OS ESCRAVOS E O ACAR NO ATL NTICO

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OS ESCRAVOS E O AÇÚCAR NO ATL NTICO SUL (1500 -1600) Charles R. Boxer

OS ESCRAVOS E O AÇÚCAR NO ATL NTICO SUL (1500 -1600) Charles R. Boxer

PRIMEIROS CONTATOS E A POLÍTICA COLONIAL 1500: Terra de Vera Cruz 1500 -30: Sistema

PRIMEIROS CONTATOS E A POLÍTICA COLONIAL 1500: Terra de Vera Cruz 1500 -30: Sistema de Feitorias Comércio com a Ásia � Economia de trocas: relações pacíficas com os indígenas. � Presença estrangeira na costa brasileira: processo de colonização 1532: Capitanias hereditárias: direitos e deveres dos capitães donatários (promover o desenvolvimento e colonização do território). � Sistema donatário: combinava elementos feudais e capitalistas. � 1548: Governo Geral na Bahia � Mudanças nas relações firmadas entre portugueses e ameríndios.

Desenvolvimento da colonização (economia açucareira): escravidão dos ameríndios; Migração europeia: ideal de ser senhor.

Desenvolvimento da colonização (economia açucareira): escravidão dos ameríndios; Migração europeia: ideal de ser senhor. Transição para o trabalho escravo africano: � Proibição da escravização dos ameríndios (1570); � Experiência no transporte atlântico de africanos para as ilhas atlânticas e América espanhola; � Economia escravista nas ilhas atlânticas; � Carência de mão de obra livre em Portugal; � Preferência dos migrantes para o Oriente.

DESCRIÇÕES DO BRASIL Ambrósio Fernandes Brandão: colono no Nordeste � Cinco categorias de emigrantes:

DESCRIÇÕES DO BRASIL Ambrósio Fernandes Brandão: colono no Nordeste � Cinco categorias de emigrantes: Marinheiros e marítimos: tripulavam barcos entre Brasil e Portugal; Mercadores e comerciantes: comissionários ou representantes de casas mercantis na Europa (Portugal); Artífices e artesãos: trabalhavam por conta própria; proprietários de escravos; Trabalhadores assalariados especializados; Classe patronal: senhores de engenhos e fazendeiros. Padre Fernão Cardim: jesuíta Descreveu clima, vegetação e a população ameríndia; Denunciou os maus-tratos ameríndios e a escravização.

ESCRAVIDÃO AFRICANA E A ECONOMIA AÇUCAREIRA Escravidão africana: pilar fundamental da economia agrícola no

ESCRAVIDÃO AFRICANA E A ECONOMIA AÇUCAREIRA Escravidão africana: pilar fundamental da economia agrícola no litoral (Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. � Congo e Angola, a partir de 1600, foram as regiões que mais contribuíram para suprir a demanda de escravos para a América; Distribuição dos escravos na América Portuguesa e Espanhola (≈ 1600 – Origem Congo e Angola) Pernambuco 4. 400 Bahia e Rio de Janeiro 4. 000 América espanhola e Antilhas 5. 000 Buenos Aires e Rio da Prata 1. 500

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ESCRAVA AFRICANA NO BRASIL Estimativas contraditórias: � 1580 -1590: F. Mauro

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ESCRAVA AFRICANA NO BRASIL Estimativas contraditórias: � 1580 -1590: F. Mauro (1600) � � 25 mil brancos; 18 mil ameríndios; 14 mil negros. V. Magalhães Godinho (1600) � � � Brasil: 13 a 15 mil, 70% dos trabalhadores na produção açucareira. Produtividade: 80 arrobas anuais/escravo Produção total: 750 a 800 mil arrobas Estimativa de vida dos escravos: 7 anos População total (1584, jesuítas): 57 mil indivíduos � � � Pernambuco: 10 a 2 mil; Bahia: 3 a 4 mil. População total: 150 mil indíviduos 30 mil brancos 120 mil escravos Dificuldades de medir: população branca e negra aumentou consideravelmente no final do século XVI.

O COMÉRCIO DE ESCRAVOS PARA B ORASIL 1530: estimativa de importação anual de 4

O COMÉRCIO DE ESCRAVOS PARA B ORASIL 1530: estimativa de importação anual de 4 a 5 mil africanos; XVII: estimativa de importação anual de 15 mil africanos. Processo do tráfico: Dinâmica do comércio: pombeiros ou pumbeiros (mercadores africanos intermediários). Moeda de troca: tecidos, búzios, pólvora, vinho, sal-gema e outras mercadorias europeias de valor relativamente baixo. “Peça da Índia”: “um negro de quinze a vinte e cinco anos de idade”. Peça da Índia 8 a 15 anos; 25 a 35 anos 3 contavam 2 Menores de 8; 35 a 45 anos 2 contavam 1 Crianças de peito acompanhada das mães Não contavam Acima de 45 anos; portadores de doenças Avaliação por árbitros

A VIDA NOS ENGENHOS “Chegando ao porto de destino, as sobreviventes peças das Índias

A VIDA NOS ENGENHOS “Chegando ao porto de destino, as sobreviventes peças das Índias ‘eram logo registradas e marcadas como qualquer outra mercadoria’, a maioria delas destinadas às plantações de cana de açúcar”. (p. 246) Engenho: moenda e plantação de cana; Economia açucareira e escravidão: “o senhor do engenho, nome dados aos colonos dos grandes engenhos, necessitava de cem a cento e cinquenta escravos; os engenhos pequenos, ou engenhocas, precisavam de um mínimo de quarenta; em compensação, para os lavradores que não possuíam engenho próprio e faziam moer fora a sua cana, trinta eram geralmente suficientes. ” (pp. 247 -248)

D. FRANCISCO MANUEL DE MELLO: “PARAÍSO DOS MULATOS, PURGATÓRIO DOS BRANCOS E INFERNO DOS

D. FRANCISCO MANUEL DE MELLO: “PARAÍSO DOS MULATOS, PURGATÓRIO DOS BRANCOS E INFERNO DOS NEGROS” “Os escravos começavam desbravando a terra para fazer a plantação, que ficava a seu cargo, como também o corte. Eram igualmente necessários na construção, conservação e conserto das moendas, das rodas de água, das calhas e coisas que tais, indispensáveis ao funcionamento do engenho, cabendo-lhes igualmente tratar dos bois e remar nas embarcações usadas no transporte do açúcar para o mercado. Mais ainda, prestavam serviço como carpinteiros, oleiros, ferreiros, ou senão como criados domésticos. Mereciam plenamente o conceito em que os tinha o povo de serem as mãos e os pés dos brancos a que serviam. ” (p. 248)

OPINIÕES CONTEMPOR NEAS SOBRE A MORALIDADE DO TRÁFICO DE ESCRAVOS Os jesuítas e a

OPINIÕES CONTEMPOR NEAS SOBRE A MORALIDADE DO TRÁFICO DE ESCRAVOS Os jesuítas e a omissão/ condenação da escravidão e tráfico africano Padre Serafim Leite (moderno): leis canônicas e regulamentado pela lei civil (anacronismo); Bartolomé de las Casas (dominicano espanhol): “tão injusto escravizar os negros quanto os índios”; Reformadores: Frei Tomás Mercado (dominicano espanhol), Tratos e contratos; Alonso Sandoval (jesuíta espanhol), Naturaleza; Autoridades e conquistadores: “questão de consciência cristã”.