Participao do que estamos falando Maria Cristina Martins

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Participação: do que estamos falando? Maria Cristina Martins Kamers Conselho Estadual de Educação –

Participação: do que estamos falando? Maria Cristina Martins Kamers Conselho Estadual de Educação – CEE/SC

Níveis de participação Grupo primário: família, amigos, vizinhos.

Níveis de participação Grupo primário: família, amigos, vizinhos.

Grupo secundário: comunidade, associações profissionais, empresas. . .

Grupo secundário: comunidade, associações profissionais, empresas. . .

Grupo terciário: partidos políticos, movimentos de classe. . .

Grupo terciário: partidos políticos, movimentos de classe. . .

Aspectos conceituais da participação: BORDENAVE (1992) Vivência coletiva em que só se pode aprender

Aspectos conceituais da participação: BORDENAVE (1992) Vivência coletiva em que só se pode aprender na práxis grupal; Contínuo processo de criação de conhecimento pelo grupo; Função educativa da maior importância; Tem por objetivo desenvolver mentalidades.

Participação se aprende! “Apesar de a participação ser uma necessidade básica, o homem não

Participação se aprende! “Apesar de a participação ser uma necessidade básica, o homem não nasce sabendo participar. A participação é uma habilidade que se aprende e se aperfeiçoa“. (BORDENAVE, 1994, p. 46) “A participação na família, na escola, no trabalho, no esporte, na comunidade constituiria a aprendizagem (. . . ) Aos sistemas educativos, formais e não-formais, caberia desenvolver mentalidades participativas pela prática constante e refletida da participação”. (BORDENAVE, 1994, p. 25)

Diferentes tipos de participação Participação de fato - ligada à sobrevivência cultural e familiar,

Diferentes tipos de participação Participação de fato - ligada à sobrevivência cultural e familiar, ligada as necessidades de subsistência; Participação espontânea – formação de grupos sem organização estável - nem objetivos claramente definidos – necessidades psicológicas de pertencer e receber afeto. Ex: grupos de amigos; Participação imposta - obrigam os indivíduos a fazerem parte do grupo e realizar atividades. Ex: eleição obrigatória; Participação voluntária - grupo criado pelos próprios participantes que definem objetivos e métodos de trabalho. Ex: partidos políticos; Participação provocada - agentes externos ajudam outros a realizarem seus objetivos ou os manipulam a fim de atingir seus próprios objetivos previamente estabelecidos; Participação concedida - é a parte de poder ou de influência exercida pelos subordinados e considerada como legítima por eles mesmos e seus superiores. Cria uma “ilusão de participação”.

GANDIN (2000) Define três aspectos preocupantes da participação: a) pode servir de manipulação das

GANDIN (2000) Define três aspectos preocupantes da participação: a) pode servir de manipulação das pessoas, pelas “autoridades”, por meio de “aparências a fim de atingir a essência”; b) utilização de metodologias participativas inadequadas pode levar ao desgaste das ideias; c) desgaste dos próprios processos participativos.

BARROSO (1999) Uma “cultura de participação” só surge quando os órgãos da escola e

BARROSO (1999) Uma “cultura de participação” só surge quando os órgãos da escola e os seus líderes naturais, ao que ele chama de membros dos conselhos diretivos e pedagógicos (Conselhos de Escola) ou de outros detentores de influência, se sentem responsabilizados. Medidas para a participação na gestão das organizações educativas: - A descentralização da administração da educação; - “Gestão centrada na escola” – esforço de sua autonomia e abertura à participação; - Criação de processos que permitam o envolvimento da comunidade na tomada de decisão e nas modalidades de funcionamento da organização.

FERREIRA (2000) Por que devemos insistir na participação de professores, alunos, pais, mães, representantes

FERREIRA (2000) Por que devemos insistir na participação de professores, alunos, pais, mães, representantes de serviços públicos, comerciantes, associações locais, ONGs, etc. nas atividades da escola? Por mais que nos esforcemos, se não ouvirmos o mundo que nos cerca, não vamos conseguir dar conta da complexa tarefa educativa (função social); Muitas vezes, a escola constitui o único espaço de vivência cultural a que a comunidade local tem acesso. É nela que está a única quadra de esportes do bairro, ou o auditório, ou a biblioteca, etc. Estes espaços, quando são usados pela população local, promovem integração da escola comunidade. Todos se sentem mais responsabilizados por ela e procuram participar mais das suas decisões.

PARO (2002) A participação da comunidade escolar na gestão da escola deve ser considerada

PARO (2002) A participação da comunidade escolar na gestão da escola deve ser considerada como prática social, portanto um processo que em seu curso encontra obstáculos e conflitos, assim, como evidencia potencialidades significativas de aprendizagem e cidadania; O autor trata da participação na gestão da escola sob dois determinantes: aqueles que têm origem na própria dinâmica interna da escola e aqueles que são produzidos por fatores externos à escola. 1) Determinantes internos : a. Condicionantes materiais: estão relacionados com as condições objetivas de trabalho e de relação presentes nas escolas; b. Condicionantes institucionais: estão vinculados a aspectos da organização formal da escola – hierarquias, formas de provimento de cargo de direção, existência de mecanismos de participação coletiva como os conselhos de escola, grêmios, etc.

c. Condicionantes político-sociais: esses devem reconhecer a legitimidade da diversidade de interesses dos grupos

c. Condicionantes político-sociais: esses devem reconhecer a legitimidade da diversidade de interesses dos grupos que compõem o coletivo da escola; d. Condicionantes ideológicos: a participação é uma prática social, portanto ela é midiatizada por concepções, crenças, sedimentadas historicamente na personalidade de cada pessoa e que movem suas práticas e comportamentos no relacionamento com os outros. 2. Determinantes externos : a. Condições objetivas de vida da população: pode dificultar a participação das famílias na escola: falta de tempo e cansaço, devido ao trabalho, ou ainda a falta de condições de transporte até a escola. b. Condicionantes culturais: refere-se à visão que a população tem sobre a escola e sobre a sua participação nela; c. Condicionantes institucionais da comunidade: estão relacionados com a presença de movimentos sociais organizados na comunidade em que está inserida a escola e suas relações com eles.

Referências Bibliográficas BARROSO, João. Para o desenvolvimento de uma cultura de participação na escola.

Referências Bibliográficas BARROSO, João. Para o desenvolvimento de uma cultura de participação na escola. Cadernos de organização e gestão curricular. Editora Instituto de Inovação Educacional, 1999. BORDENAVE, Juan E. Dias. O que é Participação. (7ª ed. ) São Paulo: Editora Brasiliense, 1992 (Coleção Primeiros Passos, nº 95). FERREIRA, Naura; AGUIAR, Márcia. Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000. GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 8ª ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2000. PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Editora Ática, 2002.

Fontes das imagens Imagem inicial - www. planetaeducacao. com. br/novo/artigo. asp? artigo=495 Grupo Primário

Fontes das imagens Imagem inicial - www. planetaeducacao. com. br/novo/artigo. asp? artigo=495 Grupo Primário - http: //blogmiojo. com. br/? m=200807 Grupo Secundário - http: //www. motvirtual. com. br/site/pesquisa/news_41. html Grupo Terciário - http: //www. jovemreporter. blogspot. com/