O Realismo segundo Ea de Queirs Gustave Courbet

O Realismo, segundo Eça de Queirós Gustave Courbet, Enterro em Ornans (1849).

Conferências Democráticas do Casino (1871) Quarta conferência: «A literatura nova ou o Realismo como nova expressão de arte» Por Eça de Queirós, pronunciada a 12 de junho. Eça de Queirós (1845 -1900).

«A literatura nova ou o Realismo como nova expressão de arte» O texto original completo não chegou até nós Preservaram-se artigos e comentários, que permitem reconstituir a teorização apresentada por Eça de Queirós

O que é o Realismo? • É um movimento que procura na sociedade a matéria da arte. • Estuda os caracteres (a personalidade e o comportamento) à luz da psicologia, procedendo pela experiência e pela fisiologia. Encontra na vida contemporânea a sua matéria É uma maneira científica de compreender a arte

O que é o Realismo? • Mostra os costumes de modo exato, para que nos possamos conhecer melhor. � • Visa o nosso aperfeiçoamento. • Ambiciona a realização da justiça e da verdade na sociedade. A arte expõe o verdadeiro A arte realista tem uma ação moralizadora � Apresenta modelos a seguir e exemplos a evitar Regenera os costumes

Realismo A arte dirige-se às ideias e à razão O Romantismo põe a retórica ao serviço da apoteose do sentimento Antes do Realismo: a arte dirigia-se aos sentimentos e à sensibilidade Arte romântica: • Arte pela arte • Convenções • Gosto pelo enfático e pelo que é excessivamente sentimental

Exemplificação da doutrina do Realismo na literatura Madame Bovary, de Gustave Flaubert (1857) Tratamento do tema do adultério Romantismo: Realismo de Flaubert: trata o adultério como um «infortúnio poético» mostra o adultério sem poesia, na «sua forma anatómica» , fazendo-nos sentir «repulsão e horror»

Ilustração de Alfred de Richemont para a edição de 1905 de Madame Bovary.

Exemplificação da doutrina do Realismo na pintura Obra de Gustave Courbet: • O regresso da conferência (1863) • Os britadores de pedra (1849) Telas inspiradas pela ideia-mãe da arte nova: a justiça Gustave Courbet (1819 -1877) — fotografia de Nadar.

Courbet, O regresso da conferência (1863) — obra destruída no início do século XX devido ao seu teor anticlerical.

Courbet, Os britadores de pedra (1849).