O grito da Terra Envenenar a Terra o
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O grito da Terra! “Envenenar a Terra, é o mesmo que envenenar a placenta, que está alimentando teu filho”. Transição automática dos slides
Sou um ser vivo e meu nome é Terra. Sou a casa do Homem. Sempre o acolhi e ofereci de graça, para ele: Moradia, oxigénio, água e alimento. Além de minha espetacular beleza. . .
O tempo passa e não sou honrada. Deus criou-me e abençoou-me. O homem foi formado do meu pó. . . Bem depois de mim! Deus entregou-me por herança ao homem. Como cuida de sua velha mãe, o homem deveria cuidar melhor de mim. Só tenho recebido abandono, desprezo, desamor e pouca importância.
Tudo o que consigo gerar, é para o uso humano e para outros seres que abrigo. Mas o homem é mesquinho, egoísta e quer ser o dono de tudo. Agride-me, fere-me e toma de mim, todas as minhas riquezas. Deixa –me cicatrizes profundas. Esta mina de diamantes, Leste da Sibéria (Rússia) fica próximo da cidade de Mirny. Tem 525 metros de profundidade e 1, 25 km de diâmetro.
O petróleo é arrancado de minhas entranhas e isto só me enfraquece. Poços são abertos e incendiados, com intenções vergonhosas e sádicas.
O homem espalhou sobre mim, uma manta negra chamada asfalto. Com ela, não consigo transpirar como outrora. Sinto-me sufocada, febril e doente. Este cobertor de asfalto tem me dado muito calor. Não consigo tirá-lo, para refrescar-me.
Arrancaram minhas vestes e me desnudaram. Minhas matas e florestas estão sendo destruídas, adulteradas e saqueadas.
Veja parte de minhas cicatrizes. . .
A assolação estendeu-se sobre meu corpo. Lançaram fogo sobre minhas vestes. . . Poucos correm para socorrer-me. Muitos estão cegos e insensíveis. Observam-me agonizando, enquanto contam seus lucros insaciáveis.
Estou sendo vergonhosamente atacada e dizimada, pela implacável crueldade humana. Antes, minha chuva molhava as plantações. Agora a chuva ácida, é provocada pelo homem, exterminando minhas vegetações.
Hidroelétricas possantes são construídas. Mas, a fauna, flora e rios, são sacrificados. . . As águas dos rios e dos mares, formam o meu sangue.
A camada de ozono, minha proteção natural a teu favor, foi violentamente agredida.
Asfixiam-me com detritos e gases (monóxido de carbono). (Pequenos atos de educação, não jogando papel no chão, ou lixo nos córregos, já me ajudariam).
A poluição desenfreada, me contamina e me envenena, lentamente. Muitos seres estão pagando, com a própria vida. O homem pensa muito, em si mesmo.
Sinto-me sozinha e indefesa. Bombas atómicas são explodidas impiedosamente. Testes nucleares são constantemente realizados sobre mim. Mísseis e outros artesanatos nocivos são desenvolvidos, com a intenção de matar.
Minha superfície e biosfera, estão desequilibradas. Já não sou a mesma jovem do passado, sinto-me fraca. Não consigo mais controlar minhas reações. As vezes tenho tremores e sinto calores intensos, que não consigo esconder.
Degelo, aquecimento global e enchentes, são alguns sinais das enfermidades, que lançaram sobre mim.
Percebo que o homem realmente, não gosta de mim. . . É insensível aos meus tremores. Não ouve os meus gemidos e soluços. Mas, preciso gritar bem alto!
O homem não está percebendo minhas lágrimas. . . Minha voz está presente em meus sinais silenciosos. . .
Sou uma das pequenas engrenagens do Universo. Observo inúmeros objetos lançados pelo homem, formando ao meu redor, o lixo espacial. Depois não reclamem, não exijam nada de mim. . .
O homem acendeu uma bomba relógio contra si.
Existem muitas bandeiras, que devem ser respeitadas, não é? Existem muitas leis. . . E eu (a Terra), que te alimento e te carrego no colo, de dia e de noite. . . Tenho algum direito?
Ouça meus últimos gritos: . . Socorro! Ajuda-me!. . . Ainda dá tempo. . . Não me deixe ficar estéril. Tenho um compromisso contigo. . Mesmo ferida. . . Preciso produzir grãos e alimentos. Para que possas viver! Esta é a tarefa que recebi : Cuidar de Você! Com proteção e Amor! Assinado:
Texto escrito e montado por: Waldimir Diniras Martins e-mail: waldimirmartins@yahoo. com. br Imagens: Internet Música: Ameno versão PT Chrys C
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