O escritor Caio Fernando Abreu Caio Fernando Abreu
O escritor Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu foi um dos nomes mais importantes da literatura brasileira. Mesmo em pouco tempo de vida – ele morreu aos 47 anos, vítima da AIDS – deixou uma imensidão de livros, estudos, peças e debates. Polemico e genial, suas obras foram traduzidas em doze idiomas e ganharam o mundo. Com depoimentos de amigos e familiares, o filme ainda traz diários e anotações pessoais do escritor gaúcho. ” Visitar página Visualizar imagem
Caio Fernando Loureiro de Abreu • Foi jornalista, dramaturgo e escritor. • Estudou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porém abandonou os cursos para trabalhar como jornalista de revistas de entretenimento, tais como Nova, Manchete, Veja e Pop, além de colaborar com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Foi perseguido durante a ditadura, inclusive se exilando no exterior. Faleceu em 25 de fevereiro de 1996, vítima de HIV e complicações da doença, aos 47 anos. Há poucos anos, a sua obra novamente efervesceu e se tornou conhecida pelos jovens, principalmente pela internet, onde os seus livros foram divulgados, sendo Morangos Mofados, o mais famoso.
A OBRA Contos: Inventário do Irremediável O Ovo Apunhalado Pedras de Calcutá Morangos Mofados Os Dragões não conhecem o Paraíso Ovelhas Negras Mel & Girassóis Estranhos Estrangeiros Molto lontano da Marienbad, Ediz. Zanzibar, Milano 1995 I Draghi non conoscono il Paradiso, Ediz. Quarup, Pescara 2008 Triangolo delle acque, Ediz. Quarup, Pescara 2013 Pra sempre teu, Caio F.
Novelas: Triângulo das Águas As Frangas, novela infanto- -juvenil Bien loin de Marienbad.
Teatro: A Maldição do Vale Negro O Homem e a Mancha Zona Contaminada Teatro Completo, 1997.
Romances: Limite Branco, 1970 Onde Andará Dulce Veiga? Dov’è finita Dulce Veiga, Ediz. La nuova Frontiera, Roma 2011.
Tradução: A Arte da Guerra, de Sun Tzu, 1995 (com Miriam Paglia). A Balada do Café Triste, de Carson Mc. Cullers, 1991. Outros: Cartas, (Correspondência) Pequenas Epifanias (Crônicas).
Prêmios: Prêmio Jabuti de Literatura, 1996, categoria Contos / Crônicas / Novelas – livro “Ovelhas Negras” Prêmio Jabuti de Literatura, 1989, categoria Contos / Crônicas / Novelas – livro “Os Dragões não Conhecem o Paraíso” Prêmio Jabuti de Literatura, 1984, categoria Contos / Crônicas / Novelas – livro “O Triângulo das Águas” Revista IstoÉ, 1982, Melhor Livro – “Morangos Mofados”.
Filmes/ Adaptações: Onde Andará Dulce Veiga? Aqueles Dois Romance.
Curiosidade sobre Caio Fernando Abreu • 1 - Gostava de escrever com fundo musical e tentava incorporar, ao texto, o ritmo da música, procedimento que chamava de "coreografia verbal". Sua intenção era de projetar os sons até mesmo na experiência da leitura. • 2 - Seu sonho sempre foi viver apenas dedicado aos seus livros, fazendo carreira como escritor. Dizia que trabalhar na imprensa era “costurar para fora” e também um emprego banal, que servia apenas para pagar o aluguel. Era cético em relação ao jornalismo e apenas quatro anos antes de sua morte realizou o sonho de ser apenas escritor – nesta época começou a ser traduzido para diversos idiomas e participava de lançamentos no mundo todo.
Curiosidade sobre Caio Fernando Abreu • 3 - Muitos de seus livros saíram de anotações de seus diários (prática que manteve durante toda vida) e também de correspondências que costumava trocar intensamente com amigos e pessoas queridas, de grande importância em sua vida. • 4 - Caio costumava definir-se como um autor que procura seus personagens ‘on the road’(NA ESTRADA). Assim, trabalhou fazendo faxina, lavando pratos, como operário e também modelo em alguns cursos de artes plásticas. Além disso, ele dizia que fazia biscate, o que significava que trabalhava em jornais e revistas para se sustentar.
Curiosidade sobre Caio Fernando Abreu • 5 - Há quem diga que sua vida era cinematográfica devido a alguns acontecimentos e situações bizarras. Quando viveu em São Paulo, por exemplo, Caio morava no centro, em um apartamento com paredes corde-rosa que dividia com algumas pessoas. Porém, dentre os inquilinos estava um garoto que dormia no banheiro com uma cobra.
INFLUÊNCIAS • Principais influências: Clarice Lispector (Geração de 45), Hilda Hilst, Gabriel García Márquez e Julio Cortázar. • Sua prosa introspectiva revela a pressão de se sentir sozinho, esmagado por uma realidade opressiva que não faz a menor questão de estimular alguém a permanecer vivo. • A prosa desse período assistiu a uma consolidação da crônica, do conto e do romance policial e psicológico. • A estrutura do conto: começo, meio e fim cedeu espaço a uma narrativa preocupada em fotografar instantes, episódios ricos em sugestões e flagras intensamente poéticos sobre a significação humana. (impressionista)
Contexto • Entre os anos de 1970 e 1990, a literatura brasileira viveu uma espécie de apoteose criadora. • Os poetas marginais, com seus textos mimeografados, aguçaram a irreverência, a sensibilidade e a liberdade de criação dos modernistas. • Ditadura Militar A presença da linguagem IMAGÉTICA é fortemente percebida pelos detalhes, permitindo ao leitor imaginar os cenários. Movimentos Contraculturais: • Ideologia "paz e amor“ (movimento Hippie): o movimento negro, a rebeldia estudantil, a revolução sexual, o feminismo e o movimento gay, marcados pelo inconformismo. • Cenário cinzento: ditaduras latino-americanas, o imperialismo norteamericano e a guerra do Vietnã.
- Slides: 15