O Maestro Nova orquestra novas dimenses e novas

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O Maestro

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Nova orquestra – novas dimensões e novas salas – novos problemas Quem deve decidir

Nova orquestra – novas dimensões e novas salas – novos problemas Quem deve decidir sobre mudanças de andamento, dinâmica, equilíbrio? Membros da orquestra teriam opiniões válidas sobre forma, estrutura e intenções do compositor. Contudo, ensaiar assim é um processo extremamente exaustivo e, consequentemente, muito caro. Por essa razão, no século XIX, os ensaios não eram numerosos e particularmente detalhadas, pelo menos ate que Berlioz e Wagner chegassem com suas teorias e um perfeccionismo incontentável. A orquestra sem regente funcionou experimentalmente por um tempo na USSR, mas foi obrigada a encerrar suas atividades apesar do sucesso em mostrar que, do ponto de vista musical, o grupo tinha tanto senso de estrutura e forma quanto os ensembles que seguem as instruções de um maestro.

Músicos começaram a tocar em espaços muito grandes e passaram a não ter a

Músicos começaram a tocar em espaços muito grandes e passaram a não ter a clareza de percepção que uma pessoa na plateia tem. O maestro começou a existir em vista dos problemas de coordenação e de equilíbrio resultantes das obras que passaram a exigir um contingente cada vez mais numeroso. Técnicas para bater tempos – familiares desde a Idade Média Música policoral italiana – cantores e músicos divididos em várias partes da igreja Cantatas luteranas – relativamente juntos e pouco numerosos, em uma galeria do órgão- batedor de tempo controlava grupo com gestos. No séc. XVIII- compositor guiava os cantores do cravo. Músicos de uma pequena orquestra podiam ser liderados pelo spalla. Na França, tradição do batedor foi forte e perdurou por muito tempo, aborrecendo o público e os críticos. Lully batia os tempos com o bastão e, ironicamente, faleceu por gangrena que resultou de ferimento feito justamente ao golpear acidentalmente o pé com tal apetrecho.

Mozart - ou outro solista de sua época – costumava bater o tempo antes

Mozart - ou outro solista de sua época – costumava bater o tempo antes de sua entrada e em passagens em que não tocava. Se as mãos estavam ocupadas, indicava o tempo com a cabeça. Em peça somente para a orquestra, o spalla se encarregava da liderança. Beethoven – 1805 -primeira experiência tocando com regente – 4. Concerto para Piano. Esquecendo do maestro, Beethoven – no afã de controlar a orquestra – golpeou acidentalmente o garoto que segurava a vela. Ludwig Spohr – líder da orquestra do Theater und der Wien – em sua biografia narra concerto de 27/02/1814 – primeira performance da 7. Sinfonia de Beethoven sob a regência do compositor - todo músico que soubesse tocar algum instrumento foi arregimentado para esse concerto. Spohr ficou aturdido e aflito com a maneira extremamente emocional de Beethoven reger. Aparentemente a maneira com a qual Beethoven regia não tinha muito a ver com a manutenção de um tempo estável simplesmente e se afastava bastante daquilo que se espera de um maestro nos dias de hoje.

Beethoven continuou a reger mesmo com a surdez muito avançada. Em 1809, três semanas

Beethoven continuou a reger mesmo com a surdez muito avançada. Em 1809, três semanas depois de reger ele mesmo a 5. e a 6. Sinfonias, escreveu à Breitkopf und Härtel queixando-se da falta de preparo dos mestres de capela – não só não sabiam reger como não tinham condições de ler uma partitura. Contudo, é difícil determinar o que Beethoven considerava ser uma boa regência. A orquestra com Beethoven regendo parece ter ignorado as exigências de efeitos para os quais os músicos ainda não estavam preparados e procurado manter o ensemble junto do começo ao fim, apesar do gestual extravagante do compositor. Ópera – a estante do maestro ficava imediatemente à frente do palco, concentrado inteiramente nos cantores. A orquestra ficava atrás do maestro e seguia os seu tempo dessa forma. Em 1897, Mahler, maestro da Ópera Imperial de Viena, moveu a posição do podium para trás da orquestra, como é atualmente. Alguns de seus predecessores, como o célebre discípulo de Wagner – Hans Richter, ainda se contentavam em reger do meio da orquestra, prestando mais atenção nos cantores. Precursores do uso da batuta – Spohr, diretor da Ópera de Frankfurt, em 1817, e Weber, mestre de capela da Ópera de Dresden, também em 1817.

Não havia treinamento ou forma universalmente aceita de reger. Spohr, em sua autobiografia, gaba-se

Não havia treinamento ou forma universalmente aceita de reger. Spohr, em sua autobiografia, gaba-se de ter introduzido a maneira moderna de reger, em 1820, em Londres, em concerto da Philarmonic Society. Regeu com a batuta, ensaiou fazendo comentários, recusou a presença de um pianista que completava – de maneira desastrosa – as partes falhas da orquestra. François-Antoine Habeneck – spalla e líder da Orquestra do Conservatório de Paris. Wagner, apesar de seu ressentimento com os franceses - depois de sua permanência fracassada no país, admitiu nunca ter ouvido performances tão boas das sinfonias de Beethoven como as da Orquestra do Conservatório de Paris, sob a regência de Habeneck. (Wagner havia ficado traumatizado com uma execução de 1830, em Leipzig, no Gewandhaus, regida por Pohlenz – só o último movimento, já que o regente moderno, em Leipzig, só era usado em peças com coro). Habeneck regia sem batuta e grade, usava o arco do violino e a parte desse instrumento. Estabelecia o tempo e parava de gesticular, voltando a fazer isso somente em momentos mais críticos.

História de Berlioz em suas Memórias: (seria fantasia? ) Habeneck, por ser essa uma

História de Berlioz em suas Memórias: (seria fantasia? ) Habeneck, por ser essa uma solenidade de estado, foi o regente da primeira audição do Requiem de Berlioz. Depois dos três primeiros versos do Requiem terem funcionado bem, ele relaxou e foi pegar um pouco de rapé em sua caixa, enquanto o concerto seguia e justaemente no momento em que há uma transição de tempo para a fanfarra. Com o desastre iminente, Berlioz saltou e assumiu a regência. Se Habeneck regesse com a grade e tivesse percebido a mudança de andamento que se aproximava, talvez o problema tivesse sido evitado. Em seu Tratado sobre a Moderna Instrumentação, Berlioz reforça a necessidade de o maestro reger com a grade e se atém mais à técnica de regência que a problemas de interpretação, exceto por algumas observações mais líricas sobre efeitos que considerava especialmente bonitos. Segundo relatos, Berlioz foi um excelente maestro que confiava mais na clareza do tempo que na extravagância dos gestos. Ainda que você alvo de muitos cartunistas, sua regência inspirava calma e não sucumbia a agitadas tentativas de expressar a música através do movimento.

Berlioz nunca teve uma orquestra estável sob sua direção como Mendelssohn. Ideais de Mendelssohn

Berlioz nunca teve uma orquestra estável sob sua direção como Mendelssohn. Ideais de Mendelssohn como regente: fluidez natural, limpeza e elegância. 1835 – assumiu o Gewandhaus – 5 anos após o desastre presenciado por Wagner com a 9. Sinfonia de Beethoven. Permaneceu lá até o resto de sua vida, com a exceção de algumas ausências para trabalhar em Berlim e como regente convidado, assessorado por seus fiéis discípulos. Mendelssohn sempre pendeu para andamentos mais rápidos para, segundo ele, conferir a impressão de constante fluidez. Berlioz e Wagner achavam que o andamento mais rápido era um meio de se safar de passagens mais perigosos, em que um tempo mais moderado poderia levar ao desastre. Mendelssohn- A presença de Mendelssohn deu status para o Gewandhaus e para Leipzig um dos primeiros a se interessar por música do passado – os músicos se tornaram mais versáteis e o público teve acesso a uma gama maior de estilos. Como Habeneck, Mendelssohn também era um regente discreto. Quando a interpretação era satisfatória, o tempo e o equilíbrio estavam bons, ele parava de reger e só voltava a fazê-lo quando novamente sua intervenção era necessária.

Wagner – passagens por orquestras menores até que assumiu um posto de grande destaque

Wagner – passagens por orquestras menores até que assumiu um posto de grande destaque – Mestre de Capela da Ópera Imperial de Dresden, em 1842. Seu objetivo de transformar os paradigmas musicais desta importante capital era uma tarefa difícil. Situação quando assumiu: - Músicos estatavam sobrecarregados – não havia revezamento, não havia substitutos para um músico que ficasse doente - Os cargos eram vitalícios e os músicos tinham de permanecer trabalhando até a morte, sem aposentadoria - Cargos livres eram preenchidos por uma lista e o critério era a data de inscrição, as vagas tampouco eram anunciadas - Os salários eram extremamente baixos

Medidas propostas por Wagner: - Reorganização do fosso da orquestra e compra de novas

Medidas propostas por Wagner: - Reorganização do fosso da orquestra e compra de novas estantes, - Ampliação do número de músicos e instituição de um cronograma que possibilitasse mais folgas para os intérpretes, - Aumento dos ridículos salários através da realização de concertos sinfônicos regulares, cuja bilheteria seria revertida para os músicos. A rejeição de seus planos fez com que Wagner começasse a defender uma política revolucionária, o que acabou resultando em seu exílio na Suíça. Na Suíça – esporadicamente regente da orquestra semiprofissional da Sociedade Musical de Zurique – memoráveis performances e um pequeno festival com excertos de suas óperas. Planos – fundir a orquestra da Sociedade Musical com a da ópera – ideia não agradou aos dirigentes de ambas instituições a quem Wagner ignorou em seus projetos – a música deveria estar acima das personalidades e do orgulho. Foi apoiado pelos amadores da Sociedade Musical, mas não conseguiu concretizar suas ideias. Como era incapaz de aceitar concessões musicais, passou a ser cada vez menos atuante no cenário musical de Zurique.

1855 – Wagner regeu a Orquestra da Philarmonic Society, em Londres Músicos londrinos consideravam

1855 – Wagner regeu a Orquestra da Philarmonic Society, em Londres Músicos londrinos consideravam Wagner um regente com quem era difícil de se trabalhar, menos agradável do que imaginavam que um maestro deveria ser. Wagner achava a orquestra razoavelmente boa, mas considerava os músicos muito pouco flexíveis – não havia nuances de dinâmica e sutilezas na interpretação. Programas – sinfonias de Beethoven e composições próprias Críticas – tocava os movimentos lentos muito devagar e os rápidos de forma muito acelerada. Músicos se queixavam de uma certa incerteza no tempo e ficavam desorientados com a flexibilidade rítmica que propunha. Wagner tinha sempre leituras muito pessoais, o tempo flutuava bastante e havia muitos rubatos.

1869 – On Conducting – tratado de regência Diferentemente de Berlioz, Wagner não se

1869 – On Conducting – tratado de regência Diferentemente de Berlioz, Wagner não se preocupou com as questões técnicas da regência, deu mais enfoque nas questões interpretativas. Wagner parece ter sentido a música mais de uma forma dramática e emocional que estrutural, muito embora tenha dedicado bastante atenção ao sugerir meios pelos quais os instintos dramáticos do regente seriam controlados por um senso de forma e estrutura. Pode-se afirmar que o tratado de Berloz é para iniciantes, enquanto que o de Wagner é para estudantes avançados. 1895 – Felix Weingartner – livro sobre regência – cita músico de Dresden que relata que, sob a regência de Wagner, a sensação não era de estar sendo conduzido, mas sim de estar se sentindo livres para tocar naturalmente. Essa impressão pode ter resultado da habilidade de Wagner em achar o tempo em que a obra flui organicamente – assunto de que trata no livro. Para Wagner, ao contrário de Berlioz, a partitura deixa lacunas que devem ser preenchidas pelo intérprete e cada indicação, por mais simples que seja, deve ser observada como elemento de um contexto maior; não há instruções objetivas, mas só indicações que forçosamente se mantém vagas.

Escolas de regência – Berlioz X Wagner 1930 – Toscanini e Furtwängler Toscanini- mais

Escolas de regência – Berlioz X Wagner 1930 – Toscanini e Furtwängler Toscanini- mais rigor com as observações da partitura, como Berlioz https: //www. youtube. com/watch? v=Du. K 133 d. K 6 e. Q Furtwängler- discretas flutuações de tempo de acordo com a forma essencial da obra, como Wagner https: //www. youtube. com/watch? v=2 itdv 1 a. Ep. G 4 https: //www. youtube. com/watch? v=4 s 1 OFw. Al. MMw Segundo Wagner, indicações metronômicas são relativas, dependem da acústica do local. Thomas Beecham – gravação da Sinfonia 101 (O Relógio) de Haydn é muito lenta, mas, segundo Raynor, o ouvinte não se dá conta até que a compara com outras. Sua versão de Mestres Cantores parece demasiadamente rápida, mas Beecham mostra que pelo cronômetro, ponto a ponto, é mais lenta que a maioria das versões da obra. O andamento tem também o componente subjetivo.

Mahler fala sobre o tema em seu livro – um allegro em Mozart significa

Mahler fala sobre o tema em seu livro – um allegro em Mozart significa algo diferente que em Beethoven. Tempo seria governado por: - O fraseio da linha melódica - A claridade e a continuidade do ritmo - O tratamento de eventos incidentais no decorrer de um movimento ou obra - A lentidão ou velocidade de um movimento em relação aos outros Ex. : Scherzo 5. Sinfonia de Beethoven – cellos e contrabaixo – a clareza das notas do contrabaixo confere impressão mais marcante que notas emboladas em andamento mais rápido. Spotify 1’ 50” Segundo Mahler, a definição de presto (normalmente o mais rápido possível) deveria ser “a máxima velocidade em que todas as notas ainda são claramente ouvidas”.

Compositores regentes do Romantismo – sequência da tradição de mestre de capela, em que

Compositores regentes do Romantismo – sequência da tradição de mestre de capela, em que o compositor tinha que organizar as performances. Berlioz – aceitou carreira de super star da regência sem reclamar. Wagner e Mahler – detestável distração da principal ocupação que era compor Richard Strauss e Elgar entre outros – restringiram em sua fase mais madura a regência apenas às composições próprias, muito embora haja gravações de Richard Strauss regendo o repertório standard. Hans Richter e Hermann Levy– maestros profissionais que regeram óperas de Wagner em Bayreuth sob sua supervisão – fim da tradição do mestre de capela. Charles Hallé e Hans von Bülow – pianistas de ampla fama internacional que dividiam seu tempo com a regência. Hallé fundou uma orquestra em Manchester que hoje leva seu nome. Hans von Bülow regeu as estreias de Tristão e Isolda e Mestres Cantores

Enquanto uma técnica deficiente é a ruína do instrumentista, basta que o regente consiga

Enquanto uma técnica deficiente é a ruína do instrumentista, basta que o regente consiga minimamente colocar a orquestra junta no tempo para que qualquer técnica específica de batuta pareça menos importante. Considerados grandes mestres da regência, Mahler e Strauss foram autodidatas, aprenderam intuitivamente como reger, às vezes com gestos pouco convencionais. Mahler, pouco antes de morrer, regeu sua 8. Sinfonia, controlando quase 1000 intérpretes – entre instrumentistas e cantores – sem praticamente nenhum gesto da mão esquerda para nuance ou ênfase. Strauss – fotos mostram-no sempre com notável calma, nos anos 1920 e 30. Em Notas para um Regente, ele aconselha o maestro a “colocar o polegar esquerdo debaixo da axila do seu colete e seguir a orquestra só com a mão direita”. . . “quem tem que suar é o público, não o regente”.

Grande desenvolvimento da regência veio com Artur Nikisch Na adolescência foi considerado uma grande

Grande desenvolvimento da regência veio com Artur Nikisch Na adolescência foi considerado uma grande promessa como violinista; aos 19, era violinista da corte de Viena; passou a ser preparador do coro da ópera de Leipzig e depois regente da mesma orquestra. Rapidamente transformou-se em um maestro extremamente requisitado e reviveu obras que ainda não haviam integrado o repertório canônico, como as sinfonias de Schumann. Técnica de regência: - Bulbo na palma e haste da batuta entre o indicador e o polegar – tentativa de expressar praticamente tudo através da batuta - Movimentos somente do punho, sem ombro ou cotovelo - Movimentos do braço esquerdo bastante econômicos, qualquer movimento mais generoso e alto poderia significar um cataclisma de ferocidade https: //www. youtube. com/watch? v=C 0 i. Fn. C_Wp. VU

Discípulos de Nikisch: -Sir Adrian Boult https: //www. youtube. com/watch? v=L 1 NG 7

Discípulos de Nikisch: -Sir Adrian Boult https: //www. youtube. com/watch? v=L 1 NG 7 f. GX 0 i. A Gestos pequenos e econômicos não inibem interpretações poderosas e a tensão emocional - Fritz Reiner – húngaro nascido em 1888, regeu em teatros europeus menores, mas se notabilizou ao radicar-se nos EUA e dirigir as orquestras de Cincinatti, Pittsburg e, finalmente, Nova Iorque. Tirano, ensaios difíceis para os músicos. Combinava mínimo de esforço físico com máximo de concentração e clareza. Contrabaixista foi ao ensaio com telescópio, para enxergar a marcação do tempo. https: //www. youtube. com/watch? v=mga. S 9 CZ 7 Ks. Q

Thomas Beecham – sua batuta e sua mão esquerda faziam tudo o que a

Thomas Beecham – sua batuta e sua mão esquerda faziam tudo o que a música e o estado da performance o impeliam a fazer. Regência mais excêntrica. https: //www. youtube. com/watch? v=QGp. Dka. OYj. AA https: //www. youtube. com/watch? v=v. A 83 lt-Kg 0 M Wilhelm Furtwängler – antípoda do tratamento literal e inelástico da partitura, que regia com Wagner e Mahler conseguindo flutuações de tempo impossíveis de serem notadas, mas que, sob sua batuta, soavam convincentes. Sua batuta não era muito precisa, parecia estar em constante reflexão sobre a interpretação, mesmo em peças que já havia regido muitas vezes antes. Diante da dificuldade do primeiro ataque, músico da filarmônica de Berlim, ao ser indagado como os músicos da orquestra decidiam entrar, disse: “Não decidimos, entramos no nono gesto preliminar”. https: //www. youtube. com/watch? v=UUm-Vfe. CFBI

Otto Klemperer – oposto de Furtwängler e Beecham – visão totalmente estrita da partitura,

Otto Klemperer – oposto de Furtwängler e Beecham – visão totalmente estrita da partitura, interpretação imutável https: //www. youtube. com/watch? v=e 5 Bqk. Xjk 2 c 8 Beecham ou Furtwängler pareciam não ter uma visão tão definitiva em respeito à grandeza das obras, tão marcante que não admitia uma opinião definitiva. Perguntando sobre como conseguia um efeito tão magnífico, Beecham afirmou: “Simplesmente acho os melhores músicos e deixo que eles toquem”. Leopold Stokowski - nascido em Londres de pai polaco e mãe irlandesa. Regente carismático que foi nomeado maestro da Philadelphia Orchestra, em 1912, e a transformou em um dos ensembles mais virtuosos do mundo. Levou a música clássica para os estúdios cinematográficos e para a TV, fez o primeiro concerto televisionado da história. Insistiu com o público aficionado para ouvir peças modernas e difíceis. Especialista nas sonoridades orquestrais e no equilíbrio, experimentou por um longo tempo várias disposições diferentes da orquestras, colocando por um tempo as madeiras à frente das cordas.

Sua técnica de regência era extravagante, usava sua notável sensibilidade de ouvido para servir

Sua técnica de regência era extravagante, usava sua notável sensibilidade de ouvido para servir à orquestra e à música por ela tocada. Stokowsky foi um dos que ficou decepcionado com a batuta, resolveu reger só com as mãos. Pediu que as luzes fossem diminuídas e, à meia luz, os holofotes podiam iluminar o gestual de suas mãos. https: //www. youtube. com/watch? v=FHr. QPm. Ed 5 q 8 https: //www. youtube. com/watch? v=8 QVKU_izu. RY Outros maestros que regeram sem a batuta: Pierre Boulez – parece reger com o ombro, dobra pouco o braço https: //www. youtube. com/watch? v=ewyq. XI 21 vp 0 Hermann Scherchen https: //www. youtube. com/watch? v=UFLdkw. S 0 v. Hk Kurt Masur https: //www. youtube. com/watch? v=l. Sii-j. C 6 -Uo

Antecessor de Stokowsky como showman – Louise-Antoine Julien que regia os Promenade Concerts –

Antecessor de Stokowsky como showman – Louise-Antoine Julien que regia os Promenade Concerts – originalmente concertos dados em um teatro convencional, não em uma sala de concertos em circunstâncias informais e com uma grande quantidade de música ligeira. Tocava com luvas brancas que eram trazidas em uma bandeja de prata. Julien era showman, mas também um músico sério, foi um grande divulgador das sinfonias de Beethoven, que ele convenceu o público a gostar, no meio do século XIX. Bernstein – emocionalmente extravagante https: //www. youtube. com/watch? v=422 -yb 8 TXj 8 George Szell – tirano sem remorso https: //www. youtube. com/watch? v=v. XCD 5 Cuum 6 c Sir John Barbirolli- escravo da orquestra, esperava o mesmo comprometimento dos músicos. https: //www. youtube. com/watch? v=0 y. FFBL 2 als. M Bruno Walter – em seus últimos anos parecia que a orquestra era uma formada por seus sobrinhos e sobrinhas https: //www. youtube. com/watch? v=azt. B 7 E 1 Wjbs