Nossa vida no mais a mesma desde que

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“Nossa vida não é mais a mesma desde que a Embraport construiu um terminal

“Nossa vida não é mais a mesma desde que a Embraport construiu um terminal e, agora, terá outro, o Santorini” A construção do terminal Santorini trará mais impactos ambientais e problemas aos moradores da ilha Diana do que aqueles trazidos anteriormente pela Embraport. http: //grupomacuco. com. br/noticias/index. php/tag/ilha-diana/ Rio Diana junto da Ilha com seus barcos de pesca e transporte A Ilha Diana é um refúgio tipicamente caiçara, onde se encontram ecoturismo e gastronomia, além de morros distantes, ilhas cobertas por vegetação baixa, um rio de águas tranquilas – o Rio Diana – e um manguezal cheio de vida. Os moradores consideram sua terra um paraíso sem igual. Os primeiros moradores chegaram na década de 40, vindos da região em que está hoje a Base Aérea de Santos. Atualmente, cerca de 55 famílias moram na ilha. Algumas ainda vivem da pesca artesanal e coleta de mariscos, outras trabalham na cidade e o restante se mantém com o turismo, usando o dinheiro para a manutenção da ilha também. A comunidade encanta pela sua simplicidade e pelo seu modo de vida. Lá, há casas de madeira e alvenaria e embarcações, utilizadas para o turismo e, principalmente, para a pesca. As pessoas podem sair de casa sem se preocupar com perigos de uma metrópole, todos os moradores se conhecem e se tratam como uma grande família, deixam as portas abertas, o local é sempre tranquilo e alegre. Eles se conhecem por apelidos e conservam tradições como a fé expressa nas festas de Bom Jesus. Ainda, é comum terem os mesmos sobrenomes, pois toda a população vem das famílias Quirino, Souza, Hipólito e Goes. As pessoas podem sair de casa sem se preocupar com perigos de uma metrópole. O turismo na Ilha Diana O turismo é uma atividade muito importante atualmente para a Ilha Diana e seus moradores, pois contribui positivamente para a economia do local. Nesse sentido, a construção de

terminais portuários é muito preocupante, porque já está prejudicando o ambiente, assim como a

terminais portuários é muito preocupante, porque já está prejudicando o ambiente, assim como a pesca. Em 2013, na Ilha Diana, surgiu o Programa de Educação Ambiental (PEA) Vida Caiçara – Educação Ambiental e Turismo de Base Comunitária. Apoiado pela Embraport (Empresa Brasileira de Terminais Portuários), em parceria com a Prefeitura Municipal de Santos, seu lançamento foi realizado com a presença de um grupo de convidados, entre representantes da Secretaria de Turismo de Santos, professores de escolas estaduais e municipais da região e profissionais de turismo, que ajudarão no processo de inserção da Ilha como rota turística da cidade. Hoje vizinha do gigante Porto de Santos, a comunidade da Ilha Diana é uma das últimas colônias de pescadores da Região Metropolitana da Baixada Santista Em desenvolvimento desde outubro de 2012, a iniciativa reuniu pessoas da comunidade decididas a se qualificarem para assumir a responsabilidade de coordenar os passeios. O Vida Caiçara contribui para compor a renda familiar dos moradores e representa uma maneira de cultivar as raízes e saberes locais. Ao total, 24 pessoas foram treinadas por outras também incluídas no projeto, porém com mais tempo trabalhando nele para atuarem na monitoria e alimentação dos visitantes. A Embraport e os riscos à comunidade O ambiente caiçara, o mangue e a natureza diversa são os elementos que proveem o ecoturismo. No entanto, os moradores estão prestes a perdê-lo, já que, com a Embraport e a Santorini, não haverá mais tantos peixes e o mangue, característico da vida dos moradores, será afetado. Além disso, o rio ficará mais poluído, afinal, os terminais trarão resíduos para a água. Hoje vizinha do gigante Porto de Santos, a comunidade da Ilha Diana é uma das últimas colônias de pescadores da Região Metropolitana da Baixada Santista e está sob risco de sumir por conta dos terminais portuários de empresas como a Embraport. Esta é a responsável pela implantação e operação de um dos maiores terminais portuários privados do Brasil, na margem esquerda do Porto de Santos (SP). A obra de instalação portuária do Terminal Embraport alterou o modo de vida da comunidade caiçara da Ilha Diana, situada nas proximidades do empreendimento. Historicamente, as comunidades caiçaras viviam da exploração dos recursos naturais do ambiente, como as plantas, e também da caça e pesca.

Morador pescando com rede Contudo, o ambiente do estuário de Santos vem se transformando

Morador pescando com rede Contudo, o ambiente do estuário de Santos vem se transformando pela expansão portuária e, por conta disso, os moradores da Ilha tiveram seu modo de vida modificado. O empreendimento do novo terminal gerou impactos ambientais e sociais negativos à comunidade, como a diminuição da fauna e da flora e, sobretudo, da pesca. Apesar disso, o benefício econômico gerado pela operação do terminal à cidade de Santos foi predominante para a aprovação e instalação dele. Com investimentos totais de R$ 2, 3 bilhões, a Embraport proporcionou a criação de mais de 700 empregos diretos e 1. 500 indiretos, porém não houve contratações de moradores da ilhas, pois foram considerados incapazes de trabalhar no local. Seus principais acionistas são Odebrecht, Trans. Port e P World. Na documentação analisada (termos de ajustamento de conduta, reuniões realizadas na associação local, cartas endereçadas ao poder público), observou-se que, entre os vários acordos estabelecidos entre os moradores e a construtora, está o oferecimento de cursos de capacitação para o trabalho dos moradores da ilha no terminal. Os cursos foram dados, os empregos, não. Também foi acordado o apoio da empresa para a reurbanização da comunidade, com instalação de infraestrutura, como energia elétrica, o que foi feito. O desenvolvimento de novas atividades econômicas, como o ecoturismo, teve o apoio da empresa, de modo a gerar renda à comunidade. Apesar dessas contribuições, a comunidade ainda teme a expansão portuária. “O nosso maior medo é ter que sair da ilha, pois essas grandes empresas podem querê-la e nós não temos voz ativa ou poder suficiente para não deixar isso acontecer, mas lutamos contra isso. ”

Para a Embraport, a desocupação da Ilha Diana seria um ótimo investimento; já para

Para a Embraport, a desocupação da Ilha Diana seria um ótimo investimento; já para os moradores, perder a Ilha seria mais do que uma retirada de pessoas, seria a perda de uma cultura, das raízes da comunidade. Os moradores têm muito medo de perder seu lar. Impactos causados na Ilha pela construção dos portos Para a Ilha Diana, o aterramento do manguezal foi o principal ponto de conflito, pois se tratava de um ecossistema fundamental para a sobrevivência dela. Os moradores temiam que ocorresse uma elevação dos níveis da maré, provocando enchentes e inundações frequentes em suas residências, o que já vem acontecendo. Somado a isso, os habitantes já percebiam o prejuízo aos estoques pesqueiros do entorno da ilha. A comunidade percebeu que a decisão tomada causou um impacto real, que resultou em problemas sérios, como a retirada da principal renda, a pesca. Os moradores não podem mais sair de casa, entrar no barco e pescar o jantar; não podem entrar no mangue, colocar a mão na terra e tirar um marisco; não podem mais ter uma vida caiçara real, já que, com os portos, os peixes, o mangue, e a natureza foram prejudicados. “Meu filho não vai saber o que é ser um caiçara de verdade! Nem eu sei direito”, disse um jovem da família Souza. Angela é uma moradora da ilha e diz que “infelizmente, nos dias de hoje, não conseguimos viver mais da pesca e é necessário trabalhar fora da Ilha. A Embraport diz que não temos capacidade para trabalhar em um local daquele porte. O nosso maior medo é ter que sair da Ilha, pois essas grandes empresas podem querê-la e não temos voz ativa ou poder suficiente para não deixar isso acontecer, mas lutamos contra isso”. Construção de um outro terminal: Santorini A Santorini Terminais e Armazéns Gerais, do Grupo Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais (EBT), está preparando a implantação de um novo terminal privado no Porto de Santos, destinado à movimentação de produtos químicos. Conforme o projeto, o empreendimento poderá operar 26 milhões de toneladas anuais de mercadorias, ampliando em 20% a capacidade de carga do cais santista, e aposta, principalmente, nas ferrovias para transportar mercadorias entre a região e o interior do país. Assim como a Embraport, o terminal privado prejudicará ainda mais a Ilha Diana e seus moradores, pois não haverá movimentação de produtos químicos na área pesqueira dos moradores.

A construção do empreendimento foi aceita por gerar uma grande renda. O terminal foi

A construção do empreendimento foi aceita por gerar uma grande renda. O terminal foi planejado com objetivo de favorecer ainda mais o Porto de Santos e garantir uma melhora do local em geral, pois amplia a capacidade de armazenagem da região e a eficiência do complexo para a indústria, o que enriquece o país. Angela, moradora da Ilha Diana, alega que “a Santorini vai ser outra ameaça para o meio ambiente e para os moradores, jogando lixo tóxico. A quantidade de peixe com certeza vai diminuir, o mangue vai ficar mais poluído e grandes impactos ambientais vão ocorrer, o que ameaçará nossa saúde. ” cuidam, já que os terminais estão gerando vários impactos ambientais que prejudicam a natureza e os moradores. A Ilha pode, um dia, se tornar um terminal também, e, para isso não ocorrer, é necessário que os moradores tenham força e lutem pelos seus direitos, pois dentro da Ilha não há apenas pessoas e, sim, uma cultura, um outro modo de vida, que não pode apenas ser jogado fora como algo sem valor. Além disso, os moradores pedem pelo bom senso das construtoras e do governo para pensarem menos na economia e mais na cultura caiçara e nas pessoas. https: //www. youtube. com/watch? v=jc. Dp. LK 1 Wn. D 0 Vista panorâmica da Ilha Diana O conflito entre o progresso econômico e a preservação cultural Os moradores da Ilha estão preocupados com a possibilidade de serem retirados da região que ocupam há tanto tempo, que tanto preservam e Isabela Yoshinaga Isadora Reis Carolina Pereira Luiza S.