OBESIDADE PROF ESP KEMIL ROCHA SOUSA FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL
OBESIDADE PROF. ESP. KEMIL ROCHA SOUSA FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL
ESTUDO DE CASO M. J. Q, 48 anos, advogado tributarista com escritório próprio, casado há 15 anos, 2 filhos (12 e 10 anos), residente no Setor Oeste, 1. 68 m, 138 Kg, moreno, hipertensão controlada com propanolol , diabético tipo I, reclama de dores articulares em joelhos e lombalgia. Refere dormir cerca de 6 horas por dia. Etilista social. Fumante de 1 maço por dia. Não pratica atividades físicas. Refere ter sido atleta amador de futebol. Refere também dispneia aos pequenos esforços (subir escadas, caminhar médias distâncias). Mora em casa própria. Tem 2 carros em casa. Viaja sempre aos fins de semanas prolongados e pelo menos 1 vez por ano nas férias. Gosta de churrasco, massas, doces. Pouco tempo para alimentar-se. Considera-se workaholic. Toma muito café e refrigerantes. Apresentou uma internação por angina há 6 meses. Não sendo detectada quaisquer anormalidade ao ECG à época. Encaminhado a seus serviços para avaliação fisioterapêutica de aptidão respiratória para cirurgia bariátrica de redução de estômago.
OBESIDADE ü Maior acúmulo de gordura nos últimos 20 anos ü Domínio dos cereais ü Vida urbana ü Desde 1975 OMS considera a obesidade (diabetes/ aterosclerose) problema de saúde pública ü Enfermidade coletiva própria da superalimentação ü Presente em países desenvolvidos e em desenvolvimento
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS v IBGE (2008 e 2009) v Brasil: v 12, 4% dos homens e 16, 9% das mulheres com mais de 20 anos v 4, 0% dos homens e 5, 9% das mulheres entre 10 e 19 anos v 16, 6% dos meninos e 11, 8% das meninas entre 5 a 9 anos v A obesidade aumentou entre 1989 e 1997 de 11% para 15% e se manteve razoavelmente estável desde então v Maior no sudeste e menor no nordeste
DADOS NACIONAIS q q Quase metade da população brasileira está acima do peso; 42, 7% da população estava acima do peso no ano de 2006; 48, 5% em 2011; Sobrepeso é maior entre os homens. 52, 6% acima do peso ideal; q Mulheres- 44, 7%; q 25, 4% apresentam sobrepeso entre 18 e 24 anos; q 39, 9% entre 25 e 34 anos; q entre 45 e 54 anos, o valor mais que dobra, se comparando com a juventude (55, 9%); http: //www. endocrino. org. br/numeros-da-obesidade-no-brasil/
DISTRIBUIÇÃO POR CAPITAIS v Porto Alegre é a capital com a maior quantidade de pessoas com excesso de peso (55, 4%) v Fortaleza (53, 7) v Maceió (53, 1). v Menor índice de pessoas com sobrepeso: v São Luís (39, 8%) v Palmas (40, 3%) v Teresina (44, 5%) v v Aracaju (44, 5%). São Paulo (47, 9%) Rio de Janeiro (49, 6%) Distrito Federal (49, 1%) v A capital com mais obesos é Macapá (21, 4%), seguida por Porto Alegre (19, 6%), Natal (18, 5%) e Fortaleza (18, 4%). v As capitais com menor quantidade de obesos são: v Palmas (12, 5%) v Teresina (12, 8) v São Luís (12, 9%). v São Paulo, a proporção de obesos é de 15, 5%,
OBESIDADE Conceito: Excesso de gordura corporal, resultando no aumento de peso corpóreo, acima do peso ideal. . Aumento generalizado da gordura corporal. Obesidade, nediez ou pimelose (tecnicamente, do grego pimelē = gordura e ose processo mórbido) é uma condição física crônica multifatorial, na qual a reserva natural de gordura aumenta até o ponto em que passa a estar relacionada a determinados problemas de saúde ou ao aumento da taxa de mortalidade. É resultado do balanço energético positivo, ou seja, a ingestão alimentar é superior ao gasto energético.
PESO IDEAL Peso ideal: aquele que maximiza a expectativa de vida do indivíduo. Fórmula de Lorentz: h- 150 P= (h-100) – _______ K=4 (H) K Fórmula usada em UTI: P (homem) = (h-100) - 10% P (mulher) = (h-100) - 15% K=2 (M)
VISÃO HISTÓRICA. . . Pré-Industrial Obesidade = riqueza/saúde Sociedade Industrial Obesidade = doença
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Mundo 1 bilhão sobrepeso 300 milhões obesos EUA 1/ da população adulta Obesidade ¼ das crianças e adolescentes 3 causa: 300 mil mortes/ano Brasil 40% da pop sobrepeso causa : 80 mil mortes/ano
% populacional OBESIDADE NO BRASIL Fonte: www. abeso. com. br
DESNUTRIÇÃO X OBESIDADE Fonte: www. abeso. com. br
CAUSAS DA OBESIDADE Multifatorial: Ø Fatores genéticos Ø Fatores emocionais Ø Fatores decorrentes do não- balanceamento energético Ø Fatores metabólicos (GUIRRO & GUIRRO, 2004)
CAUSAS DA OBESIDADE Doenças Determinadas doenças físicas e mentais e algumas substâncias farmacêuticas podem predispor à obesidade. Além da cura dessas situações poder diminuir a obesidade, a presença de sobrepeso pode agravar a gestão de outras. Males físicos que aumentam o risco de desenvolvimento de obesidade incluem diversas síndromes congênitas, hipotiroidismo, Síndrome de Cushing e deficiência do hormônio do crescimento. Certas enfermidades psicológicas também podem aumentar o risco de desenvolvimento de obesidade, diabetes disfunções alimentares como bulimia nervosa. Bactérias Segundo o estudo publicado na revista Science, bactérias que favorecem a digestão também poderiam fazer o corpo acumular quilos a mais, caso não estejam devidamente equilibradas. Em excesso, essas bactérias alteram o metabolismo e o apetite.
CAUSAS DA OBESIDADE Estilo de vida Pesquisadores já concluíram que o aumento da incidência de obesidade em sociedades ocidentais nos últimos 25 anos do século XX teve como principais causas o consumo excessivo de nutrientes combinado com crescente sedentarismo. Embora informações sobre o conteúdo nutricional dos alimentos esteja bastante disponível nas embalagens dos alimentos, na Internet, em consultórios médicos e em escolas, é evidente que o consumo excessivo de alimentos continua sendo um problema. Devido a diversos fatores sociológicos, o consumo médio de calorias quase quadruplicou entre 1977 e 1995. Porém, a dieta, por si só, não explica o significativo aumento nas taxas de obesidade em boa parte do mundo industrializado nos anos recentes. Um estilo de vida cada vez mais sedentário teve um papel importante. Outros fatores que podem ter contribuído para esse aumento—ainda que sua ligação direta com a obesidade não seja tão bem estabelecida—o estresse da vida moderna e sono insuficiente.
CAUSAS DA OBESIDADE Genética Como tantas condições médicas, o desequilíbrio metabólico que resulta em obesidade é fruto da combinação tanto de fatores ambientais quanto genéticos. Polimorfismos em diversos genes que controlam apetite e metabolismo predispõem à obesidade, mas a condição requer a disponibilidade de calorias em quantidade suficiente, e talvez outros fatores, para se desenvolver plenamente. Diversas condições genéticas que têm a obesidade como sintoma já foram identificadas (tais como Síndrome de Prader-Willi, Síndrome de Bardet-Biedl, síndrome de MOMO e mutações dos receptores de leptina e melanocortina), mas mutações genéticas só foram identificadas em cerca de 5% das pessoas obesas. Embora se acredite que grande parte dos genes causadores estejam por ser identificados, é provável que boa parte da obesidade resulte da interação entre diversos genes e que fatores não-genéticos também sejam importantes.
DETERMINAÇÃO DA OBESIDADE Determinação do Risco de Vida: porcentagem de sobrepeso que aumenta a morbidade e mortalidade. Comparação Visual : definição sem base científica – uma pessoa parece gorda por determinação estética.
DETERMINAÇÃO DA OBESIDADE Excesso de peso: até 20% acima do normal Obesidade: maior que 20% do normal Peso normal: peso corpóreo associado a menores taxas de morbidade e mortalidade (comparando altura/peso/idade/sexo)
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS Diretos: separação dos componentes corporais pela dissecção de cadáveres. Indiretos: Físicos Químicos Duplamente indiretos: validados pelos métodos indiretos (densitometria) relação peso-altura medição das dobras cutâneas mensuração das circunferência pesagem subaquática determinação da impedância bioelétrica UST tecido adiposo RNM
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS IAC O IAC ou indice de adiposidade corporal é calculado pela divisão entre o produto da raiz quadrada da altura pela circunferencia do quadril e a altura. Desse resultado subtrai-se 18. Para mulheres o normal é de 21 a 32 e homens de 8 a 20. Medição da gordura corporal Uma maneira alternativa de determinar obesidade é medindo a porcentagem de gordura corpórea. Médicos e cientistas, em geral, concordam que homens com mais de 25% de gordura e mulheres com mais de 30% de gordura são obesos. Porém, é difícil medir a gordura corporal com precisão. O método mais aceito é a pesagem do indivíduo debaixo de água, mas só é possível em laboratórios especializados que dispõem do equipamento. Os dois métodos mais simples são o teste da dobra, no qual a pele do abdomen é pinçada e medida para determinar a grossura da camada de gordura subcutânea; e o teste de impedância bioelétrica, que só pode ser realizado em clínicas especializadas e não deve ser feito com frequência. Outras formas de medir a gordura corporal incluem a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS Índice de Massa Corpórea (IMC): peso (kg)/ altura 2 (m 2) IMC(Kg/m 2) GRAU DE RISCO TIPO DE OBESIDADE < 18, 5 desnutrição Abaixo do peso 18 -24, 9 25 -29, 9 30 -34, 9 35 -39, 9 40 ou mais peso saudável moderado alto muito alto extremo ausente sobrepeso obesidade grau III (mórbida)
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS Circunferência da cintura: quantidade absoluta de gordura visceral Homem Mulher > 102 cm > 89 cm Relação Cintura/Quadril: relaciona a distribuição da gordura (alterações Homem metabólicas) > 1, 0 Mulher > 0, 8
OUTROS MÉTODOS. . . Densiometria Água Corporal Total Potássio Corporal Total Captação de Gases Inertes Lipossolúveis Obs. : métodos que utilizam constantes baseadas em dados mínimos, apresentando variações entre indivíduos.
DISTRIBUIÇÃO DO TECIDO ADIPOSO ANDRÓIDE (forma de maçã) → gordura concentrada na região central do abdome -Hipertensão -Resistência a insulina → Diabetes tipo 2 -Dislipidemia -Doenças coronárias GINÓIDE (forma de pera) → gordura concentrada na região glútea e quadris - Mais comum em mulheres Menor impacto metabólico
Complicações da Obesidade Mórbida
COMPLICAÇÕES DA OBESIDADE MÓRBIDA - Problemas reprodutivos - Problemas digestivos refluxo gastro-esofágico (esofagite), cálculos biliares, esteatose hepática. - Neoplasias: a. b. Na mulher: câncer de endométrio ( 5, 4 vezes ), vesícula biliar ( 3, 6 vezes ), colo uterino ( 2, 4 vezes ), mama ( 1, 5 vezes ). No homem: câncer colorretal ( 1, 7 vezes ), próstata ( 1, 3 vezes ). - Problemas psico-socio-econômicos
MÉTODOS ATUAIS DE TRATAMENTO -DIETA -TERAPIA COMPORTAMENTAL -EXERCÍCIOS -DROGAS Anorexígenos, Catecolaminérgicos, Serotoninérgicos, Termogênicos (efedrina, cafeína, aminofilina), Inibidores da absorção de gorduras (Orlistat) -CIRURGIA
BIBLIOGRAFIA 1. GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia Dermatofuncional: Fundamentos, Recursos e Patologias. 3ªed. Barueri- SP: Manole, 2004.
BIBLIOGRAFIA SITES: 1. www. nature. com 2. www. abeso. com. br 3. www. abcdasaude. com. br 4. www. qmc. ufsc. br 5. www. endocrino. org. br/numeros-da-obesidade-nobrasil/ LINKS: 5. http: //pt. wikipedia. org/wiki/Obesidade
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