Penrose e a teoria da firma Profa Eliana

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Penrose e a teoria da firma Profa. Eliana Tadeu Terci

Penrose e a teoria da firma Profa. Eliana Tadeu Terci

Penrose (1914 -96) e a teoria da firma • Questão: comportamento, crescimento, as estruturas

Penrose (1914 -96) e a teoria da firma • Questão: comportamento, crescimento, as estruturas organizacionais e problemas administrativos das firmas • Ponto de partida é a teoria neoclássica da firma (mercados perfeitamente competitivos, dos preços relativos e da alocação ótima de Pareto) → “ciência madura” sem as instituições (exclusive a firma como organização) • Economistas livre pensadores: sociólogos, institucionalistas, psicólogos do comportamento econômico, analistas de negócios gozavam de status inferior → carentes de fundamentação teórica. Como incorporar sua contribuição? • Separação macro (contribuições das C. Humanas) e micro (economia pura) • A micro tradicional por seu lado desconsidera a firma como organização (p. 11) • Não é útil tentar integrar essas abordagens! (11)

Penrose e a teoria da firma • Inquietação: pq a firma na busca de

Penrose e a teoria da firma • Inquietação: pq a firma na busca de seu equilíbrio maximizador de lucros deveria ser pequena, ou “não deveria ser de um tamanho que destruísse os próprios fundamentos do modelo teórico de uma economia perfeitamente competitiva”? (p. 11) • Entender o interior da firma, a organização; buscar entender a administração dos negócios, suas políticas → área de estudo • Anos 50 - questão: haveria algo inerente as firmas que tanto promovia seu crescimento como limitava seu rumo? Firma dotada de interior

Penrose e a teoria da firma • Penrose empreendeu o estudo sobre o crescimento

Penrose e a teoria da firma • Penrose empreendeu o estudo sobre o crescimento da firma, em sua natureza → sua “parte interna” • Limita a análise às firmas produtivas: aquisição e organização de recursos (insumos, humanos e técnicos), fornecer bens e serviços e obter lucros → firma = conjunto de recursos interligados numa estrutura administrativa, administrativa cujas fronteiras são determinadas pela “área de coordenação administrativa” e por “comunicações dotadas de autoridade. ” • Decidiu examinar a “firma gerencial” compromisso com os interesses de crescimento da firma. • (problema contemporâneo: diretores comprometidos em aumentar os pró-labores próprios e dos acionistas, problema relativo as instituições bancárias, como observou Marx)

Penrose e a teoria da firma • Organizações administrativas coerentes (teoria do conhecimento →

Penrose e a teoria da firma • Organizações administrativas coerentes (teoria do conhecimento → pressupostos fundamentais: fundamentais ü administradores interessados em reter os lucros nas firmas; ü interesse pelos lucros → fonte barata de recursos para o crescimento (pressupostos que já não são tão aplicáveis atualmente) • Condição para o crescimento enquanto organizações administrativas coerentes era a disponibilidade desses recursos humanos – “administradores herdados” • Tão logo se consubstanciasse o crescimento o corpo administrativo se dedicaria a nova expansão; não há limite → firma procura meios para usar mais lucrativamente os serviços de seus próprios recursos (p. 14)→ (p. 14) recursos humanos são a um só tempo estímulo e limite à expansão da firma

Penrose e a teoria da firma • Oportunidades externas: entorno relevante → captura das

Penrose e a teoria da firma • Oportunidades externas: entorno relevante → captura das oportunidades do entorno (oportunidades de negócios) também passível de manipulação pelos recursos humanos para o benefício da firma; • Demanda: Demanda a firma estaria limitada aos produtos existentes, ou a demanda deveria ser vista a partir de seus recursos e conhecimentos? → teoria da diversificação da firma, firma o que coloca a questão pelo lado da oferta e dos custos para o crescimento.

Penrose e a teoria da firma • Crescimento cumulativo dos conhecimentos: história tem importância

Penrose e a teoria da firma • Crescimento cumulativo dos conhecimentos: história tem importância → processo evolucionário em que os administradores aprendem a agir eficientemente dentro do ambiente → equilíbrio teórico e político = estabilidade da firma (ideias e ações e não preços e quantidades) → políticas governamentais importam! • Lembra Shumpeter: “destruição criadora” → revolução por dentro → “impulsos descontínuos” sendo as grandes firmas o motor do capitalismo, da destruição criadora → empresários com grandes ideias • Comportamento estratégico das firmas = institucionalização da inovação organizacional shumpteriana (ler pag. 18, citação de Best: 1990)

Penrose e a teoria da firma • Multinacionais: firmas globais → impacto nas economias

Penrose e a teoria da firma • Multinacionais: firmas globais → impacto nas economias nacionais → busca de oportunidades • IDE como síntese contemporânea dos processos das firmas (p. 19), ainda assim, merecem uma análise empírica • O problema dos limites • Fronteira da firma: gerenciamento e administração, portanto o que a distingue do mercado → unidade de planejamento, à medida que cresce, expande as fronteiras e responsabilidades administrativas → distinção é o mercado/dicotomia firma x mercado (? ) mercado = rede integrada por rivais em concorrência direta, como diferenciar cooperação e transações de mercado?

Penrose e a teoria da firma • argumento é que o limite é o

Penrose e a teoria da firma • argumento é que o limite é o conhecimento → papel da pesquisa na capacitação tecnológica • Neoclássicos ao desconsiderarem a organização, o limite era externo: demanda e custos crescentes, • se a demanda não é fator limitante (diversificação) o limite estaria na curva de custos, porém considerando ganhos de escala, não há limites ao tamanho, pois qualquer um pode ser eficiente. • enquanto organização e unidade de planejamento: recorre aos estudos relativos a estrutura organizacional → teoria dos custos de transação (multidivisional) e teoria das organizações (modelo japonês, pex. )

Penrose e a teoria da firma • Metamorfose contemporânea • núcleo ou core =

Penrose e a teoria da firma • Metamorfose contemporânea • núcleo ou core = enfatizar a importância da atividade principal • Rede: arranjos ou clusters = potencializar e recursos → compartilhar x competir → fronteiras indistintas (p. 25) • Diferem dos cartéis em termos de estrutura, organização e propósitos → nova teoria da firma (p. 26)

bibliografia • PENROSE, E. (2006). A teoria do Crescimento da Firma Editora da Unicamp.

bibliografia • PENROSE, E. (2006). A teoria do Crescimento da Firma Editora da Unicamp. • SZMERECSÁNYI, T. Contribuições de Edith Penrose às Teorias do Progresso Técnico na Concorrência Oligopolista. Revista de Economia Política, Política vol. 21, no. 1 (81), janmar/2001.