PATOLOGIA GERAL VETERINRIA AULA 04 Profa Josiane Bonel

PATOLOGIA GERAL VETERINÁRIA AULA 04 Profa. Josiane Bonel 2017/1 josiebonnel@hotmail. com

Agressão Aumento da Demanda Funcional Lesão Reversível Acúmulos de substâncias Adaptação Lesão Irreversível Célula Normal PATO GERAL 2017 -1

Lesões Irreversíveis Necrose Oncótica Apoptose

Necrose Oncótica Conceito: Soma das alterações morfológicas que seguem à morte celular em um tecido ou em um órgão vivo. PATO GERAL 2017 -1

Necrose Oncótica Mecanismos Lise enzimática Coagulação proteica Proteína normal PATO GERAL 2017 -1 Proteína desnaturada Proteínas coaguladas

Aspecto Macroscópico Área necrosada pode estar mais pálida, com halo avermelhado (processo inflamatório). PATO GERAL 2017 -1

Aspecto Macroscópico PATO GERAL 2017 -1

PATO GERAL 2017 -1 Necrose Renal Medular - Canino

PATO GERAL 2017 -1 Necrose: superfície de corte Rim bovino

Aspecto Microscópico Alterações no citoplasma normal PATO GERAL 2017 -1

Aspecto Microscópico Alterações no citoplasma normal PATO GERAL 2017 -1 eosinofilia

Aspecto Microscópico Alterações no núcleo Picnose PATO GERAL 2017 -1 Picnose

Aspecto Microscópico Alterações no núcleo Cariorréxis PATO GERAL 2017 -1 Cariorréxis

Aspecto Microscópico Alterações no núcleo Cariólise PATO GERAL 2017 -1 Cariólise

PATO GERAL 2017 -1 Alterações nucleares

Normal Cariólise Picnose PATO GERAL 2017 -1 Alterações nucleares

Tipos de Necrose de coagulação Necrose de liquefação Necrose caseosa Necrose da gordura PATO GERAL 2017 -1

Necrose de coagulação Causas comuns: hipóxia, isquemia Acidificação celular → Desnaturação das proteínas Preservação arquitetura celular Comum ocorrer em tecidos como: Rins, fígado e músculos PATO GERAL 2017 -1

Necrose de coagulação Aspecto Macroscópica Amarelo pálido Área friável Zona ou halo de demarcação Ex: Infartos PATO GERAL 2017 -1

Necrose de coagulação Forma: depende do padrão vascular local

Necrose de coagulação PATO GERAL 2017 -1

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Necrose de coagulação PATO GERAL 2017 -1

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Necrose de Coagulação Aspecto Microscópico Manutenção da arquitetura Citoplasma: eosinofilia (perda da basofilia) Núcleo: picnose/cariólise PATO GERAL 2017 -1

PATO GERAL 2017 -1 Necrose de Coagulação

Necrose de liquefação • Células mortas são digeridas completamente • Ocorre por ação das enzimas que dissolvem o tecido lesado • Comum nas infecções bacterianas focais. • Exemplo: Abscessos PATO GERAL 2017 -1

Necrose de liquefação • Resulta da ação de enzimas hidrolíticas – dissolução enzimática rápida e total do tecido morto – favorecida pela estrutura e constituição do mesmo. • Há prevalência da heterólise – que favorece a desnaturação das proteínas • É característica de infecções bacterianas focais – que levam a formação de pús – com liberação das enzimas proteolíticas

Necrose de liquefação • Promove a formação de pus – Lesão purulenta focal encapsulada= abscesso – Lesão purulenta sem limite preciso= flegmão • Purulento é o mesmo que Supurativo PATO GERAL 2017 -1

Necrose de liquefação Predileção pelo tecido nervoso Causas: isquemia principalmente no SNC Autólise e heterólise prevalecem sobre a desnaturação das proteínas Rápida dissolução enzimática Cavitações e material flácido ou liquefeito e debris lipídicos conhecidos como MALACIA

Necrose de liquefação Aspecto Macroscópico Cavitações com material pálido, liquefeito PATO GERAL 2017 -1

Necrose de liquefação

Intoxicação por milho mofado Toxina de Fungo : Fusarium moniliforme Toxina Fumonisina PATO GERAL 2017 -1 Leucoencefalomalácia dos Equinos

Polioencefalomalacia dos Ruminantes PATO GERAL 2017 -1 Necrose de Liquefação

Necrose de Liquefação PATO GERAL 2017 -1

Necrose de liquefação Aspecto Microscópico Perda de arquitetura celular Debris celulares PATO GERAL 2017 -1

PATO GERAL 2017 -1 Necrose de Liquefação

Necrose de coagulação A necrose de coagulação pode evoluir para Necrose de Liquefação se invadida por neutrófilos, com amolecimento do tecido pela ação das enzimas proteolíticas Necrose de liquefação Ex. : Infarto miocárdio humano

PATO GERAL 2017 -1 Necrose de Liquefação

Necrose caseosa PATO GERAL 2017 -1

Necrose caseosa Estrutura semelhante a “caseum” (queijo branco e fresco) Apresenta-se como: massa amorfa e esbranquiçada sem brilho e consistência pastosa friável e seca É frequente em focos de infecções crônicas granulomatosas: Tuberculose bovina ( Mycobacterium bovis) Linfadenite caseosa dos ovinos (Corynebacterium pseudotuberculosis)

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PATO GERAL 2017 -1 Linfadenite caseosa dos ovinos (Corynebacterium pseudotuberculosis)

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Necrose caseosa A cronicidade e a presença de lipídeos especiais impedem: a resolução e liquefação do tecido Histologicamente: apresenta “debris” granular amorfo composto de células coaguladas e fragmentas as vezes, com calcificações bordo inflamatório delimitado O processo é Granulomatosa conhecido como: Reação

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PATO GERAL 2017 -1 Necrose Caseosa

Necrose Caseosa PATO GERAL 2017 -1

Necrose da gordura Necrose gordurosa enzimática: Ação lipases pancreáticas sobre o tecido Digestão enzimática PATO GERAL 2017 -1

Necrose da gordura PATO GERAL 2017 -1

Necrose da gordura Necrose Enzimática / Esteatonecrose É uma forma de necrose do tecido adiposo na qual a gordura é desdobrada pela ação de lipases pancreáticas em Ácidos Graxos Livres e Glicerol Mecanismo: Os Ácidos Graxos liberados se combinam com o Cálcio para produzir áreas brancas saponificadas. Ocorre: No tecido peripancreático ( pancreatite aguda) No tecido gorduroso da glândula mamária

PATO GERAL 2017 -1 Necrose da Gordura

Consequências das Necroses • Substituição por tecido fibroso • Lise total da área de necrose • Formação de cavidades císticas • Precipitação de sais de cálcio • Abcessos • Gangrena PATO GERAL 2017 -1

Pato Geral - JB - 2015 -1 17/10/2021

GANGRENA Conceito Tipos

Tipos de Gangrena seca Gangrena úmida Gangrena gasosa PATO GERAL 2017 -1

Gangrena seca Necrose de coagulação secundária ao infarto → mumificação Extremidades distais Interrupção vascularização Sem contaminação bacteriana Causas: Frio extremo, toxinas, isquemia PATO GERAL 2017 -1

Gangrena seca Ergotismo: toxina do fungo Claviceps purpurea

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Gangrena úmida Área de necrose de coagulação → liquefação por bactérias saprófitas →Putrefação Tecido vascularizado Causas: Lesão prévia + contaminação

Gangrena gasosa Área de necrose de coagulação → liquefação por bactérias anaeróbicas →Putrefação → produção gás Causas: Clostrídios PATO GERAL 2017 -1

Gangrena gasosa PATO GERAL 2017 -1

Necroses superficiais • Atingem o tecido cutâneo – Erosão • Necrose de superfície (epidérmica). – Ulcera • Envolve epiderme, derme e submucosa – Escara – Erosões extensas, formando placas e crostas

Necrose cutânea PATO GERAL 2017 -1

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APOPTOSE Morte celular programada

Apoptose é induzida por: Fisiologia normal (desenvolvimento e atrofia) Algumas infecções Mecanismos anti-tumorais Algumas toxinas Imuno-mediada PATO GERAL 2017 -1

Função Eliminação de células durante o desenvolvimento PATO GERAL 2017 -1

Função Eliminação de células como mecanismo homeostático de manutenção da população celular como mecanismo de defesa em respostas imunes eliminação de células com lesões letais na senilidade PATO GERAL 2017 -1

PATO GERAL 2017 -1

PATO GERAL 2017 -1 Apoptose

Apoptose Aspecto Microscópico o Retração celular o Condensação e fragmentação da cromatina o Formação de bolhas celulares e corpos apópticos o Fagocitose de corpos apópticos o Ausência de inflamação PATO GERAL 2017 -1

Apoptose PATO GERAL 2017 -1

PATO GERAL 2017 -1 Apoptose

Diferença entre Apoptose Necrose Fisiológica Viral Imune Depleção de ATP Lesão de membrana Radicais livres Retração celular ( água) Membranas/Organelas intactas Fragmentação nuclear e celular Edema celular Vesículas na membrana/ Ruptura de organelas “Ghost cells” (residuais) Minutos Horas Corpos apoptóticos (fagocitados) Inflamação PATO GERAL 2017 -1

Obrigado pela atenção!!! Até a próxima. . . PATO GERAL 2017 -1

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