O Processo de Industrializao no Brasil O PROCESSO
O Processo de Industrialização no Brasil
O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL
1. A “VOCAÇÃO AGRÁRIA” BRASILEIRA “O Brasil é um país essencialmente agrícola” Queixas dos cafeicultores paulistas A ideia exprimia os interesses e o domínio das oligarquias rurais. Críticas à nascente indústria, considerada uma atividade artificial, que dependia da importação de máquinas e matéria-prima Críticas pela transferência dos trabalhadores, especialmente imigrantes, da agriculturas para as fábricas
Apesar das críticas não houve uma oposição inconciliável entre as antigas oligarquias rurais e a nova burguesia industrial Questão Básica Para responder a questão As relações foram mais complexas Como foi possível a uma sociedade cuja base econômica era a agro exportação se transformar em uma sociedade de características urbanoindustriais? Entender a origem da industrialização no Brasil
2. A INDUSTRIALIZAÇÃO : A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE DE CLASSES A industrialização é um processo Não é uma simples mudança econômica: criação de industria Industrialização É a constituição da ordem social capitalista com o surgimento de duas classes a burguesia industrial classe operaria Resultado de uma combinação de transformações econômicas, sociais, políticas e culturais irreversíveis. Formação de uma sociedade de classes
3. A CAFEICULTURA E A ORIGEM DA INDÚSTRIA A origem do processo de industrialização no Brasil guarda forte relação com o desenvolvimento da economia cafeeira em São Paulo, a partir da década de 1880. Industrialização brasileira Desenvolvimento social Desenvolvimento politico Classes sociais Conflitos e Luta de classes
1. A substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre Mercado de trabalho Valorização do trabalho Mercado consumidor assalariados Capital para investimento liberação Substituição de importações Produção nacional Pré-requisitos para a expansão 2. A formação de um mercado interno industrial 3. A formação de uma consciência burguesa Fazendeirosempresarios Uso capitalista da acumulação de riqueza Concentração em São Paulo
4. A SUBORDINAÇÃO DA INDÚSTRIA À ECONOMIA CAFEEIRA 1. O fato de ter se originado da agro exportação do café Limitações da industria brasileira 2. O crescimento das produção de bens não duráveis não foi acompanhada pelo de bens de capital 3. Investimento secundário dos fazendeiros 4. Antes de 1930: sem definição de uma politica industrial Dependência do capital cafeeiro Bens não duráveis: tecidos e produtos alimentícios Bens de capital: máquinas Preocupavam-se mais com o café Medidas isoladas do Estado
5. INDÚSTRIA E DEPENDÊNCIA EXTERNA Dependência Externa Limitação determinante Capital estrangeiro Momento histórico Comércio exportador Fim do século XIX e começo do século XX Capitalismo Monopolista Empresas britânicas compravam produtos brasileiros e revendiam no mercado externo Comércio Importador Controle da venda de produtos estrangeiros
6. CAPITALISMO MONOPOLISTA Trustes Carteis Concentração de Capital Mudanças no Capitalismo no século XX Indústria Eliminação da concorrência Serviços Holdings Capitalismo Financeiro Formas de Organização do Trabalho Atividade econômica Taylorismo Indústria Bancos
Taylorismo Um engenheiro americano chamado Taylor desenvolveu a "organização científica do trabalho". Seu objetivo era elevar ao máximo a produtividade das fábricas. Os seus métodos provocaram mudanças significativas nos processos industriais. Frederick Taylor 1865 -1915
Taylorismo As tarefas dos operários deveriam ser simplificadas ao máximo, de modo que o seu grau de dificuldade fosse o mínimo possível. O fluxo de produção deveria ser dividido e subdividido até que cada trabalhador só realizasse uma ínfima parte do processo como um todo. Os operários não deveriam perder tempo pensando sobre o que faziam. Planejar, controlar e introduzir melhorias nos processos era responsabilidade de uma equipe de engenheiros.
Fordismo O método de Taylor foi, posteriormente, levado às últimas consequências por Henry Ford criou as linhas de montagem na sua fábrica de automóveis. As mudanças introduzidas ´por Ford visavam a produção em série de um produto( o Ford modelo T) para o consumo de massa. Henry Ford 1863 -1047 Foi implantada a jornada de 8 horas de trabalho por 5 dólares ao dia
Fordismo Significava renda e tempo de lazer suficientes para o trabalhador suprir todas as suas necessidades básicas e a até adquirir um dos automóveis produzidos na empresa. A maquinofatura desenvolveu-se e a produção passou a organizar-se em linha de montagem. Iniciou-se a era do consumismo: produção em massa para um consumo em massa O aperfeiçoamento contínuo dos sistemas produtivos deu origem a uma divisão do trabalho detalhada que resultou na diminuição de horas de trabalho.
Fordismo-Taylorismo Aumento de produtividade com o uso mais adequado possível de horas trabalhadas, por meio do controle das atividades dos trabalhadores. Divisão e parcelamento das tarefas. Mecanização de parte das atividades com a introdução da linha de montagem. Um sistema de recompensas e punições conforme o comportamento deles no interior da fábrica.
Análise crítica do Fordismo-Taylorismo Vantagens Era extremamente mais fácil treinar operários em tarefas muito simples do que em tarefas complexas. Um trabalhador especializado numa pequena operação podia adquirir habilidade suficiente para fazê-la muito rapidamente. A própria ideia de que a atividade produtiva deve ser objeto de estudo metódico e racional.
Análise crítica do Fordismo-Taylorismo Vantagens Dois elementos externos à fabrica contribuíram muito para o sucesso das medidas propostas por Taylor e Ford: 1. o atrelamento do movimento sindical aos interesses capitalistas. Apesar dos conflitos, os sindicatos foram se burocratizando e se transformaram em imensas estruturas administrativas, fazendo concessões aos capitalistas e ao Estado; 2. a presença significativa do Estado criando mecanismos financeiros e legais para que o consumismo se tornasse uma prática cotidiana, bem como cooptando os sindicatos para que controlassem politicamente a força de trabalho.
Análise crítica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens Aos operários cabia somente usar as mãos, nunca os cérebros. Esse método tratava o trabalhador como se fosse máquina. Na verdade ele tinha até menos status que as próprias máquinas já que tinha que adaptar o seu ritmo de trabalho ao dos equipamentos.
Análise crítica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens o trabalhador não se identifica com o produto do seu esforço. Um homem que simplesmente fixava paralamas não via o automóvel pronto como obra sua. . Alheamento Ele não era nem ao menos capaz de entender o funcionamento do carro. A única coisa que ele sabia era fixar para-lamas Como resultado o operário não sentia orgulho nem entusiasmo pelo seu trabalho. . Pessoas que não se orgulham do que fazem, que não veem importância na sua atividade, dificilmente produzem com qualidade.
Análise crítica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens Um enorme potencial estava sendo desperdiçado ao se impedir que os operários opinassem sobre o modo como o trabalho era feito. Mesmo pessoas com pouca cultura escolar tem bom senso suficiente para enxergar problemas simples – que, muitas vezes, passam desapercebidos aos olhos dos engenheiros - e propor soluções para eles.
Análise crítica do Fordismo-Taylorismo Não se trata, portanto, de uma técnica “neutra” de organizar o trabalho de forma metódica, como o taylorismo é encarado nos cursos de Administração de Empresas. Na verdade, estamos diante de uma forma encontrada pela burguesia para ampliar seu domínio sobre a classe trabalhadora, apropriando-se de seu saber e de seu tempo. A ideia taylorista de um rendimento máximo no menor espaço de tempo possível e a separação entre o mando(ou o planejamento) e a execução instalou-se nos mais diferentes setores da vida social, como por exemplo, na organização do trabalho nos escritórios e no sistema de ensino.
A racionalização da vida social no capitalismo monopolista Max Weber Racionalização do processo de expansão de formas metódicas, racionais e de conduta Eficácia dos meios em detrimento dos fins A importância dos quadros administrativos Gaiola de Ferro Burocracia
CAPITALISMO MONOPOLISTA E INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA Inglaterra : artesanato A expansão da indústria no Brasil não seguiu as etapas da industrialização inglesa A industrialização brasileirta manufatura grande indústria Coexistência da manufatura com a grande indústria Capital cafeeiro origem Precoce tendência à monopolização Capital financeiro internacional Insumos industriais Bens duráveis de consumo Bens de capital
CAPITALISMO MONOPOLISTA E INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA A peculiaridade da industrialização brasileira consiste, então, na expansão e no predomínio de uma grande indústria que não surgiu da produção doméstica ou manufatureira local, mas que transportou para o país tecnologia e formas de organização do trabalho próprias do capitalismo monopolista Esse processo de industrialização tem importantes repercussões no desenvolvimento político e social da sociedade brasileira
TRANSF 0 RMAÇÃO Nos períodos mais recentes, o capitalismo vem passando por nova transformação Década de 70: nova fase no processo produtivo capitalista : pós-fordismo ou processo da acumulação flexível Crise do petróleo (1973) : recessão, busca de novas formas de elevar a produtividade do trabalho e expansão dos lucros
Toyotismo Nova fase de expropriação da mão -de-obra, a chamada acumulação flexível - a partir do modelo de produção criado pelos japoneses, toyotismo Degradação das condições de trabalho, dos direitos trabalhistas e, consequentemente, dos trabalhadores. Os princípios ideológicos e organizacionais do toyotismo passaram a sustentar as práticas empresariais como modelo de administração e produção
O pós- fordismo flexibilização dos processos de trabalho, incluindo a automação Características flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho flexibilização dos produtos e também dos padrões de consumo
Flexibilização do processo de trabalho A U eliminação do controle manual por parte do trabalhador, o trabalhador só intervem para fazer o controle e a supervisão T O M as atividades mecânicas são desenvolvidas por máquinas automatizadas, programadas para agir sem intervenção de um operador A Ç Ã O o engenheiro que entende de programação eletrônica e de análise de sistemas passa a ter uma importância estratégica
Flexibilização do processo de trabalho A U T O M A Ç Ã O A robótica tecnologia é um componente novo nas indústrias de bem de consumo duráveis e altera profundamente as relações de trabalho Robôs não fazem greve, trabalham incansavelmente, não exigem maiores salários e melhores condições de trabalho e de vida Novas formas de produção: o licenciamento de marcas que articulam várias empresas pequenas e médias em torno do marketing e do apoio financeiro de um grande grupo.
Flexibilização dos mercados de trabalho. Tendência de se usar diferentes formas de trabalho: trabalho doméstico e familiar, trabalho autônomo, trabalho temporário, por hora ou curto prazo subcontratação Alta rotatividade da mão de obra, Terceirização baixo nível de sindicalização, enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas.
Flexibilização dos produtos e do consumo. A vida útil dos produtos vai diminuindo, tornando-se descartáveis, a propaganda nos estimula a trocá-los por novos: OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA
O pós- fordismo Alta rotatividade da mão de obra baixo nível de sindicalização enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas, Consequências instabilidade para os trabalhadores, desemprego crescente tendência a elevar o numero de trabalhadores através da diminuição das horas de trabalho semanais: trabalhar menos horas para que todos possam ter emprego e renda.
Modelos de Produção - Da Segunda Revolução Industrial à Revolução Técnico-científica TAYLORISMO- FORDISMO- PÓS-FORDISMO- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos. Racionalização da produção. - Controle do tempo. Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade. Produção e consumo em massa. - Extrema especialização do trabalho. - Rígida padronização da produção. - Linha de montagem. Estratégias de produção e consumo em escala planetária. Valorização da pesquisa científica. Desenvolvimento de novas tecnologias. Flexibilização dos contratos de trabalho.
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