O protagonismo feminino no Imprio Bizantino a partir
O protagonismo feminino no Império Bizantino a partir de Teodora
O Império Bizantino § O século V foi marcado pelo governo Imperial de § Justiniano I, entre os anos de 527 e 565. Sobre este período, são apontados como principais características, a restauração e unificação do Império Romano, estimulando, assim, o comércio e as artes. § Além disso, revisou e codificou o Direito Romano e o Corpus Juris Civilis. 2
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A mulher bizantina § A maior parte das fontes que relatam sobre as mulheres bizantinas se refere às Imperatrizes. § Dedicação pela vida religiosa e familiar. § As atuações no âmbito político não se davam de maneira direta. 4
A mulher bizantina § Infantícidio feminino. § Imagem dúbil da mulher: Eva ou Virgem Maria. §Vida dividida em três etapas: casamento, maternidade, viuvez. 5
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO 6
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO § Teodora, filha de um domador de ursos, teria sido acrobata, ainda criança, para os espectadores dos jogos, em Constantinopla. § Na juventude, tornou-se prostituta, e sua fama ficou tão negativa em Constantinopla que viu-se obrigada a mudar de cidade. 7
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO § Mesmo em outra localidade, deu continuidade à prostituição. Contudo, cansada de levar a vida dessa maneira, retornou à Constantinopla, onde acabou, algum tempo depois, conhecendo Justiniano. § Casou-se com ele após a morte da Imperatriz Eufêmeia e da revogação da lei que impedia que alguém de alto cargo se unisse a uma pessoa de baixa origem. 8
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO § JUSTINIANO I (48? -565), nasceu numa pobre família camponesa e ascendeu socialmente graças ao seu tio e imperador Justino. Painel retratando o imperador Justiniano, bispos, dignatários e soldados, sec. VI. 9
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO § O Senado propôs a ele o título de nobilíssimo após sua atuação para a restauração dos jogos em Constantinopla, colocando-o como herdeiro do trono. ▪ Em abril de 527, Justiniano foi coroado imperador ao ter o título de augusto conferido por seu tio Justino. 10 Retrato em mosaico do imperador Justiniano.
Histórias Secretas: O diário como fonte histórica. 11
Histórias secretas: o diário como fonte histórica . Histórias Secretas foi escrita por volta de 550, por Procópio de Cesárea. § Sua publicação só se deu após a morte da Imperatriz Teodora. § 12
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO § A Revolta de Nika (11 -18 de janeiro 532) iniciou-se a partir da rivalidade entre as duas torcidas do Hipódrimo, em Constantinopla, sob o governo de Justiniano. § A torcida se dividiam em dois grupos: os Verdes e os Azuis. § Revolta passou a ser contra o Império. 13
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO § Justiniano, crendo que a § Esse levante culminou em uma onda de depredação e atos violentos que, apesar do constante esforço de Justiniano em sufocá-los, demorou três dias. Durante esse período, os revoltosos tentaram empossar Hipácio como novo imperador. situação não podia ser revertida, arquitetou sua fuga, mas foi impedido pelo discurso de Teodora. § Ação contra os revoltosos 14 acaba sendo bem sucedida com mais de 30 mil mortos. Ao final, o poder Imperial de Justiniano é mantido.
“ “Mesmo que a fuga fosse o único meio de salvação, eu não fugiria. Não estamos todos condenados a morte desde o nosso nascimento? Os que já tiveram a coroa não devem sobreviver a sua perda. (. . . ) Que a luz se apague sobre mim quando cessarem de saudar-me com o nome Imperatriz. Tu, autocrator, se queres fugir, tens os tesouros, o barco esta pronto e o mar esta livre. Mas considera que o amor a vida te expõe a um desterro miserável e uma morte vergonhosa”. 15
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO § Teodora interferia no arranjo político e administrativo do Império para que todos os funcionários servissem igualmente à ela e Justiniano. § Por não gostar de João da Capadócia, Teodora armou um plano contra ele para tirálo da prefeitura dos pretórios do Oriente. . 16
“ “Agora, devemos mostrar, brevemente, o que fizeram tanto ela quanto seu marido, já que em sua vida comum, nunca atuaram um sem o outro”. 17
TEODORA, A IMPERATRIZ DE BIZ NCIO ▪ Acerca da influencia de Teodora nos assuntos jurídicos, especula-se que ela tenha interferido na criação de leis em favorecimento das mulheres. ▪ Entre elas, pode-se citar leis sobre o divorcio, o pagamento de dote e a regulamentação dos direitos das mulheres na sucessão. 18
Histórias secretas: o diário como fonte histórica ▪ Procópio de Cesarea, nasceu em Cesarea da Palestina e sua origem era nobre. Teve formação jurídica e lia uma grande quantidade de autores cristãos. ▪ Cesarea foi testemunha ocular do período imperial de Justiniano, atuando em diversas campanhas militares ao lado de Belisário. 19
Histórias Secretas: o diário como fonte histórica. ▪ Discussões contemporâneas sobre a escrita da História. ▪ Uso de novas fontes. ▪ Narrativa que privilegia o contexto social. 20
Para refletir. Sobre o discurso de Procópio. 21
Histórias Secretas: o diário como fonte histórica ▪ Problematizar a narrativa de Procópio acerca de Teodora. ▪ Moralismo e machismo. ▪ Crítica ao governo imperial de Justiniano. ▪ Retomada com o contexto 22
REFERENCIAS CESAREA, Procópio de. História Secreta. Tradução e notas: Juan Signes Codoñer. Editorial Gredos, Madrid, 2000. HOUSSAYE, Henrique. “Teodora”. In: Três rainhas do amor: Aspásia, Cleópatra e Teodora. Tradução de Vieira Neto. 2ª. Edição. Editora Paumape: 1990. Pp. 109 – 155. LACERDA, Sônia. “A volta da história política e da narrativa histórica”. In: História no Plural. Organizado por Tânia Navarro Swain. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1994. Pp. 99 – 108. NAVARRO, Isabel Lassala. Imagen pública y política de la emperatriz Teodora. Um estúdio a partir de la obra de Procopio de Cesarea. In: Revista Gerión. 2013, v. 31. Pp. 363 – 383. RUCIMAN, Steven. Capítulo II: “Resumo Histórico”; Capítulo III: “A Constituição Imperial e o reino de direito”. In: A Civilização Bizantina. Rio de Janeiro: Zahar Editores. Pp. 24 – 68. TALBOLT, Alice-Mary. Capítulo V: “A mulher”. In: O homem bizantino. Direção de Guglielmo Cavallo. (Tradução: Maria Bragança). Editorial Presença. Pp. 117 – 139. 23
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