Nossa Senhora de Lourdes 11 de Fevereiro Ano

Nossa Senhora de Lourdes 11 de Fevereiro

Ano Litúrgico Leituras da Liturgia Eucarística para a Missa de N. Sra. de Lourdes A celebração é no dia 11 de fevereiro, data da primeira aparição. Gn 3, 1 -8 Sl 31 Mt 7, 31 -37

Nossa Senhora de Lourdes Narram as crônicas. . . tudo começou no dia 11 de fevereiro de 1858. Maria Bernarda Soubirous, jovem camponesa de 14 anos, disse à mãe que tinha visto uma senhora na gruta de Massabielle, que ficava próxima à cidade. Ela tinha ido recolher lenha em companhia de sua irmã, Toinette e da amiga Jeanne Abadie. A senhora lhe apareceu em outras ocasiões, até ela completar 17 anos. Foram recolher lenha para vender e comprar pão. Tirando os sapatos e as meias para atravessar a água, junto à gruta de Massabielle, ela ouviu o som de duas rajadas de vento, mas as árvores e arbustos não se mexeram.

Bernadete viu uma luz na gruta e uma menina, tão pequena como ela, vestida de branco, com uma faixa-azul presa em sua cintura, rosas de ouro amarelo, uma em cada pé, com um rosário nas mãos e em oração. Bernadete tentou manter isso em segredo, mas Toinette disse à mãe. Sua mãe procurou convencê-las de que não era nada e que procurassem esquecer isso. Foram inclusive castigadas.

Três dias depois, elas voltaram à gruta, levando água benta para testar a aparição. Queriam saber se era algo maligno ou não! Mas com a água benta, a visão apenas inclinou a cabeça em agradecimento. No dia 18 de fevereiro, a senhora lhe pediu que retornasse à gruta nas próximas duas semanas. Disse-lhe: "Eu prometo fazer você feliz não neste mundo, mas no próximo!“ O assunto saiu da esfera meramente familiar. As autoridades policiais e municipais foram atrás do assunto. Os pais de Bernadete e o comissário de polícia proibiram-na de ir à gruta. Mas ela não obedeceu!

No dia 24 de fevereiro, ela lá estava novamente. A senhora lhe pediu oração e penitência pela conversão dos pecadores. No dia 25 de fevereiro, a senhora pediu que ela cavasse no chão para beber água de uma nascente que surgiu. A notícia se espalhou. A água foi dada a muitos doentes. Correram notícias de muitas curas milagrosas. Em 1860 o professor Verges declarou que sete das curas ocorridas ali não tinham explicação médica. O primeiro milagre provado foi o de uma mulher, cuja mão direita tinha sido deformada em consequência de um acidente. Descem bênçãos dos céus e complicam-se as coisas humanas na terra!

O governo vedou a Gruta e emitiu sanções mais duras para alguém que tentasse chegar perto da área. As aparições de Lourdes tornaram-se uma questão nacional na França. Bernadete continuou firme. O governo proibiu que visitassem a gruta, mas ela conseguiu continuar indo lá à noite, às escondidas. No dia 25 de março a senhora lhe disse: “Eu sou a Imaculada Conceição!” No dia 07 de abril, domingo de Páscoa, um médico examinou Bernadete segurando uma vela acesa nas mãos. O fogo não lhe queimava! No dia 16 de julho, Bernadete esteve na gruta pela última vez. Na ocasião ela disse: “Eu nunca a tinha visto tão bonita antes!”

No dia 4 de outubro de 1858, o imperador Napoleão interveio, ordenando que a gruta fosse reaberta. A Igreja Católica não se manifestou, como é normal. Não cria polêmica. Diante da situação surgida a nível nacional, no dia 17 de novembro de 1858 a Igreja Católica decidiu criar uma comissão de inquérito para o fato. No dia 18 de Janeiro de 1860, o bispo local declarou que: “de fato a Virgem Maria apareceu a Bernadete Soubi-rous!” A partir daí, teve início o culto mariano a Nossa Senhora, a Virgem de Lourdes, na França.

No dia 18 de janeiro de 1862, Dom Laurence, bispo de Tarbes, deu a declaração solene: "Inspirados pela Comissão composta por sábios, doutores e experientes sacerdotes questionaram a criança, estudaram os fatos, examinaram tudo e pesaram todas as provas, chamamos também a ciência e estamos convencidos de que as aparições são sobrenaturais e divinas e que, por consequência, o que Bernadete viu foi a Santíssima Virgem Maria. Nossas convicções são baseadas no depoimento de Bernadete, mas, sobretudo, sobre as coisas que têm acontecido, coisas que não podem ser outra coisa senão uma intervenção divina”.

O Santuário de N. Sra. de Lourdes O Santuário consta de uma ampla área com duas basílicas, várias capelas e muitas outras instituições que foram construídas em torno da Gruta, na cidade de Lourdes, na França. No conjunto funcionam atividades devocionais, escritórios, alojamentos para peregrinos doentes e seus acompanhantes. Fazem parte do Santuário o complexo de águas da fonte e os escritórios do departamento médico de Lourdes. A área é de 51 hectares e inclui 22 lugares distintos de culto. No Santuário há atendimento oficial em seis línguas: francês, inglês, italiano, espanhol, holandês e alemão.

A Canção de Bernadete Em 1943 foi feito o filme “A Canção de Bernadete”. Jennifer Jones interpretou Bernadete e Linda Darnell retratou a Virgem Maria. O filme ganhou vários prêmios da Academia, incluindo um Oscar de Melhor Atriz para Jones. Na primeira cerimônia dos Globos de Ouro, em 1944, Jones recebeu o prêmio de melhor atriz e o filme ganhou o prêmio de melhor filme.

As aparições de Lourdes e os Papas Embora as aparições de Lourdes não sejam um dogma de fé para os católicos, em 1862 o Papa Pio IX autorizou a veneração de Nossa Senhora com este título “de Lourdes”. Os papas Bento XV, Pio XI e João XXIII visitaram Lourdes quando ainda eram bispos. O Papa Pio XII visitou Lourdes como enviado do papa. E como papa, na comemoração do 100º aniversário das aparições, ele publicou uma carta encíclica sobre o tema. S. João Paulo II visitou Lourdes três vezes. Bento XVI, visitando a França, concluiu a visita em Lourdes, no dia 15 de setembro de 2008, comemorando o 150º aniversário das aparições. Hoje Lourdes, na França, recebe em média 6 milhões de peregrinos ao ano.

Santa Bernadete Soubirous Marie-Bernard Soubirous (Santa Bernadete) nasceu em Lourdes (sul da França), em 7 de janeiro de 1844 e faleceu em Nevers (França), no dia 16 de abril de 1879. Foi religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Dedicou-se à enfermagem, até ser imobilizada pela doença que lhe causou a morte em 1867. Foi canonizada em 8 de dezembro de 1933, pelo Papa Pio XI. Sua festa é celebrada no dia 16 de abril, embora na França a celebrem no dia 18 de fevereiro.

Prece a Nossa Senhora de Lourdes A vós me dirijo, Mãe Santíssima, tendo em mente vossas aparições a Santa Bernadete, na gruta de Lourdes. Lá e através de Santa Bernadete, indicastes aos que se extraviam o caminho da oração, da íntima união com Deus para que, sobre cada um de nós, paire a bondade e a misericórdia de Deus. Em meio a minhas angústias e amarguras, dirijo-me a vós. Socorrei-me!

Aliviai os corações que sofrem! Amparai os fracos! Permanecei conosco, sendo alento em nossa vida! Fonte de água salutar, que tem seu símbolo na fonte de Lourdes onde Santa Bernadete saciou sua sede, reanimai nossos corações na caminhada! Despertai em nossos corações um amor ao próximo mais intenso, para que vivamos o amor e sejamos verdadeiros discípulos missionários do Redentor! Amém! Texto: P. José Geraldo Rodrigues

Dia Mundial do Enfermo 11 de fevereiro A Igreja Católica celebra o Dia Mundial do Enfermo no dia 11 de fevereiro, data da primeira aparição de Nossa Senhora em Lourdes, na França. Ressaltamos em nosso trabalho alguns tópicos da mensagem de Bento XVI para o 16º Dia Mundial do Enfermo de 2011.

O mistério do sofrimento “Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja partilhado e também assumido interiormente, é uma sociedade cruel e desumana”. As autoridades e os doentes – “As autoridades invistam mais energias nas estruturas da saúde para que sejam de ajuda e suporte aos que sofrem, principalmente aos pobres e aos necessitados”.

Fé em Deus “Somente um Deus que nos ama, até assumir para si nossas feridas e nosso sofrer, principalmente sendo inocente, é digno de fé” (Mensagem Urbi et Orbi, Páscoa de 2007). Jovens doentes “A Cruz é o sim de Deus ao Homem, a expressão mais alta e mais intensa de seu amor e a fonte da qual jorra a vida eterna. Do coração traspassado de Jesus jorra esta vida. Só Ele é capaz de libertar o mundo do mal e de fazer crescer seu Reino de Justiça, de Paz e de Amor ao qual todos aspiramos” (cfr. Mensagem pela Jornada Mundial da Juventude 2011).

Jovens, criem solidariedade “Jovens doentes e sadios, criem pontes de amor e solidariedade, para que ninguém se sinta só, mas próximos de Deus e parte da grande família de seus filhos”. (Bento XVI, Audiência Geral, 15 de novembro de 2006).

Caros doentes, rezem! “Caros doentes, voltem-se para Jesus, com o coração traspassado na cruz, e rezem a Oração de Santo Inácio de Loyola: “Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, fortificai-me. Oh bom Jesus, escutai -me. Em vossas chagas, escondei-me!” Ninguém se sinta marginalizado “Se todos os homens são nossos irmãos, aquele que é débil, sofredor ou necessitado de cuidado deve estar mais no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado; com efeito “a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre”.

A sociedade e os que sofrem “Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido, mesmo interiormente, é uma sociedade cruel e desumana” (Bento XVI, Carta enc. Spe salvi, 38)

Mistério do sofrimento “O sofrimento permanece sempre carregado de mistério, difícil de aceitar e suportar. Os dois discípulos de Emaús caminham tristes, devido aos acontecimentos daqueles dias em Jerusalém, e só quando o Ressuscitado percorre a estrada com eles, se abrem a uma visão nova. (Lc 24, 13 -31). Também o apóstolo Tomé mostra a dificuldade em crer na via da paixão redentora: “Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei”. (Jo 20, 25).

Diante de Cristo, que mostra as suas chagas, a sua resposta transformase numa comovedora profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28). O que antes era um obstáculo intransponível, porque sinal da aparente falência de Jesus, torna-se, no encontro com o Ressuscitado, a prova de um amor vitorioso: “Somente um Deus que nos ama a ponto de carregar sobre si as nossas feridas e a nossa dor, sobretudo a dor inocente, é digno de fé!” (Bento XVI, Mensagem Urbi et Orbi, Páscoa de 2007)

Esperança no sofrimento “Deus não pode padecer, mas pode compadecer-se!”, frisa São Bernardo. Deus, a Verdade e o Amor em pessoa, quis sofrer por nós e conosco; fez-se homem para poder compadecer com o homem, de modo real, em carne e sangue. Em cada sofrimento humano, portanto, entrou Aquele que partilha o sofrimento e a suportação; em cada sofrimento difunde-se a consolação do amor partícipe de Deus para fazer surgir a estrela da esperança” (Bento XVI, Carta enc. Spe salvi, 39).

Eucaristia alimento “Jovens, aprendei a “ver” e a “encontrar” Jesus na Eucaristia, onde Ele está presente de modo real para nós, até se fazer alimento para o caminho. Mas sabei reconhecê-lo e servi-lo também nos pobres, nos doentes, nos irmãos sofredores e em dificuldade, que precisam da vossa ajuda”. (Bento XVI, Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude de 2011)

Nossa Senhora está com os que sofrem “Caros enfermos, ao vosso lado vigie a Virgem Maria, que invocamos com confiança como ‘Saúde dos enfermos e Consoladora dos sofredores’. Aos pés da Cruz realiza-se para Ela a profecia de Simeão: o seu Coração de Mãe é trespassado (Lc 2, 35). Do abismo da sua dor, participação no sofrimento do Filho, Maria tornou-se capaz de assumir a nova missão: tornar-se a Mãe de Cristo nos seus membros. Na hora da Cruz, Jesus apresenta-lhe cada um dos seus discípulos, dizendo-lhe: ‘Eis o teu filho’ (Jo 19, 26 -27). A compaixão materna para com o Filho torna-se compaixão materna para cada um de nós nossos sofrimentos quotidianos” (Bento XVI, Homilia em Lourdes, 15 de setembro de 2008).

CRÉDITOS Coordenação geral e texto: P. José Geraldo Rodrigues Formatação: Ana Almada Música: Ave Mater - Gregoriano Ilustrações: da Internet www. aparecidadasaguas. com vivencias@aparecidadasaguas. com © direitos reservados ©