acadêmica).

TEXTO 3: ciclo vicioso e tristes exemplos o g n o l o uisa.

TEXTO 3: ciclo vicioso e tristes exemplos o g n o l o uisa. a A pesquisa cede à pressão do produtivismo e. . . de esq a d bili o da p i s en cess s e a pro P c i t í o E ra cr todo t. Su de s o ou a sua publicação passa a ser a razão de ser ica, p Q ou passa a ser realizada de modo aligeirado e n c da pesquisa, em vez de ser o meio para sua é t pouco rigoroso, ou, pior, enviesada por U ia c difusão (confrontar com o texto 1: o texto n tê artimanhas ardilosas como as indicadas nos e I p como possibilidade de distanciamento x o m exemplos tristes. o c S : texto como um fim em si mesmo) r e u q A re A C ÉTI EXEMPLOS TRISTES: falseamento dos dados, sonegação de créditos a colaboradores; apropriação indébita de direitos legítimos de verdadeiros autores; divulgar resultados como inéditos ou originais, sendo que já haviam sido divulgados; falseamento de dados de qualificação do pesquisador. . .

TEXTO 4: ética e pesquisa • Leitura conjunta do Texto 4 – suas partes,

TEXTO 4: ética e pesquisa • Leitura conjunta do Texto 4 – suas partes, seus destaques • Leitura conjunta da Minuta de proposta de Resolução específica para a área de Ciências Humanas (online)

DESAFIO: perspectivas em pesquisa PIBID-Letras Emancipatório PESQUISA Interpretativo Ação-investigação colaborativa e comprometida com a

DESAFIO: perspectivas em pesquisa PIBID-Letras Emancipatório PESQUISA Interpretativo Ação-investigação colaborativa e comprometida com a Teorização decorrente do enraizamento dos dados coletados possibilidade de transformação, especialmente no que diz no próprio ato de pesquisar (interpretar um mundo já respeito à diminuição das desigualdades sociais reproduzidas interpretado por sujeitos) na e pela escola Elaboração didática situada, que não pretende ser um único modo de ação (ex. próxima chapa) Universo das elaborações e processos de significação subjetivos e universo dos signos por meio dos quais essas elaborações e processos são representados Reflexão sobre a ação situada em um dado tempo, em um dado espaço com vistas a contraposição com outros tempos e outros espaços (foco nas singularidades das situações, e não sua possível generalização ou universalização) Análise dos (a) usos da língua como processo de representação de significados embebidos nesses usos; e (b) modos como sujeitos negociam COM e NOS contextos em que agem Situar > transformar Situar > Compreender significados inscritos na língua imbricados entre a mente e o mundo social e cultural em fluxo contínuo (não redutível a relações estreitas de causaconsequência) Todos os bolsistas (com maior ou menor adesão às proposições em função de sua trajetória de formação) Quatro bolsistas por adesão voluntária