O Povo sempre procura ou fabrica algum que
O Povo sempre procura ou fabrica alguém que seja o "salvador da pátria". O Povo de Deus também aguardava um Salvador, a quem chamavam de "Messias". O anúncio da sua chegada é o motivo que anima a Liturgia deste "DOMINGO DA ALEGRIA".
A 1. ª Leitura é uma declaração de ALEGRIA, pela "boa notícia" da salvação, prometida por Deus. (Is 61, 1 -2ª. 10 -11) Os retornados do exílio estão desanimados e sem esperança, pela frieza e hostilidade com que foram recebidos pelos habitantes de Jerusalém. O Profeta tenta acordar a esperança de vida e salvação. Além da restauração das glórias do passado, anuncia a libertação dos pobres, dos oprimidos, dos fracos, dos marginalizados. O Povo reage agradecido numa atitude de louvor e alegria.
Na 2. ª Leitura, São Paulo exorta à ALEGRIA: "Estejam sempre alegres". (1 Ts 5, 16 -24) A Alegria é um dos sinais da presença do Espírito no coração de uma pessoa. (Gl 5, 22) O texto ensina onde nasce a verdadeira alegria: - Da oração: "rezai sem cessar, dai graças" - Da abertura do coração aos apelos do Espírito; - De uma vida moral irrepreensível.
No Evangelho João Baptista dá o grande motivo da ALEGRIA: Saber que Cristo já está no meio de nós, embora talvez não o conheçamos, nem o testemunhemos suficientemente. "Já está no meio de vós aquele que ainda não conheceis. . . " (Jo 1, 6 -8. 19 -28) O texto apresenta inicialmente João Baptista, "enviado por Deus" com uma missão concreta: "Dar testemunho da Luz".
- A "Luz" representa essa realidade que vem de Deus e com a qual Deus se propõe construir para os homens um mundo novo de vida definitiva e de felicidade total. Na segunda parte, temos o "Testemunho de João" sobre a sua pessoa: Ele não é o Messias, nem Elias, nem o "Profeta". . . Ele é apenas a "VOZ" que clama no deserto convidando a preparar o caminho do Senhor, que "já está no meio dos seus, mas os seus não o reconheceram. . . "
- A "Voz" não tem rosto, é anónima e passa despercebida. Ela transmite a mensagem e depois desaparece. . . * Somos convidados a ser uma "voz" que clama no deserto, anunciando Cristo presente no meio de nós. - Que espécie de "Voz" somos nós? - Quais os desertos, nos quais devemos clamar? A voz convida-nos a olhar para nós mesmos e ver o que nos afasta do Caminho do Senhor? - Quais as trevas a abandonar, para deixar essa "Luz" brilhar? - Quais os obstáculos que nos impedem de andar nos caminhos rectos de Deus?
A "Voz" convida-nos a olhar para JESUS, pois só Ele é a "Luz" que ilumina o caminho. . . Deus iniciou a Criação, criando a LUZ e dissipou as trevas. Dela surgiu tudo o que existe. Ela é a vida dos homens. - Jesus é a Luz que ilumina as minhas decisões e opções? - O Natal é um facto do passado, ou o encontro com a "Luz" que ilumina a minha vida e a enche de paz e de alegria?
João foi enviado por Deus para "dar testemunho dessa Luz". Ainda hoje Deus continua enviando pessoas para testemunhar essa "Luz" e tornar presente a proposta libertadora de Jesus. - Temos consciência de que também nós somos chamados e enviados por Deus? - Qual tem sido a nossa resposta a esse chamamento? DUAS ATITUDES OPOSTAS A CRISTO QUE VEM:
A Atitude humilde de João: Ele não usa a missão para a sua promoção pessoal; ele é apenas uma "voz" anónima e discreta que recorda, na sombra, realidades importantes. * Em nossas actividades, somos discretos e simples, de modo que as pessoas não vejam a nós, mas a mensagem que apresentamos?
A Atitude orgulhosa dos fariseus: Fechados na sua auto-suficiência, não reconheceram a "Luz". Se fecharmos o coração, também nós não o reconheceremos. E ele continuará procurando lugar onde possa nascer. . . A ALEGRIA, que os anjos anunciaram em Belém aos homens de boa vontade, é possível também para nós. . . desde que nos deixemos iluminar por essa Luz. Original: Pe. Antônio G. Dalla Costa CS Adaptação: Pe. Manuel José Torres Lima 14. 12. 2008
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