O sistema agroindustrial da carne bovina Prof Fernanda

O sistema agroindustrial da carne bovina Prof. Fernanda Kesrouani Lemos

Apresentação E so cia da Lemos Oshiai consultoria, Guana agropecua ria e membro do conselho de administrac a o. Atua como consultora ha 10 anos, tendo experiência em cadeias agroindustriais, especialmente bovinocultura de corte e a sustentabilidade. E Professora da do Mestrado Profissional em Administração da Universidade Ibirapuera, atuando na área de Sustentabilidade e Inovação. É pesquisadora do PENSA-USP - Centro de Conhecimento em Agronegócios Possui parcerias acadêmicas com o Pensa/FEA/USP, FZEA/USP, ESALQ/USP e UNOESTE. Atuou como Professora Assistente na FEA/USP (2014 -2017). Doutora em Administrac a o pela Universidade de São Paulo (FEA/USP) com tese sobre coordenac a o no sistema da bovinocultura de corte mercado internacional x doméstico. Mestre em Engenharia de Produc a o pela Universidade de São Paulo (Poli/USP) com dissertac a o em inovac a o na cadeia de bovinos de corte. Especialista em Economia de Empresas pela Escola de Economia de Sa o Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP/FGV). Bacharel em Administrac a o de Empresas pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM. Em junho/2017 publicou o livro “Economia da Pecuária de Corte – Fundamentos e o ciclo de preços” e em dezembro/2019 o livro “Política Agrícola no Brasil – o agronegócio na perspectiva global”.

O sistema agroindustrial – conceitos O sistema agroindustrial (SAG) compreende uma visão da fima coaseana expandida para toda a cadeia de suprimentos. O sistema agroindustrial é uma abordagem que reúne os conceitos da Nova Economia Institucional, Teoria de Custos de Transação e vai além da visão da cadeia de suprimentos. Como entender as relações entre os elos da cadeia, as leis e normas e também as associações? Transação é unidade básica e ela pode acontecer: via mercado, via contrato ou hierarquia. Transação é uma cesta de atributos. O que isso representa de fato? !

O SAG Carne Bovina Ambiente Institucional: direitos legais, requisitos e certificações, assistência técnica Estabelecimento das relações contratuais entre os agentes da cadeia Fluxo financeiro Insumos 74 bilhões Produção 127 bilhões Processamento da produção 143 bilhões Varejo 193 bilhões Consumidor Fluxo de Atributos a ser vendido por mercado Esforços de proteção e captura de direitos de propriedade (Estabelecimento da Marca) Ambiente Organizacional: necessidade de investimento, capital de giro, programas de incentivos.

Consumidores – Mercado Nacional Faturamento dos frigoríficos para o mercado interno – R$ 92 bilhões (64%) considerando também a venda de couro para exportação. 8, 01 Milhões de TEC -> 76, 3% da produção + 47 mil TEC de importação Consumo per capita Decrescente. Diversos tipos de mercados de Carne bovina – orgânico, raças, Cortes especiais, carne padrão. Açougues especializados (rua) Açougues dentro de super. Contratos de fornecimento Exclusivos, açougues próximos (Swift) País Consumo carne bovina (Mil TEC) Consumo per capita (kg/hab/ano) População (milhões hab). EUA 12. 217 37, 11 329, 3 China 10. 050 7, 18 1. 400, 2 Brasil 8. 058 38, 38 210, 0 Argentina 2. 293 50, 91 45, 1 México 1. 882 14, 95 125, 9 Rússia 1. 829 12, 47 146, 7 Paquistão 1. 784 8, 72 204, 7 Egito 1. 503 15, 16 99, 2 França 1. 462 22, 56 64, 8 Índia 1. 424 1, 05 1. 351, 8

Consumidores – Mercado Internacional Exportações R$ 30, 1 bilhões em carne (20, 8%) e couro 4, 5 bilhões (3, 1%). Exportações de carne total – 2, 48 milhões de TEC (23, 6%) 82, 07% In Natura (2, 04 milha o TEC) para 124 países: China: 31, 90%; Hong Kong: 14, 15%; Egito: 9, 84%; Chile: 7, 07%; Outros: 37, 00% 10, 17% Industrializada (254, 85 mil TEC) para 113 países: Estados Unidos: 38, 03%; Unia o Europeia: 34, 22%; Jamaica: 2, 33%; Canada : 2, 01%; Outros: 23, 40% 7, 76% Miu dos e outros (194, 85 mil TEC) para 104 paiíses: Hong Kong: 61, 77%; Costa do Marfim: 5, 79%; Egito: 5, 78%; Unia o Europeia: 3, 72%; Outros: 22, 90% Diversificação de mercados - podem ser divididos conforme tipo de corte e também nível de exigências sanitárias. Brasil ainda tem a imagem de produtor de carne de baixo valor agregado. Riscos sanitários e também a questão do desmatamento são as principais barreiras comerciais e ideológicas.

Desafios de mercado: Problemas antigos e novos cenários Segurança do alimento e rastreabilidade (FAO, 2020) Barreiras aos mercados e insegurança dos consumidores. Sanidade na cadeia de produção e informações. Desmatamento da Amazônia e a fronteira pecuária. Sustentabilidade e proteção ao meio ambiente Avanço da fronteira agrícola – pecuária como percursor ou como atividade de fácil implementação? Importância das instituições. Pecuária ilegal e processamento ilegal. Esforços conjuntos. Imagem do Brasil perante o mundo

A Indústria Processadora – o agente coordenador da cadeia Capaz de estabelecer contratos com o varejo e com o pecuarista. Contratos de fornecimento exclusivo – criação de marcas especificas e tipos de carne. Contratos com base em características específicas e estabelecimento de prêmios quanto aos atributos entregues. Exemplos de posicionamento dos grandes processadores e as diferenças dos processos de compra e venda. Ministra Tereza Cristina (02/06): Brasil abriu 68 mercados entre janeiro e maio de 2020 para o mercado de proteína animal.

Calcanhar de Aquiles da indústria de carne bovina. . . Serviço de Inspeção Garante a sanidade na indústria E parte da credibili % Milhões de cabeças SIF 55, 90% 24, 2 SIE 14, 96% 6, 5 SIM 5, 19% 2, 2 Não Fiscalizado 23, 94% 10, 4 100% 43, 3 2019 Total

O produtor rural – pecuarista e as diversas pecuárias do Brasil

Expansão do rebanho acompanha a fronteira agrícola!

Isso não quer dizer que nossa pecuária não tenha evoluído em termos de eficiência!

Associações influenciadoras da pecuária. ABIEC – Indústrias Exportadoras de Carne Bovina ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio Coalizão – Conjunto de empresas e entidades do agronegócio para defender os interesses da pecuária brasileira sem desmatamento! GTPS – Grupo de trabalho de Pecuária Sustentável. Trabalham para desenvolver mercados, desenvolver produção, defender políticas publicas para melhorar o agronegócio – pecuária de corte.

Sustentabilidade Problema do desmatamento crescente da Amazônia Relação com o avanço da pecuária Barreiras comerciais Emissão de CO 2 O que fazer? O que já foi feito? A pecuária/pecuarista é realmente culpada?

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Meio ambiente e Casa Civil! Regras do jogo! Como as coisas devem acontecer no Brasil. MAPA: segurança do alimento – disponibilidade, segurança – alimento não contaminado, padronização de conteúdo, inspeção e informação, abertura de mercado => tudo o que ocorre durante a produção. Desafio: rastreabilidade, redução de riscos dos alimentos em termos de sanidade, promoção de novas técnicas sustentáveis, comunicação com o mercado, recuperação de áreas. Meio ambiente: No caso. . . monitoramento de desflorestamento e o Código Florestal! Caberia o Ministério do Meio Ambiente estar dentro do MAPA como uma secretaria especial? Casa Civil e as ODS Como trabalhar juntos para contribuir com segurança do alimento, segurança alimentar e sustentabilidade?

Conclusões Não faltam desafios ao SAG da carne bovina. Industria – sanidade e certificados, novos produtos e cortes. Produção – aumento de produtividade em mesma área, adoção de técnicas sustentáveis. Insumos – novas tecnologias para aumento de produtividade e sanidade Instituições de pesquisa e ensino – novas técnicas relacionadas a genética, nutrição, sanidade e gestão; difusão de conhecimento. Instituições estatísticas – melhorar a qualidade da informação Associações – comunicação da cadeia e uniformidade do discursos com a cadeia e ministérios. Ministérios – rastreabilidade, desflorestamento, recuperação de áreas, fazer valer as regras do jogo. SAG – desenvolvimento colaborativo.

Obrigada!!! Email: Fernanda. lemos@Ibirapuera. edu. br Livros: contato@wedekin. com. br