Onde fica a Antrtida Detalhe da apostila adotada

Onde fica a Antártida?

Detalhe da apostila adotada em Taubaté Custo: R$ 33, 4 milhões

Enquanto isso. . . Livros didáticos abandonados em galpão improvisado em Taubaté

O “mercado” público, uma mina de ouro • Tendo praticamente esgotadas as possibilidades de crescimento no mercado particular, novos e velhos sistemas apostilados ameaçam avançar vorazmente em cima das escolas públicas, como revela uma recente matéria do Valor Econômico. • Sistema W - lançado no final do ano passado, o diretor-geral prevê crescer 33% em 2007. "As escolas públicas irão representar 15% do faturamento neste ano", afirma. • Sistema X - hoje atinge 70 prefeituras e 120 mil alunos. "O potencial de crescimento está na rede pública", diz a gerente pedagógica. • Sistema Y - A expansão de 15% na receita de 2006 foi impulsionada pela rede pública. "A escola particular parou de crescer nos últimos cinco anos", diz o diretor do Sistema. • Sistema Z - Trabalha com 89 prefeituras em São Paulo. Em 2008 o grupo planeja levar sua experiência a outros cinco Estados.

Principais Problemas das Apostilas na Escola Pública • Usam verbas do Fundeb que deveriam ser utilizadas na formação dos professores • As apostilas são impostas pelos prefeitos e não escolhidas pelos professores, como determina a LDB • Ao contrário do livro didático, as apostilas não possuem nenhum controle de qualidade

O uso das verbas do Fundeb Página de um site de Sistema Apostilado promete o mapa da mina para os prefeitos.

As apostilas afrontam a LDB Parecer de um auditor do TCE-SP

As apostilas afrontam a Constituição CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CAPÍTULO III - Da Educação, da Cultura e do Desporto - SEÇÃO I - Da Educação – Art. 205 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. – Art. 206 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: (…) – VII - garantia de padrão de qualidade.

A qualidade das apostilas • Segundo Ana Rosa Abreu, coordenadora dos PCN, "as apostilas são conteudistas, não estão preocupadas com a formação geral do aluno". • Francisco Valente, antropólogo e educador, critica o "instrucionismo" e indaga: "num sistema que privilegia a informação memorizada há lugar para a construção do conhecimento? " • Mario Sérgio Cortella, professor da PUC-SP, complementa dizendo que a "obrigação da escola pública é com a cidadania. Acho uma temeridade social a adoção desses convênios". • O Ilustríssimo Paulo Freire, em Ação cultural para liberdade, afirma que “o uso de apostilas guiando o todo do ensino não dá espaço para o aluno produzir seu próprio conhecimento; (…) as apostilas industrializadas proporcionam um ensino falsamente enciclopédico, compartimentalizado, esquemático, resumido e sintético. (…) O aluno termina tendo que memorizar tais conteúdos de modo ‘bancário’ ”. • E por fim, o ministro Fernando Haddad diz: “É preocupante termos sistemas de ensino que não utilizem os livros aprovados pelo Ministério”

E quem controla a qualidade das apostilas? ?

Conclusão • Como determina a LDB, eventual adoção de um sistema apostilado só poderia ser feita pelos próprios estabelecimentos de ensino. Jamais pelo prefeito. • Se as apostilas usam a verba do Fundeb, que vem do Governo Federal, este deve se responsabilizar, então, pela qualidade do material, como exige a Constituição Brasileira. • Os livros didáticos devem ser tratados com isonomia em relação às apostilas. Que exista um padrão de qualidade único para as obras didáticas impressas.