MTODOS E TCNICAS DE PESQUISA QUALITATIVA DADOS VERBAIS
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA QUALITATIVA DADOS VERBAIS
INTRODUÇÃO As tabelas sobre entrevistas e procedimentos com grupos a seguir fazem parte da tabela 16. 1 do livro Introdução à Pesquisa Qualitativa, de Uwe Flick e integram o capítulo Dados Verbais: uma visão geral. Como afirma Flick, “A palavra falada é central para essa abordagem, bem como os dados que produzem”.
ENTREVISTAS CRITÉRIO S FOCALIZADA SEMI PADRONIZADA CENTRAD A NO PROBLEM A Abertura à opinião subjetiva do entrevistado por meio de: Não direcionamento por questões não estruturadas Questões abertas - Orientação para o objeto e para o projeto; Estruturação (por exemplo: aprofundamento) do assunto por meio de: - Um estímulo; - Questões estruturadas; - Foco em emoções Contribuição para o desenvolvimento geral da entrevista como método de: - Quatro critérios para o planejamento de entrevistas; - Análise do objeto como um segundo tipo de dado - Questões direcionadas para as hipóteses; - Questões confrontativas - Estruturação de conteúdos utilizando a técnica de disposição de estrutura; - Sugestões para a exposição do conhecimento - Espaço para narrativas Guia de entrevistas como base para reviravoltas e para finalizar apresentações improdutivas - Breve questionário; - Pós escrito Com Especialisttas Etnográfica Limitada, pois seu interesse está centrado apenas no especialista e não na pessoa Questões descritivas Guia de entrevista como instrumento para a estruturação - Questões estruturais; Ênfase no direcionamento: limitação de entrevista ao especialista Ênfase no problema da produção de situações de entrevista - Questões constrativas
AINDA AS ENTREVISTAS CRITÉRIO S FOCALIZADA SEMI PADRONIZADA CENTRAD A NO PROBLEM A Domínio da Aplicação Análise de significados subjetivos Reconstrução de teorias subjetivas Problemas na condução do método Dilema da combinação de critérios - Imput metodológico extensivo; - Problemas de interpretação - Apresentação de uma estrutura; Problemas social ou biograficamente relevantes Mudança não sistemática da narrativa para o esquema perguntaresposta -Orientação para o problema; - Necessidade de adaptação do método ao assunto e ao entrevistado - Combinação não sistemática dos mais diversos elementos parciais Limitações do Método - A suposição do conhecimento das características objetivas do objeto é questionável; - Dificilmente aplicada em sua forma pura Com Especialisttas Conhecimento de especialistas em instituições - Difusão do papel do entrevistado; - Bloqueio do especialista Limitação da interpretação sobre o conhecimento dos especialistas Etnográfica No esquema da pesquisa de campo em campos abertos Mediação entre uma conversa amigável e uma entrevista formal Essencialmente sensata em combinação com a observação e pesquisa de campo
NARRATIVAS E PROCEDIMENTOS COM GRUPOS CRITÉRIOS ENTREVISTA NARRATIVA ENTREVISTA EPISÓDICA DISCUSSÃO EM GRUPOS FOCAIS NARRATIVAS CONJUNTAS Abertura à opinião subjetiva do entrevistado por meio de: Estruturação (por exemplo: aprofundamento) do assunto por meio de: Sem influência de narrativas já iniciadas - Narrativas de experiências significativas; Leva em consideração o contexto grupal Abandono do estímulo narrativo e das intervenções metodológicas -Seleção pelo entrevistado - Moderação não diretiva da discussão; - Clima permissivo na discussão - Conexão das narrativas e argumentações; - Sugestão de condições concretas a serem narradas - Desenvolvimento da dinâmica no grupo; - Direcionamento enquanto guia Utilização de um guia de entrevista para direcionar a discussão - Dinâmica de narrativa conjunta; Checlist para dados demográficos; Contribuição para o desenvolvimento geral da entrevista como método de: Domínio da Aplicação Problemas na condução do método Limitações do Método - Questões gerativas de narrativas; - Fragmento de questionamento narrativo ao final; -Componente de equilíbrio - Localização da estruturação no início e ao final da entrevista; - Análise sistemática das narrativas como instrumento Cursos biográficos -Situação de entrevista extremamente unilateral; - Protocolo de observação - Conexão sistemática da narrativa e da argumentação como tipo de dados; Questão gerativa de narrativa intencional Alternativa à entrevista individual graças à dinâmica de grupo Simulação de forma como os discursos e as representações sociais são gerados em sua diversidade - Combinação de análises narrativas e de interação; - Ênfase no componente construtivo das narrativas Mudança, rotinas e situações na vida cotidiana Pesquisa de opinião e de atitude Pesquisa de Marketing e de Mídia Pesquisa de família -Exposição do princípio; Mediação entre pessoas quietas e comunicativas Como tirar uma amostra de grupos e de membros Abandono do foco da narrativa sobre o episódio - Grande esforço organizacional; - Documentação de dados; - Abandono da direção; - Identificação de narradores individuais e de vários narradores ao mesmo tempo - Posição própria como método único? -Problemas do narrador; - Manuseio do guia de entrevista -Zugzwangs problemáticos -Suposta analogia entre experiência e narrativa; Limitação do conhecimento cotidiano - Redução do objeto a algo que possa ser narrado - Problemas de comparabilidade - Ampliação das análises de
CHECKLIST A tabela seguinte faz um checklist para a seleção de um tipo de entrevista e avaliação de sua aplicação, sendo extraída da tabela 16. 2, do mesmo livro de Uwe Flick. Em outras palavras, trata-se de uma recomendação do que se levar em conta.
SELEÇÃO DE UM TIPO DE ENTREVISTA E AVALIAÇÃO DE SUA APLICAÇÃO 1. Questão de pesquisa Pergunta: o tipo de entrevista e sua aplicação conseguem dar conta dos aspectos essenciais da questão de pesquisa? 2. Tipo de entrevista Questão a ser atendida: o método precisa ser aplicado de acordo com os componentes e objetivos metodológicos. Não deve haver salto entre tipos de entrevista, exceto quando houver um embasamento na teoria ou na questão de pesquisa 3. Entrevistador Questão a considerar: os entrevistadores tem condições de aplicar este tipo de entrevista? Quais as consequências de seus próprios medos e incertezas na situação de entrevista? 4 – Entrevistado Pergunta a ser respondida: o tipo de entrevista é apropriado para o grupo-alvo de aplicação? Como é possível levar-se em conta os medos, as incertezas expectativas dos (possíveis) entrevistados? 5 – O espaço concedido ao entrevistado Perguntas: - Os entrevistados conseguem apresentar suas opiniões no arranjo das questões? – Eles conseguem defender suas opiniões diante dos arranjos das questões? 6 – Interação Perguntas: -Os entrevistadores conduziram adequadamente esse tipo de entrevistas? - Deixaram espaço suficiente para o entrevistado? - Eles cumpriram seus papéis ? Em caso negativo por quê não? - O papel do entrevistado, o papel do entrevistador e a situação foram definidos com clareza para o entrevistado? - O entrevistado conseguiu cumprir seu papel? Em caso negativo, por quê não? Recomendação: Se possível analise os intervalos a fim de validar a entrevista entre a primeira e a segunda entrevista
AINDA O CHECKLIST 7 - O objetivo da interpretação Pergunta: seu objetivo é obter e analisar respostas claras e delimitadas ou contextos e padrões complexos, múltiplos? 8 – Exigência de generalização Observação: O nível no qual devem ser elaborados os enunciados Perguntas: - Para o caso único (o indivíduo entrevistado e sua biografia, uma instituição e seu impacto, etc)? - Com referência a grupos (sobre uma profissão, um tipo de instituição, etc. )? - Enunciados gerais?
DADOS MULTIFOCAIS OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE E NÃO PARTICIPANTE E ETNOGRAFIA
MUITO ALÉM DAS PALAVRAS Os dados multifocais não operam contra os dados verbais, mas se situam além destes, valendo-se de amplo universo de possibilidades (documentos) que se baseiam em diferentes tipos de observação (participante e não participante, direta e indireta).
FALAR É UMA COISA, FAZER OUTRA Um dos mais fortes argumentos a favor dos métodos de observação e de etnografia é inserir o pesquisador no contexto para que este obtenha diretamente os dados de como a prática é realizada. Enquanto na entrevista verbal, o entrevistado relata o que faz (mas não está fazendo), na observação a situação é real.
PAPÉIS DE OBSERVADORES PARTICIPANTES Citando outro autor (GOLD), U Flick apresenta quatro (4) tipos de observadores participantes a saber: • 1) O participante completo; • 2) O participante como observador; • 3) O observador como participante; • 4) O observador completo
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